sábado, decembro 06, 2014

Oito organizaçons da esquerda patriótica assinam manifesto pola independência nacional

Reproduzimos o manifesto feito  público na tarde de hoje por 8 organizaçons da esquerda soberanista galega perante o próximo 6 de dezembro.

O documento assinado por AGIR, BRIGA, Causa Galiza, Ceivar, Coletivo Nacionalista de Marim, Mulheres Nacionalistas Galegas, NÓS-Unidade Popular e o Partido Comunista do Povo Galego afirma que “a única via possível para abordar com vocaçom de superaçom definitiva as problemáticas sócio-económicas, laborais, ambientais, identitárias, etc. que aqueixam o povo galego segue a ser separarmo-nos definitivamente de Espanha e conquistar a plena soberania política”.

Eis o manifesto na integra.


6D Galiza nom tem nada que celebrar | Pola independência nacional | Contra a Constituiçom espanhola | Contra a ‘Segunda Transición’.

Neste 6 de dezembro, o regime celebra na Galiza o 36º aniversário do referéndum de 1978 em que aprovara a sua Constituiçom. Justo é rememorar agora que naquela altura o povo galego virou maioritariamente as costas ao projeto, apoiando-o apenas 44% do recenseamento eleitoral. Em idêntica situaçom de ilegitimidade encontrou-se tempo após o atual Estatuto de Autonomía, que apesar de contar com a promoçom das principais forças e poderes políticos, empresariais e financeiros espanhóis, foi recebido em 1980 com umha fria abstençom geral e o voto afirmativo de tam só 20% das eleitoras e eleitores galegos.

No entanto, Constituiçom espanhola e Estatuto de Autonomía som desde entom, apesar desta congénita falta de legitimidade democrática, as pedras angulares da arquitetura institucional espanhola na Galiza.

Agora que se cumprem 36 anos da implementaçom deste quadro legal contamos com a experiência coletiva necessária para certificarmos que as prediçons que no seu dia figeram o nacionalismo e o independentismo galegos foram acertadas. O tempo verificou de modo incontestável que a operaçom político-económica baptizada como Transición Española foi umha fraude colossal contra este país e os princípios mais elementares da democracia. O seu único fim era perpetuar os traços básicos do regime chantado na Galiza com as armas e o Genocídio desde 1936, isto é, a subordinaçom político-económica ao Estado espanhol, a vulneraçom do direito de autodeterminaçom, a desmobilizaçom e desestruturaçom da sociedade galega e a preservaçom na Galiza dos privilégios da oligarquia espanhola e as suas instituiçons associadas -monarquia, Igreja Católica, Exército, etc.-.

36 anos após aquel referéndum fraudulento aprofundou-se e agravou-se ao limite a dependência do país e os sintomas negativos a ela associados: desemprego e emigraçom estruturais, empobrecimento crescente da populaçom apesar de sermos umha naçom rica em recursos, sobre-exploraçom da força de trabalho, espólio e degradaçom do território e dos recursos energéticos, biológicos e minerais, avelhentamento demográfico e éxodo da mocidade, involuiçom legal e social nas conquistas das mulheres, retrocesso permanente da presença social da língua e a cultura próprias, etc. Todo sob a manto protetor e promotor da direita neofranquista e clientelar, que fijo do extermínio do país a sua missom histórica. A experiência constatou que o genocida Francisco Franco dizia a verdade quando assegurou que o regime espanhol que o sucederia estaria atado y bien atado.

Sob este quadro constitucional, e no marco das luitas políticas e sociais dos últimos 36 anos, centenas de galegas e galegos fôrom, e som, retaliados, espancadas, multados, detidas, encarcerados e mesmo torturadas a maos das Fuerzas de Seguridad del Estado.

Hoje, com o Estado espanhol devorado pola corrupçom e submetido a umha tripla crise de modelo territorial, de modelo económico-produtivo e de legitimidade, os poderes fáticos aprestam-se para reeditar com novas modalidades a fraude perpetrada em 1978. Falam, de fato, de Segunda Transición Española. Como daquela, pretendem mudar algo para que todo continue na mesma, reproduzindo o espólio do povo e do território com as sequelas conhecidas. Contam nesta tarefa com a cumplicidade ativa, e imprescindível, da auto-denominada esquerda federalou esquerda ruturista espanhola, que igual que figeram PSOE e PCE na altura se oferecerám para dar à operaçom a necessária pátina de legitimidade. Como daquela, também, o regime reserva a repressom e a persecuçom para quem denunciem e enfrontem estrategicamente esta fraude que se prepara.

Nesta conjuntura, com umha aceleraçom dramática dos processos de exploraçom social e perda de auto-reconhecimento e capacidade de decisom como naçom, com um povo sob estado de choque e umha confusom notável na direçom do nacionalismo hegemónico a respeito do caminho a seguir, as forças políticas e setoriais independentistas galegas abaixo assinadas queremos proclamar alto e claro três questons ao do presente:

1ª Hoje, quando se fragua a Segunda Transición Española, a única via possível para abordar com vocaçom de superaçom definitiva as problemáticas sócio-económicas, laborais, ambientais, identitárias, etc. que aqueixam o povo galego segue a ser separarmo-nos definitivamente de Espanha e conquistar a plena soberania política, isto é, a independência nacional e a constituiçom do nosso próprio Estado ao serviço da maioria social do país. Toda folha de rota que persiga o “encaixe” ou a “integraçom harmónica” da Galiza em Espanha situa-se, objetivamente, ao serviço da oligarquia.

2º Qualquer quadro jurídico-político constitucional espanhol é a garantia da perpetuaçom da situaçom atual. Neste sentido, queremos explicitar que a eventualidade da participaçom de forças nacionais galegas num futuro processo de reforma da Constituiçom espanhola ou do Estatuto de Autonomía suporia retornar sobre umha via morta, que nega o direito de autodeterminaçom, e trair o processo de liberaçom nacional. Espanha é a nossa ruína, efetivamente, sabemo-lo, à margem do regime político que postule para perpetuar a nossa dependência.

3º Os setores populares nacionalistas, independentistas e soberanistas e o conjunto deste povo enfrentaremo-nos em breve, quando o regime inicie a reestruturaçom programada, a um dilema estratégico entre impulsionar a meio e longo prazo um conflito político e um processo independentista de massa rumado à definitiva rutura com Espanha, ou a cumplicidade com a sua readpataçom cosmética. As e os independentistas tendemos as nossas maos a todos os setores populares dispostos a enfrentar a fraude em curso da Segunda Transición Española e por proa sem ambigüidades, sem duplos jogos e com honestidade face a conquista da plena capacidade de decisom e a independência como povo.

Denantes mortos e mortas que escravos!

Viva Galiza ceive, socialista e antipatriarcal!

Independência e socialismo!

Agir, Briga, Causa Galiza, Ceivar, Coletivo Nacionalista de Marim, Mulheres Nacionalistas Galegas, NÓS-Unidade Popular e Partido Comunista do Povo Galego.

Enviado por:
NÓS-Unidade Popular NÓS-UP
-nosup.imprensa@gmail.com-
5 de dezembro de 2014 18:54
http://www.nosgaliza.org/
_______________

O necesario acto de contrición e espírito de enmenda da Avogacía do Estado. E non me refiro á querella contra o pequeno Nicolás, ... Por Patricia Gabeiras - De todos os casos que levei é particularmente sangrante o caso REGANOSA


Por Patricia Gabeiras [*]
06.12.2014


O corpo de Avogados do Estado é sen dúbida un dos corpos de xuristas mellor formados deste país. A eles correspóndelles, segundo a Lei 52/1997, a asistencia xurídica e a representación e defensa en xuízo do Estado.
En tanto que asesores do Estado son pezas crave na defensa do Estado de Dereito.

Moitos deles asumiron até responsabilidades de goberno e ocuparon as secretarías dos diversos organismos reguladores e das máis importantes compañías enerxéticas e financeiras deste país.

Con todo, a pregunta que desde fai tempo róldame na cabeza e que veño nesta ocasión a suscitar de "viva voz" é; cal foi o papel dos Avogados do Estado durante moi longos anos negros de corrupción sistémica que padecemos?, onde estaban moitos deles cando o noso Estado de Dereito necesitounos?

É doloroso recoñecer que en múltiples ocasións as Administracións Públicas e as grandes corporacións enerxéticas e financeiras conseguiron dar aparencia de legalidade formal a actos materialmente ilegais, servíndose para iso da intervención dalgúns Avogados do Estado que puxeron os seus coñecementos ao servizo do actuacións abusivas e antisociais.

Son moitos os Avogados do Estado que ostentan a dirección da unidade de cumprimento normativo de entidades financeiras reiteradamente condenadas polos Tribunais de Xustiza por faltar ás súas obrigacións informativas, así como os que subscribiron informes nos que se sostiñan posicións xurídicas impúdicas en beneficio deses opacos intereses político-económicos que estiveron movendo os fíos da nosa Administración durante demasiado tempo.

Sei que é duro o que digo, pero por desgraza sabemos que é certo.

Levo anos preiteando contra bancos e compañías enerxéticas e foron moitas as ocasións nas que me atopei fronte a Avogados do Estado cuxas posicións e actuacións, desde un punto de vista estritamente xurídico, non respondían a un exercicio social e responsábel do Dereito.

De todos os casos que levei é particularmente sangrante o caso REGANOSA.

Son xa trece os anos que levo preiteando prol bono, en nome do Comité Cidadán de Emerxencia daRía de Ferrol, polo peche da planta de regasificación de gas natural licuado que a empresa REGANOSA incrustou no interior da Ría de Ferrol; no epicentro da comarca de Ferrolterra. Unha zona densamente poboada e que, ademais, conta con moi importantes recursos naturais.

REGANOSA, como ben di o lema da plataforma veciñal que pugna polo9 seu peche, é unha instalación "ilegal e perigosa", cuxa construción é froito da corruptela política e económica que imperou durante décadas no noso país.

Na actualidade REGANOSA é unha planta que, ademais de ilegal e perigosa, é absolutamente ineficiente e que, tal e como vaticinamos nos nosos primeiros recursos, mantívose, desde a súa apertura, baixo o mínimo técnico de actividade; porque nin Galicia necesitaba de semellante instalación, nin existía consumo suficiente fose da Comunidade Autónoma que a xustificase.

O máis grave é que, malia as escuras orixes de REGANOSA e de que era e é inviábel desde un punto de vista técnico e financeiro, segue percibindo esa famosa retribución fixa que tanto encarece o noso "sistema enerxético"; esa retribución fixa que non fai senón engordar o déficit do gas que crece de xeito exponencial ano a ano e que finalmente asumimos os cidadáns.

En definitiva, a construción de REGANOSA non serviu para nada máis que para enriquecer a uns poucos, isto é, aos seus sucesivos socios; prebostes como a Xunta de Galicia, a alxerina Sonatranch, Caixa Galicia -hoxe Abanca- Endesa, Unión Fenosa, Gas Natural e, como non, ao por entón cacique local (sempre, sempre hai un cacique local).

E mentres uns poucos se enriquecen, outros moitos -a poboación enteira de Ferrolterra- queda sometida de xeito innecesario a un perigo real e se empobrece ao conxunto dos españois, que han de pagar centos de millóns de euros a través dos recibos mensuais da luz por razón dunhas instalacións que naceron pervertidas, no fondo e na forma.

Con todo e malia o seu inviabilidade orixinal por razóns de seguridade, medio ambientais e técnico-financeiras, REGANOSA conseguiu todas e cada unha das autorizacións que tiñan que lle outorgar as respectivas, sucesivas e bicolores administracións (local, autonómica e estatal) de tal modo que, finalmente, tras esquivar todos os obstáculos formais, REGANOSA foi construída e posta en funcionamento para total sorpresa da poboación que a viu erixirse na marxe esquerda da Ría de Ferrol.

E a este despropósito contribuíron, sen dúbida, algúns Avogados do Estado.

Porque. Onde estaban os Avogados do Estado do Ministerio de Medio ambiente cando este sostivo no seu día que a instalación non requiría de Declaración de Impacto ambiental algunha?; Onde os Avogados do Estado que permitiron que a Comisión Nacional da Enerxía, non advertise da ilegalidade da instalación e que consentiron que este organismo, que se supoñía regulador, dese o seu preceptivo visto bo á instalación contribuíndo ao vergonzante sobredimensionamento e ineficiencia da que adoece o noso sistema enerxético?; Que papel xogou a Abogacía do Estado do Ministerio de Industria que, así mesmo, deu o seu beneplácito ao outorgamento das Autorizacións de instalación e construción malia que lles constaba que nin se habían avaliado ex ante os moi elevados riscos para a poboación que implica este tipo de instalación, nin o Ministerio de Medio ambiente había avaliado o seu impacto ambiental? ; e, para rematar, que papel xoga a Avogacía do Estado e os Avogados do Estado de xeito individual e impenitente opuxéronse nos Tribunais ás nosas lexítimas pretensións, ben en representación da Administración, ben en representación das grandes corporacións enerxéticas e financeiras ás que se debían? Obrigando deste xeito a que, en casos como o de REGANOSA, as plataformas cívicas sen recursos financeiros haxan ter que chegar até o Tribunal Supremo para defender non só os seus dereitos civís, senón tamén ao Estado de Dereito, cuxa defensa en principio correspóndelles precisamente a eles.

É desolador observar como moitos Avogados do Estado situáronse, de xeito sistemático, en contra da cidadanía e da legalidade vixente á que á fin e ao cabo todos nos debemos. E aínda cando algúns pretendan defender a súa posición invocando o ámbito interpretativo da lei e/ou unha hipotética dependencia da Administración-cliente que lles obriga á súa defensa, habemos de recordarlle que aínda que as leis son interpretábeis non son, nalgún caso, un chicle maleábel a vontade pola Administración de quenda e que á Avogacía do Estado tampouco lle é de aplicación a eximente da obediencia debida, porque precisamente o control do acto antixurídico é o obxecto mesmo da súa competencia.

Os Avogados do Estado non poden actuar de xeito laxa ante actuacións administrativas executadas en fraude de lei, nin deben contribuír a que a Administración de Xustiza se atope saturada co enxuizamento de preitos que nunca deberon de iniciarse e que con case toda probabilidade acabarán cunha sentenza condenatoria para os seus "clientes", xa sexa o Estado, xa a corporación de quenda.

Por outra banda, a Avogacía do Estado ten unha posición no control preventivo e vixilancia do cumprimento e aplicación das leis por parte das Administracións Públicas que é vital nun Estado de Dereito e é por iso que deben reflexionar sobre o papel que queren xogar nun futuro e sobre os cambios que teñen que afrontar para garantir o exercicio responsábel da súa profesión e para contribuír á rexeneración democrática deste país.

Mentres tanto, e en tanto esa reflexión non se produza, continuaremos confiando en que sexa o Tribunal Supremo o que cumpra en último término co control final da legalidade en casos como o de REGANOSA, unha planta que é sen dúbida "ilegal e perigosa" e que a Avogacía do Estado se concentre en algo máis produtivo e máis necesario para o fortalecemento do Estado de Dereito que a querela contra o pequeno "Nicolás".

[*] Patricia Gabeiras Vázquez, Doutora en Dereito pola UNED e a Universidade Carlos III de Madrid (2013). Licenciada en Dereito e Diplomada en asesoría de empresa pola Universidade Complutense de Madrid (1993). Profesora Asociada do Departamento de Dereito Mercantil da Universidade Carlos III de Madrid. Fundadora da Asociación de Usuarios Afectados por Permutas e Derivados Financeiros da cal tamén exerce como avogada, obtendo resultados de público recoñecemento. É a avogada do movimento veciñal, social e ecoloxista opositor a Reganosa e  leva todos os procesos xudiciais do Comité Cidadán de Emerxencia daRía de Ferrol contra Reganosa e conseguiu que o Tribunal Supremo ditara Sentencia firme e inapelábel contra a planta de gas localizada no concello de Mugardos.

Publicado inicialmente no sitio-e de EJABOGADOS. | 03.12.2014 | Acceder.
---

Axuda economicamente ao CCE mercando Lotería de Nadal. Que vai tocar !


O COMITÉ CIDADÁN DE EMERXENCIA PARA A RÍA DE ERROL, TAMÉN NECESITA NESTES MOMENTOS AXUDA ECONÓMICA, PARA CONTINUAR COS PROCESOS XUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS ABERTOS: COLABORA.

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org



Enviado por:
comitecidadan
-comitecidadan@gmail.com-

4 de dezembro de 2014 22:13
Interesante artigo de Patricia Gabeiras, avogada do Comité Cidadán de Emerxencia, en torno aos Avogados do Estado e Reganosa, no blog ejabogados.
___________

Gas, ... Por Amadeo Varela


Por Amadeo Varela [*]
16.08.2014


Seica vai en serio a idea de usar o gas natural licuado para a navegación dos buques mercantes. E unha outra vez, faise unha louvanza da estratéxica situación de Navantia e Reganosa. De novo preséntase a situación da planta de gas dentro da ría como un acerto dos responsables de semellante falcatruada, acerto que só estivo para algúns no descarado negocio especulativo que o proxecto supuxo. Mais o que non poden agachar é o acerto que suporía situar a planta no porto exterior, de xeito que os buques poderían descargar mercadoría e cargar combustible á vez, co conseguinte aforro de tempo e cartos para os armadores e un considerable aforro de riscos, por non ter que entrar cargados no perigoso canal da nosa ría. E por suposto, Navantia seguiría a ter as mesmas oportunidades de construción e reparacións. A cousa semella moi clara, se pensamos coa cabeza. Pero hainos que pensan cos petos e eses non caeran da burra doadamente, senón que haberá que tiralos. Coa lei na man, claro.

Publicado no Diario de Ferrol | 03.12.2014.

Foto: Navantia e enfrente Reganosa, a pouco máis dun quilometro.

[*] Amadeo Varela Rodríguez -Ferrol 1936, foi traballador de BAZAN, é o autor de "Recordos do vello Racing" publicado no 2000, "Bazan e Ferrol - Unha simbioses perfecta?" (a historia dunha época, "... detrás de cada barco que nace, hai moitas horas de esforzo. Nesa tarefa, miles de traballadores foron gastando a súa saúde e a súa vida") publicado no 2003 e coautor de "Retallos da Memoria II" ("Memorias de neno" sobre a súa vida de pequeno nunha familia republicana perseguida), publicado no 2009. Autor de numerosas cartas e artigos na prensa local. Autor de sitios na rede sobre Ferrol. Cofundador da Asociación San Fernando para defender o Patrimonio Histórico do barrio ferrolán de Recimil contra a súa pretendida demolición, membro do Colectivo Recimil co que promoveu a Plataforma Ártabra 21 e a Plataforma en Defensa dos Espazos Públicos. Na actualidade forma parte do Colectivo Ártabra 21.

---

Axuda economicamente ao CCE mercando Lotería de Nadal. Que vai tocar !


O COMITÉ CIDADÁN DE EMERXENCIA PARA A RÍA DE ERROL, TAMÉN NECESITA NESTES MOMENTOS AXUDA ECONÓMICA, PARA CONTINUAR COS PROCESOS XUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS ABERTOS: COLABORA.

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org



Enviado por:
comitecidadan
-comitecidadan@gmail.com-

3 de dezembro de 2014 12:43
Interesante artigo de Amadeo Varela, publicado hoxe en Diario de Ferrol.
_______________

Para quen queira entender: Bhopal, 30 anos dun crime corporativo impune


Bhopal, 30 anos dun crime corporativo impune


Cando se cumpren tres décadas da catástrofe da fábrica de pesticidas en India, miles de persoas conviven aínda coas consecuencias. Amnistía Internacional reclama que a empresa estadounidense compareza ante a xustiza do país asiático, que a acusa de homicidio culposo.

Na madrugada do 2 ao 3 de decembro de 1984, un escape de gas na fábrica de pesticidas de Union Carbide Corporation na rexión de Bhopal, en India, provocou un dos máis graves desastres humanitarios e medio ambientais da historia. 24 toneladas de isocianato de metilo (MIC), un composto altamente tóxico e mortal, arrasaron toda físgoa de vida e recursos que quedaba en varios quilómetros á redonda. Calcúlase que entre 22.000 e 25.000 persoas morreron a consecuencia da fuga química e que máis de 57.000 víronse expostas a niveis nocivos deste composto, que causou malformaciones e secuelas que nalgúns casos pasaron de xeración en xeración.

30 anos despois, a empresa estadounidense propietaria daquela fábrica, Union Carbide, eludiu responder ante a xustiza india mentres miles de persoas seguen bebendo a auga contaminada ou padecendo "enfermidades xinecolóxicas" e "infertilidade", segundo denuncian os grupos de afectados e activistas.

"A miña filla non podía quedarse embarazada logo de catro anos de matrimonio. Os médicos dixéronlle claramente que si bebiches desa auga tóxica xa non poderás dar a luz", di Shahzadi Bi, unha muller de 60 anos supervivente da catástrofe. O seu testemuño foi recolleito, xunto ao doutros afectados, pola organización Amnistía Internacional nun informe con motivo destas tres décadas de impunidade.

"Á xente acabóuselle a paciencia. Seguen recordando. Seguen chorando e lamentándose polos familiares que morreron aquel día. Senten que, polo menos agora, o noso goberno e a compañía deberían escoitarnos e tomar medidas, porque trinta anos é demasiado tempo", engade Safreen Khan, de 20 anos e fillo de superviventes.

Impunidade

A situación das vítimas de Bhopal é o resultado dun labirinto de 30 anos de resolucións xudiciais, operacións comerciais, fugas da xustiza e conivencia política que até agora só beneficiou á compañía norteamericana, hoxe en mans da segunda empresa química máis grande do mundo, Dow Chemical, que comprou Union Carbide no ano 2001 e que nega calquera responsabilidade. Ademais, négase a pagar os custos da limpeza na zona.

Nun acordo extraxudicial en 1989, o Goberno indio aceptou recibir de Union Carbide Corporation unha compensación por valor de 470 millóns de dólares, tan só un 14% do que pedían as autoridades do país asiático nun principio. En todo caso, esa suma só deu para repartir uns 1.000 dólares para cada persoa afectada.
"Á xente acabóuselle a paciencia. Seguen recordando. Seguen chorando"
Posteriormente, nunha sentenza de 2010, sete empregados da compañía foron condenados a dous anos de cárcere que evitaron grazas ao pago da fianza. Warren Anderson, director de Union Carbide naqueles anos, viaxou a India uns días logo da catástrofe e foi arrestado, pero ao ser posto en liberdade até que se celebrase o xuízo fuxiu de India onde nunca máis regresou para enfrontar os cargos por homicidio. Aínda que estaba considerado prófugo da xustiza naquel país, morreu o pasado setembro con 92 anos nunha tranquila residencia de anciáns en Florida.

"Estados Unidos xamais toleraría que unha empresa de propiedade estranxeira eludise a rendición de contas polos estragos causados no seu territorio; con todo, non parece preocuparse tanto cando as tornas están cambiadas", di Salil Shetty, secretario xeral de Amnistía Internacional, de visita en Bhopal.
"EEUU xamais toleraría a unha empresa estranxeira eludir a rendición de contas"
Agora, o Goberno indio aceptou revisar as condicións do acordo de 1989 para solicitar maiores indemnizacións e voltar a avaliar o número e a gravidade dos afectados, pero parece difícil que a empresa química responda. Nas dúas vistas xudiciais celebradas en Bhopal nos últimos seis meses, Dow Chemical non se presentou.

No entanto, a presión da opinión pública sobre ela e sobre a inacción do Goberno de EEEUU neste aspecto, é forte. Segundo unha enquisa realizada por YouGov para Amnistía Internacional, un 82% dos cidadáns e cidadás indias enquisadas e un 62% d@s estadounidenses, mostrábanse a favor de que Union Carbide comparecese ante os tribunais indios para enfrontarse aos cargos por homicidio culposo que se lle atribúen. Ademais, un 70% das persoas enquisadas en India e o 45% das enquisadas en EEUU, creen que o Goberno estadounidense debe contribuír a que Dow Chemical renda contas.

Publicado por L. VILLA en Público. | Madrid 03/12/2014 00:01

Máis info en:
http://www.bhopal.net/

Enviado por:
comitecidadan
-comitecidadan@gmail.com-
3 de dezembro de 2014 12:31

http://www.comitecidadan.org/
________________

A Revista Galega de Teatro presenta o seu espazo de crítica no Culturgal


A Revista Galega de Teatro presentará o seu blog de crítica teatral  o día 7 de decembro a partir das 17.30 horas no Pazo da Cultura de Pontevedra dentro da programación do Culturgal coa actividade: “A RGT como servizo público: crítica, edición e documentación teatral”. O acto contará coa participación dos críticos Manuel Xestoso e Roi Vidal, a actriz Mónica Camaño, o tradutor Henrique Harguindey e o director da RGT, Antón Lamapereira.

O acto, que terá lugar no espazo FORO da Feira das Industrias Culturais comezará coa conversa cos críticos Manuel Xestoso e Roi Vidal, guiada pola actriz Mónica Camaño. A partir das 18.00 horas, o evento centrarase na presentación do último número da RGT en papel (nº80) e o seu traballo de difusión da dramaturxia contemporánea. Neste caso, a actividade estará guiada polo director da publicación, Antón Lamapereira e o traductor Henrique Harguindey, encargado de traducir do francés ao galego a peza “Arelantes”, de Wajdi Mouawad que inclúe o número presentado.


Blog de crítica teatral:
http://rgtcritica.wordpress.com/

A presentación terá lugar o Domingo 7 de decembro ás 17.30 no Pazo da Cultura de Pontevedra.
Máis información:
Manuel Xestoso: 619 76 66 05
Antón Lamapereira: 626 8396 75


Revista Galega de Teatro
Enviado por:
Gonzalo
-revistagalegadeteatro@mundo-r.com-
5 de dezembro de 2014 17:55

_______________

A Asociación Cultural Entre Bambalinas, editora da Revista Galega de Teatro, convoca o V Certame de Banda Deseñada sobre teatro que este ano estará dedicado ao texto Imundação, da dramaturga portuguesa Marta Freitas

A RGT convoca o V Certame de Banda Deseñada sobre Teatro

Na súa quinta edición, o concurso toma como base a obra 'Imundação', de Marta Freitas.

A Asociación Cultural Entre Bambalinas, editora da Revista Galega de Teatro, convoca o V Certame de Banda Deseñada sobre teatro que este ano estará dedicado ao texto 'Imundação', da dramaturga portuguesa Marta Freitas. Deste xeito, a RGT quere contribuír á difusión da dramaturxia contemporánea e a tender pontes entre a creación lusófona.

As persoas interesadas en participar teñen de prazo até o 9 de xaneiro de 2015 para presentar a súa adaptación nunha única páxina da escena 34 da citada obra.

O autor ou autora do traballo gañador recibirá o encargo de adaptar o texto completo para a edición que a RGT realizará en marzo de 2015.

Ademais da edición do traballo, o premio conta cunha dotación económica de 600 euros.

O texto, que foi editado no nº. 73 da RGT, pode ser consultado ou descargado na sección TEXTOS da web da revista ou solicitándoo nas librarías.

Ao longo dos últimos anos, a colección de obras gañadoras do Certame de Banda Deseñada sobre Teatro Galego lanzada pola RGT conta coas seguintes publicacións:
  • 'Doentes', de Brais Rodríguez (a partir da peza homónima de Roberto Vidal Bolaño).
  • 'Hámster', de Diego Campos Omil (a partir da peza homónima de Santiago Cortegoso).
  • Belicosario, de Juan Molina Fernández (a partir da peza homónima de Manuel Lourenzo).
  • '2132', de Diego Blanco (a partir da peza homónima de Roberto Vidal Bolaño).
* Adxúntanse as Bases do V Certame de Banda Deseñada sobre Teatro | Acceder/Baixar.

Revista Galega de Teatro
Enviado por:
Gonzalo
-revistagalegadeteatro@mundo-r.com-
2 de dezembro de 2014 18:36

_______________

xoves, decembro 04, 2014

Congreso do Centenario de Hildegart Rodríguez Carballeira, do 5 a 7 de decembro de 2014 - Ateneo Ferrolán


Congreso do Centenario de Hildegart Rodríguez Carballeira |
​Ateneo Ferrolán: R/Magdalena, 202-204. CP 15406 Ferrol | 5 a 7 de decembro de 2014.

O Ateneo Ferrolán e a Comisión para a Recuperación da Memoria Histórica da Coruña, coa colaboración da Marcha Mundial das Mulleres e da Fundación Anselmo Lorenzo, organizan o Congreso do Centenario de Hildegart Rodríguez Carballeira coa intención de lembrar a vida de Hildegart.

A figura de Hildegart Rodríguez Carballeira é unha das máis coñecidas da nosa historia contemporánea. Sobre a súa persoa téñense feito películas, novelas, obras de teatro e numerosos libros e traballos de investigación. En todo o que se ten feito sobre ela paira a sombra do seu tráxico fin e as circunstancias do asasinato pola man da súa nai, a ferrolá Aurora Rodríguez Carballeira; como consecuencia, a súa traxectoria vital e o seu pensamento no eido da reforma sexual ou da crítica política, ficaron en parte ocultos. Cen anos despois do seu nacemento, tentamos lembrar á Hildegart sexóloga, xornalista, activista política ou feminista, coa celebración dunha serie de actos de homenaxe e un congreso de investigación que poña en valor a súa figura histórica e o seu pensamento, todo o lonxe que sexa posible do sensacionalismo e da superficialidade.

O conxunto de actividades do Congreso quere servir para achegar ao público de todo o mundo á historia e ao pensamento dunha das mulleres máis singulares do seu tempo: Hildegart Rodríguez Carballeira. E malia fixar o obxectivo nunha única persoa, o Congreso quere contribuír de xeito xeral á recuperación da historia do pensamento feminino e dos movementos da liberación da muller no século XX.


Congreso
Venres, 5 de decembro

19:00 – 19:30 INAGURACIÓN DO CONGRESO

A cargo de representantes das entidades organizadoras e entidades colaboradoras: Comisión para a Recuperación da Memoria Historica da Coruña, Ateneo Ferrolán, e Marcha Mundial das Mulleres.

19:30 – 21:00 CONFERENCIA INAUGURAL
  • A cargo de Aurora Marco: “Romper barreiras. Voces femininas a comezos do XX".

    • Aurora Marco é profesora da Facultade de Ciencias da Educación da Universidade de Santiago de Compostela e especialista na historia das mulleres na Galiza. Ten publicado os libros “As precursoras. Achegas para o estudo da escrita femenina (Galiza, 1800-1936)” (1993), “Mulleres e educación na Galiza. Vidas de mestras” (2002), “Mulleres na guerrilla antifranquista” (2011), e o seu monumental “Dicionario de mulleres galegas. Das orixes a 1975” (2007).

21:00 - 22:00 ACTUACIÓN MUSICAL
  • Actuación musical por determinar

Sábado, 6 de decembro

10:00 – 11:15 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • José Manuel Peláez Ropero – Mi hija Hildegart (Fernando Fernán Gómez, 1977).¿ Un filme inacabado?
  • Martín Paradelo Núñez – A representación cinematográfica do corpo da muller no tempo de Hildegart.
  • Ana Muiña – Aurora de sangre. Vida y muerte de Hildegart. Introducción a la reedición del libro de Eduardo de Guzmán.
11:30 – 12:45 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Lola Ferreiro Díaz – Republicanas de corazón, de cabeza e de corpo enteiro
  • Luz Darriba / Micaela Fernández Darriba – As netas de Olympia de Gouges, as fillas de Flora Tristán
13:00 – 14:00 PRESENTACION DA NOVELA
  • “Entrada ao xardín do saber”, co seu autor Henrique Dacosta, presentado por Eduardo Fra Molinero.
16:00 – 17:15 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Miguel Ángel Pradera – Una tarea pendiente: una bibliografía formal de Hildegart Rodríguez Carballeira.
  • Pablo Herrero Hernández – Hildegart Rodríguez Carballeira en el recuerdo y en los escritos del periodista y escritor republicano Luis Hernández Alfonso (1901-1979).
  • Manuela Santalla López – Hildegart: ¿Una mujer-proyecto ferrolana?
17:30 – 18:45 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Kyra Kietrys – Archivo Hildegart.
  • Micaela Pattison – Hildegart como figura internacional.
19:00 – 20:00 CONFERENCIA
  • Rosa Cal – "Aurora una mujer con un proyecto de vida propio: Hildegart".
20:00 – 21:00 ACTUACIÓN MUSICAL
  • Actuación musical por determinar

Domingo, 7 de decembro


10:00 – 11:15  PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Eduard Masjuan – El neomalthusianismo anarquista y la cuestión social en Hildegart Rodríguez.
  • Lorena Cuevas Buján – Hildegart Rodríguez e Amparo Poch: a repercusión das ideas de reformismo sexual no anarcofeminismo dos anos 30.
  • Eusebio Lucía Olmos – El paso de Hildegart Rodríguez por la Casa del Pueblo Madrileña.
11:30 – 12:45 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Mónica Bar Cendón – Sexualidade e trampas da "diferencia" en Hildegart.
  • Josep María Roselló – Una mujer moderna: amor y sexo en el pensamiento de Hildegart.
  • Marga do Val – Por qué escribir unha obra de teatro sobre Hildegart.
13:00 – 14:00 ROTEIRO E HOMENAXE POPULAR A HILDEAGART

16:00 – 17:15 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Miguel Ángel Pradera – Reflexiones para una adecuada contextualización histórica de Hildegart.
  • Jean-Louis Guereña – Hildegart y la reforma sexual en la Casa del Pueblo de Madrid.
17,30 – 18,45 PONENCIAS DOS TRABALLOS PRESENTADOS
  • Blanca Quintanilla – Hildegart, la aniquilación de una rebelde.
  • Olga Roig López – Aurora Rodríguez y Hildegart, dos vidas marcadas por la disciplina.
  • Guillermo Rendueles Olmedo – Aurora Rodríguez y su doble manicomial.
19:00 RECITAL DE POESÍA
  • Carmen Blanco – “Hildegarts vivas nas carballeiras: miles de mulleres para outras auroras”.
  • Actuación musical por determinar.
21:00 CLAUSURA DO CONGRESO.


Exposicións
En paralelo ao Congreso, haberá instaladas no Ateneo dúas exposicións relativas a Hildegart Rodríguez Carballeira:

  • Unha exposición de 16 paneis sobre a vida e a obra de Hildegart Rodríguez Carballeira, que fará un percorrido pola súa traxectoria vital e recollerá tamén noticia das 14 obras publicadas por Hildegart na súa vida, e doutra 14 obras feitas arredor da súa vida e obra, por outros autores, despois da súa morte.
  • Unha exposición de obxectos sobre Hildegart Rodríguez Carballeira, con libros escritos por Hildegart, así como publicacións periódicas, documentos e obras relativas aos movementos nos que Hildegart estivo implicada.

Outros actos

Xoves, 4 de decembro

Na Coruña, a Casa Museo Casares Quiroga acollerá unha presentación do congreso o día 4 de decembro ás 20.00 horas, a cargo de representantes da Comisión pola Recuperación da Memoria Histórica e o Ateneo Ferrolán, entidades organizadoras da cita, e de algunha das investigadoras ou investigadores especializados na figura de Hildegart.

Martes, 9 de decembro

No Ateneo de Madrid terá lugar un acto de homenaxe á pensadora e feminista Hildegart Rodríguez Carballeira o día 9 de decembro, ás 19.30 horas, organizado polo Ateneo Ferrolán, Ateneo de Madrid e a Cátedra de Memoria Histórica del Siglo XX da Universidad Complutense. Na capital española falarán representantes destas tres entidades así como a popular feminista Lidia Falcón. O acto quere lembrar que o día 9 do mes de decembro de 1914 tivera lugar o nacemento de Hildegart en Madrid, cidade onde desenvolveu a súa vida e onde foi asasinada o 9 de xuño de 1933.

Web oficial do Congreso:
http://congresohildegart.ateneoferrolan.org/

Enviado por:
Congreso Hildegart - Ateneo Ferrolán
-congresohildegart@ateneoferrolan.org-
30 de novembro de 2014 21:24
_____________

martes, decembro 02, 2014

Pasado o 29N seguimos marchando cunha nova Asemblea Aberta das Marchas da Dignidade de Ferrolterra que terá lugar este mércores 3 de Decembro, no Ateneo Ferrolán - Vídeo do 29N


As Marchas da Dignidade de Ferrolterra, celebran unha nova Asemblea Aberta para seguir marchando logo de pasado o 29N, o mércores 3 de Decembro ás 18:30hs no Ateneo Ferrolán.

Este mércores 3 de Decembro, pola tarde, no Ateneo en Ferrol. É moi importante que fagamos o esforzo de acudir a esta asemblea para facer unha valoración colectiva do 29N e pasos vindeiros a dar. Canta mais xente participemos mais certeiras serán as decisións que tomemos e as Marchas da Dignidade funcionarán máis horizontalmente.


XVIII Asemblea Aberta das Marchas da Dignidade

Boas,
pola presente, quedades connvitad@s tod@s cantos querades asistir, á nova asamblea aberta das Marchas da Dignidade Ferrolterra, que terá lugar o mércores 03/12/2014 ás 18:30 no Ateneo Ferrolán.

Nesta ocasión, vémonos na obriga de limitar a duración da reunión ata as 20:00, xa que teremos que ceder a sala a outra xente.

Animámosvos a participar e a facernos saber todas aquelas cuestións que considerades mellorables ou salientables do acto do pasado 29N, e a propoñer calquera outra que vexades interesante para vindeiras accións.

Os puntos a debatir serán os seguintes:
  1. Elección de moderador
  2. Valoración do acto do 29N
  3. Proposta de accións para dar continuidade ó movemento
  4. Rogos e preguntas
Un saúdo e adiante!


http://youtu.be/u8QJsWf07aU

#29N-FerrolTerra-Foi


Ferrolterra:
http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/
Galego:
http://marchasdadignidade.blogspot.com/
Estatal:
http://marchasdeladignidad.org/
Redes da Columna Galega:
https://twitter.com/galizaMarcha22M
https://www.facebook.com/MarchasDignidade
https://www.facebook.com/groups/265451853621237/
https://www.youtube.com/channel/UCaOvAhPYKR43taxbOKCCreg

PAN, TRABALLO E TEITO - Á RÚA, QUE XA É HORA!!!

______________

Asociación Galega contra o Maltrato a Menores (Agame) demanda un Plan Integral de Prevención da Violencia contra a Infancia tras o parricidio de S. Juan de Arena

Unha vez máis o asasinato de dúas nenas, presuntamente a mans do seu proxenitor, sacude a nosa sociedade. Sucédense as reaccións das autoridades pero de novo será en van, pois o dano que se causou ás dúas nenas xa non ten volta atrás. Non é suficiente lamentarse polo ocorrido, hai que actuar dende agora mesmo para a prevención da violencia contra os nenos e as nenas e facer posible a súa protección.

É por este motivo que a Asociación Galega contra o Maltrato a Menores (AGAMME) demanda ao goberno central a redacción dun plan que propoña abordar de maneira integral a problemática da violencia exercida contra os nenos e as nenas. Na liña do que a nosa asociación ven esixindo aos poderes públicos desde hai catro anos, a petición formulada fai fincapé na necesidade de coordinación interinstitucional, formación específica de profesionais, dotación de medios humanos e materiais suficiente e adaptada ás necesidades dos nenos e das nenas.

O plan deberá incluír modificacións lexislativas que fagan efectivos os dereitos recoñecidos na Convención dos dereitos do Neno e da Nena ratificado polo Estado español en 1990, pero cuxa presenza é aínda moi limitada na realidade dos nosos xulgados; unha nova redacción da lei de enxuizamento civil en todo aquilo que atinxe aos nenos e nenas afectados por procedementos de familia (custodia, réxime de visitas, execución de sentenzas,...) pois o trato que reciben na presente lei é similar ao dunha propiedade, renda ou pensión. En definitiva, a revisión da xurisprudencia, pois todas aquelas sentenzas que non motivaron xuridicamente o interese superior do neno e da nena, que non permitiron ao neno ou nena expresar libremente a súa vontade ou que se basearon en prácticas non científicas deben ser borradas do noso ordenamento xurídico.

Da mesma maneira, deberase planificar unha campaña educativa de longa duración dirixida á poboación en xeral, pero de maneira moi especial a todos aqueles corpos profesionais que entran en contacto habitualmente con nenos e nenas. O obxectivo desta campaña deberá ser por unha parte inculcar a total intolerancia coas múltiples caras da violencia exercida contra os nenos e as nenas. O outro grande obxectivo será educar para crer ás vítimas. Hai uns catorce anos entraron no noso sistema xudicial unha serie de teorías non científicas que se propoñen desacreditar ás vítimas de violencia no ámbito familiar. Estas teorías aducen intereses materiais ou persoais para o que se coñece como denuncia falsa e que popularmente se describe como moi habitual mentres que as estatísticas nos din que é practicamente inexistente neste tipo de casos. De feito, o problema real contra o que hai que loitar é a escasa denuncia, a invisibilidade da violencia que se comete no seo da familia. Os poderes públicos non só non impediron a xeneralización destas prácticas no sistema xudicial senón que alentaron a súa perpetuación permitindo e financiando (aínda nos nosos días) a formación de xuíces-zas, fiscais, equipos forenses, equipos de menores, etc. na aplicación destas técnicas. É pois o momento de esixir ao goberno a corrección deste flagrante erro, facendo pública a desacreditación destas prácticas non científicas, castigando disciplinariamente a súa aplicación por parte de calquera profesional público e comezando un labor de reeducación para a "desprogramación" de todo o aparato xudicial.

En canto ao suceso que nos ocupa, AGAMME lembra que existía unha denuncia de malos tratos e unha petición de medidas de alonxamento que se desestimaron porque non se produciron lesións. Non considera correcto a nosa asociación que se excuse o Tribunal Superior de Xustiza de Asturias en que a nai non se opuxo en 2013 ao contacto das nenas co pai, culpabilizando a unha muller que non foi atendida como vítima de violencia de xénero cando denunciou a súa situación en 2013. Como ben alertaba no seu informe do ano 2006 a Fiscal de Sala de Violencia de Xénero, un dos problemas maiores que presentan os procedimentos con mulleres vítimas é que elas mesmas desisten da acusación: a violencia no ámbito familiar é complexa e require un coñecemento especializado para poder comprender as reaccións das vítimas. Porén, o que é cuestionable respecto á violencia contra unha persoa adulta non o é respecto á violencia contra os nenos e as nenas. Cada unha das persoas e institucións temos unha responsabilidade cara os nenos e as nenas vítimas, non é posible mirar cara a outro lado.  Por iso é necesario e urxente crear procedementos adaptados ás súas necesidades, con profesionais capaces de detectar as situacións de risco, con ferramentas xurídicas que permitan a súa protección e o disfrute dos seus dereitos recoñecidos na Convención, con un sistema xudicial libre de prexuízos disposto a escoitar e crer ás vítimas.

É preciso que se depuren responsabilidades, pois a rendición de contas é básica para o mantemento do estado de dereito. Non debemos esquecer que en agosto deste mesmo ano o Estado Español foi condenado pola ONU (CEDAW, Comité para a Eliminación da Discriminación contra a Muller) por non ter actuado con dilixencia na protección das vítimas de violencia de xénero mulleres, nenos e nenas nun caso practicamente idéntico, acaecido en Madrid en abril de 2003. Nas conclusións do ditame da ONU faise referencia á existencia dun "patrón de actuación que obedece a unha concepción estereotipada do dereito a visita baseado na igualdade formal que,  no presente caso, (...) minimizou a situación de nai e filla como vítimas de violencia de xénero, colocándoas nunha situación de vulnerabilidade". Conclúe tamén advertindo ao Estado español da súa "obriga de investigar a existencia de erros, neglixencias ou omisións por parte dos poderes públicos que poidan ter ocasionado unha situación de desprotección das vítimas".

AGAMME fará chegar sendos textos informativos ao Comité de Derechos Do Neno e da Nena e ao Comité para a Eliminación da Discriminación contra a Muller, ambos pertencentes á ONU, así como ao Comisario de Dereitos Humanos da UE co fin de facerlles coñecer a reincidencia das nosas institucións en patróns que contribúen a perpetuar as situacións de violencia exercidas contra os nenos e as nenas.

--
http://www.agamme.org/

Enviado por:
Agamme
-agammeferrol@gmail.com-
2 de dezembro de 2014 12:36

________

sábado, novembro 29, 2014

Miles de persoas marcharon sobre Compostela este 29N confluindo no Obradoiro, nun acto multitudinario cheo de Dignidade e un compromiso de Unidade e Loita


A Marchas da Dignidade conflúen cun mar de loitas no Obradoiro

"Seguiremos a loitar e a medrar e aquí, ninguén sobra". Quen fala é Roberto Rivas, o bombeiro da Coruña cuxo nome saíu do anonimato ao negarse a desaloxar a anciá Aurelia Rey e a quen este sábado, convertido nun símbolo da loita contra os desafiuzamentos lle tocou, nas súas propias verbas, o "marronazo" de poñerlle voz ao manifesto das Marchas da Dignidade que  confluíron na compostelá Praza do Obradoiro. "A unidade dános forza", "cada enfrontamento entre nós, as organizacións sociais e políticas da esquerda, é unha vitoria para o réxime", proclamou Rivas ante unha praza que tornou nunha caste de mar de bandeiras de tantas cores como loitas confluíron, de novo, baixo o lema "pan, traballo e teito".

Na estela das mobilizacións iniciadas a pasada primavera as cinco columnas que camiñaron cara á capital transitaron polas rúas de Compostela xunto a persoas diversas que, a título individual ou colectivo, decidiron secundar a convocatoria contra a que, din, é unha "gran estafa provocada polo poder económico para manter os seus insultantes privilexios". Bandeiras galegas con e sen estrela e enseñas da II República Española mesturáronse cos símbolos de organizacións políticas como Anova, Esquerda Unida ou Podemos e sindicatos como a CUT, CGT, o STEG ou a CNT. Ao seu carón, a Marcha Mundial das Mulleres, o movemento veciñal ferrolán que se opón á permanencia de Reganosa na ría, persoal da CRTVG e de Correos na loita polos seus dereitos, traballadores/as de Lantero que levan 48 días en folga, traballadores afectados polo amianto, colectivos de defensa das persoas con discapacidade, a Plataforma de Afectados pola Hipoteca ou Stop Desafiuzamentos, entre outros grupos.

Todos xuntos encheron boa parte da céntrica praza compostelá -o Concello colocou valados para impedir que os manifestantes se achegasen ao Pazo de Raxoi-, á que acudiron nun ambiente a medio camiño entre a reivindicación e a festa, ingrediente que se ocuparon de poñer artistas como o grupo Habelas hainas ou os xa míticos Mini e Mero, así como o dramaturgo e actor Cándido Pazó, que actuou como mestre de cerimonias para lembrar algunhas das causas polas que, di, paga a pena entregar tempo e traballo. As verbas de Pazó suscitaron os primeiros aplausos que medraron aínda máis ao chegaren á praza os bombeiros da Coruña. "Os bombeiros si son compañeiros", aclamaron.
O bombeiro Roberto Rivas púxolle voz ao manifesto e diversas persoas achegáronse a el para darlle as "grazas"
Despois de que varios grupos de persoas se achegasen a el para, simplemente, darlle as "grazas", Rivas accedeu ao escenario para poñerlle voz ao manifesto contra "este sistema ruín e perverso" contra o que, di cómpre "loitar para cambialo". "O inimigo non é pequeno" e "ten o coñecemento científico, a educación e a xustiza" pero "nós temos a nosa dignidade e unidade para derrotalo". "Mentres non o derrotemos seguiremos a padecer os seus crimes", tales como "nenos e nenas que pasan fame" ou "bancos que botan á xente á rúa". "Estannos a deixar sen pan, traballo e teito e non debemos nin o imos permitir, temos a obriga de rebelarnos", tamén contra os que "non lles importa levar por diante paraxes naturais únicos, facer minas descomuniais e perigosas ou autoestradas que destrúan paraxes tan importantes como a Ribeira Sacra".
"Estannos a deixar sen pan, traballo e teito e temos a obriga de rebelarnos"
Nesta "loita", explicou Rivas, os "antagonismos" son un "freo". Por iso, alén do manifesto, o bombeiro coruñés achegou o relato de Eduardo Galeano sobre a Tecnología del vuelo compartido que, ao seu xuízo, ben podería marcar o vieiro polo que o traballo da esquerda social debería transitar. Nese texto o escritor uruguaio explica o xeito en que os parrulos voan en forma de letra uve: "o primeiro parrulo que levanta o voo ábrelle o paso ao segundo, que lle despexa o camiño ao terceiro" e "cando cansa, o parrulo que fai punta baixa á cola e déixalle o seu lugar a outro". "Todos se van turnando" e "ningún se cre superparrulo por voar adiante, nin subparrulo por marchar atrás".
As Marchas preparan novas mobilizacións para o vindeiro mes de marzo
A música ao vivo de Ataque Escampe serviu para poñerlle o ramo -e para facer bailar a moitos e moitas das presentes- a unha mobilización que terá o seu seguinte capítulo o vindeiro mes de marzo. "A próxima cita é o 22 de marzo de 2015", confirma un dos voceiros das Marchas en Galicia, Manuel Camaño, da CUT. Esa xornada "vai ser a seguinte referencia de mobilización" nun formato aínda por determinar pero coa intención de "sumar", que "é a única maneira de acabar coas medidas destes desvergoñados". "Estamos chegando a unha istuación sen precedentes á que lle hai que poñer couto" e "ese couto tenllo que poñer a clase traballadora e os sectores populares de Galicia e do Estado" mediante a "acumulación" das súas "forzas", reclama.

Reportaxe de David Lombao | @davidlombao en Praza Pública. | 29.11.2014

Praza Pública precisa de Ti:
A forza de Praza Pública son os seus lectores e lectoras. Praza é un medio da súa comunidade de lectores. A existencia do xornal depende das achegas realizadas por todos nós [+info].

Nota.-
Recomendamos acceder á noticia en Praza Pública, con fotos, audios e comentarios.
---

Contacta coas Marchas da Dignidade Ferrolterra enviando un correo a:
  • marchasdadignidadeferrolterra@gmail.com
ou chamando ao telefono:
  • 603 213 863
O 29N, Ferrolterra Foi!

Ferrolterra:
http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/
Galego:
http://marchasdadignidade.blogspot.com/
Estatal:
http://marchasdeladignidad.org/
Redes da Columna Galega:
https://twitter.com/galizaMarcha22M
https://www.facebook.com/MarchasDignidade
https://www.facebook.com/groups/265451853621237/
https://www.youtube.com/channel/UCaOvAhPYKR43taxbOKCCreg

PAN, TRABALLO E TEITO - Á RÚA, QUE XA É HORA!!!

_____________

mércores, novembro 26, 2014

Concentración e Asemblea Aberta d@s Mariscador@s sen Carnet diante do edificio da Xunta en Ferrol


Os/as Mariscador@s sen Carnet, concentraranse este mércores 26 de novembro, ás 11 hs, diante do Edificio da Xunta de Galicia (Praza Amada García - Ferrol)

Celebrarán unha Asemblea aberta para informar e exixir resposta á súa solicitude de entrevista conxunta coa Cofradía de Ferrol e a Consellería de Pesca da Xunta de Galicia.
___________________

martes, novembro 25, 2014

As Marchas da Dignidade Ferrolterra, cubren a primeira etapa Ferrol-Pontedeume com éxito.

Como estaba acordado, saíron o martes 25 de Novembro ás 12:00 do mediodía desde a Praza 10 de Marzal onde está a estatua de Daniel e Amador en lembranza dos sucesos do 72. Durante un pequeno tramo, compañeiros e comapanheiras acompañaron á Marcha a Pé como despedida.

Este 25N (Martes) cubriron a 1ªETAPA Ferrol – Pontedeume.

Neste Link están marcadas as etapas seguintes:
http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/2014/11/marcha-pe-de-ferrol-compostela-este.html

Estas som algunhas imaxes e vídeo:



O 29N en Compostela en “Ocupemos o Obradoiro”, cinco columnas das Marchas da Dignidade sobre Santiago de Compostela. E no resto dos territorios e nacións do Estado, o 29N cinco millóns de persoas na rúa contra o réxime corrupto, polo PAN, TRABALLO e TEITO.

Aberta a inscrición para participar nas marchas do 29N:

. En Autobús o 29 de Novembro.

Contacta con nós enviando un correo a:
  • marchasdadignidadeferrolterra@gmail.com
ou chamando ao telefono:
  • 603 213 863
O 29N, Ferrolterra Vai!

Ferrolterra:
http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/
Galego:
http://marchasdadignidade.blogspot.com/
Estatal:
http://marchasdeladignidad.org/
Redes da Columna Galega:
https://twitter.com/galizaMarcha22M
https://www.facebook.com/MarchasDignidade
https://www.facebook.com/groups/265451853621237/
https://www.youtube.com/channel/UCaOvAhPYKR43taxbOKCCreg

PAN, TRABALLO E TEITO - Á RÚA, QUE XA É HORA!!!

_____________

domingo, novembro 23, 2014

Brutalidade e inxustiza: a noite do mariscador, ... Por Rafael Pillado


Por Rafael Pillado [*]
24.11.2014


Outubro, oito e media p.m., noite pechada; unha hora máis tarde, baixamar. Antonio e os seus compañeiros aproxímanse á ribeira, tras asegurarse de que non hai "mouros" na costa. Antonio, enfundado no seu traxe de neopreno e provisto dos instrumentos propios do mariscador "a pé", sentíase nervioso, tenso. O día anterior foran acosados e perseguidos, cunha saña que xa quixese para os grandes corruptos que arruínan o país impunemente. Cada día era unha aventura, un risco certo de acabar detidos e tratados como perigosos delincuentes. "Que pasará hoxe?", preguntábase.

Pese a todo, cos outros mariscadores sen carné -pero con familias ao seu cargo, decidiu introducirse no mar, pendente de pisar chan firme, afastado das trampas de lodo que axexaban como minas sementadas nun campo cheo. Calquera pisada en falso podería supoñer quedarse cravado nese lodo pestilente e opresivo e regresar a casa coas mans baleiras.

Observaba tamén aos seus compañeiros que como el, afanábanse no esforzo de recolección marisqueira, descoidando incluso a vixilancia preventiva. As lanternas necesarias para distinguir as ameixas, titilaban aquí e alá como vagalumes, delatando a súa presenza no deserto húmido da baixamar entre tebras.

Cando xa levaban unha hora de tarefa, de improviso, sen case decatarse, apareceu veloz unha embarcación que case llo leva por diante. Non lle pasou por encima de casualidade, co risco de morte que iso supoñía.

Apagáronse as lanternas, de súpeto. Produciuse unha marea humana en desbandada.

Antonio intentou escapar, protexendo o seu raño, capazo, flotador e ameixas arrancadas ao chan pantanoso; sen instrumentos de traballo, o gañarse o pan convértese nun "máis difícil aínda". Por desgraza, reaccionara demasiado tarde. A súa axitada respiración cortouse bruscamente. O seu pescozo estaba prisioneiro dun longo bicheiro que, tras darlle un forte golpe que case lle arrinca a cabeza de raíz, inmobilízalle e deixa sen alento.

Cinco minutos despois atópase subido á zodiac policial. Ameázanlle con golpes si pretende escapar. Logo, alí pasa o de sempre: a requisa das súas ferramentas de traballo. Pero non só iso: como se ve nas reportaxes da tele sobre os métodos empregados pola CIA nos seus cárceres secretos, será obrigado a espirse, antes de proceder aos interrogatorios, para abrandar a súa resistencia. Este método, practicóuselles indistintamente a homes e mulleres, e até, en ocasións, a uns e outras xuntos, por "mellorar" o efecto disuasorio.

Entregáronlle logo unha roupa de augas como medio para cubrir o seu corpo, cando xa lle arrebataron a dignidade, o pudor, o sentirse suxeito de dereito, amparado polas leis dunha Constitución que tanto nomean os mesmos que agora a vulneran aplicando aos detidos semellantes torturas psicolóxicas.

Ao final, deixáronlle marchar. Librouse, por unha vez, da longa porra de antidisturbios e das pelotas de goma como aquelas que en Melilla disparáronse no mar, causando mortes. Pensaba que hoxe había ter sorte e librouse das hélices da embarcación que lle abordara. Até, o traballar só unha hora (chégase a estar no mar tres e máis horas), facía que estivese de bo humor e superase o intenso frío que cada día acompáñalles. En todo caso, carcomía-lle a idea de chegar a casa sen os recursos que a súa familia necesita. E si multan-lle? Entón aínda peor ... Como reunir o diñeiro necesario sen quitarlle aos seus fillos o prato da mesa ...?

Con só o peso da súa pel de plástico, atopouse cos mariscadores dispersos trala persecución por parte da policía. Xuntos camiñaron cara a Caranza, mentres outros o facían en distintas direccións. Durante a viaxe de regreso ao fogar, tivo tempo para pensar na súa propia situación, non moi diferente da do resto dos seus compañeiros: en paro durante anos, el e toda a familia (máis do 30% de paro na comarca), coa construción naval en proceso de liquidación, sen saídas de ningunha clase, cando intentaban escapar do fame e a miseria, víanse criminalizados, presentados co nome infamante de "furtivos".

Afirmábase paso a paso na idea de ser un traballador do mar, mariscador sen carné, que esixe recoñecemento e vida digna. E xurábase entre dentes que nunca lle empuxarían a roubar; pero que non o sacarán do mar, onde atopou o que pode ser a súa última e lexítima esperanza dunha vida digna.

Mentres isto sucede e é coñecido, os titulares das institucións miran a outro lado, escapando á súa responsabilidade de solucionar problemas colectivos e individuais.

Estes mariscadores son conscientes da súa situación; non pretenden danar os non menos lexítimos dereitos dos seus compañeiros á boia, pero teñen o dereito (e o deber) de vivir e loitar nunha sociedade que os respecte e busque unha saída á súa traxedia.

Existen máis de 900.000 metros cadrados de ribeira para o marisqueo a pé, cun só carné tramitado. A Cofradía ten dificultades para subsistir economicamente; Antonio e os seus compañeiros poden contribuír a solucionar o problema, aportando o seu traballo diario. Saben, ademais, que o seu esforzo contribúe a rexenerar zonas mortas.

E evidencian que, co seu traballo legalizado, garántese plenamente un produto saneado. Rexeitan e denuncian o brutal tratamento policial, un insensato cúmulo de ilegalidades manifestas.

A sociedade ten que protexelos, coa mesma forza e convicción que ao resto de parados da nosa contorna.

Artigo Publicado no xornal comarcal 'Diario de Ferrol'.

[*] Rafael Pillado Lista, San Cibrao (Cervo) o 12 de xuño de 1942,  é Vicepresidente da A.C. Fuco Buxán e membro do Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol. Foi un activista sindical e político nos anos da ditadura franquista, sen deixar nunca a súa actividade social e política. Participou no Encontro Social e na Rede de Apoio Mutuo de Ferrol Terra. Agora fai-no nas Marchas da Dignidade de Ferrolterra. Escribe artigos sobre a actualidade nos medios locais. Ten escrito un importante e moi interesante libro sobre unha parte da nosa historia recente "O Latexo da vida e da conciencia - Memorias Colectivas de Rafael Pillado - I (Primeiro Volume)".

Enviado por:
A.C. Fuco Buxán Fuco Buxán
-fucobuxan@gmail.com-
23 de novembro de 2014 10:34

http://www.fucobuxan.net

__________________

Enlace de interese:

"Furtivos" - Reunid@s en Asemblea a xente sen regularizar que vai a mariscar ás praias da Ría de Ferrol, acordaron unha serie de accións para conseguir 80 permisos para mariscar a pé - Unha moi interesante entrevista no programa Escarnio de rádio FilispiM, onde @s traballador@s irregulares da ría de Ferrol denuncian a súa criminalización.
____________________________

venres, novembro 21, 2014

Rocío Mosquera, privatizadora, precarizadora e ademais mentireira


Unha mentira repetida cen veces non se converte nunha verdade. O único que pon de manifesto é o desprezo absoluto desde o que fala a persoa que, sen ningún tipo de pudor, repite estas mentiras co fin de ocultar a realidade e desprestixiar as/os profesionais.

Estamos a referirnos ás declaracións que a Conselleira de Sanidade, Rocio Mosquera, fixo nun medio de comunicación, asegurando que a contratación no SERGAS por días soltos ou de media xornada é puntual, que só se daba en contadas excepcións, cando todo o mundo sabe que é a norma, e que todos os días se producen inxentes cantidades de contratos non só por días, senón tamén miserábeis contratos por horas.

A quen pretende enganar?
  • Ás persoas inscritas na listaxe de contratación que sofren día a día o desemprego, a precariedade laboral, a obriga de realizar contratos a xornada reducida, nalgún caso con desprazamento superiores a 70 km onde as retribucións non cobren os gastos?
  • Á poboación que sofre día a día as demoras na asistencia por falta de profesionais?
  • Á mesma poboación que ve como os seus familiares, traballadoras/es da sanidade pública, agora están en desemprego cando antes traballaban regularmente?
  • Ás persoas que emigraron en busca dun posto de traballo?
Sra Conselleira, unha persoa nun cargo público, ante todo, debe ser respectuosa co persoal que depende dela. O seu aforamento non lle dá dereito a mentir e quedar impune. Se o que Vde. pretende é transmitir á opinión pública que a precariedade laboral debe ser a situación normalizada das/so traballadoras/es públicos, non se reprima, sexa sincera.

Vostede siga a facer méritos con quen pretende privatizar a sanidade. A sociedade galega non vai consentir que teña a desvergoña de privatizar a Sanidade Pública, que se atreva a criminalizar e precarizar ás persoas que co seu traballo a manteñen viva e que inda teña a fachenda de negalo mentindo descaradamente.

Rocío Mosquera, privatizadora, precarizadora e ademais mentireira!!! Tenas todas!!!

CIG Saúde Ferrol

http://www.cig-saude.info/ferrol

Enviado por:
cig-saude.ferrol@sergas.es
-cig-saude.ferrol@sergas.es-
21 de novembro de 2014 10:09
___________

O Congreso sobre a figura de Hildegart Rodríguez Carballeira que promove o Ateneo Ferrolán para os días 5 a 8 de decembro terá eco nas cidades da Coruña e Madrid


O Congreso do Centenario de Hildegart terá eco en Madrid e A Coruña


O Congreso sobre a figura de Hildegart Rodríguez Carballeira que promove o Ateneo Ferrolán para os días 5 a 8 de decembro terá eco nas cidades da Coruña e Madrid a través de dous actos públicos relacionados coa figura de Hildegart Rodríguez Carballeira.

Na Coruña a Casa Museo Casares Quiroga acollerá unha presentación do Congreso o día 4 de decembro ás 20 horas, a cargo de representantes da Comisión pola Recuperación da Memoria Histórica e o Ateneo Ferrolán, entidades organizadoras do Congreso e algún dos investigadores especializados na figura de Hildegart Rodríguez Carballeira.

No Ateneo de Madrid terá lugar un acto de homenaxe a Hildegart o día 9 de decembro, ás 19:30, organizado polo Ateneo Ferrolán, Ateneo de Madrid e a Cátedra de Memoria Histórica del Siglo XX da Universidade Complutense. Falaran representantes destas tres entidades e coñecida feminista Lidia Falcón. O acto quere lembrar que o día 9 de decembro de 1914 tivera lugar o nacemento de Hildegart en Madrid, cidade onde desenvolveu a súa vida e onde morreu o 9 de xuño de 1933.

O Comité Organizador do Congreso
http://congresohildegart.ateneoferrolan.org/
--
Un lugar de encontro para a cultura.
Ateneo Ferrolán, fundado en 1879.
www.ateneoferrolan.org
e-mail: secretaria@ateneoferrolan.org | Telf.:  +34 981 357 970 |
Dirección Postal: Rúa Magdalena 202-204. CP.15402 | FERROL (A Coruña)
BLOG: http://ateneo-ferrolan.blogspot.com/
Tamén no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Ateneo-Ferrolan/134569549934117
Séguenos en Twitter: @ateneoferrolan
Campaña de APOIO e DEFENSA do Ateneo. Patrimonio da cidade
APOIA e DIFUNDE!
https://www.facebook.com/pages/Salvemos-o-Ateneo/1430118530577463?ref=hl
http://salvemosoateneo.blogspot.com.es/p/o-ateneo.html
Faite soci@! Colabora con nos!
Para axudas e aportacións económicas:
CC en Cajamar-Cajarural Cooperativa. Titular Ateneo Ferrolán.
ES72-3058-6402-9527-2000-5350


Enviado por:
Ateneo Ferrolán Fundado en 1879
-secretaria@ateneoferrolan.org.
21 de novembro de 2014 17:32

_____________________________________