luns, agosto 17, 2009

Festas de Ferrol: mediocridade, alienaçom e esbanjamento

O programa de festas de Ferrol volta a ser decepcionante. Parece que todas as forças políticas com representaçom na corporaçom municipal concordam no tipo de festas que há que organizar, e nom existem grandes diferenças de critério nem sequer na hora de contratar actuaçons. O populismo trapalheiro substitui qualquer critério de equanimidade, de tratar de contentar também sectores cujos gostos nom estám representados nos media.

É claro que se o método para confeccionar um programa de festas que sintonize com aquilo que o povo quer é umha consulta na Internet, vai haver amplos sectores que nom vam participar, porque nom sabem utilizar a Internet ou porque nom tenhem acesso, ou porque simplesmente nom conhecem a iniciativa. O programa responde a umha concepçom segundo a qual nom cabem mais gostos do que aqueles que vam associados à cultura do consumo e da trivialidade.

É um verdadeiro desfile de horrores da rádio-fórmula. Como aspectos positivos, poderíamos ressaltar que há duas actuaçons de músicos galegos de certa qualidade (Som do Galpom e Fuxan os Ventos) e que o programa está editado integralmente em galego, o que nom é pouco num concelho onde o seu máximo representante despreza o nosso idioma de maneira permanente na sua actividade institucional. De resto, a incorrência no de sempre deixa quem esperaria algo mais de imaginaçom e diversidade na concepçom de um programa de actos festivos umha sensaçom de aridez e de tédio absolutos.

O pessoal que escuita rock nas suas diferentes variantes, folc, música tradicional, jazz, blues... também tem direito a sentir as festas como suas. Por outra parte, que a Galiza e os artistas galegos, com preferência para quem trabalhar em galego nom sejam o referente central, relega esses artistas e o tecido industrial que os move a um carácter marginal que nom merecem. Som do Galpom ou Fuxan os Ventos nom deveriam ser apenas umha nota exótica no programa. As festas de Ferrol devem ser festas de Ferrol, nom festas de umha cidade madrilena ou manchega.

Para finalizar, voltamos a reclamar umha maior abertura para a verdadeira participaçom popular na elaboraçom dos programas de festas, e umha abertura para o mundo cultural que no mundo se expressa na nossa língua, o ámbito conhecido polo nome de lusófono.

Assembleia Comarcal de Trasancos de NÓS-Unidade Popular

Ferrol, 15 de Agosto de 2009

Enviado por:
nosup-trasancos@nosgaliza.org
16 de agosto de 2009 16:12

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