Amosando publicacións coa etiqueta Grecia. Amosar todas as publicacións
Amosando publicacións coa etiqueta Grecia. Amosar todas as publicacións

mércores, xuño 13, 2012

Cerco à Grécia: o fim das metáforas, ... Por Saul Leblon


Por Saul Leblon [*]
13.06.2012


O exército do dinheiro afia as armas e prepara o cerco à sociedade grega. Faz parte desse planejamento inocular doses crescentes de terror psicológico na sua população. O Brasil sabe como essa coisa funciona: vazamentos; chantagens; manchetes encadeadas; ataques a reputações, interditos e linchamentos ideológicos. Já está acontecendo; deve ganhar intensidade nesses cinco dias que antecedem o pleito de domingo na Grécia. É uma página da história que convém ler com vagar.

Onze milhões de pessoas decidirão se a economia que representa apenas 2% do PIB europeu passará a trabalhar pela sociedade ou contra ela para continuar a servir a banqueiros e credores que já ficam com 97% de suas receitas (inclusive linhas de 'socorro'). A crueza do conflito instalado pela desordem neoliberal no país - com o apoio ativo da elite local - é tal que colocou em desuso as metáforas.

A Grécia corrobora a tese de que a democracia promete mais do que o capitalismo pode dar e está disposto a conceder. Soberania na escolha do futuro, por exemplo, e direito de rejeitar as bases desastrosas do passado. A economia grega patina em recessão há quatro anos. O dado disponível para este ano aponta uma nova queda do PIB da ordem de 6,5% no primeiro trimestre. O desemprego de 21,9% é o segundo maior do euro.

Abaixo dele, apenas o da Espanha, 'socorrida' também pelos credores neste sábado em troca de contrapartidas que o governo direitista prefere até ocultar. Os gregos têm sacudido nas ruas a aparente frieza do desastre neoliberal. E o fazem também com a própria vida. As taxas de suicídio cresceram mais de 40% na crise, em chocante contraste com a boutade mercadista de Angela Merkel, para quem tudo ali se resume a uma indolência inata ao trabalho.

Os indolentes querem assumir o comando do seu destino nas eleições de domingo, mas uma gigantesca operação de asfixia está em curso para sufocar o levante antes que ele se cristalize. A sociedade que já perdeu 1/5 de quase tudo, empregos, salários, aposentadorias, leitos hospitalares etc está sendo ameaçada de confinamento financeiro e político se insistir em reinventar seu contrato social nas urnas.

Para que servem então as urnas se o anterior foi literalmente destruído "pelas imposições dos mercados', conforme disse à Carta Maior, Errikos Finalis, dirigente do secretariado do Syriza, em entrevista ao correspondente em Londres, Marcelo Justo.

Respostas nada amigáveis partem de Bruxelas, Berlim e do FMI. As setas advertem: se a esquerda vencer dia 17, os gregos perderão o direito de sacar livremente seu dinheiro nas agências bancárias; sua cidadania européia sofrerá uma cassação branca: acena-se com restrições à migração nas zonas de fronteiras do euro; o fluxo de capitais será administrado pelas autoridades de Bruxelas.

Involuntariamente, ou não, na forma e no conteúdo, o capital financeiro e seus aparatos assumem diante da audácia grega a natureza de uma força de ocupação que captura a máquina do Estado, domina as instâncias do mercado e desautoriza as prerrogativas da democracia - a menos que os eleitores se resignem ao estado de exceção permanente.

Publicado no o Blog das Frases no Portal Carta Maior | 11.06.2012

[*] Saul Leblon, é um jornalista brasileiro, São Paulo.,

Enlaces de interese:

Συνιστώσες ΣΥΡΙΖΑ
http://www.syriza.gr
ΑΚΟΑ
http://www.akoa.gr/
Αντικαπιταλιστική Πολιτική Ομάδα (ΑΠΟ)
http://antipol.wordpress.com/
ΔΕΑ
http://www.dea.org.gr/
ΔΗΚΚΙ
http://www.dikki.org/
ΕΝΕΡΓΟΙ ΠΟΛΙΤΕΣ
ΚΕΔΑ
ΚΟΕ
http://www.koel.gr/
ΚΟΚΚΙΝΟ
http://www.kokkino.org/
ΟΙΚΟΣΟΣΙΑΛΙΣΤΕΣ ΕΛΛΑΔΑΣ
http://www.ecosocialists.gr/
Ομάδα Ρόζα
http://www.omadaroza.blogspot.com/
ΡΙΖΟΣΠΑΣΤΕΣ
http://www.rizospastes.gr/
ΣΥΝΑΣΠΙΣΜΟΣ
http://www.syn.gr/

KKK
http://es.kke.gr/
_________________

xoves, xuño 07, 2012

O filósofo esloveno, Slavoj Žižek, participou na campaña da Syriza e dixo que a coligazón da esquerda radical grega é hoxe "a única oportunidade para a Europa"


Interesantísimo video subtitulado do filósofo esloveno Slavoj Žižek participando nun acto da Syriza. A obra de Slavoj Žižek integra o pensamento de Jacques Lacan co de Marx e Hegel, e nela destaca unha tendencia a exemplificar a teoría coa cultura popular. 


Tirado de Esquerda.net 
 
Slavoj Žižek:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1d/Slavoj_Zizek_in_Liverpool_2.jpg/200px-Slavoj_Zizek_in_Liverpool_2.jpgNascido na antiga Jugoslávia, em Liubliana, hoje capital da Eslovénia), doutorou-se em Filosofia na sua cidade natal e estudou Psicanálise na Universidade de Paris. Žižek é conhecido por seu uso de Jacques Lacan numa nova leitura da cultura popular, abordando temas como o cinema de Alfred Hitchcock e David Lynch, o leninismo e tópicos como fundamentalismo e tolerância, correcção política, subjectividade nos tempos pós-modernos e outros.
Em 1990, candidatou-se à presidência da República da Eslovénia.
Žižek é professor da European Graduate School e pesquisador sénior no Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana. É também professor visitante em várias universidades estadunidenses, entre as quais estão a Universidade de Columbia, Princeton, a New School for Social Research, de Nova Iorque, e a Universidade de Michigan.

luns, xuño 04, 2012

Syriza apresenta programa económico - O que é a Syriza? - As proposta da esquerda em Grécia - Este 17 de Junho, em Grécia pode-se proroduzir a primeira derrota eleitoral da dereita e do social-liberalismo


Syriza apresenta programa económico

Embalado pela sondagem de quinta-feira, que deu 31.5% de intenções de voto à coligação de esquerda grega, Alexis Tsipras voltou a prometer rejeitar o memorando da troika e reverter o corte salarial e o plano de privatizações.


"Ou se implementa o memorando, ou se cancela", afirmou o líder da Syriza, citado pelo diário Ekathimerini, criticando as promessas da Nova Democracia e do PASOK de renegociar o memorando caso alcancem a maioria nas eleições de 17 de junho. Tsipras condenou ainda a campanha de medo e chantagem aos eleitores, destinada a transformar as eleições num referendo à permanência da Grécia na zona euro.

"O falso dilema euro-dracma revelou-se um favor dos responsáveis da União Europeia aos seus amigos necessitados que lhes pediram ajuda", afirmou Tsipras, referindo-se à notícia da Reuters acerca do pedido do ex-primeiro ministro Lucas Papademos a Durão Barroso para que este fizesse uma declaração forte sobre a possibilidade da Grécia sair do euro.

Tsipras apresentou um "plano de reconstrução nacional" com o objectivo de "reduzir a nossa dívida ou uma moratória e suspensão do pagamento dos juros até que a economia estabilize ou mostre sinais de recuperação". "O serviço da dívida deve estar ligado á taxa de crescimento da Grécia", acrescentou Alexis Tsipras.

Uma das medidas propostas é a rejeição do corte de 22% no salário mínimo, fazendo-o regressar aos 751 euros e alargar o subsídio de desemprego a um período de dois anos em vez de um. Para estabilizar a economia, a Syriza defende uma despesa pública entre 43% e 46% do PIB, em vez dos 36% previstos no memorando da troika. Para aumentar as receitas de 41% para 45% do PIB, a média comunitária, Alexis Tsipras propõe taxar a riqueza e os rendimentos milionários. E para implementar estas reformas, a Syriza quer criar um registo de bens detidos por cidadãos gregos no país e no estrangeiro, com a sua apreensão em caso de declarações falsas. A redução do IVA nos produtos alimentares essenciais, uma reforma fiscal menos penalizadora dos baixos rendimentos, o fim das isenções fiscais aos armadores, o investimento em tecnologia e meios humanos para combater a evasão fiscal e a nacionalização dos bancos recapitalizados pelo Estado são outras das propostas da Syriza para inverter o caminho da economia grega para a ruína.

Para viabilizar o sistema de segurança social, Tsipras quer usar as receitas da exploração de petróleo e gás para criar um fundo que garanta o futuro das pensões gregas. "O povo grego não está a pedir dinheiro. Não são pedintes. Querem trabalhar e poder suportar o seu custo de vida", afirmou o líder da Syriza, garantindo que "isto pode ser atingido sem os duros cortes impostos pelo memorando".

2 de Junho de 2012


O que é a Syriza?

A derrota dos partidos da troika nas eleições de 6 de maio é fruto da resistência social que nos últimos anos tem marcado a vida política na Grécia. Nas urnas, o eleitorado recompensou as propostas socialistas da coligação Syriza e deram-lhe a responsabilidade de liderar a oposição à austeridade e à ruína do país. Dossier organizado por Luís Branco.

Dossier: O que é a Syriza?

Neste dossier, explicamos a história da Syriza e do seu líder Alexis Tsipras, que vê hoje a Grécia na linha da frente duma batalha decisiva entre os povos e o capitalismo. Publicamos o resumo dos 10 Compromissos da última campanha, a carta de Tsipras a Barroso e a mensagem de solidariedade do Bloco. O futuro do euro é o tema forte das entrevistas com Yiannis Bournous e Nasos Illopoulos - responsáveis pela política internacional e pela juventude do maior partido da coligação, o Synaspismos - e a Sofia Sakorafa, a antiga atleta olímpica que rompeu com o PASOK e foi a candidata mais votada da Syriza nas eleições de maio.

Publicado o 19 de Maio de 2012 en esquerda.net.
______________

mércores, maio 09, 2012

Eleccións en Grecia, ... Por Eric Toussaint

Por Eric Toussaint [*]
09.05.2012


Análise post electoral

Resultados definitivos das eleccións en Grecia

1.- Produciuse un terremoto electoral en Grecia:
-Syriza, unha coalición da esquerda radical converteuse no segundo “partido” en importancia pasando do 4% en eleccións precedentes (2009) ao 16,6% dos votos, co que pasa de 13 deputados a 52.

-O Partido Socialista (PASOK) perdeu 2/3 dos votos obtidos en 2009 porque desde o goberno implemento todas a medidas de austeridade recomendadas pola Troïka (o FMI, o BCE, a Comisión europea), así que pasou de ter o 44% ao 13,9% dos votos e de 160 a 41 deputados, habendo perdido 119.

-Nova Democracia, o partido principal da dereita, é o primeiro nestas eleccións pero tamén perdeu unha cantidade enorme de votos xa que pasou do 33,5% ao 19,20%. Con todo en canto a número de deputados progresou porque segundo a lei o primeiro partido recibe unha prima de 50 deputados!

-Alba Dourada, un partido neo nazi entrou no parlamento por primeira vez. Partindo case da nada obtivo o 7 % dos votos e 21 deputados.

-O Partido Comunista KKE progresa lixeiramente, pasando do 7,5% ao 8,4% e pasa de 21 a 26 deputados.

-Esquerda Democrática -DIMAR- (unha escisión de Syriza producida en 2010-2011) obtivo o 6 % dos votos e 19 deputados.

- Os Verdes non alcanzan o limiar necesario do 3 % para poder entrar no Parlamento, do mesmo xeito que o partido da extrema dereita Laos que, deste xeito, paga moi cara a súa participación no goberno, tendo en conta que conseguira 17 deputados nas últimas eleccións.
-Antarsya (coalición de extrema esquerda) quédase cun 1,1 %.
Á esquerda do PASOK teriamos Syriza + PC (KKE) + DIMAR + Antarsya con 97 escanos (cantidade provisoria) en lugar dos 34 escanos de 2009.

Na extrema dereita Alba Dourada ten 21 escanos en lugar dos 17 que Laos perdio.

2.- Comentarios totalmente parciais: o resultado dos neo nazis é moi preocupante (véxase a análise do contexto, que evoluciona rápidamente, por Yorgos Mitralias).

O resultado de Syriza é moi positivo xa que esta coalición anunciou como propostas/reivindicacións: a suspensión inmediata do pago da débeda grega durante 3 a 5 anos, a anulación das medidas de austeridade impostas desde 2010, a ruptura dos acordos coa Troica, a nacionalización de varios grandes bancos privados… Moitos deputados de Syriza apoian activamente a auditoría cidadá da débeda grega (dos cales Sofia Sakorafa). Syriza é o primeiro partido en todas as grandes cidades e na xeración dos 18-35 anos. Veremos si Syriza mantén esta orientación logo de ter este gran éxito electoral. O que é moi alentador é que unha parte importante do electorado (nas grandes cidades Syriza está á cabeza) apoiou propostas radicais. O futuro diranos si Syriza manterase á altura deste formidable sostén popular.

Véxase aquí o resultado das eleccións:

http://www.guardian.co.uk/news/datablog/interactive/2012/may/06/greece-elections-results-map

Publicado o 8 Maio 2012 por Eric Toussaint en Cuba Debate .

Máis artigos do autor en Cuba Debate

[*] Eric Toussaint, Historiador e analista político belga. É presidente do CADTM-Bélgica (Comité pola Anulación da Débeda do Terceiro Mundo). O seu último libro publicado é “Banque mondiale: lle coup d’État permanent”.
__________________

domingo, marzo 04, 2012

Comunistas da Galiza: Vídeo do KKE -Partido Comunista de Grecia- sobre a soberanía popular


Video do KKE sobre a soberanía popular.

Os Comunistas da Galiza envian un Video do KKE -Partido Comunista de Grecia- sobre a soberanía popular.

Achegámosche o video do Partido Comunista de Grecia -KKE, colgado na rede cos subtítulos en Galego.

Para activar os subtítulos, premer no botón CC na barra inferior e seleccionar o idioma.


http://www.youtube.com/watch?v=6_9S9ri3Rzk


Que rule.!!

http://es.kke.gr/

Enviado por:
Comunistas da Galiza P.C.P.E
-comunistasdagaliza@gmail.com-
3 de março de 2012 10:46
___________________

venres, febreiro 17, 2012

Cacerolada en apoio ao pobo grego, convocada pola #AcampadaFerrol, na Praza do Concello, este Venres 17 de Febreiro


O Movimento 15M convoca unha Cacerolada Solidaria en apoio ao Pobo Grego, impulsada pola #AcampadaFerrol, na Praza do Concello, este Venres 17 de Febreiro, ás 20:30 horas.

Onte este movimento publicou unha "Carta aberta de Mikis Theodorakis
e Manolis Glezos en defensa de Grecia, a democracia e Europa", onde estes dous históricos activistas  gregos chamaban a "a converxer nunha ampla fronte de acción europea canto antes, para producir un programa de transición de Europa, para coordinar a nosa acción internacional, co fin de mobilizar ás forzas do movemento popular, para reverter o actual equilibrio de forzas e derrotar aos líderes actuais historicamente irresponsables dos nosos países".




acampadaferrol@gmail.com

http://tomaarua.blogspot.com/



__________________

xoves, febreiro 16, 2012

#AcamapadaFerrol publica unha "Carta aberta de Mikis Theodorakis e Manolis Glezos en defensa de Grecia, a democracia e Europa"


"Carta aberta de Mikis Theodorakis
e Manolis Glezos en defensa de Grecia, a democracia e Europa"

Na acrópole de Atenas erixiuse en 1982 unha lápida de bronce recordando o xesto de Manolis. O texto di:

"ΤΗ ΝΥΧΤΑ ΤΗΣ 30ης ΜΑΙΟΥ 1941 ΚΑΤΕΒΑΣΑΝ ΟΙ ΠΑΤΡΙΩΤΕΣ ΜΑΝΩΛΗΣ ΓΛΕΖΟΣ ΚΑΙ ΑΠΟΣΤΟΛΟΣ ΣΑΝΤΑΣ ΤΗ ΣΗΜΑΙΑ ΤΩΝ ΝΑZΙ ΚΑΤΑΚΤΗΤΩΝ ΑΠΟ ΤΟ ΙΕΡΟ ΒΡΑΧΟ ΤΗΣ ΑΚΡΟΠΟΛΙΣ". "ΕΝΤΟΙΧΙΣΤΗΚΕ ΑΠΟ ΤΗ “ΕΝΩΜΕΝΗ ΕΘΝΙΚΗ ΑΝΤΙΣΤΑΣΗ 1941 – 1944″ ΤΟ 1982.

A tradución ao galego é "Na noite do 30 de maio de 1941 os patriotas Manolis Glezos e Apostolos Sanda arrincaron a bandeira da ocupación nazi da roca sacra da Acrópole. Colocada pola "Resistencia Nacional Unida 1941 - 1944" en 1982. Agora, Manolis Glezos e Mikis Theodorakis , co mesmo espírito de resistencia, escribiron a seguinte:

CARTA ABERTA.

"En tempos antigos, a condonación por Solón das débedas que obrigaban aos pobres a ser escravos dos ricos -a chamada reforma Seisachtheia, sentou as bases para a aparición, na antiga Grecia, das ideas de democracia, cidadanía, política e Europa: os fundamentos da cultura europea e mundial.

Loitando contra a clase da riqueza, os cidadáns de Atenas sinalaron o camiño para a constitución de Pericles e a filosofía política de Protágoras, quen dixo: 'O home está moi por encima de todo o diñeiro'.

Hoxe en día, os ricos están tratando de tomarse a vinganza na mentalidade humana: 'Os mercados están moi por encima de todos os homes' é o lema que os nosos líderes políticos abrazan gustosamente, aliados ao demo diñeiro como novos Faustos.

Un puñado de bancos internacionais, axencias de información, fondos de investimento, nunha concentración mundial do capital financeiro sen precedentes históricos, reivindican o poder en Europa e en todo o mundo e preparan a abolición dos nosos estados e a nosa democracia, co arma da débeda, para esclavizar a poboación de Europa, pondo no lugar das imperfectas democracias que temos a ditadura do diñeiro e a banca, o poder do imperio totalitario da globalización, cuxo centro político está fóra da Europa continental a pesar da presenza de poderosos bancos europeos no corazón do imperio.

Comezaron con Grecia, utilizados como cobaias para trasladarse a outros países da periferia europea, e aos poucos cara ao centro. A esperanza dalgúns países europeos para escapar eventualmente demostra que os líderes europeos enfróntanse a un novo 'fascismo financeiro', non facéndoo mellor que cando se enfrontaron á ameaza de Hitler no período de entreguerras.

Non é unha casualidade que unha gran parte dos medios de comunicación controlados polo banco trátese aos países da periferia de Europa como 'porcos - pigs' e a súa campaña mediática, sádica e racista, vaia tinguida de desprezo. Os seus medios de comunicación non se dirixen só contra os gregos, senón tamén contra a herdanza grega e a antiga civilización grega. Esta opción mostra os obxectivos profundos e ocultos da ideoloxía e dos valores do capital financeiro, promotor dun capitalismo de destrución.

O intento dos medios de comunicación alemáns de humillar símbolos, como a Acrópole ou a Venus de Milo, monumentos que foron respectados ata polos oficiais de Hitler, non é senón unha expresión do profundo desprezo dos banqueiros que controlan os medios de comunicación, xa non tanto contra os gregos, senón abrigo contra as ideas de liberdade e democracia que naceron neste país.

O monstro financeiro produciu catro décadas de exención de impostos para o capital, todo tipo de 'liberalización do mercado', unha desregulación ampla, a abolición de todas as barreiras aos fluxos financeiros e as especulacións, os constantes ataques contra o Estado, a compra de partidos e medios de comunicación, a apropiación do excedente por un puñado de vampiros: os bancos mundiais de Wall Street. Agora ben, este monstro, un verdadeiro 'Estado tras os Estados' parece preparado para asestar un 'golpe de estado permanente' financeiro e político, e para máis de catro décadas.

Fronte ao ataque, as forzas políticas de dereita política e a socialdemocracia parecen comprometidas logo de décadas de entreguismo ao capitalismo financeiro, cuxos centros máis grandes están fóra de Europa. Doutra banda, os sindicatos e os movementos sociais aínda non están o suficientemente fortes como para bloquear o ataque de xeito decisivo como o fixeron moitas veces no pasado. O novo totalitarismo financeiro busca aproveitar esta situación para impor condicións irreversibles en toda Europa.

Hoxe, é tan necesario como urxente a coordinación inmediata e transfronteiriza dos intelectuais, as xentes das artes e as letras, os movementos espontáneos, as forzas sociais e as personalidades que comprenden a importancia do reto; necesitamos crear unha fronte de resistencia potente contra 'o imperio totalitario da mundialización' que está en marcha, antes de que sexa demasiado tarde.

Europa só pode sobrevivir se presenta unha resposta unida contra os mercados, un reto maior que o deles, un novo 'New Deal' europeo.

Debemos deter de inmediato o ataque contra Grecia e os outros países da UE na periferia, hai que pór fin a esta política irresponsable e criminal de austeridade e privatización, que conduciu directamente a unha crise peor que a de 1929.

As débedas públicas deben ser reestruturadas de forma radical na Eurozona, especialmente a expensas dos xigantes da banca privada. Os bancos deben volver ser avaliados e o financiamento da economía europea debe estar baixo control social, nacional e europeo. Non é posible deixar a chave financeira de Europa en mans dos bancos, como Goldman Sachs, JP Morgan, UBS, Deutsche Bank, etc ... Hai que prohibir os excesos incontrolados financeiros que son a columna vertebral de capitalismo financeiro destrutivo e crear un verdadeiro desenvolvemento económico en lugar de ganancias especulativas.

A arquitectura actual, baseada no Tratado de Maastricht e as regras da OMC, instalou unha máquina en Europa para fabricar débeda. Necesitamos un cambio radical de todos os tratados, a submisión do BCE ao control político da poboación europea, unha 'regra de ouro' para un mínimo do nivel social, fiscal e ambiental de Europa. Necesitamos urxentemente un cambio de paradigma, un retorno ao estímulo de crecemento a través da demanda de novos programas de investimento europeos, as novas regulacións, os impostos e o control do capital internacional e instalación de fluxos, unha nova forma de proteccionismo suave e razoable nunha Europa independente sería protagonista na loita por un mundo multipolar, democrático, ecolóxico e social.

Chamamos ás forzas e persoas que comparten estas ideas a converxer nunha ampla fronte de acción europea canto antes, para producir un programa de transición de Europa, para coordinar a nosa acción internacional, co fin de mobilizar ás forzas do movemento popular, para reverter o actual equilibrio de forzas e derrotar aos líderes actuais historicamente irresponsables dos nosos países, co fin de salvar ao noso pobo e á nosa sociedade antes de que sexa demasiado tarde para Europa".

Atenas, Octubro 2011

Mikis Theodorakis e Manolis Glezos


Carta aberta de Mikis Theodorakis e Manolis Glezos en defensa de Grecia, a dem...




acampadaferrol@gmail.com

http://tomaarua.blogspot.com/




__________________