Por Lupe Ces
09.03.2012
Hai quem se pode crer que as feministas nos alegramos de que o tempo nos venha a dar a razom nalgumhas cousas que predizíamos: hai que defender os direitos conquistados porque podem perder-se..., o patriarcado está avançando em toda Europa... Mesmo tenho um mandil de algodom, mercado a unhas feministas belgas da Marcha Mundial das Mulheres, que participavam com nós numha manifestaçom europeia em Marselha que di "PAS DE RETOUR AO 19iéme SIECLE", nom à volta ao século XIX.
Nom nos alegramos de ter razom, estamos vivendo estes momentos com medo, com incertidume, porque a máquina do tempo nos leva cada dia mais longe, longe dos nossos direitos, longe das conquistas sociais, longe das ideias de liberdade, igualdade, justiça, solidariedade... e mesmo semelha que a cada virada da máquina ponhemo-nos cada vez mais longe da paz.
Hoje e onte, as vozes inimigas das mulheres, das feministas, da democracia, da justiça, as vozes e as vontades inimigas da Igualdade, volverom a tronar para alindar os nossos direitos, a nossa liberdade. Intentam acossar-nos, socavar a nossa autoestima, "o aborto é um fracasso da mulher" di Esperanza Aguirre; intentam intimidar-nos "vivirá toda a vida apesadumbrada polo crime do aborto", se nom te sometes á sua moral, di o arzobispo de Granada; intentam que nos desorientemos confundindo a realidade, "as mulheres embaraçadas sofrem violência de gênero", aludindo às supostas pressions sociais para que aborte, di o Ministro de Justiça, Alberto Ruíz-Gallardón; "hai que julgar o roubo de bebés com critérios doutro tempo" di o arzobispo de Barcelona, para sair livre de qualquer culpa; "eu nom som feminista nem machista, som umha mulher normal" di a Concelheira de Igualdade do Concelho de Ferrol, intentando ridiculizar os nossos esforços colectivos de emancipaçom.
Hoje todas as pessoas que acreditamos no mundo democrático e justo que propom o Feminismo, estivemos reunidas, manifestando-nos, concentrando-nos, participando em actos públicos, nas escolas, nos centros de trabalho, nos sindicatos, nas redes...falando de Igualdade. Hoje era o dia para ver-nos e arroupar-nos.. .no virtual e no real, e assim foi. Viva a luita feminista!
[*] Por Lupe Ces Rioboo -Caranza Ferrol 1953, é mestra, activista social, integrante da Marcha Mundial das Mulleres. Forma parte do Colectivo Ártabra 21.
Blogue persoal: Caranza free opiniom
Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
8 de março de 2012 23:59
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