Amosando publicacións coa etiqueta Libia. Amosar todas as publicacións
Amosando publicacións coa etiqueta Libia. Amosar todas as publicacións

sábado, marzo 26, 2011

Parte de guerra, ... por Lupe Ces


A umha semana da declaraçom de guerra e entrada em acçom por parte do exército do império sobre Líbia, o parte de guerra arroja o seguinte balance:
  • Podem-se contar por milhares as baixas no bando democrático. Cada dia mais pessoas som vítimas da crença de que a força e a destruçom servem para arranjar os conflitos. Estas vitimas o som sobre todo polo efeito do gas deturpador que desde distintos frentes informativos se lançam contra umha povoaçom desprotegida ante a manipulaçom informativa.

  • Em quanto aos efetivos do bando democrático, a situaçom empeora por momentos. Umhas forças já moi debilitadas pola política de pactos e polas presions e chantagens das forças económicas imperiais, sobre todo em quanto efetivos sindicais e unidades políticas se refere, forom reduzidas ao mínimo desde os primeiros ataques. No caso do estado espanhol, a frente de defensa democrática, o parlamento, ficou só com tres efetivos em activo, pertencentes às brigadas do BNG e IU.

  • Às possibilidades de reorganizaçom das forças democráticas vam necessitar dum grande esforço. A umha clarisima desventaxa de médios, une-se as diferenças que emergem entre os distintos grupos condenados a um entendimento ou a umha vitoria sem resistência por parte das forças imperiais. Começa a ver-se ainda assim, uns primeiros movimentos de recuperaçom em espaços tradicionalmente dominados polas forças democráticas, como som as ruas dalgumhas cidades, que acolhem estes días mobilizaçons e protestas.

  • As posicións ofensivas das grandes coorporacións energéticas e da industria militar, pola sua parte, avançam sem apenas resistencia e sem que se tenha conhecemento de nengumha baixa ou danos sofridos.

Galiza 26 de Março de 2011

Blogue pessoal:
http://lupeces.blogspot.com/


Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
26 de março de 2011 13:55
____________________

Que ocorre en Libia? - Vídeo - Entrevista a Leonor Massanet


O programa de Radio "Café Estéreo" entrevista a Leonor Massanet, unha psicóloga española que leva 5 anos visitando Libia con frecuencia.

O meu amor a este marabilloso, máxico e gran descoñecido país. Se queres saber máis ou preguntarme algo: leonormassanet@gmail.com


Fonte: http://www.youtube.com/user/LibreRed

Blogue persoal de Leonor Massanet:
http://leonorenlibia.blogspot.com/
______________________

martes, marzo 22, 2011

Comentario '12' - "Agresión Imperial" a Libia - Enlaces


Comentario '12' da nova que publica o xornal dixital estatal "Público" nun dos artigos sobre a "Agresión imperial" a Libia, onde as 21:39 do Luns 21 de Marzo de 2011, xa hai uns 546 comentarios de persoas rexistradas. Estes comentarios supoñen un auténtico debate popular sobre a situación en Libia. Polo seu interese publicamos en Ártabra 21 o Comentario '12' que se repite no '24', pois pretende dar unhas claves dun proceso de preparación da "Agresión Imperial" a Libia. Os interesantes enlaces amosan unha realidade que abre os ollos logo de que os medias convencionais privados persistiran nunha campaña de mentiras e manipulacións. Quen queira investigar, aquí ten um filón. Os enlaces están en inglés quen non coñeza o idioma, pode utilizar o Google Translate para traducir as web ao Galego.

Comentario '12', por ignatiusreilly ,
[para acceder a este enlace hai que estar rexistrado en "Público"].

20-03-2011 11:04

Se profundamos nos motivos desta "revolta popular", podemos mirar na seguinte páxina web: http://www.energy-pedia.com/

Trátase dunha web dirixida a persoas interesadas no mundo dos grandes negocios relacionados coa enerxía. Nela hai unha completa recompilación de noticias para investidores e empresarios do sector. Se pulsamos na marxe, accederemos ás News by region, desde onde podemos buscar noticias sobre Libia para un determinado ano. Interésannos as noticias desde 2009 ata hoxe. Se lles damos unha ollada rápida observaremos que menudean as que se refiren a novos achados petrolíferos en diversas rexións, tanto do deserto como do mar. Tamén, sobre todo conforme máis nos achegamos aos nosos días, figuran noticias sobre rescisións de contratos de explotación a diversas compañias. Hai un grupo de noticias moi curioso que vai desde mediados do ano 2010 ata case o día de antes da revolta nas que se nos conta que BP non fai máis que pospor a prospección marítima que estaba anunciada para 2010. Certamente, isto non é unha proba fehaciente de que BP xa sabía que ía haber unha revolta en Libia, pero desde logo trátase dunha notable casualidade.

Pero as noticias que máis nos interesan eu creo que son estas tres:

http://www.energy-pedia.com/article.aspx?articleid=133583 : Gaddafi estuda a nacionalización das compañias petrolíferas extranxeiras.

http://www.energy-pedia.com/article.aspx?articleid=133919 : Gaddafi instou aos libios a que apoien o seu plan para recuperar os ingresos do petróleo.

http://www.energy-pedia.com/article.aspx?articleid=134161 : O Congreso retrasa o plan de reparto de petróleo de Gaddafi.

Vemos como a oposición a Gaddafi xorde precisamente de entre as elites políticas e non do pobo. Vemos como o Congreso Popular logra aprazar uns meses o plan de Gaddafi de repartir a riqueza directamente ao pobo, unha vez nacionalizado o petróleo. E vemos como tras eses meses, aparecen grupos armados dirixidos por un ex-ministro afirmando representar ao pobo.

Alguén pode crer que o pobo libio se vai opor a este plan, vai levantarse en armas para pedir a cabeza de quen se atreveu a propor a nacionalización do petróleo e a repartición directa dos seus beneficios a todos os libios?

Lendo estas noticias pode aínda manterse que as revoltas en Libia, ou mellor devandito, que o golpe de estado en Libia, é popular e xustificado

Fonte: http://www.publico.es/internacional/367078/en-directo-la-coalicion-reanuda-los-bombardeos-sobre-tripoli
___________________________

xoves, febreiro 24, 2011

Revolta árabe: o presidente líbio, rumo ao precipício?, ... por Robert Fisk


Há alguns dias, enquanto o coronel Kadafi enfrentava a ira do seu povo, ele se reuniu com um velho conhecido árabe e passou 20 minutos de quatro horas perguntando-lhe se conhecia um bom cirurgião plástico para levantar as bochechas. É – tenho que dizê-lo tratando-se deste homem ? – uma história verdadeira. O ancião não tinha um bom aspecto, com o rosto inchado. Parecia a face de um louco, um ator de comédia que entrou na tragédia em seus últimos dias, desesperado pela última maquiagem, a chamada final para a porta do teatro.

Robert Fisk [*]
24.02.2011

Então também o velho, paranoico e lunático zorro da Líbia – o pálido, infantil ditador nascido em Sirte, dono de sua própria guarda pretoriana feminina e autor do ridículo Livro Verde, que uma vez anunciou que chegaria com seu cavalo branco a uma cúpula dos não alinhados em Belgrado –vai cair por terra. Ou já caiu. Na noite de segunda, o homem que vi pela primeira vez há mais de três décadas, saudando com solenidade uma falange de homens rãs uniformizados de preto que marchavam derretendo as nadadeiras no pavimento ardente da praça Verde em uma noite tórrida de Trípoli, durante um desfile militar de sete horas, parecia estar a caminho do fim, perseguido – como os ditadores da Tunísia e do Egito –por seu próprio povo enfurecido.

As imagens no Youtube e no Facebook relatam a história com um realismo granulado e opaco, a fantasia trocada por incêndios e quartéis de polícia em chamas em Bengasi e Trípoli, por cadáveres e homens armados, por uma mulher que se inclina com a pistola na mão desde a porta de seu automóvel, por uma multidão de estudantes –seriam leitores da literatura do tirano? – fazendo em pedaços uma réplica de seu espantoso livro. Tiros, chamas e gritos pelo celular: o epitáfio de um regime o qual todos apoiamos de quando em quando.

E aqui, só para focar nossa mente no cérebro de um desejo excêntrico, vai uma história verdadeira. Há alguns dias, enquanto o coronel Kadafi enfrentava a ira do seu povo, ele se reuniu com um velho conhecido árabe e passou 20 minutos de quatro horas perguntando-lhe se conhecia um bom cirurgião plástico para levantar as bochechas. É – tenho que dizê-lo tratando-se deste homem ? – uma história verdadeira. O ancião tinha um mau aspecto, com o rosto inchado, simplesmente a face de um louco, um ator de comédia que entrou na tragédia em seus últimos dias, desesperado pela última maquiagem, a chamada final para a porta do teatro.

Nesta hora, Saif al-Islam Al-Kadafi, fiel recriador de seu pai, teve que entrar em cena enquanto Bengasi e Trípoli ardiam e ameaçar com caos e guerra civil se os líbios não voltassem para a casa. Esqueçam-se do petróleo, do gás, anunciou este bobalhão abastado. Haverá guerra civil. Acima da cabeça do amado filho na televisão estatal, um Mediterrâneo verde parecia emanar de seu cérebro. É um bom obituário, se pensamos bem, para quase 42 anos de governo de Kadafi.

Não é exatamente como o rei Lear, quando ameaçava fazer tais coisas -sejam quais forem, não sei-, e que serão o terror da terra, mas sim como outro ditador em um bunker diferente, convocando exércitos diferentes que o salvaram em sua capital e colocando a culpa de sua própria calamidade nos ombros de seu povo. Mas esqueçam-se de Hitler: Kadafi seguiu uma carreira solo: Mickey Mouse e profeta, Batman e Clark Gable, Anthony Quinn no papel de Omar Mukhtar, em “O Leão do Deserto”, Nero e Mussolini (versão 1920) e, ao fim, inevitavelmente, o maior ator de todos: Muammar Kadafi.

Escreveu um livro intitulado “Fuga do inferno e outros contos”, muito apropriado para as infelizes circunstâncias atuais, e exigiu uma solução de um só Estado para o conflito palestino-israelense, que seria chamado de Israeltina.

Pouco depois expulsou a metade dos palestinos residentes na Líbia e disse a eles para marchar na direção de sua terra perdida. Abandonou ruidosamente a Liga Árabe por considerá-la irrelevante –um breve momento de sensatez, é preciso admiti-lo– e chegou a uma cúpula no Cairo confundindo deliberadamente a porta de um banheiro com a do salão de conferências até que o califa Mubarak o conduziu com um sorriso que denunciava sofrimento.

Se o que testemunhamos é uma verdadeira revolução na Líbia, logo poderemos –se os empregados das embaixadas ocidentais não chegarem antes e cometerem um pouco de pilhagem séria e desesperada– procurar nos arquivos de Trípoli e ler a versão líbia sobre o atentado contra o vôo 722 da UTA, em Lockerbie, sobre as bombas na discoteca de Berlim, em razão dos quais muitos civis árabes e a própria filha adotiva de Kadafi morreram nos ataques vingativos dos Estados Unidos, em 1986; sobre o fornecimento de armas para o IRA e os assassinatos de opositores dentro e fora do país; sobre o assassinato de um policial britânico; sobre a invasão ao Chade e as negociações com magnatas petroleiros britânicos (recaia a desgraça sobre nós neste ponto); a verdade acerca da grotesca deportação de Al Megrahi, o suposto autor do atentado em Lockerbie, demasiado doente para morrer, que talvez pudesse hoje revelar alguns segredos que o zorro da Líbia –junto com Gordon Brown e o procurador geral da Escócia , porque todos são iguais no cenário mundial de Kadafi– prefeririam que não soubéssemos.

Fonte : Página/12

Tradução para Carta Maior: Marco Aurélio Weissheimer -23.02.2011

[*] Robert Fisk -Maidstone-Inglaterra, 1946, é xornalista e escritor inglés. Correspondente en Oriente Medio para o periódico británico "The Independent" e columnista do xornal "Público". Está casado coa xornalista americana Lara Marlowe. Vive en Beirut, Líbano, onde reside desde hai máis de 25 anos.   Escribiu sobre os conflitos de Irak e afganistan [wikipedia].

Enviado por:
Carta Maior
-cadastro@cartamaior.com.br-
23 de fevereiro de 2011 23:45
_________________