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xoves, abril 04, 2019

Semente Trasancos organiza Sessom Vermute este sábado 6 de abril com temática Mapuche que decorrerá desde as 12.30hs na escola de Sam Mateu de Trasancos


Semente Trasancos organiza Sessom Vermute este sábado com temática Mapuche

O projeto educativo de ensino em galego Semente Trasancos organiza para este sábado, 6 de abril, o “Mapuchemente” umha nova sessom vermute na que haverá música, atividades para crianças e petiscos a preços populares.

A atividade decorrerá desde as 12.30hs na escola de Sam Mateu de Trasancos e haverá carpa por se o tempo nom acompanha.

Desde Melide, chegarám as Cuarta Xusta para pôr música à sessom vermute. Cuarta Xusta xurde em 2016 e está composto por Marta, Aida, Alba, Lúa e Alberto. Apresentarám o seu trabalho discográfico “Um novo espertar”, com cançons que partem das inquedanças que afectam à nossa sociedade com um marcado carácter feminista e em galego.

Aliás também contaremos com umha pequena atuaçom das sementinhas da extraescolar “Cantar e dançar todo é começar”.

A atividade além de continuar a socializar o nosso projeto educativo tem como finalidade continuar a angariar fundos para  a nossa escola de Primário.

Para isso também contaremos com um leilom onde se poderám encontrar recompensas que nom sairom na campanha de crowdfunding “VamosPoloPrimário”.

A atividade conta com a colaboraçom de Cultura da Deputaçom da Corunha.

Mapuchemente

Jogando com o nome da escola e dos mapuches definimos assim à  sessom vermute que estará dedicada a conhecer um pouco mais ao Povo Mapuche.

Contaremos com jogos tradicionais para crianças de este povo sem Estado que se reparte entre Chile e Argentina e conta com uns 700.000 habitantes.

Também haverá petiscos mapuches e chilenos como Empada de pina, Ceviche e Sopaipillas com pebre.

Conhece um pouco mais ao Povo Mapuche

Populaçom: 710.000 (Censo do Chile e da Argentina 2002 e 2004)

Língua: Mapudungun


Já no século XV, os mapuches ocupavam o território situado entre Coquimbo e Chiloé. A final de século, os incas, que tinham criado um vasto império que se estendia desde o actual Equador até o sul do lago Titicaca, avançárom para a Patagonia durante o governo de Tupac Iupanqui. Os incas ocupárom os territórios setentrionais dos mapuches, aproximadamente até o rio Bío Bío, onde a resistência dos nativos os obrigou a deter sua expansom. Na zona mapuche baixo domínio inca, o quéchua penetrou como segunda língua, portada por  colonos vindos do norte.

No sul desta zona, os mapuches mantiveram a sua estrutura tribal e seu estilo de vida seminómada. Os descendentes destas populaçons som os que, no século XVI, tenhem que deter uns novos conquistadores que avançavam de norte para sul: os espanhóis.

No avanço, os espanhóis construírom fortes e cidades até o canal de Chacao (que separa a ilha de Chiloé do continente), que era atacado sistematicamente polos guerreiros mapuches. A coroa espanhola reconheceu a autonomia dos mapuches neste território.

A República do Chile conseguiu a sua independência na segunda década do século XIX. Desde o primeiro momento, os novos governantes chilenos estabelecêrom como um dos objectivos importantes do Estado o que para eles supunha completar a unidade política do país, isto é, ocupar o território autónomo dos mapuches entre o Bío Bío e o Toltén, bem como avançar para sul até a Terra do Fogo. Para a segunda metade do XIX o governo chileno impulsionou a colonizaçom gradual deste território, perante a qual os mapuches voltárom a pegar em armas para defender a sua liberdade. O Chile organizou entom a chamada Campanha de Pacificaçom do Araucánia, que se considerou acabada no final de século: todo o território mapuche do lado ocidental dos Andes estava sob controlo de Santiago de Chile. Os mapuches fôrom recluídos em reservas.

No entanto, os mapuches mantivérom vivos focos de resistência contra o governo chileno. Em 1910 fundou-se a Sociedade Caupolicán Defensora de l'Araucánia, organizaçom de carácter político que denunciava a situaçom de marginaçom dos mapuches e reclamava direitos sociais e políticos para este povo. Também foi constituída, durante as primeiras décadas do século XX, a Federaçom Araucana, que trabalhava pola manutençom das estruturas tradicionais dos mapuches e pola preservaçom da sua cultura. Foi adquirindo um marcado relevo político, como demonstra o facto de que para os anos 30 propugnara a criaçom dumha república mapuche dentro do quadro jurídico-político do Estado chileno.

Durante a época do governo socialista de Salvador Allende, os mapuches levaram a cabo importantes mobilizaçons na defesa de seus direitos. A partir do ano 1973 as cousas piorarám para este povo, com a chegada ao poder do general golpista Augusto Pinochet. Milhares de mapuches fôrom feitos prisioneiros ou assassinados. Diversos estudiosos acusam Pinochet de querer levar a cabo um verdadeiro etnocídio com os mapuches.

O fim da ditadura fascista, no ano 1990, possibilitou que a resistência mapuche pudesse respirar e fazer-se mais visível. Além do mais, a tomada de consciência nacional mapuche também tem sido um factor importante para explicar o incremento dos protestos na rua por parte dos mapuches em defesa de seus interesses durante a última década do século XX.

As principais demandas actuais do movimento político mapuche som o seu reconhecimento como povo diferenciado por parte do Estado chileno, a restituiçom das terras ancestrais (neste sentido, som importantes luitas como a que mantenhem os pewenche contra a construçom de grandes barragens no curso alto do rio Bio Bio) e o estabelecimento de um parlamento autónomo. A fundaçom do partido político Wallmapuwen no ano 2007 tem suposto um novo passo adiante nesta estratégia, porque pola primeira vez os mapuches articulam-se politicamente para reivindicar nom já só umha autonomia cultural, mas também territorial. Para o movimento mapuche também tem sido muito importante a aprovaçom da Declaraçom dos Direitos dos Povos Indígenas por parte da ONU, no 2007, que reconhece o direito das naçons autóctonas a autogovernar-se.

info@sementetrasancos.gal

http://sementetrasancos.gal/

Enviado por:
Fundaçom Artábria
-artabria@artabria.net-
3 de abril de 2019 13:24

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