sábado, xullo 31, 2010

O Comité Informa: Endesa vende a súa participación do 21 % en Reganosa - A Planta de Gas de Reganosa no informe de Greenpeace

Tags

A Planta de Gas de Reganosa no informe de Greenpeace

Informe de Greenpeace "Destrución a toda costa" de Galicia 2010, onde en varios sitios, e en especial na súa páxina 125, fai referencia ao asunto de Reganosa e a planta de Mugardos:

Outra agresión ambiental con respaldo da Xunta é a planta regasificadora de Reganosa en Mugardos, situada a dous quilómetros do espazo protexido Costa Ártabra, a través do cal navegan anualmente decenas de buques gaseiros que teñen como destino esta planta.

Esta empresa (da que a Xunta posúe o 10% das accións) empezou a operar en maio de 2007, a pesar de que o Tribunal Superior de Xustiza de Galicia fallou en tres ocasións en contra deste proxecto, da gran oposición social existente e de que en 2008 a UE admitiu a trámite unha denuncia contra Reganosa. Este ano unha nota emitida pola mesma empresa indicaba que foi necesario desviar un buque a Mugardos para realizar a descarga de Gas Natural Licuado (GNL) posto que había que manter os niveis mínimos por baixo dos cales derívanse perigos inadmisibles”.

Informe completo:
http://www.greenpeace.org/raw/content/espana/reports/100713-24.pdf


Endesa vende a súa participación do 21 % en Reganosa

Os socios de Reganosa, a Panta de Gas perigosa, innecesaria e deficitaria situada temerariamente no interior da Ría de Ferrol, recoñecen xa abertamente que “non é estratéxica” ao contrario do que se argumentou para xustificar a súa instalación.

Por este motivo van desfacéndose das súas participacións, agora é o caso de ENDESA que vende o seu 21 % a un grupo financeiro de Australia.
Atrás quedan as importantes subvencións de diñeiro público empregado nesa planta innecesaria, para beneficio duns poucos.

O pasado exercicio Reganosa tivo un déficit de 60 millóns de euros.

Ler noticias en "La Voz de Galicia":
http://www.lavozdegalicia.es/dinero/2010/07/30/0003_8639248.htm
http://www.lavozdegalicia.es/dinero/2010/07/29/0003_8637460.htm

--
Comité Cidadán de Emerxencia
para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org

Enviado por:
Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
31 de julho de 2010 00:55
31 de julho de 2010 00:58
__________________________

WikiLeaks publica ’diário’ da guerra do Afeganistão

Por Amy Goodman [*]
29.07.2010


O portal wikileaks.org realizou outro feito. Publicou milhares de documentos classificados como secretos a respeito da guerra dos Estados Unidos no Afeganistão.
WikiLeaks oferece uma plataforma segura aos informantes, aos que aportam informação confidencial, para que enviem documentos, vídeos e outros documentos e arquivos eletrônicos, mantendo seu anonimato.

Em março passado, o sítio publicou um vídeo filmado de dentro um helicóptero de combate estadunidense que sobrevoava Bagdá. Na gravação, expôs a matança indiscriminada realizada pelo exército dos EUA, assassinando ao menos 12 pessoas, duas das quais eram empregadas da agência de notícias Reuters.

Nesta semana (iniciada em 26/07/2010),
WikiLeaks, junto com três sócios dos meios hegemônicos –o New York Times, The Guardian de Londres e Der Spiegel da Alemanha– publicou 91.000 relatórios confidenciais das forças armadas estadunidenses no Afeganistão. Os relatórios, escritos em sua maioria por soldados no campo de batalha imediatamente após as ações militares, representam um verdadeiro diário de guerra de 2004 a 2009, onde se detalham desde a matança de civis, entre eles meninos, à crescente força da insurgência Talibã e o apoio do Paquistão ao exército Talibã.

Depois de que os documentos foram publicados, Julian Assange, fundador e Editor Chefe de
WikiLeaks, me disse: “A maioria das mortes de civis acontecem em situações em que uma, duas, 10 ou 20 pessoas são assassinadas; as mortes de civis formam a maioria numérica da lista de acontecimentos. ...A forma para realmente entender esta guerra é vendo que há uma morte depois de outra, todos os dias, e não se detém”.

Julian Assange descreveu-me um massacre, que denominou “o My Lai polonês”. Em 16 de agosto de 2007, soldados poloneses regressaram a um povoado onde, na manhã daquele dia, eles tinham sofrido um ataque a bomba à beira da estrada. Os poloneses lançaram morteiros contra o povoado, que explodiram em uma casa onde se celebrava uma festa de casamento. Assange suspeita que os poloneses, em vingança pelo ataque a bomba, cometeram um crime de guerra, que ficou oculto na linguagem burocrática do relatório:

Atual lista de baixas: 6x KIA (1 homem, 4 mulheres, um bebê) 3x WIA (todas mulheres, uma tinha 9 meses de gravidez).

A sigla em inglês “KIA” (killed in action), significa “morto em ação”, e as dezenas de milhares de relatórios classificados têm uma grande quantidade de KIAs. Assange diz que há 2.000 mortes civis detalhadas nos relatórios. Outros registros destes mesmos relatórios descrevem a “Força de Tarefa Conjunta 373”, uma unidade de assassinatos do Exército dos Estados Unidos, e que supostamente captura ou elimina pessoas consideradas como sendo membros do Talibã ou Al-Qaeda.

O governo Obama está tentando se proteger e sua resposta têm sido confusa. O General James Jones, assessor de Segurança Nacional, condenou a publicação da informação confidencial, dizendo que “poderia pôr em risco a vida de estadunidenses e de nossos aliados, e ameaçar nossa segurança nacional”. Ao mesmo tempo, o secretário de imprensa da Casa Branca, Robert Gibbs disse “não há nada especialmente revelador nestes documentos”.

Mas este vazamento histórico de informação não representa uma ameaça para as vidas dos soldados estadunidenses que estão na guerra, senão para a política que põe essas vidas em risco. Com a diminuição do apoio público que já tem a operação militar no Afeganistão, o vazamento destes relatórios só fortalecerá o pedido de pôr fim à guerra.

Tenho esperado isto durante muito tempo”, escreveu em seu twitter Daniel Ellsberg, o informante mais famoso dos Estados Unidos.

Ellsberg é o ex-analista militar que vazou os Documentos do Pentágono em 1971, milhares de páginas de um estudo governamental altamente confidencial onde se revela a história secreta da Guerra do Vietnã. Muitos consideram que a ação de Ellsberg contribuiu ao fim da Guerra do Vietnã. Daniel Ellsberg disse-me nesta semana: “Estou muito impressionado pela publicação [de
WikiLeaks]. É a primeira vez em 39 anos, desde que entreguei os Documentos do Pentágono ao Senado, que vem a público arquivos desse nível. Quantas vezes em todos estes anos deveriam ter sido publicado milhares de páginas que demonstrassem como nos mentiram para entrar em guerra com o Iraque, o mesmo que ocorreu no Vietnã, e que mostrassem a realidade da guerra no Afeganistão?”

Os advogados de Assange aconselharam ao fundador de
WikiLeaks que não viajasse a Estados Unidos.

Recentemente, agentes de segurança nacional foram a uma conferência de hackers em Nova York, na qual Assange estava programado falar. Assange cancelou sua participação e disse que o governo de Obama também intentou esforços junto ao governo da Austrália para que o prendessem. Assange falou comigo de Londres, depois da publicação dos documentos. Disse-me: “Não somos pacifistas. Somos ativistas a favor da transparência. Entendemos que de um governo transparente surge um governo justo. Este é o modus operandi que rege todo o trabalho de nossa organização: tornar pública toda a informação suprimida, de tal maneira que a imprensa, a população e nossos políticos possam trabalhar a partir dessa informação para conseguir melhores resultados”.

O Pentágono disse que já começou uma investigação judicial para averiguar quem vazou os documentos para o
WikiLeaks. Mas isso não é o que o Pentágono deveria pesquisar. Novamente, Julian Assange disse: “Por que será que se anuncia uma investigação da fonte, antes de anunciar uma investigação da conduta potencialmente criminosa que se revela neste material?”

————————–

Denis Moynihan colaborou na produção jornalística desta coluna.

© 2010 Amy Goodman

Texto traduzido do castelhano e revisado do original em inglês por Bruno Lima Rocha; originalmente publicado em português em Estratégia & Análise

[*] Amy Goodman é a âncora de Democracy Now!, um noticiário internacional transmitido diariamente em mais de 550 emissoras de rádio e televisão em inglês e em mais de 250 em espanhol. É co-autora do livro "Os que lutam contra o sistema: Heróis ordinários em tempos extraordinários nos Estados Unidos", editado por Le Monde Diplomatique Cono Sur.


_______________________

Webs relacionadas:

http://www.democracynow.org/es
http://wikileaks.org/
http://www.collateralmurder.com/
http://www.estrategiaeanalise.com.br/
______________

venres, xullo 30, 2010

"Malapécora Teatro" representará "A Parábola da Ra", este Sábado 31 de Xullo en San Pablo - Vivendas Sindicais, dentro do Culticipando


[Clicar acima da imaxe para ampliar]
www.babeldesons.com

Enviado por:
BABEL de SONS
-info@babeldesons.com-
29 de julho de 2010 19:18
_________________________

Dentro do Culticipando, este Sábado 31 de Xullo en Doniños, concerto de "Se Oriente"

[Clicar acima da imaxe para ampliar]
www.babeldesons.com

Enviado por:
BABEL de SONS
-info@babeldesons.com-
29 de julho de 2010 19:18
_________________________

O Pleno do Concello de Ferrol pronuncia-se a favor de que os Montes de Cha volten á veciñanza en man común

BP, uma bomba relógio no sistema financeiro internacional

Segundo Michael R. Kratke, Professor de Economia Política e Diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido, a BP é uma bomba de relógio no sistema financeiro mundial. A empresa refinancia-se com derivados creditícios e fundos de pensões que agora, e para infelicidade dos seus clientes, têm grandes perdas. Dois elementos tão centrais como obsoletos do atual capitalismo – uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira à escala planetária – levam-nos diretamente à próxima catástrofe.


Por Michael Kratke [*]
29.07.2010

O que começou como uma crise financeira em setembro de 2008, com a irrevogável falência do banco Lehman-Brothers, pode agora entrar na próxima ronda com a previsível queda da BP. A transnacional britânica é uma bomba relógio financeira, não só para a Grã-Bretanha mas para todo o Reino Unido. Os custos do desastre petrolífero no Golfo do México estimam-se em 70 bilhões de dólares.

Para os britânicos, a BP é como instituição nacional, a maior sociedade anônima do país, a blue chip mais brilhante do mercado de valores londrino. Muitas pessoas julgam que a BP é uma empresa petrolífera. E é verdade. A BP fornece petróleo, tem oleodutos e refinarias um pouco espalhados por todo o mundo. Mas a BP é, simultaneamente, um banco com um raio de ação internacional que, tal como a Enron ou a General Motors, actua nos mercados financeiros internacionais.

De AA a BBB

Como, oficialmente, não é uma entidade financeira, a British Petroleum esta a meio caminho de ser um negócio OTC ou fora do mercado organizado de valores, isto é, que atua fora das bolsas, num negócio sem regulação nem controle. O refinanciamento é através da titularização de derivados creditícios de alto risco, CSOs [obrigações colaterais sintéticas, na sua sigla inglesa], a que não corresponde qualquer valor patrimonial, mas apenas derivados creditícios. São um próspero comércio esses derivados financeiros. A BP é detentora ou tem participações em pelo menos 18% dos papéis deste tipo que circulam por todo o mundo. Recordamos que a crise financeira mundial foi desencadeada pela queda em cadeia de derivados titularizados: as CDOs [obrigações de dívida colateral, na sua sigla inglesa] e os CDS [derivados creditícios de dívida, na sua sigla inglesa]. Agora, os riscos nas CSOs são muito maiores e o alavancamento creditício de maior envergadura e as regulações são desconhecidas.

Por outras palavras: Quando a BP quebrar, a sua falência terá consequências globais. Como supostamente sucedeu no caso Lehman-Brothers, ninguém sabe até que ponto a BP está endividada, nem quem nem em que jogos de azar estão envolvidos os créditos da BP. Mas, como a transnacional é considerada a pérola da coroa da indústria financeira britânica, com fundamento se pode suspeitar que estão aqui metidos todos os que gozam de reputação e hierarquia no mundo financeiro internacional. Não há dúvidas: a próxima bolha está prestes a rebentar. É só uma questão de tempo. Mais provável dentro de semanas que de meses.

O valor patrimonial das instalações da British Petroleum atinge agora o montante de 240 bilhões de dólares. Muitos dos seus campos petrolíferos e participações estão à venda por todo o mundo. Desde finais de abril, perdeu metade do seu valor em bolsa. Deverá entrar um investidor estratégico, provavelmente um fundo estratégico árabe. Os líbios querem ser uma opção mas ninguém se balança a tamanho risco. E os meros boatos de uma entrada de mil milionários árabes não convencem as agências de qualificação do risco.

A Fitch, a menor das três grandes, baixou drasticamente no passado dia 15 de junho a qualificação do gigante petrolífero, pela segunda vez em duas semanas: e desta vez nada menos do que seis escalões de uma vezada, de AA para BBB. Se as duas grandes –a Moody’s e a Standard & Poor’s– a seguirem, os empréstimos da BP baixarão à categoria de lixo, como os títulos da dívida pública grega. De qualquer modo, grandes investidores destas agências, como Warren Buffet, colocaram milhares de milhões em ações e obrigações da BP, o que explica a moderação da Moody’s e da Standard & Poor’s.

Nada de OPAs hostis

Entretanto, a BP teve que ceder à pressão do governo dos EUA e sujeitar-se a um fundo de garantias num montante de 20 bilhões de dólares. Pelo menos até ao próximo ano a BP não poderá continuar a pagar dividendos, terá que seguir uma política de poupança férrea e eliminar milhares de postos de trabalho, os primeiros 5.000 já em 2010. Há fortes indícios que levam à suspeita que a explosão do passado dia 20 de abril no Golfo do México assenta numa implacável política de redução de custos. A segurança e o cuidado, como é sobejamente sabido, custam tempo e dinheiro. Quem louva o capitalismo pela sua eficiência não sabe do que fala. Ou se sabe, dá a entender aquilo em que não acredita.

A questão é que Londres prepara-se para o pior. Debaixo de um clamoroso silêncio acompanhado de rotundos desmentidos, trabalha-se em planos de emergência. A queda descontrolada ou uma tomada de controle da BP seria uma catástrofe para os britânicos. As ações da BP têm fama em todo o mundo de investimentos seguros e lucrativos. A BP pagava regularmente, trimestre a trimestre, polpudos dividendos.

Os fundos de pensões, os maiores investidores institucionais nos mercados financeiros internacionais, compravam e mantinha enormes quantidades de acções da BP. E no sistema britânico de reformas os fundos de pensões jogam um papel chave. Só que, precisamente os rendimentos de reforma cobertas por capital são tudo menos seguros. Quando rebentou a bolha imobiliária estadunidense em 2008, muitos fundos de pensões resultaram em prejuízos dos depositantes e pensionistas. Para os fundos de investimento britânicos que há alguns anos investiam em acções da BP, a catástrofe petrolífera é ao mesmo tempo um desastre financeiro. Cerca de um sexto de todos os dividendos que se pagam no Reino Unido vêm da BP! Assim, os fundos perderam de três formas: patrimonialmente pela queda livre das ações da BP, pelos dividendos evaporados, e pela diminuída capacidade de crédito.

Os fundos de pensões perderam já muito dinheiro com as ações dos bancos e, agora, cai-lhes em cima a situação da BP. Se se calcularem as possíveis perdas tendo por base uma pensão média entre 12 mil e 13 mil libras esterlinas anuais, falamos de 800 a 1.000 libras esterlinas por ano. Daí, o governo do primeiro-ministro Cameron não ter escolha. Se a BP ajoelha, terá que intervir com um novo pacote milionário de resgate. Se foi necessário para os grandes bancos, não será menos necessário para a BP. Isso significa mais dívida pública e ainda mais desproporcionados pacotes de poupança.

A BP não pode desaparecer, pois ela é, de longe, um dos maiores contribuintes fiscais da Ilha e controla uma boa parte das infra-estruturas vitais do reino insular, como a Forties Pipeline System que liga mais de 50 campos petrolíferos no Mar do Norte, ou o oleoduto Baku-Tiblisi-Ceihan, que possibilita o trânsito de petróleo do Cáucaso para a Europa ocidental. Por isso, David Cameron anuncia que o seu governo fará tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o controle da BP por empresas petrolíferas chinesas, árabes ou russas. Se a BP cai nas mãos das gigantes norte-americanas, acabaram-se as considerações para com os fundos de pensões ou para quaisquer outras necessidades britânicas. Dentro de poucos dias a BP tem que liquidar os pagamentos que se vencem no segundo trimestre de 2010. O seu montante é enorme.

Este caso ilustra com clareza como dois elementos tão centrais como obsoletos do capitalismo –uma economia baseada na energia fóssil e na especulação financeira planetária– nos aproximam do abismo da próxima catástrofe.

[*] Michael R. Krätke é Professor de Economia Política e Director do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster no Reino Unido.

Este texto foi publicado dia 26 de Julho de 2010 em www.sinpermiso.info

Tradução de José Paulo Gascão

Fonte: Agência Carta Maior
________________________
_____________________

xoves, xullo 29, 2010

Imprescindíbel documentario onde se evidencia a relación entre a actual Guerra Global Contra o Terror e a Crise Enerxética: "Petróleo Fume e espellos" -video dobrado ao castelán

Persoalidades de renome e que desempeñan ou desempeñaron significativas responsabilidades, participan neste documentario, como son: Richard Heinberg [Autor do protocolo para o cénit do petróleo], Colin Campbell [Xeólogo - Fundador da Association for the Study of Peak of Oil and Gas], Michael Meacher MP [Ex-ministro británico de medio ambiente - parlamentario do R.U.], Darley Julian [Fundador do Post Carbon Institute], Chris Sanders [Economista Político da Sanders Research Associates], Mosaddeq Nafeez Ahmed [Analista político e autor de "A guerra contra a verdade"], Philip J. Berg [Advogado de Estudantes pola Verdade do 11S], Webster G. Tarpley [Investigador, xornalista e escritor], Andreas Von Beulow [ex-ministro de Enerxía e Tecnoloxía de Alemaña], David Shayler [Ex-oficial anti-terrorista do MI-5 do R.U.], Bollyn Christopher [Editor en Europa de American Free Press], Paul Roberts [Xornalista e Escritor, autor do famoso libro "O fin do Petróleo"].

"O petróleo Smoke & Mirrors" presenta-nos unha seria crítica de certos acontencementos recentes da historia contemporánea, da actual situación mundial, e do que nos agarda nun futuro inmediato, sobre todo ao respecto das fontes enerxéticas. Son entrevistas ben articuladas e documentadas, onde se menciona que acontecementos recentes nos que se inclúe os sucesos do 11S, e a chamada polos poderes dominantes "guerra contra o terrorismo", poden-se entender máis e mellor no amplo contexto dunha diverxencia inminente e crítica entre a oferta global de petróleo dispoñíbel e a demanda de petróleo global crecente.

"Oil, Smoke & Mirrors" é un documentario que expón unha serie de ideas que axudan a pensar. Son ideas tráxicas que costa aceptar, máis ... necesita-se moita forza e vontade para entende-las e actuar en consecuencia, na investigación, actuando con espíritu crítico e pasando na necesaria acción por un outro mundo posíbel.

O DVD, con 60 minutos de material adicional, entrevistas, ... pódese mercar en: http://oilsmokeandmirrors.net/osm/catalog/




Fonte: http://video.google.com/videoplay?docid=6874865766680234839#

Os fundamentos esquecidos da crise enerxética. Crise enerxética. Cenit do petroleo. Enerxía nuclear. Sustentabilidade. Enerxías alternativas. Desenvolvimento sostíbel. Crecimento.

Para profundizar máis sobre a Crise energetica e o Cenit petroleo. Ver tamén Aritmética, Poboación e Enerxía

http://video.google.com/videoplay?docid=-6283775130407828859#

Máis info tamén en:


_________________

Os Montes do Cha de Brión ao Pleno: A veciñanza pide a súa devolución e o recoñecemento do carácter mancomunal dos mesmos

"Entidades de Brión e Doniños reclaman os Montes do Cha como mancomunales

Un grupo formado por seis asociacións de Brión e Doniños -Sociedade Cultural Deportiva e Recreativa Minerva de Doniños, Xunta Veciñal de Doniños, a AVV Castelao de Brión, AVV de Prioriño, a Asociación Parroquial San Román de Doniños e AVV O Cruceiro de Balón- reclaman que os Montes do Cha retomen aos veciños. As entidades fixeron público un escrito no que piden ao Concello de Ferrol que recoñeza o carácter de monte mancomunal a esta extensión de terreo, dunhas 230 hectáreas, despois de que no mandato pasado tomásese a decisión de solicitar á Xunta a retirada desta condición. O goberno local de entón, PP e IF, impulsara esta petición porque expuña estes terreos como a localización idónea para a futura plataforma loxística de apoio ao porto exterior.

Os grupos BNG e EU fixeron súa esta demanda veciñal e presentaron unha moción conxunta para o seu debate no pleno de fin de mes que terá lugar a próxima semana para que se devolvan os montes aos veciños". Venres, 23 de Xullo de 2010 00:00 Redación do DIARIO DE FERROL



HISTORIA A GRANDES LIÑAS DO PROBLEMA DOS MONTES DO “CHA”
(MONTES DE BRIÓN)

O problema do “Cha” (Montes de Brión), iniciouse na dictadura, cando o Concello se decatou de que nas parroquias de Brión, Doniños, San Xurxo e Covas do concello de Serantes anexionado a forza a Ferrol no ano 39, había montes que non tiñan dono, que dende tempo inmemorial eran utilizados libremente polos veciños para alindar o gando e coller estrume, e dicidiu consorcialos co Patrimonio Forestal do Estado para repoboalos de pinos.

Cando polo ano 1964 os veciños de Bríón e Doniños, moi especialmente os dos lugares de Martín e Liñares, que vivían exclusivamente das vacas e ovellas que mantiñan no monte, viron os do Patrimonio Forestal facer o deslinde e cercando os montes, ameazáronos e votáronos de alí, pero volveron días despois coa garda civil da Graña e entón quen correron foron os veciños, pasando algúns polo cuartel para ser convencidos cos métodos que entón utilizaba a benemérita,

O consorcio ainda que se fixo sin contar para nada cos veciños, dicía que se lles entregaría o que dera o monte despois de descontar os gastos, pero a realidade foi que nunca recibiron nada, so poideron utilizar o monte furtivamente e moitas veces pagaron multas cando os pillaba a agarda forestal.

O Patrimonio Forestal fixo plantacións que non prosperaron porque o monte ardía tódolos anos, despois deixou de plantar pero sigueu impedíndolle os veciños utilizalo.

No ano 1999, o gobernó BNG-PSOE a petición dos veciños, e por unanimidad de todolos partidos, iniciou trámites para poñer as cousas no seu sitio, pero o gañar as eleicións o PP-IF, que precisamente eran os que mais esixían a devolución (ver V.G. 3/10/2001), cambiaron de opinión e dicidiron quedarse con montes pola cara, para facer alí a plataforma industrial sin ter que pagar nada polos terreos

Con ese fin, o Concello iniciou os trámites para quitarlle o monte a condición de comunal dos veciños, rexistralo o seu nome e cambiarlle a calificación urbanística.

Ante este expolio devergoñado, as AAVV. das parroquias de Brión e Doniños, vendo que o concello pretendía quedarse co monte para facer negocio achaiando os dereitos dos veciños, decidiron intervir e baseándose na Lei de Montes, pola cal os de San Xurso e Covas xa habían recuperado os seus, recorriron o Xurado Provincial de Montes para que tamen clasificara o de Brión como monte en man común dos veciños de Brión e Doniños.

Dende o ano 2005 o expediente está ainda sen resolver no Xurado Provincial de Montes, pensamos que por presións dos políticos, pero o concello de entón (PP-IF) opúxose a devolución, alegando que os veciños o habían abandonado e que, polo contrario, o que pretendían facer coa plataforma era darlle utilidade convertíndoo en solo industrial.

Dende que goberna o PSOE vimos pedindo que o concello pleno tome a decisión política de recoñecer que o monte é comunal dos veciños dende tempo inmemorial e, en consecuencia, inste o Xurado Provincial a clasificalo como monte en Man Común dos veciños de Brión e Doniños, e retire as alegacións feitas en contra polo gobernó anterior do PP-IF

Ata agora o grupo atual do Psoe, sen definirse en ningún sentido, veu dando largas o asunto, decindo que o tiña que estudiar ou con disculpas que non teñen o mais mínimo sentido, pero coa moción presentada por EU-BNG, a favor do recoñecemento, que se tratará no pleno do próximo 29 de Xulio, todo o mundo vai ter que definirse e se verá quen son os partidarios de santificar o abominable atropello feito polo concello da dictadura.

O Pleno onde se vai tratar o asunto vai ter lugar o Xoves 29 de Xullo, que comezará sobre as 10 da mañá e o tema dos montes tratarase sobre as 11.

Saúdos.

Antonio Mesejo

Achego uns documentos sobre o inicio do problema e un recorte do da prensa sobre o que decían os políticos no 2001.

[Clicar na imaxe para ampliar - Acordo en Consorcio 1960]

[Clicar acima da imaxe para ampliar - Expediente de deslinde 1964]


[Clicar acima da imaxe para ampliar - Recorte de prensa do 2001]

Enviado por:
antonio Mesejo Cerdido
-tonomesejo@hotmail.com-
27 de julho de 2010 13:36
____________________________

Vídeo dos Montes do Cha e da Lagoa de Brión - Ferrol:



Voar por acima dos Montes de Cha co Google Maps:


Exibir mapa ampliado


http://maps.google.com/
___________________________________

mércores, xullo 28, 2010

A CNT de Ferrol inicia a súa campaña de mobilizacións cara á Folga Xeral do 29S contra a reforma laboral e os recortes sociais: Chalar no Inferniño este 29 de Xullo

Charla sobre a reforma laboral en Ferrol
Ferrol. 27 Xullo, 2010 - 19:46
Comezo: 29/07/2010 20:30

A Federación Local da CNT de Ferrol inicia a súa campaña de mobilizacións cara á folga xeral do 29 de setembro contra a reforma laboral e os recortes sociais.

O sindicato CNT vai comezar a campaña cunha serie de charlas en diversas localidades da comarca (Ferrol, Narón, Fene, Pontedeume), sobre as consecuencias que a reforma laboral está tendo nas condicións de traballo da clase obreira. As conferencias estarán a cargo de Rita Giráldez, da Asesoría Xurídica da CNT de Compostela.

O primeiro acto da devandita campaña será a conferencia de Rita Giráldez "Cómo nos afecta a reforma laboral?", o vindeiro xoves, 29 de xullo, ás 20:30 horas, no Centro Cultural Carvalho Calero, de Ferrol.

Dende a Federación Local da CNT chamamos á poboación da cidade a asistir a estes actos para coñecer de primeira man as consecuencias que a reforma laboral terá nas nosas condicións de traballo. Entendemos que só coñecendo as implicacións da reforma laboral seremos quen de opoñernos con forza a esta e outras medidas, tan negativas para a clase traballadora.

Ferrol, 27 de xullo de 2010
Federación Local da CNT de Ferrol

Fonte: http://www.cntgaliza.org/
_______________

Enlace relacionado:

Blogue de Ártabra 21

Folga Xeral do 29 de Setembro de 2010

http://sindicalismo-sindicatos.blogspot.com/

______________________

CCOO e UGT convocan o 29 de Xullo de 2010, un acto informativo dirixido ao movimento asociativo, para preparar a Folga Xeral

Para preparar a Folga Xeral do vindeiro 29 de Setembro de 2010, as centrais sindicais, CCOO e UGT convocan un acto informativo dirixido ao movimento asociativo comarcal.

O acto convocado por CCOO e UGT previa a Folga Xeral será unha asemblea en Ferrol para representantes de entidades veciñais e sociais da comarca, que terá lugar o 29 de Xullo, ás 11:30 horas no salón de actos da Unión Comarcal de Ferrol, na rúa María, 42-44 baixo.

Na citada Asemblea, intervirán os secretarios comarcais de CCOO e UGT, Xulio Abelleira e César Fraga, ademáis dos economistas Manolo Lago e Manuel Barbeito.

Carta que enviaron, ás entidades veciñais e sociais da comarca, os secretarios comarcais de CCOO e UGT.

Estimados veciños e veciñas:

Aínda que non é moi habitual, diriximonos a vós mediante esta carta nunhas circunstancias que tampouco son as mellores, como é ben sabido por todos.

Neste contexto de crise e desemprego, coa nosa comarca por riba dos 16.000 parados -unha cifra tristemente histórica que ogallá non se repita-, o goberno central ven dar un xiro na política económica e social do Estado. O primeiro aviso chegou co anuncio do retraso da xubilación, dos 65 os 67 anos, que retiraron da mesa pola aireada contestación social que xerou.

Semanas despois, chegou o recorte social que rebaixa os salarios, conxela as pensións e frena a inversión pública, ademais de aprovar -recentemente- unha reforma laboral que permite o despedimento máis barato e sinxelo, e incrementa a precariedade. En definitiva, normas que recortan os nosos dereitos, os da clase traballadora, para beneficiar as rácanas aspiracións de certos sectores económicos e empresariais.

É así, na antesala da folga xeral convocada o vindeiro 29 de setembro, UGT e CCOO coidan que é totalmente imprescindible reunir as forzas vivas e os cidadáns desta comarca para falar da necesidade de dar unha resposta contundente ante este agravio sobre dereitos laborais que tantos anos e tan duramente tardamos en conquerir.

Con este fin, vos emprazamos a participar nunha asamblea o día 29 de xullo, ás 11:30 horas no salón de actos da Unión Comarcal de Ferrol.

Agardando a vosa presencia e compromiso,

Unha forte aperta,

Ferrol, 9 de xullo de 2010

Cesar Fraga
Secretario Comarcal da UGT

Xulio Abelleira
Secretario Comarcal de COO

Información baseada na enviada por:
Lorena Bustabad
lbustabad-ferrol@galicia.ccoo.es
14 de julho de 2010 23:30
______________

Enlace relacionado:

Blogue de Ártabra 21


Folga Xeral do 29 de Setembro de 2010

http://sindicalismo-sindicatos.blogspot.com/

______________________

domingo, xullo 25, 2010

Até sempre

Por Lois Rodríguez [*]
25.07.2010

Nacemos cando a rede galega estaba aínda en cueiros e ningún medio do país estaba na web. Tivemos a mesma forma de entender Galiza que aquela revista homónima do exilio liderada por Luís Soto: un país moderno e aberto ao mundo, sen complexos e con todo o futuro por diante.

Vieiros foi desde o comezo unha iniciativa aberta e independente, que pretendeu abeirar a toda a comunidade de galegos alí onde estiveren, na crenza de que Galiza non é só un territorio, senón tamén un espazo de comunicación. E nese espazo, Vieiros converteuse no cerne de múltiples proxectos, tanto propios como alleos. Do seu impulso xurdiu o primeiro especial electoral on-line (Eleccións Galegas de 1997), a primeira ciber-charla cun persoeiro (Isaac Díaz Pardo), o primeiro vocabulario sexual realizado coa colaboración dos lectores, a primeira experiencia de creación literaria en rede (Por conto alleo, de Camilo Franco), ou a creación de ‘A Polo Ghit’, o primeiro concurso da canción galega do verán.

Como punto de referencia dos internautas galegos no mundo, Vieiros chegou a ter até máis de trinta correspondentes-colaboradores en diferentes lugares do mundo: desde Gotemburgo a Nova York pasando por Bos Aires e O Bierzo . Asemade, deulle abeiro a colectivos e outras publicacións, como o IGADI, Tempos Novos, Canal Ciencia, Federación Ecoloxista Galega ou Irimia.

Mais foi o labor informativo diario o que consolidou Vieiros como medio de referencia da Internet galega, sobre todo a partir do Prestige, cando -cun esforzo informativo sen precedentes- acompañamos a resposta social diante da catástrofe mentres a meirande parte dos medios maioritarios miraban cara a outro lado.

Sen embargo, e a pesar dos seus máis de 20.000 lectores diarios, Vieiros nunca foi un medio rendible e necesitaba absorber parte dos recursos necesarios para sobrevivir dunha empresa do mesmo accionariado.

En xuño de 2009, nunha situación de aparente bonanza económica no seo das dúas empresas, unha auditoría externa desvelou irregularidades económicas e administrativas de extrema gravidade, cuxa responsabilidade foi asumida por escrito polo daquela xerente e apoderado das empresas, Óscar Martínez, quen terá que responder diante da xustiza.

Este proceso levou ao peche da outra empresa e de forma inmediata deseñouse xunto cos traballadores un plan de viabilidade para salvar Vieiros, cousa que non foi posible dada a gravidade da situación, á que houbo que sumarlle o duro golpe da crise económica.

Foi pois un ano moi difícil no que empresa e traballadores intentamos de todos os xeitos manter acesa a estrela de Vieiros, pero chegou a hora de renderse.

Neste momento, só resta darlles as grazas a todos os lectores, aos que creron neste proxecto, colaboraron nel e puxeron o seu grao de area para que outro xornalismo galego fose posible. E moi especialmente aos traballadores e aos opinadores, pola súa entrega e compromiso inesgotable.

Foi un pracer. Até sempre.


Fonte: Vieiros

[*] Lois Rodríguez Martínez, o ferrolán é o editor de Vieiros.
___________

Até sempre

Hoxe, 24 de xullo de 2010 e véspera do Día Nacional, Vieiros pecha logo de 15 anos de ilusión e esforzo por manter o medio que sempre soñaramos.

* Un país normal
* Independencia, creatividade e esplendor

___________________________

Un artigo publicado no xornal Galicia Hoxe o 25 de Febreiro de 2007:

Vieiros, o gran ‘barrio galego’ da arañeira


Moi interesante entrevista a lois Rodríguez no xornal A Peneira, nos dez anos de Vieiros:

Pasamos de ser un catalogador de webs a un xornal por petición expresa da xente da emigración
___________________

Agarda-se para este Domingo, 25 de Xullo, ao "Cheik el Mokrani", buque metaneiro cargado con GNL para Reganosa, unha nova acción de protesta está convocada en Ferrol polo Comité Cidadán

Tags

Para o Domingo 25 de Xullo de 2010 ás 8 da Tarde, o Comité Cidadán de Emerxencia convocou unha concentración sonora na Praza Amada García de Ferrol, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia. O obxectivo da convocatoria é o de denunciar e protestar pola entrada dun novo buque gaseiro na Ría de Ferrol, coa súa perigosa carga para Reganosa. Unha vez máis, e xa son 70, as veces que entra na Ría de Ferrol un metaneiro con ducias de miles de metros cúbicos de gas natural licuado, poñendo en perigo a seguridade e a vida das miles de persoas que moramos na contorna da Ría, ao aumentar o perigo potencial que xa de por si ten o desproposito gasístico chamado Reganosa.


Características do buque metaneiro:
Nome: Cheik el Mokrani, Bandeira: Bahamas, Eslora: 220 m, Manga: 35 m, Puntal: 22.55 m, Calado: 10 m, Capacidade: 75.500 m3.

Outros asuntos de interese:

ADEGA PRESENTA ALEGACIÓNS AO PROXECTO DE DRAGADO DA RIA DE FERROL

A asociación ecoloxista Adega vén de presentar alegacións ó proxecto de dragado e voadura de fondos mariños na ría de Ferrol, que a Autoridade Portuaria local sacou a exposición pública o mes pasado. A entidade subliña o alto impacto ambiental sobre a biodiversidade da zona e critica que o obxectivo último do proxecto sexa “facilitar a entrada de gaseiros á pranta de Mugardos”.
Os ecoloxistas lembran que a zona de actuación está dentro dun área catalogada como Lugar de Importancia Comunitaria (LIC) Costa Ártabra, pertencente á rede Natura. Trátase dun espazo, subliñan, no que existen “hábitats prioritarios dun grande valor ecolóxico cunha alta biodiversidade”. Como exemplo, sinalan que dúas das agullas de rocha que a Autoridade Portuaria quere facer de–saparecer teñen 65 e 83 especies mariñas diferentes cada unha delas.

Ler a información completa en Diario de Ferrol:
http://www.diariodeferrol.com/index.php/periodico-impreso/ferrol/4671-b-noticia

Álbum fotográfico da 4ª Marcha a pé Ferrol-Mugardos, celebrada onte, coincidindo co 3º Aniversario do peche da veciñanza de Mehá, no Concello de Mugardos:
http://picasaweb.google.es/reganosa.ferrol/IVMarchaFerrolMugardos#

Reseñas da Marcha na prensa local: Diario de Ferrol e La Voz de Galicia

Lembrar
Domingo 25 de xullo: Praza Amada García - Ferrol, 20 h. CONCENTRACIÓN pola entrada do gaseiro nº 70.

--
Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org



Enviado por:
Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
24 de julho de 2010 01:29
24 de julho de 2010 13:59
_______________________

Deixarás morrer a Liberdade de Expresión en Galicia ?

Até sempre. Hoxe, 24 de xullo de 2010 Vieiros pecha logo de 15 anos de ilusión e esforzo por manter o medio que sempre soñaramos.

Por Gamela [*]
24.07.2010

Non me resigno a perder esta cabeceira galega na que todos e todas falamos (e mesmo aprendemos a falar) en galego das cousas que atinxen a Galicia.

Non é só unha homenaxe ao que se vai e ao traballo ben feito durante tantos anos, senon unha reflexión sobre a LIBERDADE DE EXPRESIÓN en Galicia.

Morto VIEIROS ¿que nos queda? Medios de comunicación en mans de Grupos aos que lle importa un bledo que neste país teñamos un xeito de sentir o mundo diferente, Televisións de Galicia ordenancistas que non foron quen despois de 25 anos comendo orzamentos arreo de dar unha información veraz sobre o que acontece nesta terra, teremos que sobrevivir aos falsos debates que se ofrecen ao público a traveso da nova plataforma VOZ TV da que hoxe mesmo coñecemos que foi financiada xenerosamente polo responsable de Caixa Galicia e que agora vén de ser recompensado como merece con un alto cargo no grupo mediático?

Quédanos o capricho do empresario que quixo entrar nos médios, un día antes das eleccións, mercando o Xornal de Galicia e A Nosa Terra, para entrevistarse cun Quintana pacato no seu iate e tentar enferruxar os concursos eólicos no país? Esa non vai ser cabeceira para máis dun día... e xa o estamos a ver.

Quédanos a versión triste que adica a Galicia ese monstruo do políticamente correcto, El País, no que ás veces ata aparecen artigos de opinión que veñen traducidos dereitamente dende Madrid?

Quédanos un sin fin de cabeceiras tristemente locais coma o Faro de Vigo, Opinión Coruña, Progreso, Atlántico, Rexión, etc, etc, nos que cando escribimos algo temos a seguridade que ninguén o vai ler nin siquera para refutar as nosas opinóns nin ampliar a información nin para enlazar con ningún outro medio de difusión de noticias que pase do Padornelo.

Onte mesmo os dous partidos que teñen secuestrada a democracia en España chegaron no Congreso dos Deputados a un acordo para controlar os espazos de temática política de cara ás vindeiras eleccións locais mesmo nas televisións privadas. Cada día secuéstrase máis a LIBERDADE DE EXPRESIÓN e hoxe, coa morte de VIEIROS, non só morre unha cabeceira máis senon que enterramos para moito tempo esa mesma liberdade no noso país.

VIEIROS nunca censurou opinón algunha nas súas páxinas, ese é un VALOR inestimábel para a democracia e a liberdade dun pobo que aínda camiña para atopar o seu lugar no mundo. VIEIROS, facendo honor ao seu nome, abriu camiños e roteiros dignos do mellor periodismo 2.0.

¿Cántos cartos tiramos na promoción das TICs e na famosa fenda dixital? Co orzamento que algúns (todos) gastan en cada lexislatura para montar 'congresitos' sobre novas tecnoloxías salvaríase economicamente VIEIROS e faríase xustiza cun medio de comunicación galego que leva 15 anos facendo o seu traballo coa máxima dignidade e coa máxima LIBERDADE!

Apelo aos que hoxe sentan na RAG para que lembren que unha lingua non se fai dende os Diccionarios nin cos programas CELGA nin coa reivindicación permanente nas rúas siquera... unha lingua que non se escrebe a cotío morre, e VIEIROS foi quén de invitar a escribir en galego a tódolos seus usuarios durante o seu tempo de vida.

Non deixemos que enterren a nosa lingua cotiá, viva, i en liberdade coma se fose mágoa comercial ou financieira máis ou menos sentida (outro Sargadelos non gracias!) falemos en tódolos medios ao noso alcance para que VIEIROS non morra xamáis.

Quen deixe pasar esta morte anunciada sen facer máis nada que laiarse colabora coa morte da lingua e da cultura galegas por máis que a reivindique noutros eidos ou a traveso doutras canles e foros. VIEIROS non é unha broma!

A morte dun medio de comunicación coma VIEIROS é algo máis ca morte dunha empresa, é un golpe mortal á Liberdade de Expresión dun pobo.

Hoxe é VIEIROS mañán seremos TODOS !!!

Fonte: open.vieiros

[*] Gamela
____________

sábado, xullo 24, 2010

"Vieiros", a referencia informativa galega despide-se despois de 15 anos facendo país, informando, comunicando, formando, entretendo, loitando, ...

Até sempre

Hoxe, 24 de xullo de 2010 e véspera do Día Nacional, Vieiros pecha logo de 15 anos de ilusión e esforzo por manter o medio que sempre soñaramos.

Desde Ártabra 21, grazas a todas as persoas que fixeron posíbel 15 anos de xornalismo comprometido coa liberdade, a Terra e a Lingua.
______________

15 kilómetros de dignidade polo cese da actividade e desmantelamento de Reganosa, en defensa da Ría, a nosa seguridade e a vida

Tags
A 4ª Marcha a Pé, Ferrol-Mugardos, que se iniciou como lembranza do peche -de 111 días- que mantiveron no concello os viciños e viciñas de Meá, partíu pasadas ás 5 da tarde, este pasado Venres, 23 de Xullo de 2010, desde o Parque de Caranza que leva o nome do primeiro coordenador do Comité Cidadán "Carmelo Teixeiro".

A 4ª Marcha a Pé, foi todo un suceso reivindicativo "polo cese da actividade e desmantelamento de Reganosa, no Terceiro Aniversario do Peche da veciñanza de Meá na Casa do Concello", como dixo, antes de partir, o compañeiro "Lalán" Manuel Rodríguez Carballeira -coordenador do Comité Cidadán.

Tres horas máis tarde chegaba a Marchar até as inmediacións de Reganosa. Os enormes tanques cegaban a paisaxe e nos lembraban o corrupto despropósito gasístico. Os berros de Planta de Gas Fora da Ría !! e A Ría é nosa non de Reganosa !!, saían do "corazón" das persoas que marchaban até a vila de Mugardos, onde; as veciñas e veciños de Meá agardaban na Praza do Mercado. Logo dunha clara intervención da compañeira Luz Mariña Torrente -Presidenta da Plataforma Veciñal de Meá- e membra do Comité Cidadán e a do compañeiro "Lalán", gozou-se do merecido descanso con bebidas, liscos, chourizos e música, nun acto de benvida.

Para acceder á Galería de Diapositivos en alta resolución clicar acima da imaxe:


Fonte das fotos: http://picasaweb.google.es/reganosa.ferrol
Autor: Suso Pazos -susopazos@yahoo.es-

En poucos días publicaremos un vídeo da mobilización
_____________

As outras Marchas:

Enlaces relacionados:
_____

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!
Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org

_

xoves, xullo 22, 2010

A Praza "Amada García" acolleu unha nova concentración en protesta pola entrada na Ría de Ferrol do buque metaneiro "Gemmata" que transportaba a súa perigosa carga para Reganosa

Tags
Este 20 de Xullo de 2010, a Praza Amada García de Ferrol acolleu unha nova concentración, convocada polo Comité Cidadán, para denunciar e protestar pola entrada na Ría do buque metaneiro "Gemmata" que transportaba a súa perigosa carga para Reganosa, a Planta de Gas instalada no corazón da nosa Ría, no concello de Mugardos.

Galería de Diapositivos:

[Clicar acima da imaxe para entrar na Galería de Diapositivos en alta resolución]

Mañá, Venres, 23 de Xullo de 2010, ás 5 da tarde, desde o Parque de Caranza Carmelo Teixeiro, partirá a 4ª Marcha a Pé, entre Ferrol e Mugardos, para lembrar os 111 días de ocupación da Casa do Concello de Mugardos, por parte da veciñanza de Meá. Este 23 de Xullo marcharemos a pé até Mugardos polo cese da actividade e desmantelamento de Reganosa, no Terceiro Aniversario do Peche da veciñanza de Meá na Casa do Concello, convocada polo Comité Cidadán de Emerxencia para a a Ría de Ferrol.

Tres horas máis tarde recebira-nos as veciñas e veciños de Meá na Praza do Mercado de Mugardos, onde disporán de bebidas, liscos, chourizos e música, nun acto de benvida.

O Blogue Solidario coa Veciñanza de Meá, recolle a crónica destes 111 días de reivindicación e solidariedade.


¡DIFUNDE E PARTICIPA!

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!
Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org


_____________________

Uruguai: Un estudo sobre a aplicación de agroquímicos nas plantacións de eucaliptos, indica que "ao analizar un por un os agrotóxicos utilizados, conclúese que todos son perigosos e considéranse como potencialmente cancerígenos"


URUGUAI-AGROTÓXICOS

Estudo sobre agroquímicos sinala uso de sustancias tóxicas en eucaliptos

A Rede de Acción en Praguicidas e as súas Alternativas para América LatinaRAP-AL) de Uruguai ( presentará ao Goberno os resultados dun estudo sobre a aplicación de agroquímicos nas plantacións de eucaliptos.
Audios dispoñibles:

De acordo á investigación de RAP-AL Uruguai, nas plantacións utilízanse herbicidas, hormiguicidas e fertilizantes.

O estudo indica que "ao analizar un por un os agrotóxicos utilizados, conclúese que todos son perigosos e considéranse como potencialmente cancerígenos".

Entre as conclusións, destácase que as sustancias utilizadas son "altamente tóxicas, tanto para os traballadores que as manipulan como para o medio ambiente".

Sinálase á empresa Forestal Oriental como responsable pola utilización dos herbicidas.

Colaborou co informe a Rexional Latinoamericana da Unión Internacional dos Traballadores da alimentación, Agrícolas, Hoteis, Restaurantes, Tabaco e Afíns (REL - UITA) .

Ademais, invitouse especialmente aos ministerios de Traballo e Seguridade Social, Saúde Pública, Ordenamento Territorial e Medio Ambiente, e a representantes do Parlamento.

O documento será enviado tamén á compañía e ás súas traballadoras e traballadores.

Forestal Oriental conta cun total de 215 mil hectáreas de terra administradas e distribuídas ao longo dos departamentos de Durazno, Lavalleja, Paysandú, Río Negro, Soriano e Tacuarembó.


A actividade da empresa céntrase na plantación de eucaliptos, co obxectivo de prover á planta de celulosa de Frei Bentos.

Notas relacionadas:
Fonte: Axencia Informativa PÚLSAR

Enviado por:
Pulsar Agencia Informativa
-suscripciones@agenciapulsar.org-
21 de julho de 2010 21:28
_____________

luns, xullo 19, 2010

Este Martes, 20 de Xullo, está convocada unha nova concentración en Ferrol, para protestar ante o anuncio de entrada do "Gemmata", buque gaseiro cargado con GNL-LNG para a perigosa Reganosa

Tags

O Martes 20 de Xullo de 2010, está prevista a entrada do "Gemmata", o 69 buque gaseiro cargado con gas natural licuado, para a ilegal e perigosa Reganosa, desde que en Maio de 2007 entrara o "Galicia Spirit". Diante deste feito, o Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol, convoca unha concentración en Ferrol, o mesmo Martes, ás 8 da tarde, na Praza Amada García, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia.

Características do buque:
Nome: Gemmata - Bandeira: Singapur - Eslora: 290 m - Manga: 46,28 m - Puntal: 25,5 m - Calado máximo: 11.4 m - Capacidade: 138.104 m³


Ademais:

O Venres 23 de Xullo, 4ª Marcha a Ferrol-Mugardos, con saída desde o Parque Carmelo Teixeiro de Caranza, ás 5 da tarde. Recebimento na Praza do Mercado de Mugardos. Haberá Chourizos, liscos, bebidas e música.

¡DIFUNDE E PARTICIPA!

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!
Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org


Información baseada na enviada polo:
Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
19 de julho de 2010 11:28
______________________

sábado, xullo 17, 2010

Os teloneiros soaron mellor que as estrelas

"O máis importante é que os españois gañaron o debate, porque se viron reflectidos na intervención de Rajoy, que reflectiu o seu estado de ánimo". -Javier Areas, Presidente do PP de Andalucía-

Por Isaac Rosa [*]
17.07.2010

O verán é tempada de festivais musicais, eses enormes carteis repletos de grupos que permiten encadear varios días de música sen interrupción. Este ano o pistoletazo de saída non o deu o FIB, senón o FEN: o Festival do Estado da Nación. Dous días de discursos, réplicas e contrarréplicas, mañá, tarde e noite, cun programa que reuniu todo tipo de estilos musicais, para todos os gustos.

Como en edicións anteriores, o cartel deste ano presentaba a dúas grandes estrelas e unha ducia de teloneiros. E como sempre, o protagonismo leváronllo os dous tenores principais, que actuaron a aforamento completo e baixo os flashes dos fotógrafos, mentres o resto de participantes sufriu a espantada de parte do público, e pouca atención informativa. Ano tras ano, o festival redúcese cada vez máis a un man a man entre os dous solistas principais, mentres os demais parecen cumprir un labor de recheo, para contentar a públicos minoritarios e darlle máis variedade ao cartel.

E con todo, un ano máis, o máis interesante estivo na actuación dos teloneiros. Mentres que os dous divos aburriron ata aos incondicionais, con argumentos previsibles e agarrones dialécticos demasiado vistos, os pequenos puxeron máis oficio, tomáronse en serio os seus minutos sobre o escenario e non se perderon en tantos efectismos. Poderache gustar máis ou menos o que toca cada un, pero hai que recoñecerlles que coas súas interpretacións elevan algo o nivel do festival, e reflicten o estado da nación moito mellor que os gorgoritos das estrellonas. Cada un desde os seus principios e intereses, por suposto, pero ata desde a discrepancia é moito máis interesante oílos que aguantar o waka waka dos dous de sempre.

O malo é que, como xa sabemos, o sistema electoral está montado para que o cartel non varíe demasiado, para que sempre haxa dous artistas principais e unha chea de teloneiros. Pero polo menos estes festivais serven para que o público recorde que existen, que hai máis onde elixir, e que non todo é radiofórmula bipartidista.

Tirado de "Traballar Cansa", do xornal estatal "Público".

[*] Isaac Rosa (Sevilla, 1974) publicou as novelas A malamemoria (1999), posteriormente reelaborada en ¡Outra maldita novela sobre a guerra civil! (2007), O van onte (2004) e O país do medo (2008). Co van onte obtivo o Premio Rómulo Galegos, o Premio Ollo Crítico e o Premio Andalucía da Crítica, e foi levada ao cine por Andrés Linares co título da vida en vermello. A súa última novela, O país do medo, recibiu o Premio Fundación José Manuel Lara á mellor novela de 2008.
______________________



Alegacións ao Proxecto de Mellora de calados na canle de entrada ao interior da Ría de Ferrol e o Estudo de Impacto Ambiental correspondente

Tags
Á Autoridade Portuaria de Ferrol - San Cibrao
Peirao de Curuxeiras s/n
15401 Ferrol

Dª....................................... con DNI ............. e domicilio a efecto de notificacións ..............................., en nome e representación da ....................., con CIF ..................... integrante do Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol, comparece e como mellor proceda DI:

Que en virtude do establecido no anuncio publicado por esa Autoridade Portuaria no BOE de 12 de xuño de 2010 no que se somete a información pública o Proxecto de Mellora de calados na canle de entrada ao interior da Ría de Ferrol e o Estudo de Impacto Ambiental correspondente (en diante denominado EIA), vén en tempo e forma a realizar as seguintes

ALEGACIÓNS


1. CUESTIÓN PREVIA, Título inapropiado para a finalidade real do Proxecto e do EIA en trámite de exposición pública.
 
O titulo utilizado de “Mellora de calados na canle de entrada ao interior da ría de Ferrol” é totalmente inapropiado e pretende sen dúbida, desviar a atención do único problema real existente respecto ao tráfico de buques na ría de Ferrol, que non é outro que o tráfico de gaseiros cargados con destino á planta de regasificación de Reganosa en Mugardos.

Pretender disimular este tráfico e os graves problemas que trae consigo entre o resto, é tratar de enganar, en primeiro lugar, ás administracións que teñen a potestade da aprobación destas obras á vez que obrigación de velar pola seguridade de todas as cidadás e cidadáns, e finalmente a todos os habitantes das ribeiras da ría de Ferrol que desde a entrada en funcionamento da planta de regasificación, en novembro de 2007, están sometidos a elevados riscos, por outra banda inxustificados, xa que como se viu nos case 3 anos que leva en funcionamento, a súa produción media real é inferior ao 30 % da súa capacidade nominal -a pesar de pechar os intercambios a través do gasoduto de Tui para asegurar unha demanda ficticia no interior de Galicia, que se subministraba con normalidade cos gasodutos existentes antes da posta en funcionamento da planta de Mugardos- co que queda demostrado que nin é estratéxica para Galicia, nin para os ciclos combinados. Só se trata dun negocio duns poucos promotores que -apoiados cegamente pola administración autonómica- meteron “con calzador” no interior da ría de Ferrol esta industria totalmente innecesaria.
En efecto, no apartado 5 do EIA, “Xustificación da necesidade de execución” preténdese diluír o problema incluíndo nos buques tipo, obxecto do estudo de incremento de calados, a todos os buques con destino a Navantia-Ferrol, Navantia-Fene, Porto interior de Ferrol e Reganosa.

Xa no estudo de MARIN de xuño de 2005, no apartado 5.1 do seu “Anexo 4” xa facía notar que:

Tanto os prácticos como os patróns dos remolcadores teñen unha gran experiencia no manexo de grandes barcos, como poden ser os de transporte de carbón e os que visitan os estaleiros, entre os que se atopan buques de transporte de GNL, aínda que hai que aclarar que estes chegan baleiros mentres que os que visiten Reganosa chegarán cargados”.

Nos destinados a Navantia Ferrol inclúense datos de gaseiros que van reparar, indicando o calado máximo de deseño (sobre 11,5 m), cando na realidade, os destinados a reparacións deben entrar legalmente falando -se cumpren os requisitos de seguridade establecidos no estaleiro- totalmente descargados e desgasificados e xa que logo veñen en condicións de “lastre” o que supón, neste tipo de buques uns 2 m menos de calado que o valor máximo de deseño. Xa que logo estariamos falando de calados sobre 9,5 m que non teñen ningún problema de navegación cos calados actuais da canle.

Inclúen tamén buques con destino a Navantia-Fene. Neste caso comenten dous erros de vulto. O primeiro é que este estaleiro ten vetada a construción de buques mercantes e que dos militares só constrúe algúns bloques para incorporar a construcións realizadas en Navantia-Ferrol ou Navantia-Cádiz. En canto aos gaseiros que van reparar ás súas instalacións entran nas mesmas condicións “en lastre” que os de Navantia-Ferrol xa comentadas anteriormente, polo que tampouco presentan problemas relativos á navegación pola canle de entrada, cos calados actuais.

Logo argumentan con datos de mercantes de graneis sólidos, en concreto descarga de carbón, cando todo o mundo sabe que o porto exterior de Ferrol se construíu para albergar, entre outras, este tipo de tránsitos, para evitar problemas ambientais nos peiraos interiores lindeiros coa poboación. Se non o están utilizando ao 100 % é un problema de coordinación das instalacións portuarias cos accesos ao citado porto, pero están obrigados, antes ou despois, a descargar nel, evitando así a súa entrada pola canle.
 
É fundamental recordar que as razóns alegadas na Orde de Mº de Fomento do 10 maio de 2001 (ANEXO 1) sobre a urxente expropiación forzosa dos terreos con destino ao porto exterior de Ferrol alegábanse entre outras:
  1. Razóns de seguridade.-  A operatividade e rendemento das instalacións do actual porto na parte interior, están moi ligados e ata limitados polo tamaño máximo do buque que para acceder a elas ten que navegar ao longo da canle de entrada en condicións de seguridade e xa sucederon casos puntuais de accidentes na canle.
  2. A economía de escala traducíronse nun crecemento continuo das dimensións dos buques para aumentar a capacidade de carga e abaratar os “fletes”. A limitación principal nas actuais instalacións son o calado máximo e a manga.
  3. Dedica un parágrafo específico á descarga de carbón con destino á central d'As Pontes de García Rodríguez con barcos tipo PANAMAX de 75.000 TPM, deixando claro que se trata dunhas das razóns polas que se decide abordar as obras do porto exterior con carácter urxente.
Na definición do buque tipo para o posterior estudo tamén inclúen os da Armada como posible fonte de problemas. Nisto equivócanse máis aínda pois o maior buque que tivo a Armada Española é o que se entregará en breve, o LHD “Juan Carlos I” que ten un calado máximo a plena carga de 6.9 m, manga 32 m e eslora 230,82 m. Moito menores que os 280 m de eslora, 44 m de manga e mais de 11.5 m de calado da maior parte dos gaseiros cargados que estiveron entrando con destino á planta de regasificación de Reganosa.


Xa que logo a necesidade do estudo de dragado unicamente vén determinado polas dimensións e calado destes buques gaseiros cargados con destino a Reganosa e non do resto que accede ao porto interior de Ferrol. Xa que logo, para que o estudo reflicta a motivación do mesmo deberíase chamar “Ampliación do calado da canle de entrada imprescindible para o acceso de gaseiros cargados con destino á planta de regasificación de Reganosa”. Así se chamarían a cada cousa polo seu verdadeiro nome e quedaría claramente identificado cales son os buques causantes do problema cos calados actuais da canle de entrada na ría de Ferrol.

No anexo 2 ao proxecto detéctase esta treta de intentar evitar recoñecer a verdadeira causa do proxecto de dragado, e así no apartado 4. Buque de deseño para a determinación do calado necesario, só fala dos carboeiros no porto interior de Ferrol (apartado 4.1), que deberían estar descargando no porto exterior, que para iso se fixo, e das instalacións de reparacións de Navantia Ferrol (apartado 4.2),, cometendo o erro de considerar que entran cargados, considerando xa que logo, o calado máximo de deseño no canto do real de “en condición de lastre” (uns 2 m menos) e, respecto dos gaseiros cargados, no canto de dirixilos á planta de regasificación, desvíaos á estación de Deslastres e Desgasificación (apartado 4.3).

Pero aínda que así  o fixesen, este proxecto de dragado vén tarde e queda curto porque a tendencia natural na flota de gaseiros é aumentar a capacidade para reducir custos de transporte. De feito xa hai varios proxectos en marcha de gaseiros tipo Q-Flex de ata 218.000 m3, cunha eslora de 315 m, 50 m de manga e 12 m de calado ou os aínda maiores Q-Max de ata 267.000 m3 de 345 m, 55 m de manga e 12 m de calado.
 
Tanto é así  que o proxecto de dragado actual e o seu correspondente estudo de impacto ambiental non recollen a tendencia actual do mercado deste tipo de buques e queda xa que logo totalmente obsoleto.
Se os gaseiros que actualmente están entrando xa teñen problemas irresolubles para cumprir coa normativa aplicable a este tipo de buques, cos do futuro será totalmente inabordable. Chegados a este punto, alguén podería argumentar que se podería limitar o tráfico na ría de Ferrol dos gaseiros de menor capacidade, o que implicaría aceptar que entrasen buques de maior antigüidade, co consecuente incremento sobre o xa actual elevado risco asociado á súa actividade de entrada e descarga.
Actualmente xa teñen entrando buques gaseiros con máis de 25 anos de antigüidade. A irresoluble limitación de calado na canle de entrada á ría de Ferrol levaría a un aumento progresivo da idade dos gaseiros que puidesen acceder ao interior da ria.


2. INCONSISTENCIA NOS DATOS DE PARTIDA DO PROXECTO DE DRAGADO E CRITERIOS NOS ESTUDOS DE NAVEGACIÓN E DRAGADO EFECTUADOS ATA AGORA.

2.1.- Ano 1990 “Proxecto de dragado da canle de entrada do Porto de Ferrol”. O volume total dragado foi de 58.309 m3 en roca granítica e 14.421 m3 en roca esquistosa. Neste momento non se pensaba na posibilidade do porto exterior -proxecto aprobado pola Autoridade Portuaria en setembro do 2000- e xa que logo este dragado realizouse en base aos tráficos que había naquel momento: isto é, sen gaseiros cargados. Por aqueles anos empezábase a contratar algunha reparación esporádica de gaseiros -con menor calado de entrada por estar descargados como xa se comentou antes- na entón Reparacións de E.N. Bazan.

2.2.- En febreiro de 2004, por mor da aprobación pola Dirección Xeral de Política Enerxética e Minas do proxecto de execución da planta de gas de Reganosa e obrigados polas esixencias da CONDICIÓN TERCEIRA desta aprobación, inícianse toda unha serie de estudos:
  • - Análise realizada no ano 2005 polo Instituto Hidrográfico da Mariña, respecto da situación da canle de navegación, onde se detectaron as áreas de risco para a navegabilidade da Ría.
  • - Estudo sobre “Manobras navais e seguridade para a terminal de GNL de Reganosa en Mugardos (report nº H3935 elaborado por Delf Hydraulics e o Centro Náutico de MSCN de MARIN Holanda)”.
  • - Estudo do CEDEX “Porto de Ferrol. Estudo de manobra de grandes buques gaseiros no seu acceso á terminal de GNL de Reganosa en Mugardos”, clave 21-404-9-287, de xuño 2005.
  • - Informe Técnico do CEDEX para Portos do estado, de maio 2006: “Modificación da composición de remolcadores no estudo: Porto de Ferrol. Estudo de manobra de grandes buques gaseiros no seu acceso á terminal de GNL de Reganosa en Mugardos”.
  • - Informe Técnico do CEDEX: “Adenda ao estudo Porto de Ferrol. Estudo de manobra de grandes buques gaseiros no seu acceso á terminal de GNL de Reganosa en Mugardos. Informe único e definitivo”, clave 21-404-9-287 do 20 xullo 2006 . Validez 25 anos.
  • - Informe Técnico do CEDEX, clave 21-407-9-309, de abril 2007: “Análise de risco do acceso de grandes metaneros á bahia de Ferrol con ventos de ata 15 nós”.
  • - Informe Técnico do CEDEX, clave 21-408-5-001, de outubro 2008: “Análise da flota de metaneros en relación co acceso á terminal de Reganosa, en Mugardos”.
Como se pode apreciar, todos os estudos do CEDEX van dirixidos a un mesmo obxecto: os metaneros con destino á planta de gas de Reganosa en Mugardos. Ningún fala nin de descargas de carbón, nin de buques da Armada nin de gaseiros  cargados con gas natural licuado con destino a reparacións en Navantia.

Nestes estudos analízase a probabilidade de abandono da canle de navegación dos buques de maiores dimensións que acceden á Ría (gaseiros de 277 m de eslora; 43,40 m de manga e 11,5 m de calado), detectándose dúas áreas e unha agulla, próximas aos castelos sinalados anteriormente, nos que se fai aconsellable dragar ata a cota -10,00 m para crear unha marxe de seguridade adecuado.

Comentario:  Neste parágrafo hai contradicións, fálase da conveniencia de dragar para asegurar a cota de -10 m e no proxecto de dragado do 2009, obxecto do estudo de impacto ambiental, fálase de asegurar os -12 m.

En realidade os estudos de Delf Hidraulic, Marin e CEDEX falan de retirar varios metros a liña batimétrica dos -10 m co fin de ter unha canle de maior ancho e xa que logo dispor de maior marxe para as manobras.

2.3.- No "Proxecto de Mellora de Calados na Canle de Entrada ao Interior da Ría de Ferrol" de Marzo de 2007 prevíase a necesidade de dragar materiais de natureza rochosa e areosa por un volume de aproximadamente 2.600 m3, a súa retirada e a súa posterior vertedura nun punto localizado na bocana da ría d'A Coruña ...

Comentario ao último parrafo.-  A Ría d'A Coruña ábrese entre a Punta do Seixo Branco polo leste e Punta Herminia polo oeste e alárgase cara ao sur ata a desembocadura do río Mero. Polo Oeste aparece flanqueada pola península sobre a que se asenta a cidade da Coruña mentres que polo leste a ría bordea unha costa ondulante que se estira cara ao Seixo Branco. Parece improbable que materiais arrincados no interior da ría de Ferrol, se  despracen máis de 5 millas para depositalos no lugar alí indicado.
2.4.- Con data 15 de outubro de 2.008, en oficio de rexistro de saída 33326 recíbese na Autoridade Portuaria de Ferrol - San Cibrao a Notificación da Secretaría de Estado de Cambio Climático da Dirección Xeral de Calidade e Avaliación Ambiental do Ministerio de Medio Ambiente e Medio Rural e Mariño pola cal o "Proxecto de Mellora de Calados na Canle de Entrada ao Interior da Ría de Ferrol" terase que someter a avaliación de impacto ambiental en virtude do artigo 17 do Real Decreto Lexislativo 1/2008, de 11 de Xaneiro, polo cal se aproba o texto refundido da Lei de Avaliación de Impacto Ambiental de Proxectos.

En devandita notificación defínese o alcance do estudo ambiental que se elabore e que fai referencia aos seguintes aspectos:
  • Xustificación da necesidade de execución do proxecto.
  • Estudo de alternativas de actuación e xustificación da solución adoptada, incluíndo a alternativa 0 e zonas de vertedura e posible reutilización dos materiais xerados.
Comentario.- No último estudo do Cedex de outubro de 2008 resúmense as características dos gaseiros aos que lles son aplicables estes estudos, quedando limitados a:
  • Que a manga estea comprendida entre 43,35 m e 43,45 m.
  • Que ao eslora sexa inferior a 290 m.
  • Que o puntal sexa inferior a 26,25 m.
  • Se a eslora está entre 277,0 m e 286.0 m, o calado de acceso ao porto non debe exceder dos 12,00 m.
  • Se a eslora estivese comprendida entre 286,01 m e 290,0 m, o calado de acceso ao porto non debe exceder de 11,75 m.
  • En calquera outro caso que superen estes valores, deberase realizar o estudo de maniobrabilidade específico.

2.5.- Comentarios sobre alcance e contido do estudo do CEDEX de outubro de 2008.-

1.- Antes de nada convén comprobar o contido real do informe para ter unha idea clara do alcance e profundidade do mesmo. A pesar de que o volume de follas ocupado polo estudo é amplo xa que ten un total de 69 páxinas, da folla 13 á 69 é un anexo con follas de características de 10 buques tipo, con datos tan irrelevantes para os estudos de maniobrabilidade como poden ser os sensores utilizados para o nivel dos tanques.
Das 12 follas restantes, 3 follas son de portada, outra de índice xeral e outra de introdución polo que só quedan 7 follas para o estudo propiamente devandito.

Analizando o contido desas 7 follas podemos comprobar que:
2.- Flota de gaseiros do estudo.
O estudo contempla os resultados para os 12 casos: 10 gaseiros, dous deles para dúas situacións de carga diferentes, dos que a Autoridade Portuaria achegou os datos de características.
3.- Metodoloxía. 

Pártese dun buque de referencia, que é o definido no estudo do CEDEX, data xuño 2005, de clave 21-404-9-287, do tipo “membrana” cunha capacidade de 138.000 m3.
Calcúlase o incremento de forzas (de inercia, aerodinámicas, hidrodinámicas e outras) por comparación -respecto ao buque de referencia- en función dos incrementos de dimensións e parámetros homólogos para esta flota de 10 buques.


4.- Condición de comparación. 

Pártese da manobra máis desfavorable do estudo do CEDEX anteriormente citado, consistente nun remolque pola canle asistida exclusivamente polos remolcadores, supondo fallo da planta propulsora do gaseiro. Nela, o conxunto de remolcadores empregou unha capacidade do 72,5 % do total. Neste estudo contábase con catro unidades de 50t cada unha, o que alcanzaba un valor total de 145t. Das que a maior parte exercíana os remolcadores de proa.

5.- Criterio para fixar forza máxima do barco.
Fíxase un límite do 80% da capacidade total, o que sitúa o límite en 160t, pero en dous puntos do estudo insiste en deixar claro que, no estudo do CEDEX de xuño de 2005, os remolcadores de proa realizaban un esforzo maior que os de popa, considerando que estas unidades atópanse cerca do límite da súa capacidade.

Na Táboa 4 resúmese o tanto por cento de incremento de forza necesaria para cada buque obxecto de estudo sobre os 145t de requirimento máximo do estudo do CEDEX e na táboa 5 indícanse cun “NON” os buques que superarían ese criterio, o que ocorre en 4 gaseiros (LNG Oyo, LNG River Orashi, LNG Benue, Lokoja) e noutros dous (Provalys e Galesys) un NON para carga máxima e un SI para calados inferiores a 11,7 m.
6.- Proposta final de selección de metaneros.
Á vista dos resultados no punto 7.1 propón uns límites e un criterio de aceptación, en función da eslora e ao calado real de entrada á canle.

Comentarios ao estudo Cedex de outubro de 2008. -
 
Hai que ter en conta que o CEDEX está contando cunha capacidade dos remolcadores de proa de 50t cada un, cando na realidade, a capacidade real dos que viñeron realizando as manobras son de 48t (IBAIZABAL CATRO) e de 45t (HOCHO, tipo ASD), o que fai un total de 93t no canto das 100t que se consideraban no estudo do CEDEX de xuño de 2005.

Doutra banda recórdase a insistencia do CEDEX no seu estudo de outubro de 2008 en deixar claro que os remolcadores de proa estaban próximos ao límite da súa capacidade.

Xa que logo o límite que se debería considerar debería ser de 149t no canto dos 160t considerados para na táboa 5 do estudo do CEDEX de outubro de 2008.

Recórdase que tres dos gaseiros que aparecen nesa táboa (LNG Oyo e Lokoja) entraron a descargar a Reganosa (o primeiro deles en 3 ocasións) sen cumprir os requisitos nin do estudo previo de xuño de 2005, que limitaba a 138.000 m3 de capacidade total, nin ao de outubro de 2008, porque contou para as súas manobras cunha potencia de remolcadores que non se corresponde coa utilizada na realidade.

2.6.- Aparte destes houbo máis casos de gaseiros de maior capacidade e que a Autoridade Portuaria pretende xustificar a posteriori, en base ao estudo de outubro de 2008, cando parte dunhas condicións en canto á capacidade dos remolcadores, que non se dan na realidade.

2.7.- Incompatibilidade entre os datos expostos en proxecto Necesidades e Criterios e o contido do Orzamento. No Anexo 4 Necesidades e Criterios do proxecto, apartado 5.2, recóllese que para asegurar o calado de -12 m en toda a canle, só é necesario dragar un total de 554 m3 repartidos en catro áreas. Con todo no orzamento e para asegurar o mesmo calado de -12 m documento Medicións figuran: 59,20 m3 de roca e 1.790, 74 m3 de area. Aparte disto, para asegurar o resgardo na cota -10 m necesítanse outros 16,6 m3 de roca adicionais, aparte de 690 m3 de material granular e 18.8 m3 mais de area. En total, 2575 m3 respecto dos 554 m3 inicialmente previstos: 4,64 veces mais. Queda pois sen xustificar esta grande desviación.


3.- FALTA DE RIGOR E ESIXENCIAS NAS FORMULACIÓNS DO PROXECTO E DO EIA.

Na páxina 22 da memoria do EIA di que a canle presenta unha anchura constante de 160 m ao longo do trazado e que presenta dúas aliñacións rectas unidas por un arco circular de 1.800 m de radio no eixo, na contorna do Castelo da Palma.

O deseño da canle estableceuse no proxecto “Dragado da Canle de entrada ao Porto de Ferrol” (1990) de acordo ao buque de deseño considerado: 63.000 TPM, 240 m de eslora, 32,5 m de manga e 12,70 m de calado. De acordo a estas dimensións e seguindo as recomendacións que estaban vixentes (“Big tankers and their reception”, PIANC 1974), estableceuse o ancho da canle en aproximadamente 5 mangas.

Comentario.- Contradise o aquí exposto coa realidade. As mangas dos buques gaseiros considerados nos estudos do CEDEX e similares aos que veñen entrando con destino a Reganosa, teñen mangas na contorna dos 45-50 m. Se adoptamos o criterio das 5 mangas, sería necesario un ancho de canle entre 215-250 m en lugar dos 160 m que se toman como aceptables. Isto daría lugar a outro proxecto totalmente diferente, cun volume de material a extraer notablemente superior e para o que os supostos tomados neste estudo de impacto ambiental son claramente insuficientes.

O calado dun gaseiro estándar (similares aos que realmente levan entrando desde a posta en servizo dean nov de 2007) roldan os 11.5 m. Por consideracións de seguridade e para o tipo de fondo rochoso existente na canle, esíxese unha marxe de seguridade baixo a quilla dun 12 % o que nos leva a 12.88 m e nun ancho de canle entre 215 a 250 m (a partir do criterio citado das cinco mangas). Xa que logo, o proxecto e EIA correspondente agora presentados son claramente insuficientes para o problema que trata de resolver.
Doutra banda, a planta de regasificación e as instalacións asociadas necesarias para o seu funcionamento, como é o caso dos gaseiros, deben cumprir coa normativa UNE EN 1532 “Interface buque-instalacións en terra”. Aparte de esixir determinados sistemas de amarre que permitan un disparo de todas as amarra en caso de urxencia para poder apartar ao buque da planta, tamén esixen que o buque poida afastarse polos seus propios medios para evitar posibles efectos dominou entre o gas a bordo do gaseiro e as instalacións en terra. Coa canle de calado limitado durante moitas horas do día, non se pode cumprir esta condición.

Ademais, no estudo do CEDEX de xullo de 2006 coméntase nas súas conclusións, “Os resultados obtidos ofrecen unha información útil sobre o risco de saída da canle de navegación, co fin de que se poidan tomar as medidas de actuación oportunas, en canto á limitación de acceso dos buques gaseiros ás instalacións de Reganosa en Mugardos”. Isto é, están recoñecendo o risco derivado da navegación de gaseiros e dan pistas de que o estudo é para que se tomen as accións oportunas en canto a limitacións no acceso dos gaseiros, non para xustificar e dar o parabén á navegación de calquera gaseiro.

Comentan nas súas conclusións que aínda que co dragado proposto puidesen acceder os gaseiros en función do calado, estarían afectados polas correntes existentes na canle, de ata 2,5 nós, que a afectaría á maniobrabilidade polo que as manobras de entrada e saída da ría segurían estando limitadas a unhas poucas horas centradas na punta da marea polo que seguirían sen cumprir coa esixencia de poder afastarse.
 
Non se pode denominar con outro cualificativo mais que ENGANARSE, conformarse cun ancho de canle de só 160 m, aparentando unha gran esixencia alegando un criterio de 5 mangas, cando cos valores de mangas reais sobre 43 m sería necesario un ancho de canle entre 215 e 250 m, 30 % maior que o considerado no proxecto actual e o seu EIA.
 
ENGANARSE sigue sendo, aínda no caso do ancho de canle de 160 m, contar con que cun calado de 12 m é suficiente, cando pola marxe de seguridade baixo a quilla son necesarios 12,88 m e non só nun ancho de 160 m senón a un de 215 m.
ENGANARSE é considerar a condición dunha marea media de 2 m cando o gaseiro está obrigado a poder saír en calquera condición de marea, en caso de urxencia, calquera día do ano. Non só cando as mareas son mortas e apenas hai variación na altura do nivel da auga. De feito, unha descarga estándar dura unhas 12 horas, tempo no que a marea puido pasar por todas as súas fases, desde a máis alta á máis baixa.

Con estas consideracións máis reais, sería necesario un volume considerablemente maior de dragado e xa que logo o estudo presentado intenta aparecer como que cumpre coa normativa, cando en realidade queda extremadamente curto mírese por onde se mire. 
Todo o resto do estudo son mera acumulación de papeis, que en caso de accidente non valerán absolutamente para nada. Só serán cheas de papel mollado ou chamuscado.

ENGANARSE é non dicir claramente o que significan as condicións e criterios tomados nos estudos do CEDEX que se basean nos criterios da R.O.M. 3.1-99 que só considera críticas aquelas seccións nas que se admite unha probabilidade de fallo (contacto, varada, impacto ou colisión) do buque dun 15 %. Isto é, toma como admisible unha probabilidade dun 15% de que se produza un accidente nos 25 anos previstos de funcionamento da planta. Isto cun tráfico previsto no estudo de 50 gaseiros anuais. Esta probabilidade é sensible ás variacións de tráfico de modo que se se diminúe o tráfico a 12 buques/ano a probabilidade de accidente diminúe ao 70% do anterior. Isto vén a conto de que alguén pode estar pensando na futura ampliación da capacidade da planta.

Citan moita normativa intentando dar a aparencia de que se vai a cumprir toda e estritamente. Así citan Normativa Europea e autonómica:

- Directiva 97/11/ CE de 3 de marzo de 1997, que modifica a Directiva 85/337/ CEE, do Consello de 27 de xuño relativa á avaliación das repercusións de determinados proxectos públicos e privados sobre o medio ambiente. Pretende a integración da compoñente ambiental nos proxectos e mellora os procedementos para a avaliación incluíndo unha tramitación administrativa transparente e a participación pública.

- Decreto 72/2004, do 2 de abril (Diario Oficial de Galicia número 69, do 12 de abril), polo que se declaran determinados Espazos como Zonas de Especial Protección dous Valores Naturais. Espazos nos que, polos seus valores ou interese natural, cultural, científico, educativo ou paisaxístico, sexa necesario asegurar a súa conservación e non teñan outra protección específica. Nestas áreas poderanse seguir levándose a cabo de xeito ordenado os usos e as actividades tradicionais que non vulneren os valores protexidos.

Comentario.- Recoñecen que a zona onde planean actuar está incluída dentro dunha zona LIC de “alto valor ecolóxico” para despois ninguneala quitando importancia aos posibles efectos nun só parágrafo:

En consecuencia, considérase que a pesar de ser a zona dun alto valor ecolóxico importante, dado o pequeno volume de roca a cortar e sedimento a extraer e seguindo os procedementos de actuación pouco agresivos antes expostos, depositándoos en cotas batimétricas máis fondas e adxacentes á orixe, conclúese que o impacto será mínimo sobre as comunidades asentadas e non suporá perda de substrato biolóxico para elas”.
Comentario.- Neste razoamento non ten en conta que o cambio de profundidade leva consigo unha variación importante da luz solar e moitas das comunidades asentadas nesas zonas a dragar son sensibles a esa variación.


4.- OUTRAS NORMAS DE OBRIGADO CUMPRIMENTO E AS SÚAS IMPLICACIÓNS RESPECTO DA NAVEGABILIDAD DE GASEIROS CARGADOS POLA CANLE DE ENTRADA Á RÍA DE FERROL.
Unha vez aclarado que o proxecto de dragado e o seu correspondente EIA vén motivado única e exclusivamente polo tráfico de gaseiros cargados de GNL con destino á planta de regasificacion de Reganosa en Mugardos e non por outro tipo de tráficos, convén recordar normas de obrigado cumprimento aplicables a este caso concreto.
4.1 Requisitos de ÚNE- EN-1532.
Curiosamente esta norma non se cita nin no proxecto de dragado nin no EIA. Doutra banda non é de estrañar porque en todos estes documentos trátase de evitar recoñecer que a única razón pola que se realiza este proxecto e o seu EIA é que están motivados polo tráfico de gaseiros. Os demais tráficos levan máis de 30 anos realizándose sen ningún tipo de problema.

4.1.1.- A citada norma contempla os requisitos que deben de cumprir tanto o buque como a terminal. Na súa introdución, expresa a filosofía da mesma: “Co fin de establecer as mellores condicións posibles para a seguridade durante a descarga entre o buque e terra, esta norma resulta necesaria para que se harmonicen ao máximo os distintos requisitos por parte do buque e do terminal”. Queda claro que a motivación e o fin que persegue é buscar a maior seguridade da operación. Para iso, esta norma ten en conta as publicacións da Asociación Internacional de Buques Cisterna de Gas e Operadores de Terminais (SGITTO), do Foro Mariño Internacional das Empresas Petrolíferas (OCIMF) e da Organización Marítima Internacional (IMO), que mais adiante coméntanse.
  
Os riscos asociados á  descarga do gas natural licuado están relacionados fundamentalmente con: arrefriado, arrequecemento, purgado e drenaxe dos brazos de carga/descarga, exceso de enchido dos tanques, sobrepresión dos tanques; condicións do medio ambiente (estado da mar, movemento das mareas, condicións sísmicas) e outros riscos (contacto co peirao de atracada, colisión con outro buque ou co peirao, rotura dos cabos de amarre, incendio no terminal ou arredores e os movementos do buque de GNL, por efecto de succión polo paso próximo doutros buques).
Así como a norma UNE-EN 1473 Ref. 2 trata sobre como se deben deseñar as instalacións e equipos das instalacións terrestres para gas natural licuado, a EN 1532 ocúpase das relacións entre a planta e os buques que nela descargan, porque non ten sentido buscar a maior seguridade para a planta esquecendo que o seu funcionamento implica necesariamente un tráfico continuo de buques gaseiros cada poucos días. Nestas condicións ten sentido asegurar a manobra de achegamento do buque á terminal, a manobra de atracada, amarre e descarga e -sobre todo- a posibilidade de desatracar rapidamente e afastar o buque da planta no menor tempo posible, en caso de accidente.
4.1.2.- Con este criterio esixe que o sistema de descarga como o sistema de amarre sexan seguros pero que permitan o peche do fluxo de gas e a desconexión dos brazos no tempo mínimo admisible polas condicións de manexo do gas en estado líquido a moi baixa temperatura e o posterior disparo rápido de todas amárralas, deixando o buque libre para afastarse da terminal e facerse á mar. Así, no seu apartado 7.2.5 di: “O buque debería estar amarrado con seguridade, pero tamén de tal xeito que poida partir no tempo mais breve posible. A zona de amarre debe ter o calado suficiente para poder asegurar suficiente profundidade de auga debaixo da quilla en calquera estado da marea”. E no apartado 7.3 di: “Para permitir que o buque poida saír rapidamente e do xeito mais seguro, todas as conexións entre o buque e terra deberían estar equipadas con sistemas de desconexión rápida”. Convén aquí recordar que, no argot do mariño, “partir” non significa só desatracar, senón saír ata augas libres para a navegación, SEN RESTRICIÓNS.

Noutro apartado, o 9.2.1 maniféstase sobre o emprazamento do peirao de atracada que deberá ter en conta o seguinte: “deberá ter espazo libre para o buque co fin de que poida abandonar o peirao sen axuda allea”. Isto implica que poida saír sen a axuda de remolcadores.
Tamén, hai que ter en conta “o estado do fondo mariño e do subsolo e as dimensións dos buques que vaian recibirse”. Isto condiciona a marxe de seguridade a tomar por baixo da quilla.
4.1.3.- Doutra banda, na introdución da norma UNE-EN 1532, indícase que se teñen en conta as publicacións da SGITTO (Asociación de Navieros e Operadores de Terminais de GNL).
Tamén, o grupo GTE - Gas Transmission Europe - pertencente a organización GIE - Gas Infraestructure Europe - que asocia a 57 empresas gasistas de 27 países europeos no seu regulamento sobre o control de buques gaseiros en terminais de descarga denominado SHIP APPROVAL PROCEDURE de data 29 de xuño de 2004 require a aplicación expresa do documento de SIGTTO de Ref. 3, que impón as seguintes condicións para o tamaño de buques de 130.000 m3 que poden operar na maior parte das plantas españolas:
  • As profundidades das rías navegables serán xeralmente non menores de 13 metros baixo a liña de datos de batimetría. (Verase que en zonas da canle de Ferrol a profundidade é de soamente 11 m).
  • O huelgo libre baixo a quilla será establecido de acordo ao tipo do chan mariño e pode ser entre 1.2 e 2.3 metros, segundo tómese o 10% do puntal para buque normal ou o 20% se o gaseiro considérase ?especial?. (No caso de Ferrol o fondo é rochoso)
  • O ancho da canle será  sobre cinco (5) veces a manga do gaseiro, aproximadamente 250 metros (En zonas da canle de Ferrol, o ancho é menor de 160 m. para o calado requirido).
  • Canles de aproximación curtos son preferibles aos de longo percorrido os cales conducen a maiores perigos. (A canle de Ferrol ten 4´5 km de longo, é estreito e tortuoso).
  • Na zona de aproximación e cubrindo varias millas serán establecidos esquemas de separación de tráfico marítimo. (A zona de entrada á ría pasa polo mesmo porto exterior de Ferrol paralizando o tráfico de barcos e provocando un claro prexuízo á súa operatividade)
4.1.4.- Do mesmo xeito, a organización internacional IGU (Internacional Gas Unión) que engloba a 97 empresas gasistas cita na súa publicación de Ref. 4 e en “Selección do lugar”, punto 4.7.2, lese o seguinte:
  • - “Terase en conta a publicación de SIGTTO titulada -Site Selection and Design for LNG Ports and Jetties- (Selección e Deseño do lugar para terminais e portos para GNL)”,  (xa citado en 1.3).
  • - “Teranse en conta as condicións medio ambientais da zona e a posible evacuación do buque en caso de urxencia. O Terminal estará orientado de forma tal que o buque poida abandonalo cun mínimo de asistencia e orientando o buque cara á entrada do porto ou cara ao mar para facilitarlle unha ruta rápida a mar aberto
4.1.5.- Na autorización de construción Ref. 5, contempla unha serie de condicionados. Entre eles aparecen requisitos para a manobra, dicindo: ...”deberá contarse cos seguintes remolcadores mínimo: Dous (2) remolcadores ASD de 60 toneladas e Dúas (2) remolcadores de 45 toneladas”. Esixencia concordante con outras recomendacións europeas para aumentar a seguridade nas manobras con buques gaseiros pero incompatible co cumprimento da norma UNE- EN 1532, recoñecida como de obrigado cumprimento no proxecto de construción Ref. 6, tomo 23.

Así, ao esixir a necesidade de remolcadores polas dificultades propias da canle de acceso á  ría de Ferrol, está confirmando que o buque non pode manobrar e saír polos seus propios medios e xa que logo non pode cumprir coa norma UNE-EN 1532.
4.2.- Condicionantes a ter en conta.

4.2.1 Duración da descarga.
  • A descarga dun gaseiro de 135.000 m3, polos condicionantes impostos polo estado do gas, fai que esta se prolongue durante unhas 12 horas ou máis.

4.2.2 Influencia da marea no calado dispoñible.
  • Nese tempo de descarga a marea estivo variando o calado na contorna do buque, de modo que en algo máis de 6 horas variou desde un calado máximo a un mínimo. Isto provoca que nun día teñamos unha sucesión alternada de dúas mareas altas e dúas baixas.
  • As variacións en altura das mareas dependen fundamentalmente do efecto combinado da posición da Lúa respecto da Terra (períodos duns 28 días) e da Terra respecto ao Sol (período anual), sendo -xa que logo- diferentes para cada día e época do ano.
  • Tamén varían coa situación xeográfica. Así, en mares parcialmente pechados como o Mediterráneo, a limitación imposta polo estreito de Xibraltar ao intercambio de auga co océano, fai que a oscilación da marea sexa moito menor que en costas unidas directamente ao océano. Así na costa do levante español a oscilación da marea é inferior a 1 m, mentres que na costa atlántica pode chegar a superar os 4.5 m.
  • Dependendo da situación da terminal de gas, o buque non poderá abandonar o peirao e afastarse da terminal, tal como esixe a norma, se nalgún momento da descarga o calado na canle de saída ata mar aberto é inferior ao do buque, máis a marxe de seguridade, xa comentada en 4.1.3, en función do tipo de fondo e buque.
  • Dependendo da situación da terminal de gas, o buque non poderá abandonar o peirao e afastarse da terminal, tal como esixe a norma, se nalgún momento da descarga o calado na canle de saída ata mar aberto é inferior ao do buque, máis a marxe de seguridade, xa comentada en 4.1.3, en función do tipo de fondo e buque.
  • As cartas náuticas dánnos os datos dos calados en marea baixa equinoccial, isto é a máis baixa que se pode dar dentro dun período dun ano.

4.2.2 Influencia da marea e dimensións do buque na maniobrabilidad.
  • Se o porto está no interior dunha ría e a canle de acceso é estreito, ás limitacións de calado súmase o efecto negativo da presenza de correntes -debidas ao fluxo de auga das mareas- sobre a efectividade do temón, e xa que logo, sobre a maniobrabilidad do buque.
  • Así, son máis desfavorables os momentos en que a corrente leva o mesmo sentido que a velocidade do buque porque diminúe a velocidade relativa da auga respecto ao temón, facéndoo menos eficaz, ata ata chegar a inutilizarlo se se igualan as dúas velocidades.
  • Esta influencia é o que fai que nas conclusións o estudo de dragado da ría de Ferrol realizado por PROES dígase que, aínda que se realice o calado á cota de 11.5 m, os buques non terían condicionante polo calado pero seguirían tendo imposibilitada a súa saída no período comprendido entre 2 e 5 horas logo da pleamar, que é cando a corrente de auga saínte é mais forte.
  • Tamén no estudo de Marin de xuño de 2005, no apartado 6.3.6 do seu anexo IV di : “Conclusións relativas ás saídas de urxencia, condicións Sc009 e Sc010:
    En función das simulacións realizadas, pódese chegar á seguinte conclusión: a saída cunha marea de refluxo completa debe evitarse, recomendándose esperar ata unha marea media”
    .
  • Os gaseiros que poden actualmente chegar ás terminais son de ata unha capacidade de 140.000 m3, cunha eslora de ata 280 m, e calado de 11.5 m e manga de 45 a 50 m.

5.- DATOS DE CANLES DE ENTRADA NOUTROS PORTOS ESPAÑOIS CON PLANTAS DE REGASIFICACIÓN.

Os portos estudados son aqueles que xa teñen en funcionamento, están instalando ou se instalará  a curto prazo plantas de regasificación de gas natural licuado. Estes son os portos de: Barcelona, Bilbao, Sagunto, Cartagena, Huelva e Mugardos (na ría de Ferrol).

Do de Xixón aínda non se dan datos porque aínda se está construíndo o porto exterior onde irá situada a planta, pero ao ser un porto de nova construción é de esperar que se dimensione para os tráficos reais previstos, entre eles os gaseiros cargados con destino á planta de regasificación situada nese mesmo porto.

Na táboa seguinte resúmense dos datos para cada un dos portos. Os calados obtéñense das cartas dixitais da Ref. 7, para información de calados, axudas á navegación e condicións da canle de entrada, cando exista como tal.

Así, para Barcelona, e con datos da Autoridade Portuaria, o calado no peirao de gaseiros é de 13 m e 16 m na canle. En Bilbao a carta dá uns datos de máis de 20 m desde o pantalán de gaseiros e a bahía é de gran amplitude. En Sagunto a canle dragada é de 12 m de profundidade. En Cartagena a atracada se realiza  practicamente fora do espigón e con calados superiores a 17 m. En Huelva, -a canle, que é a mais longa- é a desembocadura dos ríos Tinto e Odiel que se mantén dragada e presenta dous tramos rectos cun cambio de dirección de 44º. A súa Autoridade Portuaria dá uns datos de calado en toda a súa lonxitude e coa marea máis baixa de 11.9 m. A canle de acceso á ría de Ferrol, sinuosa e estreita, implica realizar varios cambios de rumbo, con grandes limitacións polo estreito dalgúns tramos e calados de escasos 11 m nalgún punto. Ademais o fondo rochoso non deixa moita marxe de seguridade ante unha posible embarrancada, que podería ocasionar danos no casco do buque co risco correspondente.

Todos os portos, excepto o de Ferrol, permiten a saída de urxencia dun gaseiro polos seus propios medios. Destaca, por negativo, o da ría de Ferrol, pola súa estreiteza, o sinuoso do seu percorrido e o seu calado extremadamente xusto, que só permite a saída de urxencia en marea alta diúrna e isto auxiliado cun mínimo de dous remolcadores, xa que as normas de navegación do porto de Ferrol, redactadas especificamente para grandes buques gaseiros, Ref. 8, así o esixen polas correntes existentes e os continuos cambios de rumbo que é necesario facer, imposibles de realizar polos seus propios medios.

É de destacar que en todos os portos, excepto o de Ferrol, a saída do gaseiro desde o peirao de atracada pódese realizar cun só cambio de rumbo e as canles de saída son rectos ou cun só cambio duns 40 º entre eles.

En canto aos anchos de canle, mentres que en Ferrol é duns 160 m, no resto superan os 380 m nos máis estreitos e 450 m noutros.

(Ver táboa comparativa na seguinte páxina)


PORTO Nº de cambios de rumbo necesarios para saír a alta mar desde a posición de atraque Cambio de rumbo necesario (estimados sobre carta) Ancho do canle de acceso (m) Longo da canle ata augas libres (calado>15 m) Observacións
Barcelona 1 82º 380 0 Canle recto profundidade 16 m
Bilbao 1 22º Non existe
como tal
0 Moita amplitude e calado superior a    20 m desde o atraque
Sagunto 1 146º 450 1300 Canle recto
calado constante
de 12 m
Cartaxena 1 26º 420 130 A saída máis directa
Calados superiores
a 17 m
Huelva 1 44º 194 entre boias 7500+3200 Canle recto en dous tramos. Dragado de calado constante
>11.9 m
Mugardos
(Ferrol)
6 27º; 45º; 58º ;
70º; 55º e 26º
160 4500 Canle sinuoso. Fondo rochoso e calado variable e escaso
Hai puntos de 11 m


 

6.- NORMAS DE CAPITANÍA MARÍTIMA (APROBADAS POR MINISTERIO DE FOMENTO) PARA TRÁFICO DE GRANDES BUQUES GASEIROS.
 
En abril de 2007 pouco antes da primeira entrada dun buque gaseiro cargado con gas natural licuado, con destino á planta de regasificación de Mugardos, no interior da ría de Ferrol, redactáronse e aprobaron unhas normas específicas para gaseiros Ref. 8, diferentes ás existentes para o resto de tráficos, recollidas na Ref. 6.

Nestas normas específicas para gaseiros cargados, a Capitanía Marítima de Ferrol fixa unhas Normas de Seguridade, específicas para grandes gaseiros, cuns requisitos diferentes respecto das comúns a outros buques que son:

"O acceso efectuarase sempre con luz diúrna e cunha visibilidade de polo menos 1.200 m e un resgardo baixo a quilla de polo menos, 12% e, sempre, nas condicións de mar e vento establecidas, para este tipo de buques, no estudo efectuado por CEDEX, actualmente cun límite de ventos de ata 15 nós de media" ...

"A manobra de entrada e saída efectuaranse con dous prácticos a bordo". Para outro tipo de buques só esíxese a presenza un práctico.

"Non se permitirá o cruzamento con calquera outro buque sen excepción de porte ou clase”.

Sobre calados e marxe de auga baixo a quilla: “ademais dos estipulados nos criterios de navegación, e un resgardo de auga baixo a quilla de polo menos, 12%” ...
Sobre remolcadores á  entrada: “Unha hora antes da pleamar diúrna e con anterioridade á chegada do buque á zona de embarque dos prácticos estarán ... 2 remolcadores de 50 t efectivas de tracción a punto fixo, de propulsión especial; Azimutal Stern Drive (ASD), ou Voith Schneider, que amarrarán a popa do buque onde lle asistirán na manobra de entrada” ...

"Antes da baliza do Segaño, tomaranse 2 remolcadores a proa do buque"? ...

“Os catro remolcadores acompañarán e asistirán ao buque durante toda a navegación pola canle de acceso e ata a súa atracada no peirao” ...

Á saída: “As manobras de desatraque e saída realizaranse coa mesma composición de remolcadores que na entrada e o reviro do buque"...

Así, ao esixir as operacións diúrnas, marea alta, a necesidade de 4 remolcadores e duplicidade de práctico a bordo está confirmando que polas dificultades propias da canle de acceso á ría de Ferrol, o buque non pode manobrar e saír polos seus propios medios e menos en calquera momento da marea. 

Aínda que na citada norma específica para gaseiros, fálase dun fondeadeiro de urxencia, para o caso dunha urxencia na terminal, na realidade non é operativo moitos cento de horas ao ano. De feito o pasado 20 de abril de 2010, houbo un incendio na empresa Forestal do Atlántico, lindeiro coa planta de gas, mentres un gaseiro estaba descargando gas natural licuado a menos de 200 m do punto do incendio. Aínda que a prudencia e esta normativa recomendaría afastar o gaseiro para evitar un posible efecto dominou, había unha imposibilidade manifesta de poder afastalo cara o fondeadeiro porque neses momentos había marea baixa e non tiña calado suficiente, pondo desta forma en perigo a toda a poboación existente nas dúas marxes da ría de Ferrol.


7. DISCRECIONALIDADE NO ORZAMENTO DO PROXECTO.
  
A modo de exemplo puntual destácase a existencia no orzamento de discrecionalidad na definición  das diferentes partidas.

Pódese ver no desglose das grandes partidas do orzamento:
  • Capitulo 1. Dragado en canle a cota -12 importe total 54.901,93
  • Capitulo 2. Dragado en marxes da cota -10 m importe total 17.866.68
  • Capitulo 3. Varios:
    • Mobilización/desmovilización equipos 60.000,00
    • Repaso terminación zona dragada 8.000.00
    • Aplicación medidas correctoras 30.000,00
    • Xestión residuos 3.000,00
    • Outras partidas: seguridade, etc. 5.827.07

O total do capítulo 3, é de 106.827,07 euros., mentres que o total dos outros dous capítulos, os que realmente son obras a realizar só alcanzan 72.768.61 euros.

Se se mira o desglose de cada capítulo pódese ver que, mentres nos dous primeiros chéganse a detalles tan esixentes como é distinguir dragados de 0,040 m3 (ver medicións capitulo 1 perfil 1), que con prezo unitario de 9.79 euros vai supor 0.39 euros do total de obra de 179.595,93 euros , e con todo das partidas do capítulo 3, aínda que se declaran como partidas alzadas a xustificar,  que supoñen mais do 60 % do proxecto, sen especificar, nin detallar, nin xustificar o alcance de ningunha delas. Mais que unha partida dun orzamento parece un caixón de xastre, ou saco sen fondo, onde se pode meter o que ao dúo contratista-director de obra lle veña en gana, sen que aparentemente, a ninguén lle doan os diñeiros. Por encima destes capítulos tan xenerosamente aceptados, aínda aplican un 13 % de gastos xerais (23.347 euros) e un 6 % de beneficio industrial (10.775 euros máis). Parece un bo negocio para calquera empresa que opte á adxudicación: varias partidas que só debes xustificar posteriormente coa dirección facultativa e sobre todos os gastos, un 19 % de marxe de manobra (13 % 6 %). IVE aparte, por suposto.

A responsabilidade ante estas irregularidades é de quen acepta este orzamento sen pedir explicacións ao mesmo como podían ser: unha relación de equipos a desprazar, desde onde, modo de transporte, duración do traslado. Desglose do “repaso terminación zona dragada” con indicación de volume estimado e medios utilizados. Desglose e detalle das medidas correctoras. Que tipo de residuos esperan xerar? onde se van a tratar?. Detalle dos elementos de seguridade a empregar, etc.

No EIA arguméntase que para minimizar a afectación á biodiversidade por causa do dragado leste vaise a realizar utilizando cemento expansivo. Con todo, no documento medicións, capitulo 3 VARIOS di: “1,00 P.A. Perfilado de roca con emprego de martelos pneumáticos naquelas zonas das detectadas nos planos de proxecto nas que non se poidan empregar explosivos e no repaso da terminación das zonas dragadas con explosivos”.

No propio proxecto tamén se contempla o uso de explosivos. En concreto no anexo 6. Xustificación de prezos. Apartado 3 . Partidas alzadas a xustificar, insiste no mesmo, perfilado en roca: “Esta unidade comprende a posibilidade de que queden pequenas zonas nas que o uso de explosivos resulten inviable polo espesor do estrato ou a distancia respecto do límite da voadura” Quedan pois demostradas as contradicións do proxecto en canto á utilización de explosivos.


8.- IRRESPONSABILIDADE MANIFESTA DAS ADMINISTRACIÓNS ANTE CONSULTAS E ESTUDOS DE NAVEGACIÓN ANTERIORES.

É absolutamente inaceptable as accións de diferentes administracións ante os resultados dos estudos técnicos realizados.

No ano 2001, na fase de aprobación inicial do proxecto de planta de regasificación, A Dirección Xeral de Política Enerxética e Minas, do Ministerio de Industria, realizou unha consulta a diferentes administracións sobre a posibilidade da construción dunha regasificadora no interior da Ría e as súas posibles consecuencias. Unha das consultadas foi a Autoridade Portuaria de Ferrol, que por considerar que podía afectar á navegación, trasladou dita consulta á Capitanía Marítima do Porto de Ferrol. Por incrible que pareza agora á vista do proxecto de dargado, a Capitanía contestaba que (ver ANEXO 2): “dado que a concesión solicitada, é unha obra a efectuar en terra firme, a mesma, non afecta á seguridade marítima nin á navegación, polo que, por parte desta Capitanía Marítima, non existe inconveniente algún para acceder ao solicitado”.

Curiosa contestación, tendo en conta que se unha das responsabilidades desta Capitanía  é a seguridade na navegación, tería algo que dicir respecto do futuro tráfico de gaseiros imprescindibles para o funcionamento de planta regasificadora. Neste caso preferiron mirar para outro lado, evitando manifestarse, cando en realidade non lle estaba preguntando sobre as instalacións en terra , que son responsabilidade doutras administracións, senón sobre as consecuencias que podería ter sobre a navegación e seguridade marítimas, que é o que agora sae á luz.

Mentres que Capitanía Marítima evitaba responder á consulta que lle realizaban, a Autoridade Portuaria contestaba á súa vez que “para responder sobre o cumprimento da norma UNE-EN 1532 -sobre saída á mar de buques metaneros en caso de urxencia-” confórmase con dicir que tanto no proxecto básico -de marzo de 1999- como no adendum ao mesmo, cítase a citada norma entre a lexislación aplicable”, sen comprobar en ningún momento se na realidade e para o caso concreto da canle de entrada/saída á ría de Ferrol e para o tráfico de grandes buques gaseiros cargados, se efectivamente poderíase cumprir ou non.

Noutro parágrafo non teñen inconveniente en dicir que: “Neste sentido, os estudos indican que non é necesaria a modificación da canle de navegación e as repercusións da operación dos metaneros non deben implicar modificacións substanciais adicionais ás xa coñecidas polos buques de similares características que operan na Ría de Ferrol na actualidade”.


En contra destas afirmacións, en maio de 2007 redactaron unhas normas especificas para os gaseiros cargados, onde obrigan a utilizar o servizo de dous prácticos (en ningún outro barco esixiuse ata agora), catro remolcadores con capacidades de tiro de polo menos 50t cada un (que non se cumpren), dous deles de propulsión especial VOID ou ASD, que prohibe o trafico de calquera outro buque pola canle de entrada durante as súas manobras, que obriga a manter unha zona de seguridade de 300 m ao redor do gaseiro, onde se prohibe o movemento de calquera tipo de embarcación mentres dure a manobra de descarga, etc.

Outras influencias do proxecto da planta de regasificación e dos estudos consecuentes que se realizaron foron modificacións esixidas á sinalización da canle de entrada: aumento da intensidade das luces de abóialas, duplicar abóiaa do Segaño, modificar a enfilación de entrada, sinalar cunha aboia os baixos Merloeiras, etc.

Onde queda agora o que afirmaban en 2001 de que non tiña consecuencias para a navegación? Como é que non puideron nin imaxinar algunha de todas estas consecuencias intrinsecamente relacionadas coa instalación e operación dunha planta de regasificación no interior da Ría de Ferrol?

Tamén é inaceptable que aínda que o resultado do estudo do CEDEX de xullo de 2006 conclúe que en varias zonas da canle excédese o índice de risco tomado como referencia do 15 %, xa de seu suficientemente elevado, en xuño de 2007 a Autoridade Portuaria de Ferrol, preguntada por asociacións de veciños, conteste (ver anexo 3) que: “resolución adoptada pola Autoridade Portuaria en relación co estudo de dragado na canle de entrada á Ría de Ferrol, infórmaselle que das conclusións do citado estudo despréndese a innecesariedad de realizar un dragado en devandita canle, polo que non se adoptou por esta Autoridade Portuaria ningunha resolución sobre o obxecto do estudo, tomando como base o mesmo”.

Que é o que cambiou nestes anos para que agora retomen o proxecto de dragado? Desde logo a canle non cambiou. Con todo deben ser conscientes aínda que se fixese, non resolvería o único e moi grave problema real de navegabilidad na canle de entrada á ría de Ferrol, que non é outro que o tráfico de gaseiros cargados con destino á planta regasificadora de Reganosa en Mugardos.

Intentar presentar agora o problema entre mesturado con outro tipo de tráficos é seguir tratando de consentir nunha instalación que nunca debeu aprobarse nesa situación e que se o logrou foi coa conivencia de moitas administracións, como a Autoridade Portuaria, entre moitas outras.

Por todo isto,

SOLICITA sexa rexeitado de inmediato o proxecto de dragado e do seu Estudo de Impacto Ambiental -EIA- por estar baseado en datos de partida manipulados e representar un acto de puro trámite que pretende dar cobertura legal co fin de seguir permitindo a actividade dunha instalación ilegal, que só achega riscos innecesarios pola súa inadecuada localización.

Ferrol, a 15 xullo de 2010  

Referencias citadas no texto  

[1] Norma UNE-EN 1532. "Instalacións e equipos para gas natural licuado. Interfaz entre buque e terra"
[2] Norma UNE-EN 1473. "instalacións e equipos para gas natural licuado, deseño das instalacións terrestres"
[3] Software de navegación MAXSEA© de Informatique et Mer S.A. (Francia)
[4] Software Google Earth©, de acceso libre por Internet
[6] Criterios de Navegación e Remolque. Autoridade Portuaria de Ferrol-San Ciprian
[3] "Selección e Deseño do lugar para terminais e portos para GNL" (Site Selection and Design for LNG Ports and Jetties). SGITTO (Asociación de Navieros e Operadores de Terminais de GNL)Boletín nº 14. ISBN: 1 85609 129 5
[4]"Safety and Technology Developments in LNG Terminals and Vessels".IGU (Internacional Gas Unión)
[5] Resolución da Dirección Xeral de Política Enerxética e Minas do 13 de febreiro de 2004 autorizando a construción da planta de gas en Mugardos
[6] Proxecto Construtivo presentado por Reganosa. (Xuño 2003)
[7] Software de navegación MAXSEA© de Informatique et Mer S.A. (Francia)
[8] Normas de Seguridade para a entrada, atracada, desatraque e saída de grandes gaseiros na ria de Ferrol. Ministerio de Fomento, 27 abril 2007
_________