No Ano de Darwin
Por Adela Figueroa 15.02.2009
150 anos depois da publicação das Origens das Espécies.
Celebra-se este ano o centenário da morte de Charles Darwin e também o 150 aniversario da Publicação da obra pela que é conhecido universalmente.
O interessante da teoria de Darwin é que coloca á nível do público a expressão científica da grande diversidade que os seres vivos manifestam. E que isto não se deve ao capricho de nenhum Ser Superior. Pelo contrario, esta diversidade reflete á necessidade de sobreviverem melhor que outros no meio em que se encontram. As novas idéias tenham, sempre, que se abrirem caminho através dos Paradigmas teóricos dominantes no seu momento. Pero case nunca aparecem como feitos isolados. A mudança conceptual tem que superar a inércia das idéias dominantes porque a sociedade, como a vida, é conservadora.
A evolução do pensamento é sempre gradual , porque a sociedade rejeita as inovações, como a vida rejeita as mutações que impliquem fortes mudanças estruturais que não encontrem o seu lugar no ambiente. Porque este muda aos poucos, ao mesmo tempo que mudam algumas particularidades das espécies.
No caso que nos ocupa, podemos afirmar que o fermento ideológico estava botado na sociedade. Antes que Darwin, já Lamarck enunciara uma teoria da Evolução. O mérito do francês foi romper com o esquema filosófico da época, mas não conseguiu formular uma seria explicação ao motivo da evolução.
Na Inglaterra Victoriana, que iniciava um modelo social devido á industrialização e, depois das teorias de Marcuse que relacionava o crescimento da população humana com a disponibilidade de alimento, imaginar um mecanismo pelo qual as espécies vivas mudam pela pressão do ambiente resultava facilitado. Não quero tirar-lhe o mérito a Darwin, mas si colocar a sua aportação no pensamento da sua época.
Lembremos também que Wallace, tinha chegado á mesma conclusão que Darwin antes que este fizesse públicas as suas idéias, e que já em 1788 Hutton, em Edimburgo, enuncia a sua Teoria sobre a Terra em que introduze a idéia de mudança permanente sentando as bases do que hoje conhecemos como Ciclo dos Fenômenos Geológicos.
Por tanto, as idéias evolucionistas estavam no ambiente. Só aguardavam que uma mente preclara e rigorosa as aplicasse para entendermos porque existe tal diversidade de seres vivos, cada um representando a melhor estratégia para obter o máximo rendimento do alimento e das condições do ambiente .
Hoje não falamos apenas de evolução biológica, mas da evolução conjunta dos seres vivos e o seu meio. Segundo Lynn Margulis, “desde que apareceu a vida, a Terra já não voltou ser a mesma”, porque os seres vivos não só se adaptam para melhorar as suas estratégias de alimentação ou para fugir melhor dos seus predadores, conseguindo assim terem mais descendência, mas também interatuam com o seu ambiente modificando-o até conseguir um equilíbrio com ele. Este equilíbrio é global ( Os animais respirando deitam CO2 a atmosfera, que é utilizado pelas plantas para fazerem a fotosintesse).
A Hipótese Gaia de Lovelock e Margulis considera á Terra como um sistema integrado que funciona á semelhanza dos viventes reagindo face os câmbios e adaptando-se permanentemente num equilibrio dinámico, em constante mudança .
O motor da evolução já não se coloca ,exclusivamente, em uma “natureza de dente e garra” , mas em mecanismos de cooperação inter específicos como a simbiosse entre bacterias. Margulis vai mais longe com a sua s teorias afirmando que a simbiogenese é o motor principal das variaçoes na evoluçao .
Estes câmbios conceptuais tenhem grande importancia na aceptaçao dos ecosistemas como os lugares em que a vida se desenvolve. Nao evoluem apenas os seres vivos mas os ecosistemas. Os pinzons de Darwin evoluiram para adaptarem os seus peteiros ao alimento disponivel em cada uma das ilhas das Galapagos. Mas as sementes das que se nutriam iriam encontrando novos lugares para a sua germolaçao ao serem diseminadas pelos passarinhos. Isto até onde o espaço disponivel o permitisse. O que hoje chamamos a capacidade de carga do ecosistema. Todas as especies que conformam um ecosistema competem entre sim, mas também cooperam aportando dejectos que outras aproveitam ou servindo de alimento aos predadores que controlaram assim os excedentes de povoaçao .
A evoluçao caminha sempre hacia a maior complexidade possível dos ecossistemas, incrementando a Biodiversidade, de maneira a facilitar uma melhor circulaçao da materia e a energia de geito que nunca se produza um “atasco” (o que chamariamos acúmulos de refugalhos).
A herdança que Darwin nos deixou foi transcendente. Ele enunciou a teoria, e deu uma explicaçao científica e razonada da mesma.
Por essa porta aberta puderam passar outros e outras que conseguiram formular as causas e a natureza dos sistemas viventes como sistemas integrados entre os que a materia e a energia circula sempre. Cando esta circulaçao se interrompe, ou cando hai uma mudanza ambiental forte os seres vivos entram em crise, desaparecem especies e os sistemas simplificán-se tornando-se mais vulneraveis.
Nos, como especie viva estamos submetidos tambem as leis da natureza. Mas conseguimos, por vertude da cultura gerar ambientes adaptados a nos .
A cultura e o conhecemento sao as nossas armas evolutivas. De grande eficacia, somos a especie mais extendida do Planeta. Porem, a que mais interfire com o seu ambiente.
A inteligencia de Darwin foi explicar o mecanismo da evoluçao, por selecçao natural dos individuos mais aptos. A nossa inteligencia é comprender os limites do ecossistema Terra, para evitarmos que entre em crise, nao superando a sua capacidade de carga por sobre-exploraçao dos recursos ou pela acumulaçao dos refugalhos que os ecossistemas nao possam reciclar.
Adela Figueroa Panisse
Fonte: MundoGaliza
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Xurdimos a favor dunha política xusta, democrática, participativa e sustentábel, responsábel cara o futuro da humanidade e do resto das especies, respectuosa e defensora do medio natural, na convicción de que un outro mundo non só é posíbel senón que é necesario.
mércores, febreiro 18, 2009
No Ano de Darwin - 150 anos depois da publicação das Origens das Espécies
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Diterbitkan mércores, febreiro 18, 2009
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