xoves, setembro 25, 2008

NÓS-UP considera que o ensino galego continua igual de espanholizado no segundo ano de aplicaçom do novo Decreto educativo

De: NÓS-UP -imprensa@nosgaliza.org-
Para: artabra21@gmail.com
Data: 25 de setembro de 2008 10:34
Asunto: NÓS-UP considera que o ensino galego continua igual de espanholizado no segundo ano de aplicaçom do Decreto educativo



NÓS-UP considera que o ensino galego continua igual de espanholizado no segundo ano de aplicaçom do novo Decreto educativo

Se alguém tinha dúvidas, o início deste segundo ano lectivo com novo Decreto de ensino confirma o papel subsidiário do galego, que nom só continua longe de se converter na língua veicular, nom chegando a cumprir, em muitos casos, nem os mínimos estabelecidos sobre o seu uso polo professorado nas matérias marcadas no novo texto legal em vigor.

NÓS-Unidade Popular, quem em Março de 2007 apresentou um texto analítico do novo Decreto e das suas carências, indicou na altura que, apesar dos inegáveis avanços quantitativos na presença do galego, nomeadamente no número de horas lectivas, nom suporia um avanço qualitativo para o nosso idioma no ensino. O motivo era – é – que mantém os mecanismos de dominaçom do espanhol como língua principal nos diversos níveis do ámbito educativo galego através de várias renúncias:

  • Renuncia a qualquer programa de imersom como os aplicados por outras administraçons autonómicas (nomeadamente a catalá e a basca);
  • Renuncia também a um sistema de modelos de diferente perfil lingüístico, como os da Comunidade Autónoma Basca ou o País Valenciano;
  • Renuncia, em definitivo, a dar ao galego estatuto de língua veicular principal.
A falta de um roteiro com medidas concretas fai com que a suposta avaliaçom anual do desenvolvimento do Decreto tenha sido “esquecida” pola Administraçom, o que junto à inexistência de novidades na necessária fiscalizaçom por parte da inspecçom educativa em relaçom ao decreto anterior, explica que os incumprimentos e inércias espanholizadoras continuem a funcionar nos centros de ensino galegos.

Há que lembrar que NÓS-Unidade Popular nom foi a única entidade a questionar as potencialidades do novo Decreto. Outras como a Nova Escola Galega afirmárom na altura da aprovaçom do mesmo que "seriam necessárias medidas muito mais avançadas e decididas” para mudar o rumo desgaleguizador que segue o ensino na Galiza. Infelizmente, neste segundo ano de aplicaçom do novo texto legal, nengumha das afirmaçons críticas feitas entom perdeu vigência.

Como pano de fundo para o sistema educativo espanholizante actual, erige-se o ‘culto ao bilingüismo’ que o actual governo da Junta mantém, em linha com a política do Partido Popular na matéria, e que foi plasmado no também incumprido Plano Geral de Normalizaçom da Língua Galega assinado polas três forças parlamentares em 2004.

Da mesma forma, continua a ser desprezada a inclusom do português e da cultura lusófona como apoio para a normalizaçom do galego, permitindo o acesso à cultura universal sem passar polo filtro do espanhol.

Por todo o anterior, NÓS-Unidade Popular reafirma-se na reclamaçom de um novo quadro legal que rompa com o falaz ‘bilingüismo equilibrado’ e reconheça, com todas as conseqüências, o galego como primeira língua da Galiza.

Galiza, 24 de Setembro de 2008

Direcçom Nacional de NÓS-Unidade Popular

NÓS-Unidade Popular
nosgaliza@nosgaliza.org
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