O grupo "
Unión Libertaria" de Ferrol ven de editar o libro "
O atraso político do nacionalismo autonomista galego: Reflexões sobre O atraso económico de Galicia", de
Félix Rodrigo Mora, o pasado 1 de setembro.
O libro é un estudio sobre a desaparición do mundo rural popular galego. O autor, ex-compoñente do grupo anti-desenvolvimentista "
Los Amigos de Ludd", é un estudioso do mundo rural que por primeira vez aborda o pasado, o presente e o futuro do rural galego. O seu estudio contén unha reivindicación das características positivas do mundo rural tradicional e é belixerante contra a estigmatización da sociedade rural en nome do progreso, que exemplariza na obra de
Xosé Manuel Beiras "O atraso económico de Galicia".
Extractos do libro:
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A verdade é que o mundo tradicional rural galego, onde até meados do século XIX vivia 90% da população da Galiza, tinha como características próprias uma riquíssima rede de relacionamentos de apoio, afeto e serviço mútuos extraordinariamente intensas, sinceras, complexas, eficientes e exuberantes, que faziam dele uma das sociedades convivenciais mais admiráveis de que se tem memória. Isso explica o muito que custou ao Estado (espanhol) liquidar dita formação social, que foi capaz de resistir, com mais sucesso que nenhuma outra da península Ibérica, a pressão para o individualismo, a veneração pelo Estado, o culto pelo dinheiro, a genuflexão perante o empresariado e a devoção pela tecnologia, em soma, o desajeitado afã por uma vida sem liberdade, servil, amoral, sórdida, ambientalmente destrutiva, virada na satisfação dos apetites do ventre, mais própria de porcos que de seres humanos. É a que provém do par Estado-capital e a que os escritos dos autores desenvolvimentistas encomiam, mais ainda, impõem ao povo através do seu monopólio da emissão de ideias, atropelando a liberdade de expressão e, sobretudo, a liberdade mais determinante de todas, a de consciência, a cada dia espezinhada pelas elites mandantes. Uma revolução que estabeleça uma sociedade razoavelmente livre tem de pôr fim a tais excessos".
(...)
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Torna-se necessária uma reformulação da linha a seguir, depois de meio século de ter «O atraso económico de Galiza» como bíblia de um nacionalismo autonomista, apesar de ser parte integrante dos Planos de Desenvolvimento franquistas, para abrirmo-nos à realidade do século XXI e, ao mesmo tempo, para fecharmo-nos argumentadamente à sua apologia do capitalismo mundializador, do desenvolvimento económico, da ditadura política parlamentarista, da destruição ambiental, da aniquilação do galego, da tergiversação académica da história da Galiza, de sacrificá-lo tudo à produção, da falta de amor pela terra e o povo, de cosmopolitismo niilista, camuflado ou não de galeguismo, de estar de joelhos ante a «ciência económica», da cega devoção pelo ente estatal".
A obra vai ser presentada nos vindeiros días en diversas localidades da Galiza:
* Quinta-feira, 9 de Setembro: Compostela - Feira do Livro Anarquista, Casa Das Asociacións (Cornes-Conxo) - 18:00 horas
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Sexta-feira, 10 de Setembro: Ferrol – Centro Cultural Torrente Ballester (R/Concepción Arenal, s/n) - Organiza Unión Libertaria – 20:00 horas
* Sábado, 11 de Setembro: A Coruña – Casa das Atochas (R/Atocha Alta, 14) - 20:00 horas
* Segunda-feira, 13 de Setembro: Pontedeume – Casa da Estación – 20:00 horas
* Terça-feira, 14 de Setembro: Pontevedra – Galería Sargadelos (R/Oliva, 22) – Organiza CNT – 20:30 horas
* Quarta-feira, 15 de Setembro: Vigo – A Cova dos Ratos (R/Romil, 3) - Organiza Lapsus – 20:30 horas
* Quinta-feira, 16 de Setembro: Lugo – C.S. Mádia Leva (R/Amor Meilán, 18) – 20:00 horas
* Sexta-feira, 17 de Setembro: Ponteareias – C.S.A. O Fresco - Organiza Ateneo Libertario Lume Negro - 21:00 horas
Para coñecer máis datos sobre a obra e para ter información actualizada das presentacións, consultar a páxina web
www.unionlibertaria.org
Ferrol, 6 de setembro de 2010
Unión Libertaria
Enviado por:
Unión Libertaria
-unionlibertaria@gmail.com-
6 de setembro de 2010 22:14
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