xoves, xuño 21, 2012

O Parto, ... Por Lupe Ces


Por Lupe Ces [*]
21.06.2012


Estes dias Yolanda Díaz, dirigente de Esquerda Unida, pronunciava umha das frases máis lúcidas que tenho lido nas últimas semanas “Nós sós nom podemos”. Trata-se da frase que ainda parecendo que xurde da impotência ou da frustraçom, é a que tem a clave que nos pode tirar do abismo no que levamos caindo irremediavelmente, sem tam sequer chegar a albiscar o fundo.

A esquerda que aguardamos, a esquerda que poida abrir a porta para sairmo-nos fora deste sistema, a esquerda que precisamos, ainda nom viu a luz, por mais que sintamos já as contraçons do parto. Um caminho que nom vai ser doado, as organizaçons que estam chamadas à sua construçom, estám instaladas no “Nós somos a esquerda”, ou “Nós somos o país”, ou mesmo colhem posiçons porque entendem o accionar político coma umha carreira em competiçom. Ainda fica muito autismo político entre nós.

Ainda assim, começam as ganas de empuxar, polo que cumpre levar a bo termo este parto, sabendo em primeiro lugar se a criatura está bem colocada, e ao pouco que se apalpe vera-se que nom, que polo de agora vem de nádegas.

Estamos olhando para o que deixamos atrás, para a placenta nutricia que nos alimentava até agora, e deixamos de olhar para a canle que temos que atravesar para respirar numha nova vida. Seguimos pensando que é suficiente com enumerar soluçons, alternativas, obxectivos... onde mais ou menos todo o mundo coincidimos, mas esquezendo explicar como é que imos atravesar essa canle para chegarmo-nos a esses obxectivos, a cristalizar essas alternativas, a darmo-nos soluçom aos problemas.

Nom nos decatamos que estamos na canle de parto, e nom hai volta atrás. Nada vai volver a ser igual. Se as organizaçons de esquerdas, as que dim que querem um outro sistema, tivessem a maioria nas instituiçons, que fariam co déficit? e ca débida? com que medios? com que alianzas? Hai muito para reflexionar no acontecido nos últimos días, resignaçom ante a realidade em Andalucia, e fracaso na desuniom em Grécia. Eis o que cumpre decidir, submissom ou insubmissom; confluencia e unidade ante a emergência, ou desuniom e ignoráncia e sálve-se quem poida. O tempo corre contra nós, mas tampouco podemos andamiar em falso. Nom som mais, mas som poderosos, nom tenhem escrúpulos e venhem a por nós.

[*] Por Lupe Ces Rioboo -Caranza Ferrol 1953, é mestra, activista social, integrante da Marcha Mundial das Mulleres. Forma parte do Colectivo Ártabra 21.

Blogue persoal: Caranza free opiniom

Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
21 de junho de 2012 00:04
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1 comentarios so far

Xenial e lucido artigo.E certo que veñen a por nos,temos que facerlles frente,non como ate agora, que imos a o seu rebufo.todos sabemos o que ai que facer :Insumision e unidade na accion e nas respostas,sociais,sindicais, e sobor de todo, POLITICAS.!!!!!ADIANTE!!!!somos moitos, so falla a vontade...


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