Por Lupe Ces [*]
14.05.2019
Reaçom
Juana Rivas, Maria Sevilla…, e agora Patrícia González, estas duas últimas, mulheres pertencentes a Infancia Libre e que o jornal El Mundo, e outros médios de comunicaçom, colocavam nas primeiras páginas das suas ediçons junto a termos como “sequestro”, “denuncias falsas”, “sustraçom de menores”, “manipulaçom”, “pôr em contra do pai”…, Que lonje estamos dun jornalismo que garanta o direito à informaçom, argumentado e contrastado! Quanto queda por caminhar para que as crianças nom sofram constantemente, nos médios de comunicaçom, a vulneraçom dos seus direitos! Que grande o desconhecemento que existe entre muitos profissionais do jornalismo, da situaçom das crianças vitimas de violencia sexual e as nais, que decidem denuncia-lo! Mas no caso do jornal El Mundo, nom se pode falar de desconhecemento, hai que falar de utilizaçom da imagem das crianças para praticar um jornalismo que vulnera o código deontológico para o exercício da profissom.
As denuncias falsas nom acadam o 0,01% de incidência segundo o Consejo General del Poder Judicial, mas a reaçom machista aos avances feministas na nossa sociedade, utilizam esse mantra para atacar às mulheres vitimas de violência machista, e contra às que denunciam violência sexual sobre as suas crianças.
Quando falamos de “sequestro” nestes casos, atopamo-nos com mulheres que num intento desesperado por proteger às suas crianças do suposto agressor, vulneram a lei. Nom estamos falando de sequestrar para fazer dano, pedir um rescate, obter notoriedade… Umha desacertada decissom numha situaçom de indefenssom e vulnerabilidade máxima. Mas a reaçom machista organizada, intenta confundir, a través dos médios, à opiniom pública, falando mesmo de tramas organizadas de “sustraçom de menores”.
Nom pode faltar neste tipo de novas a suposta “manipulaçom” que a nai exerce para posicionar à criança contra do pai. Um jeito de reconhecer o inexistente Sindrome de Alineaçom Parental (SAP), fantasiado nas mentes patriarcais e que se utiliza como argumento para impor às crianças um vínculo afetivo que nom desejam, e às nais o castigo por denunciar o que segue a ser um tabu na nossa sociedade: o abuso sexual infantil.
Esta nova detençom dumha nai que pretendia ocultar-se junto à sua filha para evitar o contacto co pai, denunciado por abuso sexual, nom podemos mira-la só como umha desafortunada interpretaçom da realidade. Hai dados que mostram que existe umha prática comum entre sectores do poder judicial, dos medios de comunicaçom, e de expressons políticas que pretendem frenar os avanços feministas e seguir deixando no privado a violência sexual contra a infáncia.
O proxecto de desmantelamento dos serviços de igualdade em Andalucia, as sentenças e justificaçons das agressons sexuais em grupo, os intentos de legalizar os ventres de aluguer, a pressom a través de alguns sindicatos para regularizar a prostituiçom…, som mostras de que assistimos a umha reaçom organizada e disposta a afiançar e recuperar privilégios.
As organizaçons em defensa dos direitos da Infancia, que atuam frente a esta situaçom, som um objetivo a bater. Um movemento moi novo, mas que logrou criar umha rede de colaboraçom, fluxo de informaçom e lançamento de alternativas (modificaçom e promulgaçom de leis, protocolos, boas práticas, aplicaçom de metodologias acaidas, formaçom de profissionais …), e que recolherom já algumhas conquistas. Este movimento, pese aos intentos de difamaçom e desqualificaçom, fica para quedar-se, porque é tempo de que a pederastia, o estupro, as perversas práticas de abuso e explotaçom sexual das crianças e adolescentes, sejam desterradas das nossas sociedade.
[*] Lupe Ces Rioboo -Caranza Ferrol 1958, pertence à directiva de AGAMME. É mestra xubilada, feminista e activista social (serviços públicos, água, remunicipalizaçom. Forma parte do Colectivo Ártabra 21. Blogue persoal: Caranza free opiniom | Facebook | Twitter.
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Asociación galega contra o maltrato a menores
AGAMME: Asociación afincada en Galicia, fundada en 2010. Os seus obxectivos principais son a visibilización da problemática do maltrato infantil, e de forma sinalada o abuso sexual incestuoso, ofrecer apoio e información a vítimas e as súas familias ou profesionais que traballan habitualmente con nenos, nenas e adolescencia. Para rematar a participación en procesos lexislativos e a presentación de demandas á administración para o cumprimento da lexislación vixente.
Enviado por:
Agamme Ferrol
-agammeferrol@gmail.com-
14 de maio de 2019 00:07
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