Por Inácio Martínez [*]
11.12.2015
Hoje fum ver a um velho e bom amigo. Chama-se Tono. Já hai anos que está jubilado. Vexo-o a miudo polo hospital, por urgências e ingressado. Os anos e a vida nom perdoam. Mas a sua vitalidade está na consciência de classe, mas também é um galego de prol. Todas as manháns para por "Toñito" o café-bar do Mercado de Caranza. Tem a funçom, nom assalariada, de levar os jornais e abrir o local para acender a cafeteira. É um costume de hai muitos anos e da-lhe acolho, pois por circunstáncias da vida passou muitos anos fazendo vida num pequeno local próximo que antes foi sede da cooperativa onde trabalhava. Cousa que eu ignorava, senom nom tivera deixado que isso passa-se. Sempre que nos vemos falamos do passado, pois muitas luitas e acçons compartilhamos. O sindicalismo e a política é o seu forte. Mas a luita ideológica cos clientes do café-bar é umha constante na sua vida, todo o mundo sabe que com el nom hai trégua que valha. Toda manifestaçom antigalega, antiobreira, homófoba, machista, xenófoba, ... vai ter umha contestaçom pola sua parte, é um reto incansável cheio de argumentos e exemplos. Todas as manháns devora os xornais e quita as suas análises e conclussons. Sabe todas as merdalhadas do PP e conhece bem quem é Ciudadanos. Falamos das últimas noticias e destaca a entrevista que sae publicada hoxe na Voz de Galicia ao poeta e candidato por "En Marea" por Lugo Miguel Anxo Fernán Vello, onde di que "Nós non é unha forza inimiga, eu ás veces digo que é unha candidatura irmá", simpatiza coa frase e a pessoa. Onte mesmo leia que Yolanda Díaz, manifestava que iam constituir grupo parlamentário próprio com "Nós Candidatura Galega". Boa táctica eleitoral. As companheiras e Companheiros de "Nós" deveriam fazer o mesmo, nom dar pé a que os titulares de prensa recolham, em muitas ocassons, os desencontros ou as críticas à xente de "En Marea". Isso resta votos e credibilidade. Colaborar e compartilhar para construir a unidade popular é algo que demanda a maioria da gente de esquerdas neste país, sexa nacionalista ou só galega. O meu amigo, sem que eu lhe dixera nada, dixo-me "já sei que ti apoias a 'Nós' ainda despois de todas as que nos figerom, eu também som de 'Nós', mas nom tenho mais remédio que votar, a voto útil, a maioria que quere o cambio e botar ao PP do poder, vai votar a Pablo Iglesias", segue dizindo, "... mesmo a minha sobrinha comparte por todas partes, e polo WhatsApp, o último minuto do debate a quatro, que é o que entende e quere a gente. Por isso vou votar por 'En Marea e Podemos', sinto-o". Era no momento de despedir-nos. E isto fixo-me reflexionar. A el nom lhe chega a mensagem de "Nós", o apagom informativo é umha realidade, agás algumhas entrevistas e debates em horas de pouca audiência, polo demais as novas que falam algo de "Nós" som coa mensagem sesgada ou descontextualizada. Ou polo que dim outros, que nom soe ser moi positivo. A "Nós" só lhe queda activar á militáncia no boca a boca, mas bem armada de argumentos, nom de despeito contra Beiras ou contra "os outros" co nefasto argumento de "que som moi espanhois". Tenho uns dias para convencer a Tono do útil do Voto a "Nós Candidatura Galega". Mas como nom redobremos esforços o assunto está moi complicado. E o Povo Trabalhador Galego e Galiza, necessitam que "Nós" estexa presente no Parlamento Espanhol. Trabalhemos para isso, com conviçom, com força, com vontade, mas sobre tudo com argumentos. O trabalho boca a boca torna-se indispensável. Saúde e Liberdade !
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[*] Inácio Martínez Orero, Ferrol 1955, membro do Colectivo Ártabra 21, participa em Stop-Desafiuzamentos da Rede de Apoio Mutuo de Ferrol Terra e nas Marchas da Dignidade.
Enviado:
Inácio GZ
-inaciogz@gmail.com-
9 de dezembro de 2015 01:43
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