mércores, maio 16, 2018

Reintegracionismo de base participará conjuntamente na manifestaçom do Dia das Letras que decorrerá quinta-feira, 17 de maio, em Compostela - A cita para conformar o Bloco reintegracionista será às 11.45hs na Estátua das Marias - Fundaçom Artábria


Reintegracionismo de base participará conjuntamente na manifestaçom do Dia das Letras


A Fundaçom Artábria, entre as 16 entidades que subscreve o manifesto reintegracionista de base organizado para a participaçom na manifestaçom do próximo Dia das Letras, que decorrerá quinta-feira, 17 de maio, em Compostela.

Como é habitual no 17 de maio haverá reivindicaçom lingüística nas ruas da Galiza, convocada pola Plataforma Queremos Galego na que participaremos milhares de galegas e galegos.

Eis os 16 coletivos aderidos ao chamado Bloco Reintegracionista, popularmente conhecido como Bloco Laranja:

A Gentalha do Pichel , Ardora, Associaçom de Estudos Galegos (AEG), Associaçom Xebra, Briga, Centro Social Faísca, Centro Social Fuscalho, Centro Social Gomes Gaioso, Centro Social Mádia Leva, Centro Social Revolta, Coletivo Terra, Escolas de Ensino Galego Semente, Diário Liberdade, Fundaçom Artábria, Portal Galizalivre, Sociedade Cultural e Desportiva do Condado.

A cita para conformar o Bloco reintegracionista será às 11.45hs na Estátua das Marias.

Avante o reintegracionismo de base!

A continuaçom reproduzimos o manifesto difundido polas entidades convocantes do Bloco Reintegracionista.

A falar ao mundo com os pés na terra!

A situaçom da comunidade lingüística galega é preocupante. A falta de soberania do nosso país tem expressom na destruturaçom do idioma, cada vez mais reduzido a um papel secundário, frente ao protagonismo e privilégios de todo o tipo que as instituiçons conferem ao espanhol.

É verdade que existem determinadas normas legais e instrumentos institucionais, mesmo alguns meios públicos de comunicaçom, que ainda reservam certo papel ao galego, o que mostra que o nosso povo ainda nom o abandonou. Porém, a degradaçom é visível, mostrando o desprezo dos governos autonómicos e a incapacidade de concelhos e deputaçons com maiorias teoricamente pró-galego para articular estratégias de avanço social para o nosso idioma.

Nom há dúvida que, sem umha maior pressom popular, o Estado espanhol e as suas diversas continuarám a trabalhar em contra os nossos interesses lingüísticos. Daí a importáncia da auto-organizaçom em defesa da galeguizaçom de espaços como o ensino e os meios públicos, assi como o das relaçons laborais, a produçom, o consumo e a cultura.

Também devemos valorizar iniciativas de agrupamento dos setores sociais ativamente favoráveis ao idioma em todo o tipo de coletivos –musicais, culturais, educativos, desportivos, sindicais, etc– para defender coletivamente o direito à língua.

Entre as ferramentas de que dispomos para enfrentar o desafio histórico de recuperar o idioma, está o reintegracionismo, entendido como recurso que situa o galego onde lhe corresponde, como parte de um dos maiores espaços lingüísticos do mundo, capaz de responder a todas as necessidades de umha sociedade do século XXI, como é a galega.

Fora de qualquer tentaçom elitista ou individualista, consideramos o reintegracionismo um recurso coletivo que facilita que toda a populaçom galega dialogue com todos os povos que já figérom seu o nosso idioma, afirmando a sua própria identidade nacional na variante galega da língua comum.

Nom será só o reintegracionismo que possibilite a plena recuperaçom do idioma. É preciso que um setor maioritário do nosso povo aposte ativamente na recuperaçom plena dos direitos coletivos para que isso seja possível. É preciso reclamarmos a prioridade legal e efetiva do galego frente a qualquer outro idioma. Porém, a incorporaçom da Galiza ao espaço internacional que fala a nossa língua poderá ajudar-nos a ser um povo lingüisticamente soberano e aberto ao diálogo com todos os povos do mundo.

O autonomismo lingüístico, a teima oficialista em virar costas às variantes portuguesa e brasileira da nossa língua, reduzindo-nos a quatro províncias espanholas, mostra umha vocaçom de dependência e confirma a condena imposta à nossa língua, que esmorece e pode acabar por ficar reduzida à irreleváncia social.

Indo muito além das limitaçons impostas polas instituiçons e polas insuficências legais, os coletivos que participamos neste Bloco Reintegracionista de Base, participantes dia a dia nas mais variadas dinámicas populares pola soberania cultural e lingüística, reafirmamos a aposta numha Galiza em galego, soberana e que fale ao mundo com os pés na terra.

Compostela, 17 de maio de 2018

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Enviado por:
Fundaçom Artábria
-artabria@artabria.net-
15 de maio de 2018 17:56

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