Analisada a programaçom das Festas de Verao que acabam de começar em Ferrol, NÓS-Unidade Popular chega à conclusom de que dificilmente se poderiam gastar de pior maneira os 200 mil euros malbaratados polo governo local.
A assistência passiva a eventos protagonizados por estrelas de segunda fila do panorama espanhol, junto à marginalizaçom dos conteúdos galegos protagonizados polo próprio tecido social ferrolano nos mais diversos ámbitos culturais, voltam a caraterizar as Festas de Verao organizadas polo governo local do Partido Popular.
Dificilmente poderiam gastar-se de maneira mais injustificada os 200 mil euros que, segundo a edil Susana Martínez, custam ao governo do PP e, portanto, a todos os ferrolanos e ferrolanas, estas festas. Como noutras ocasions, a falta de imaginaçom e de compromisso com a nossa cultura manifesta-se numha programaçom musical protagonizada por figuras televisivas, nalguns casos de terceira categoria, que venhem usurpar o protagonismo que deveria corresponder às formaçons musicais do nosso país e do próprio Ferrol, de maior qualidade e inseridas na nossa realidade social.
Os governantes do PP continuam a pensar que fazer umhas boas festas consiste em pagar contratos caros para passear polos nossos cenários um Loquillo, umha Ana Torroja ou uns Duncan Dhu, figuras do panorama musical televisivo espanhol 25 anos atrás, ou um Bustamante como estrela mais recente e igualmente adscrita à cultura paifoca que nos vendem na televisom. Entre outras consideraçons, os milhares de euros que esses grupos e cantores vam cobrar irám longe de Ferrol e da Galiza, conseqüência da falta de compromisso do PP com o investimento público no próprio tecido social e cultural ferrolano e galego, em tempos de grave crise como os que vivemos.
Já em termos artísticos, nom temos nada contra nengum tipo ou estilo musical, mas chama a atençom a insistência com que nos bombardeiam cada ano com zarzuelas e outras músicas espanholas, como se nom existissem estilos musicais fora das fronteiras mentais espanholas, ou como se na Galiza nom se produzisse boa música e boa cultura nas mais diversas manifestaçons.
Os conteúdos galegos e locais brilham pola sua ausência, em lugares secundários da programaçom e sem ter em conta o critério lingüístico na hora de tentar dar protagonismo e prestigiar o nosso idioma na elaboraçom da programaçom. Nos poucos casos em que aparecem nomes galegos, o critério parece ter sido o grau de identificaçom do artista em questom com o próprio Partido Popular, daí que Manuel Manquinha volte a visitar-nos.
A todo o anterior, haveria que acrescentar, também um ano mais, a total falta de abertura à participaçom do tecido associativo e vicinal ferrolano na hora de elaborar a programaçom destas Festas.
A iniciativa do PP situa-se, portanto, nas antípodas do que deveriam ser umhas Festas de Verao ferrolanas, galegas e participativas.
Merecem, por isso, o rejeitamento de NÓS-Unidade Popular e de qualquer entidade ou pessoa comprometida com os valores da participaçom social e a valorizaçom da nossa língua, música e cultura nacionais.
Assembleia Comarcal de NÓS-Unidade Popular em Trasancos
Ferrol, 7 de agosto de 2012
Enviado por:
Bruno Lopes Teixeiro
-brunotrasancos@gmail.com-
7 de agosto de 2012 00:48
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