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xoves, maio 14, 2020

Propostas conjuntas da AGAL e a Xunta para o ano Carvalho Calero 2020 - Apresentadas numha conferência de imprensa online através da página de facebook do PGL


Propostas conjuntas da AGAL e a Xunta para o ano Carvalho Calero 2020: Na conferência de imprensa online apresentarom-se as principais propostas do convênio entre a AGAL e a Xunta para a difusom da figura de Carvalho Calero.

Propostas conjuntas da AGAL e a Xunta para o ano Carvalho Calero 2020

Apresentadas numha conferência de imprensa online através da página de facebook do PGL

Na manhá de hoje, dia 14 de maio, derom-se a conhecer em conferência de imprensa as propostas do convénio entra a AGAL e o governo galego, nomeadamente através da Dirección Xeral de Políticas Culturais e pola Secretaría Xeral de Política Lingüística para a celebraçom do ano Carvalho Calero. Na linha de funcionamento habitual, o trabalho institucional para a homenagem do Dia das Letras Galegas fai-se em coordenaçom com umha instituçom ou familiar representante da pessoa homenageada, que para o caso de Ricardo Carvalho Calero, foi a AGAL.

No ato, guiado pola diretora deste meio, Charo Lopes, participarom Eduardo Maragoto, presidente da AGAL; Anxo Lorenzo, Director Xeral de Políticas Culturais da Xunta da Galiza; José Manuel Aldea, director de Ouvirmos, -empresa encarregada da exposiçom monográfica sobre Carvalho- e Valentín García, Secretario Xeral de Política Lingüística. Desculpou a sua ausencia por problemas técnicos Víctor Freixanes, presidente da Real Academia Galega.


“Carvalho Calero explica-se a si mesmo”

Eduardo Maragoto começou agradecendo a disponibilidade para o trabalho comum: “Este convénio é um marco no relacionamento entre as pessoas que desejamos o melhor para a nossa língua, e nom há mada melhor para celebrar neste ano Carvalho Calero. E nesta fisolofia é que estám pensadas as atividades.” Para conseguir esta confluência Maragoto salientou o esforçom ativo em “abster-se de reinterpretar Carvalho desde posiçons de parte atuais: o que ides encontrar é um Carvalho que se explica a si mesmo desde os seus próprios textos”. Para o presidente da AGAL, as atividades estám pensadas para unir à cidadania en torno da figura de Carvalho, tanto na exposiçom, A Voz Presente, no documentário De Carvalho a Carvalho, como nas seis unidades didáticas lançadas para o ensino. Por outra parte, fixo fincapé nos três eventos que ficarom adiados por causa da crise sanitária, o concurso literário Scórpio, o concurso musical “musicando a Carvalho Calero” e a leitura continuada de Scórpio. Fechou a sua intervençom fazendo um repasso virtual polos recursos da web carvalho2020.org que definiu como umha das melhores webs das pessoas homenageadas na história do dia das Letras.

Anxo Lorenzo, Director Xeral de Políticas Culturais da Xunta da Galiza, celebrou “poder apresentar com a AGAL a exposiçom itinerante, que de momento, se adianta em formato digital”. E ainda lamentando as dificulades do momento devido à crise do coronavirus, sinalou que: “A insuficiência deste momento, tem a fortaleza de fazer de Carvalho Calero 2020 o ano das letras galegas mais digital até hoje na história das letras galegas”. Esta condiçom, é para o Director Xeral de Políticas Culturais: “fazer da necessidade virtude, mais vai convertir a Cavalho em pioneiro da necessária transformaçom digital”. Por outra parte, afirmou que “todas as atividades físicas serám reprogramadas a medida que as condiçons sanitárias e as restriçons públicas vaiam relaxando-se.” Também parabenizou os comisários da exposiçom: “pola condensaçom de conteúdos e por dar essa reflexom sobre a vida, obra e os aspectos fundamentais que Carvalho Calero aportou ao ámbito académico, de divulgaçom, linguístico, literário e também no debate sobre a normativa e qual deve ser a forma culta do galego”.

Carvalho Calero 2020 o ano mais digital na história das letras galegas

José Manuel Aldea, responsável de Ouvirmos, a empresa encarregada da produçom da exposiçom interviu para falar mais polo miúdo os detalhes de A voz presente que descreveu como “transparente”, por ter como ponto de partida a intençom de “dar-lhe voz ao próprio Carvalho, nom apenas através dos seus textos, mas também acompanhado com vídeos e audios”, destacando que “é a primeira vez que temos imagem e audio de calidade do homenageado”. E deu protagonismo neste logro ao labor dos comisários, “José Luís Rodríguez e Carlos Quiroga, professores da Universidade de Santiago de Compostela, quem figerom a seleçom dos materiais revisando toda a obra criativa e filologica de Carvalho”. Também comentou a estrutura do conteúdo: “há um bloco com a sua linha de vida, conformato por 6 paineis cronológicos com a sua linha de vida, que fai um paralelismo da sua vida física, intelectual e com a interaçom política e social do seu tempo, outro painel está focado no Carvalho filólogo e divulgador, outro dedicado à sua obra, mais um dedicado aos seus espaços vitais -com citas alusivas a Ferrol, Lugo e Compostela principalmente-, um outro painel exclusivo sobre o Carvalho reintegracionista, e finalmente um painel final intitulado 'Carvalho, o intelectual honesto', onde se descreve a sua participaçom na vida cultural, social e política do seu tempo."

Valentín García, Secretario Xeral de Política Lingüística, fechou as intervençons agradecendo a atitude da AGAL “por chegar a pontos de encontro e de entendemento para poder levar a cabo umha mui rica programaçom no ámbito deste convénio”. E acrescentou que “Por primeira vez na história a exposiçom de Carvalho vai estar presente fora da Galiza, em concreto em Portugal, dentro do ámbito da lusofonia”. E ainda, quixo reiterar a qualidade e interesse do material didático: “É um esforço tremendo, as unidades didáticas desenhadas pola AGAL, e a sua disponibilidade em formato digital, que se quadra neste momento som mais necessários que nunca para o professorado.” Ademais, rematou sinalando a importancia de Carvalho “nom só como autor das nossas letras, mas também estruturando-as, estabelecendo o cánone da nossa literatura.” Ainda, Valentín García considera que esta homenagem serve para achegar a figura de Carvalho a “ao público geral e também nos Centros de Estudos Galegos em mais de trinta cinco universidades de todo o mundo, aos centros galegos de todo o mundo, etc. que a partir de agora terám mais perto a Carvalho, às Letras Galegas e à língua galega”.
Carvalho Calero 2021?

A conferência finalizou com umha única pergunta, formulada por um jornalista de El Correo Gallego, que consultou se “compartem a demanda de que a homenagem a Carvalho Calero tenha continuidade no 2021?

Sobre esta questom Eduardo Maragoto comentou que os argumentos que que já manifestou publicamente neste mesmo meio pondo sobre a mesa as dificuldades do ensino para difundir e popularizar o homenageado, e acrescenta que a “extensom da homenagem a 2021 seria um gesto de apoio ao mundo cultural”. E até remarcou que “Carvalho Calero nom é um autor qualquer, os debates e os efeitos das suas propostas ainda se prolongam na atualidade, por isso ainda precisa mais calma e mais sossego para ser debatido.”

Finalmente, Anxo Lorenzo, Director Xeral de Políticas Culturais da Xunta da Galiza respondendo à pergunta comentou que: “os argumentos do presidente da AGAL som bastante claro e nesse sentido estamos vendo muitíssimos projetos culturais que se estám prolongando para o 2021”. E rematou declarando que “na minha opiniom, nom se estranharia nada que a RAG decidisse prolongar o ano Carvalho”.

Fonte: Portal Galego da Lígua.

Publicado mediante umha Licença Creative Commons 3.0 de atribuiçom, uso nom comercial e partilhamento pola mesma licença.
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[CONFERÊNCIA DE IMPRENSA]

DIA: Quinta-feira, 14 de maio 2020
HORA: 12h
LUGAR: Facebook Live PGL fb.me/pglingua
TEMA: PROPOSTAS CONVÉNIO AGAL-XUNTA PARA O ANO CARVALHO CALERO

(Expo monográfica, web carvalho2020.gal e material didáctico para as letras galegas)

PARTICIPAROM:
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sábado, setembro 20, 2014

Será que Podemos em galego?, ... Por Valentim Fagim e José Ramom Pichel


Por Valentim Fagim e José Ramom Pichel [*]
20.09.2014


Uma das grandes surpresas nas recentes eleições europeias, Podemos, está-se a sediar na Galiza por meio dos Círculos, as entidades que agrupam aderentes de uma dada povoação.

Podemos está a contribuir, ao nosso ver com uma linguagem muito bem articulada, para identificarmos com claridade aqueles grupos humanos que, governe quem governar, são os que afinal sempre decidem: as elites económicas, técnicas e políticas de portas giratórias, hoje no governo, amanhã no grande empresariado. O que eles chamam de “Casta”.

Como método para combater a tal “Casta”, Podemos propõe a democracia direta dentro da própria organização. E isto para nós também é muito boa notícia.

Na Galiza, espaço onde se falam diariamente as duas línguas românicas com maior número de falantes, português (galego) e espanhol (castelhano), está a se debater a língua oficial de comunicação de cada círculo.  Alguns decidiram, para espanto de muitos, que a tal língua ia ser o castelhano.

Partindo da realidade inegável de o castelhano ser a língua cada vez mais comum nas gerações de galeg@s mais nov@s, estas decisões colocam a língua tradicional dos galegos, o galego, como uma língua de futuro complexo, apesar de ter uma projeção internacional, como se sabe, desaproveitada até o momento. Se não vale nem para comunicar com os galegos, então para que vale?

O único que não temos claro é se as pessoas que marcaram o castelhano como língua de comunicação oficial em Podemos, têm toda a informação das causas profundas para falarem uma língua diferente à das suas avoas. Os autores deste texto falávamos em castelhano até os 15 anos numa cidade como Vigo para depois mudar e assim reconectar-nos com elas.

Na altura, não éramos totalmente conscientes de porque falávamos castelhano. Talvez fosse por:
  • Ser a língua imposta pola “Casta” com as suas leis e decretos (p.e. já desde o 1768, na Real Cédula de Aranjuez de Carlos III que proíbe o ensino e os julgados noutra língua que não seja a castelhana)
  • Ser a língua que a “Casta” industrial e económica, que se expandiu sobretudo desde finais dos anos 60, a partir do “Plan de estabilización” franquista. Na Galiza, uma das suas consequências mais marcantes foi o êxodo do rural para as cidades galegas, e o início da perda de transmissão familiar da língua galega.
Nós não éramos conscientes de que os argumentos interiorizados polo mundo que nos rodeava: “en castellano para que nos entiendan todos”, “somos libres para hablar la lengua que queramos”, eram e são, na verdade, argumentos criados pola casta.  Argumentos desenhados para nada mudar, para não virem ameaçado o seu estatuto. Argumentos para transformar, no fundo, uma Galiza bilingue numa sociedade aborrecidamente monolingue em castelhano, como Madrid ou Múrcia.

Não éramos conscientes, como de tantas outras cousas, de que a língua que usávamos não nascia de uma decisão tão livre como gostávamos de crer.

[*] Publicado em PGL.gal, por Valentim Fagim e José Ramom Pichel a 3 de Julho de 2014 | Na página do Portal Galego da Língua hai comentários.
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