Umha amarga crítica àqueles que negam o direito de vida à língua galega [GalizaLivre.org].
Por Henrique Torres
05 de Marzo de 2009
Acordo no meu andar graças aos miados da minha gata. Abro os olhos e giro-me buscando um corpo espido o meu carom, mas nom está, tivo que partir para Barcelona por temas pessoais. Deitei-me tarde e por isso custa-me mais pôr-me em marcha, estivem cabilando boa parte da noite por um tema, o qual a maioria da gente deixaria passar: onte fum ao edificio da Junta de Galiza e as três pessoas polas que fum atendido falárom-me em perfeito castelhano mentras eu expressava-me em galego, mas nom se pode dizer nada.
Chego à faculdade e tomo um café antes de começar a estudar umha opossiçom à Junta de Galiza, da qual só há livros em castelhano. Dezidim prepará-la já que estou em paro, e canso de fazer entrevistas de trabalho para grandes companhias onde som o único que fala em galego, bom minto, há outros que falam galego na intimidade mas a hora de falar com o representante da empresa empregam o castelhano. E nom sei porquê, mas som sempre ao que nom volvem chamar.
Como sempre que tomo o café gosto de olhar algum jornal para informar-me um pouco do que acontece polo mundo adiante. Para variar, os jornais som em castelhano com um mínimo em galego para cobrar umha suculenta suvençom da Junta, esso sim, o galego só o empregam para novas culturais ou locais sem muita importância, já que jamais está na portada nem em novas económicas, políticas ou do mundo. Paro-me numha entrevista a Xosé Luis Barreiro, impulsor da CRTVG, na que comenta que hoje em dia seria impossivel umha televissom monolingüe em galego, e isso que nos começos da televissom galega houvo que superar os grandes atrancos postos por Alianza Popular, partido antecessor do PP comandado por Fraga.
Tempos aqueles nos que a impossiçom do castelhano em todos os ámbitos era generalizada.
A continuaçom há umha entrevista com Corina Porro, onde di que nas galescolas adoctrinam as crianças e se lhes impom o galego sem respetar o idioma materno.
Neste ponto dezidim escriver este artigo de opiniom com umha muito pequena reflexom, já que todos os dias saem entrevistas, artigos, colunas, etc, que citam umha suposta impossiçom do galego. Esta manifestaçons continuadas nos meios de comunicaçom lembram-me o dito por Joseph Goebbles e aos seus principios da propaganda: “ Umha mentira repetida mil vezes converte-se em realidade”
Com o passo dos anos vejo com muita desilussom o acontecer dos feitos. Quando eu estudava na escola e no liceu impartiam-se todas as matérias, agás Literatura e Lingua galega, em castelhano, tendo a maioria das crianças como idioma materno o galego, e nom se podia protestar e muito menos dizer que o castelhano era imposto, como se vai impor o idioma de todos?. E agora que se pede 50% das materias em cada umha das linguas di-se que há impossiçom, mas é do galego.
Isto reduze-se a um novo intento da direita espanhola de exterminar aos galego-falantes e ao própeio galego elemento identitário do nosso povo. Este intento, vem polo medo das organizaçons políticas e cívicas deste sector, a que a populaçom veja no galego umha lingua útil e necessaria deixando de lado o pré-conceito inculcado durante séculos de que é umha lingua reservada para o campo com a que nom se podem tratar assuntos importantes.
O problema ainda é maior ao ver que a esquerda espanhola também pretende o mesmo objetivo. Se no PP deslocárom aos da “boina” para instalar em todos os postos importantes aos do “birrete” e assim apartar o mais mínimo atisbo de galeguismo o PSOE também o fijo, mas estes mantenhem certa apariência de cara ao público porque precissam dos votos do BNG para governar (o BNG partido que renunciou a todos os seus principios para ranhar uns votos e sujeitar-se ao poder). Mas todo sai a reluzir e o próprio Tourinho dá-me a razom quando ante empresários, e para a sua tranquilidade já que a utilizaçom do galego reduze a produtividade das suas empresas, di que nom medírom bem o impacto da Política de Normalizaçom Lingüística e que há que rectificar nalgumhas cousas. Imagino que estas rectificaçons do senhor Tourinho serám para reduzir os poucos logros conseguidos em materia lingüística.
Um ponto importante da sua propaganda para intentar ganhar a populaçom sem que esta se decate do enganho é a contínua referência ao Direito de Eleiçom, mas este direito deixa de existir quando umha das linguas está discriminada. Que o galego é umha lingua discriminada nom é algo novo, chega com sair a rua para comprová-lo, e se nom é assim que alguem resposte as seguintes perguntas:
- Por que a maioria das empresas multinacionais proibem o uso do galego aos seus empregados e empregadas?
- Por que hoje em dia seguem entrando crianças nas escolas falando galego e saem falando castelhano? Por que ao revés nom ocorre?
- Se o conhecimento do galego é tanto como o do catelhano, por que se vas a um comércio comprar uns brincos ou umha tixola nom te entendem? (assim ocorre coa maioria do vocabulario galego que nom seja copiado do castelhano).
- Por que quando vás comprar um livro só o há em castelhano?
- Por que muitas e muitos galego-falantes à hora de buscar trabalho trocam o idioma para o castelhano?
A respostas a estas perguntas mostram qual é a única eleiçom de idioma possivel se nom queres ter problemas para trabalhar ou simplemente viver na Galiza. Este é o conceito que tem esta gente de liverdade de eleiçom.
O desconhecimento da nossa lingua nom é considerado como umha falta de cultura mas pobre de ti como nom conheças o castelhano já que “com o galego nom vas a ningum lado”, estes som pré-conceitos que há que desterrar definitivamente da nossa terra, o mesmo ocorre na fala. Quem no seu juízo pode falar dizendo duas palavras em galego e cinco em castelhano e dizer que fala bem galego?, pois isto ocorre com muitíssima naturalidade, sendo o ejemplo mais notável o próprio Tourinho. Alguém se imagina a Zapatero dizendo duas palavras em castelhano e cinco em inglês?, permitiriam que fosse presidente?. Entom, por que no galego vale tudo?.
Ou começamos a tratar a nossa lingua co respeito que merece ou rematará dessaparecendo, basta já da destruiçom do nosso idioma, que destruam o seu.
Cada dia estou mais decepcionado, e tenho menos forças, mas estas cousas enchem-me de raiba que fam que colha folgos, por isso a nossa loita debe continuar. Falamos o idioma próprio da Galiza, o que falavam os nossos antepassados, o idioma polo que sufrérom, marginárom e vejárom a milheiros de pessoas, o idioma que falam mais de 200 milhons de pessoas extendidos polos cinco continentes, o idioma do nosso povo e a parte fundamental da nossa identidade.
Fonte: http://www.galizalivre.org/
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