Amosando publicacións coa etiqueta Grecia. Amosar todas as publicacións
Amosando publicacións coa etiqueta Grecia. Amosar todas as publicacións

luns, setembro 21, 2015

Grecia votou, e votou ben, ...por David Rodríguez

Por David Rodríguez [*]
21.09.2015


Unha boa análise do que se ventilaba nestas eleccións gregas fíxoo a Comisión Europea hai uns días asegurando que, desta volta, non había nerviosismo ningún entre a oligarquía europea ante estes comicios. Os dous partidos con máis opcións de gañar non poderían facer ningunha política económica diferente da acordada polo Consenso de Bruxelas-Berlín. Demostrando así que a liña de demarcación en Europa entre o neoliberalismo e a esquerda (entendida esta como a socialdemocracia clásica e todo o que se atopa á súa esquerda) pasa por desafiar a ditadura do euro, auténtica ferramenta de disciplinamento político das clases populares europeas. Como era de esperar, ademáis da vitoria da abstención, Syriza gañou as eleccións sen que se producisen cataclismos nos mercados. Unha vez depurados os seus elementos “excéntricos”, hoxe votar Syriza é “votar ben”.

O partido Podemos celebra a vitoria de Tsipras como aposta a cabalo gañador en momento preelectoral ao tempo que algúns dos chamados municipios do cambio (Madrid, Barcelona, Badalona, Zaragoza e Alacante, así como as cidades galegas da Coruña e Compostela) asinan a Declaración de Zaragoza na que denuncian a falta de marxe de manobra para facer políticas económicas para as maiorías sociais por causa desa apisoadora neoliberal que é a Lei de Racionalización e Sustentabilidade da Administración Local, a Lei de Estabilidade Orzamentaria e Sustentabilidade Financeira e o artigo 135 da Constitución. Porén, no texto da Declaración de Zaragoza non se chega a mencionar, por ningures, o Pacto Fiscal Europeo, verdadeira fonte da que beben esas leis e ese artigo.

Pola banda do que se presenta coma o outro polo de ruptura, o independentismo catalán, o gran debate céntrase no dereito de Catalunya a ser un membro máis do Consenso de Berlín, e no dereito da futura república catalana a contribuír cunha parte alícuota de imaxinería propia no repuxado dos futuros euros.

Para a esquerda que fía todo á longa marcha polas institucións europeas para a reforma dos tratados (a que institucións democráticas concretas se refiren é xa tema de Expediente X), a elección de Jeremy Corbin significou unha nova inxección de optimismo. Claro que a posición de Corbin e do resto da esquerda da eurozona é substancialmente distinta polo "pequeno detalle" de que se o británico chega a gobernar contará cun Banco Central e unha moeda de seu. Como o mesmo Corbin dicía hai pouco nun artigo no Financial Times, “Deberiamos estar agradecidos a Gordon Brown que como chanceler mantivo ao Reino Unido fóra da moeda única cando outros membros do goberno sostiñan que tiñamos que entrar na mesma”. O cal é outra forma de dicir que o que constitúe o maior problema para a esquerda en toda a Eurozona é un problema resolto para a esquerda británica.

O máis parecido a unha esperanza é o artigo asinado por Melenchon, Lafontaine, Varoufakis e outros, no que se aseguraba que: “Se o euro non pode ser democratizado, se insisten en úsalo para esganar á xente, levantarémonos, fitarémolos, e dirémoslles: Tentádeo, as vosas ameazas non nos asustan. Atoparemos un camiño para asegurar que os europeos teñen un sistema monetario que funcione para eles, non ás súas expensas.”; claro que, hoxe por hoxe, no que respecta a apoios da Francia popular, máis opción terá de rebentar o euro a Front National que o Front de Gauche.

En suma, proletarios da Eurozona, non agardedes que nos anos vindeiros vaiades recibir algo diferente a máis doses de neoliberalismo en vea.
O Funambulista Coxo

Publicado o 20 de Setembro de 2015 no blogue
ofunambulistacoxo.blogspot.com.

[*] David Rodríguez Rodríguez (Vigo, 1975) mantén o blogue http://ofunambulistacoxo.blogspot.com desde o ano 2005. É autor das obras de teatro radiofónico O Bambán e Nunca me esquecerei de ti (gañadora e finalista respectivamente do I e IV Premio de Teatro Radiofónico do Diario Cultural). Escribiu o poemario Lapidarias. Os versos escuros e participou no libro colectivo Non conciliados. Argumentos para a resistencia cultural.
______________

A Política e o Sistema, ... por Rui Pulido Valente - O caso grego tem sido muito elucidativo e revelador do problema de fundo que atravessa a sociedade ocidental e os seus sistemas políticos

Por Rui Pulido Valente [*]
21.09.2015


As democracias, ditas modernas, só o são (democracias) no quadro do sistema em vigor, isto é, no âmbito do sistema em que existe um domínio dos mercados (diga-se do interesse financeiro daqueles que dominam os mercados de capitais e bens transaccionáveis). Poder-se-ia dizer do sistema capitalista. É-o de facto, mas acontece que hoje, e sempre, houve perspetivas diferenciadas sobre o próprio capitalismo.

À medida que os problemas se vão agravando e as soluções se revelam ineficazes, todos compreendemos que o que divide as pessoas e os partidos são os diferentes objetivos de fundo, uma vez que também todos percebemos que não é possível conciliar o inconciliável: a justiça social é incompatível com a sede de lucros das multinacionais (esse dinheiro não é para investir na sociedade e os impostos pagos, muitas vezes, também não); o interesse das pequenas e médias empresas não é conciliável com a ganância da banca quando aplica as taxas de juro nos empréstimos (também esse dinheiro não é aplicado socialmente nem os impostos que os bancos pagam); os paraísos fiscais não trazem vantagens para as populações, mas sim, para os donos do capital; a corrupção é uma ferramenta de trabalho fundamental para a manutenção do atual sistema económico e político que não tem qualquer benefício para o cidadão comum [a ideologia, estúpido!!!].

Podemos concluir então o que já há muito é evidente. Há interesses antagónicos inconciliáveis pelo que qualquer política passa por definir quais os interesses que devem prevalecer: os daqueles que controlam o dinheiro e dominam a finança, ignorando toda a sociedade e os seus valores de justiça, equidade, bem comum, desenvolvimento equilibrado, ambiente sustentável, transparência, ética, seriedade, respeito pela diferença; ou os da maioria da população, que sabe que as assimetrias atuais são sempre impeditivas de poder cumprir aqueles valores básicos da vida em comum.

Será possível governar sem corrupção? Parece que no atual sistema, tal não é possível, basta olhar para os exemplos que todos os dias nos aparecem à frente!

O caso da Grécia mostra que a ideologia dominante quer manter a ideia de que o sistema apenas funciona com aquelas regras, sendo inevitável a austeridade para alguns enquanto que outros recebem os juros resultantes de um modelo de desenvolvimento que não tem por base os próprios recursos nacionais e políticas de industrialização e de crescimento económico bem definidas.

O sistema capitalista tem outras variantes, a democracia tem outras dimensões, a sociedade exige novos modelos de organização. Quando se refere que não há alternativa ao capitalismo mantemo-nos num quadro que tem por base o paradigma de uma sociedade sempre em crescimento baseada nas assimetrias entre ricos e pobres e no domínio do dinheiro. Se o paradigma mudar as alternativas surgem e não é necessário acabar primeiro com o capitalismo pois ele próprio encontrará um caminho que levará a um sistema de sociedade diferente.

O que temos presenciado é a paranoia de alguns grupos políticos quanto à possibilidade de existirem soluções alternativas que deixem de se basear nos valores do individualismo, do nacionalismo, da xenofobia e da ditadura do dinheiro.

Quando se diz que um partido é contra o sistema como o caso do Syriza ou do Bloco de Esquerda estamos a dizer que são contra o que hoje personifica o sistema capitalista com toda a carga de valores anti-sociedade (ou anti-sociais) que acarreta, traduzida também por inúmeras figuras públicas corruptas, pouco sérias, vivendo na ostentação, contradizendo-se sistematicamente (são precisos nomes?). Chegamos então aos partidos e à prática democrática que também está excessivamente marcada por este sistema capitalista que de democrático tem pouco, escondendo-se na sua burocracia e nas leis, quando necessário (e nas regras).

No seu livro “Rebooting Democracy” ou na versão portuguesa “Reinventar a Democracia”, Manuel Arriaga, investigador português a trabalhar em Inglaterra e nos Estados Unidos, refere várias experiências de democracia participativa e fala claramente da necessidade de mudança na prática partidária e no sistema partidário. Não são exemplos teóricos que ele refere mas práticas concretas com bons resultados em países tão próximos como Malta, Irlanda, Canada, Austrália e Estados Unidos.

Há, hoje, problemas nas sociedades que não têm resolução através do sistema político tradicional, que exigem outras formas de participação dos cidadãos e novas oportunidades de intervenção cívica. Mas para tal é necessário que os carreiristas abram mão do seu poder e o cidadão deixe de depositar nos políticos, de 4 em 4 anos, o tratamento exclusivo dos problemas e a defesa dos seus interesses.

Também muitos já compreenderam que o futuro das sociedades passa por uma redefinição do papel do Estado nas democracias. A ideia de que não é necessário um poder público interventivo e responsável por algumas áreas e as experiências de Reagan e Tatcher, já deixaram as suas marcas negativas. Há quem queira insistir nessas receitas mas a crise veio criar-lhes novas dificuldades. Mesmo na discussão do Tratado Transatlântico de Comércio e Investimento o problema passa pelo total desrespeito pela soberania dos Estados, dando mais força e valor às multinacionais do que aos próprios países. Será?

Havia quem anunciasse o fim da História! Há os que agora pretendem o fim da Política, impedindo os Estados e os seus cidadãos de terem uma palavra no futuro das suas pátrias. São aqueles que se vendem para obterem uma reforma dourada! Mas morrem como os outros! E não mudam o Mundo, pelo contrário, são avessos à mudança!

21 de Setembro, 2015 - 09:32h em http://www.esquerda.net/

Artigo publicado em portalegre.bloco.org em 16 de setembro de 2015

[
*] Rui Pulido Valente, é professor do Instituto Politécnico de Portalegre e da Escola Superior de Gestão e Tecnologia. Cabeça de lista do Bloco de Esquerda nas eleições legislativas de 2015, pelo círculo de Portalegre, como candidato Independente.
___________

domingo, xullo 05, 2015

Sorpresa e desconcerto, ... Por Rafael Pillado


Por Rafael Pillado [*]
05.07.2015


Sorpresa e desconcerto

Lía esta mañá a columna que escribe Enrique Barreira. Debo dicir que o autor meréceme respecto, o mesmo que a súa opinión manifestada ao longo de moitos anos. Con todo, o que hoxe escribe sobre Grecia rompe esa opinión de forma rotunda.

Segundo el, para defender a dignidade do pobo heleno, hai que contar con moeda propia, lograr complicidades e dar garantías de loita contra a fraude, ademais de acabar con abusivas pensións. Ata, reestruturar a débeda para crecer economicamente e dispoñer de recursos para axudas sociais. E di, ¡así de sinxelo!

Conclúe coa idea de que era unha quimera impoñerse á unión europea. Ata nos di aos que aplaudimos o triunfo de Syriza que hoxe miramos para outro lado.

Ao meu xuízo, totalmente desenfocado. Non sé o que pensa Enrique das medidas que a troika aplicou a España. En calquera caso, ditas medidas foron ditadas polos intereses económicos e financeiros. Seica os desafiuzamentos, a reforma laboral, os baixos salarios, a progresiva liquidación do fondo de pensións, a privatización xeneralizada, etc. son aceptables? ¡Que nolo explique!
Que suxire, que asumamos as directrices da chamada troika? Que traguemos o que nos boten?

Algunhas ideas respecto diso. Estes días reuníase un comité constituído por personalidades internacionais que ditaminou que a débeda grega é ilexítima. Pero é que a súa débeda non caeu, como en España, do ceo. Nace das políticas desenvolvidas durante anos polos partidos Pasok e Nova Democracia nun proceso bipartidista, a semellanza do sucedida en España, cuxos beneficiarios eran os bancos e multinacionais. E, ademais, ambos partidos aplicaron as esixencias da troika, sen poñer resistencia. ¡Así chegamos ata aquí! Lograron solucións? ¡Pola contra a crise profundouse! E hai que dicir que cun descrédito superlativo deses partidos. Syriza leva só meses gobernando.

Por outra banda, non ter moeda propia, impide defender a dignidade, que é o que nos queda aos que nada temos ou tendo-o quítannos-lo?

E di Enrique que garantan a loita contra a fraude fiscal. Pero, quen son os defraudadores e os corruptores? Seica non comprobamos como Jean-Claude Juncker Presidente da Comisión europea fixera trampa a toda Europa, dando refuxio a empresas e entidades financeiras en Luxemburgo; Mario Dragui, sendo asesor do desastre financeiro en Grecia. Logo pasan a postos claves.

E fala de abusivas pensións. Cando os que se levan os diñeiros son empresas e financeiros, burlando a legalidade, cando non se escudan nunha legalidade á súa medida.

Non che entendo Enrique. Os rescates sucesivos, é dicir, os millóns de euros que entregou a troika a Grecia, foron aos bancos alemáns e franceses. O pobo grego non os viu nin polo forro. Claro que o goberno de Syriza quere reestruturar a débeda, promover o crecemento. Pero o que queren, non Europa, senón os grupos financeiros que a teñen secuestrada, é dar un escarmento ao pobo que non se resigna a ser un mero convidado de pedra. Sinalándolle que as súas decisións soberanas non poden apoiar a un partido como Syriza, por moi democraticamente que o decidiron. Para eses poderes, a democracia vale ata onde eles queren.

Laméntoo Enrique. Prefiro estar con ese pobo e o seu goberno que rexeitan a imposición da troika a ser un mero instrumento de interese espúreos. Hai que apoiar á nación grega. Hai que mobilizarse, como fixeron os pobos alemán, británico, francés, etc.

Por certo, moitos miramos aos helenos convencidos de que gañarán esta partida, por dura que lla poñan.

Nota.- Escrito o 29 de Xuño de 2015

[*] Rafael Pillado Lista, San Cibrao (Cervo) o 12 de xuño de 1942, xubilado de BAZAN,  é Vicepresidente da A.C. Fuco Buxán e membro do Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol. Foi un activista sindical e político nos anos da ditadura franquista, sen deixar nunca a súa actividade social e política. Participou no Encontro Social e na Rede de Apoio Mutuo de Ferrol Terra. Agora fai-no nas Marchas da Dignidade de Ferrolterra. Escribe artigos sobre a actualidade nos medios locais. Ten escrito un importante e moi interesante libro sobre unha parte da nosa historia recente "O Latexo da vida e da conciencia - Memorias Colectivas de Rafael Pillado - I (Primeiro Volume)".

Enviado por:
Rafael Pillado
-rafaelpillado@gmail.com-
4 de julho de 2015 12:37
__________

Grecia resiste!! en Ferrol non á Troika!! - Vídeo


Concentración de apoio ao pobo grego, denunciando a chantaxe á que está sendo sometido por parte do poder económico representado pola Troika. Este domingo vai ser o referendum en Grecia, desde Ferrol pedimoslles que voten #OXI que significa #NON á chantaxe da Troika!!


https://youtu.be/vMiOEwR7cmc


Enlaces de referencia:

Ártabra 21: Concentración en Solidariedade co Pobo Grego, por un Non rotundo á chantaxe da Troika - En Ferrol, sábado 4 de Xullo, às 12 do medio día na Praza do Concello - Discurso do referéndum de Alexis Tsipras

Ártabra 21: Este sábado 4 de Xullo, Concentración en Solidariedade co Pobo Grego, na Praza de Armas, ás 12 do mediodía - #Oxi
_________________

sábado, xullo 04, 2015

Concentración en Solidariedade co Pobo Grego, por un Non rotundo á chantaxe da Troika - En Ferrol, sábado 4 de Xullo, às 12 do medio día na Praza do Concello - Discurso do referendum de Alexis Tsipras


EN SOLIDARIEDADE CO POBO GREGO, POR TOD@S NÓS,
POR UN NON (OXI) ROTUNDO Á CHANTAXE DA TROIKA


CONCENTRACIÓN NA PRAZA DE ARMAS DE FERROL
SÁBADO 4 DE XULLO DE 2015
ÁS 12 DO MEDIODÍA.


O pobo grego leva tempo sufrindo os graves efectos da crise financeira mundial. Do mesmo xeito que moitos outros países, para evitar o desplome da banca e facer fronte ó buraco deixado por esta endebedouse. A fraxilidade da súa economía produtiva, a incompetencia e corrupción dos seus pasados gobernos, e o elevado dos intereses pagados á banca privada polos empréstitos fixo medrar esta débeda de forma perigosa. Neste panorama, o Fondo Monetario Internacional, o Banco Central Europeo e os estados da Eurozona, que comunmente denominamos Troika, ofreceron adquirir toda a débeda e renegociar as condicións de pago da mesma. O que podía parecer un salvavidas para o pobo grego, terminou sendo un rescate encuberto da banca privada propietaria da débeda, que pasou de correr o risco de non cobrar nunca, a vendela a prezos vergoñentas, facendo un negocio redondo. O peor é que o trato tiña un lado escuro, xa que permitía intervir na política do país. A Troika ditou a aplicación das medidas austericidas que tanto nos soan, os recortes, pero cunha intensidade sen precedentes nun pais europeo en tempos de paz. Todo para derivar eses cartos ó pago dos intereses á banca privada e á propia Troika, danando gravemente ó pobo e á economía de Grecia: destrución de convenios colectivos, descenso dos salarios un 25%, baixada do salario mínimo a niveis dos anos 60, aumento esaxerado da taxa de suicidios, extensión da pobreza ó 35% da poboación, paro do 25 % (no caso dos xovenes, o 60%), etc.

Neste contexto, a vitoria de Syriza nas eleccións marca un cambio de rumbo: da man dun goberno cun proxecto económico racional e socialmente comprometido, conseguen ós poucos meses unha mellora notable:  son quen de afrontar os pagos e prorrogar o rescate mentres implantan medidas que permiten subsistir dignamente á cidadanía  -dando axudas para enerxía, alimentación e vivenda para a poboación baixo o adro da pobreza, subindo o salario mínimo e complementando as pensións máis baixas- mentres aplican recortes en custos disparatados coma o militar. O último dos seus logros: demostrar hai uns días a ilexitimidade da débeda contraida mediante un estudio da mesma por unha comisión independente, e que aporta argumentos sobre o necesario da renegociación da mesma.

Esta raiola de esperanza, tanto para Grecia como para o resto de economías europeas que, como en Ferrolterra. Galiza e no resto do Reino de España,  están a sufrir as consecuencias do austericidio, é unha molestia para a Troika, que só pensa en lucrarse explotando o negocio da débeda, aínda que sexa a costa do sufrimento dun pobo. Temen que cunda o exemplo, que a cidadanía vexa que hai unha forma máis xusta de saír da crise. É por iso que no seu momento se adicaron a facer campaña en contra de Syriza; e tamén o motivo polo que nas últimas negociacións esixiron un recrudecemento inasumible das medidas de austeridade, ou o pago de 1600M€. Unha chantaxe que pretende esmagar o mal exemplo que supón a posición insubmisa de Grecia fronte á Troika: porque se se acepta, o goberno de Syriza quedaría deslexitimado, e o pobo grego condenado á miseria, e abocado ó neonazismo coma opción política. E se non acepta, se ameaza coa suspensión de pagos, a expulsión do euro, a quebra da banca e a ruína.

En xaque, o goberno grego decide convocar un referendo para que sexa o pobo grego quen decida se se aceptará ou non as medidas coercitivas impostas pola Troika, e que terá lugar o vindeiro domingo 5 de xullo.


Hoxe concentrámonos para amosarlle ao pobo grego o noso respaldo e solidariedade e berrar: ¡basta xa de abusos e imposicións!

Porque hai outra Europa posible, a Europa Solidaria, Social e dos Pobos; unha Europa Democrática e con Xustiza Social, medio ambiental e economicamente Sostible.

Porque a vida das persoas debe antepoñerse ós beneficios económicos.

Por to@s nós, no Referendum, un NON (OXI) rotundo á chantaxe da Troika.

¡Troika non! ¡Grecia sí!  #Oxi!

En Ferrolterra, 4 de Xullo de 2015

Comité de Solidariedade co Pobo Grego


Discurso do referendum
Alexis Tsipras



   Compañeir@s greg@s,

   Durante seis meses o goberno grego librou unha batalla en condicións de asfixia económica sen precedentes para levar a cabo o mandato que nos destes o 25 de xaneiro. Mandato que estivemos negociando cos nosos socios para poñer fin á austeridade e para permitir que a prosperidade e a xustiza social regresen de novo ao noso país.

   Foi un mandato para un acordo sostible que respectase a democracia e as regras comúns europeas e para dar lugar á saída definitiva da crise.

   Ao longo dese período de negociacións, pedíusenos que implementásemos os memorándums acordados por gobernos anteriores, aínda que o pobo grego os condease categoricaemte nas eleccións.

   Porén, en ningún momento pensamos en rendernos, é dicir, en traizoar a vosa confianza.

   Despois de cinco meses de duras negociacións, os nosos socios, por desgraza, levaron ao Eurogrupo, antes de onte, un ultimátum á democracia grega e ao pobo grego.

   Un ultimátum é o contrario aos principios e valores fundadores de Europa, os valores do noso proxecto común europeo.

   Pediron ao goberno grego que aceptase unha proposta que inclúe unha nova carga insostible para o pobo grego e que socava a recuperación da economía e da sociedade grega, unha proposta que non só perpetúa o estado de incerteza, senón que acentúa aínda máis as desigualdades sociais.

   A proposta das institucións inclúe medidas que conducen á desregulación do mercado de traballo, recortes nas pensións, máis reducións nos salarios do sector público e un incremento do IVE dos alimentos, restaurantes e turismo; ao tempo que elimina as exencións fiscais para as illas gregas.

   Estas propostas violan directamente os dereitos sociais fundamentais europeos. Mostran, no que toca ao traballo, igualdade e dignidade, que o obxectivo dalgúns dos nosos socios e institucións non é un acordó viable e beneficioso para todas as partes, senón a humillación do pobo grego todo.

   Nestas propostas destaca principalmente a insistencia do FMI na austeridade severa e punitiva e fai máis necesaria ca nunca a necesidade de que as potencias europeas aproveiten a oportunidade e tomen a iniciativa para chegar a un fin definitivo da crise de débeda soberana grega, unha crise que afecta a outros países europeos e que ameaza o mesmo futuro da integración europea.

   Compañeir@s greg@s,

   Neste momento descansa sobre os nosos ombros a responsabilidade histórica, conducida polo pobo grego a través da loita e dos sacrificios, pola consolidación da democracia e da soberanía nacional. A nosa responsabilidade polo futuro do país.

   Hai un intre, na reunión do Consello de Ministros, propuxen a organización dun referéndum para que o pobo grego poida decidir de xeito soberano.

   A proposta foi aceptada por unanimidade.

   Mañá, a Cámara de representantes será convocada con urxencia para ratificar a proposta do Consello de Ministros de que se celebre un referéndum o próximo domingo 5 de xullo sobre a cuestión da aceptación ou o rexeitamento da proposta das institucións.

   Xa informei sobre a miña decisión ao presidente de Francia, á chanceler de Alemaña e ao presidente do BCE, e mañá pedirei formalmente por carta aos líderes e institucións da UE que extendan por uns días o actual programa para que o pobo grego poida decidir libre de calquera presión ou chantaxe, como o esixe a Constitución do noso país e a tradición democrática de Europa.

   Compañeir@s greg@s,

   Ante a chantaxe do ultimátum que nos pide que aceptemos unha austeridade severa e degradante sen fin e sen perspectivas de recuperación económica e social, pídovos que respondades de maneira soberana e orgullosa, como nos manda a historia do pobo grego.

   Ante o autoritarismo e a dureza da austeridade, responderemos con democracia, con calma e con decisión.

Grecia é o berce da democracia e vai enviar unha resposta contundente e democrática a Europa e ao mundo.

Persoalmente, comprometinme a respectar o resultado da escolla democrática, sexa cal sexa.

   E estou absolutamente seguro de que a vosa escolla honrará a historia do noso país e enviará unha mensaxe de dignidade ao mundo.

   Nestes momentos críticos, temos que lembrar todos que Europa é o fogar común dos pobos. Que en Europa non hai propietarios e hóspedes.

   Grecia é, e seguirá a ser, unha parte integrante de Europa e Europa unha parte integrante de Grecia. Pero sen democracia, Europa será unha Europa sen identidade e sen rumbo.

   Convídovos a todos a mostrar a unidade nacional e a tranquilidade, co fin de tomar as decisión correctas.

   Para nós, para as xeracións futuras, para a historia dos gregos.

   Pola dignidade e a soberanía do noso pobo.

   Atenas, 27 de xuño, 1 da mañá.
___________________

Marea Ártabra ante a celebración do Referendo en Grecia


Marea Ártabra ante a celebración do Referendo en Grecia

Este domingo o pobo de Grecia está chamado a pronunciarse en referendo sobre cal debe ser a saída á situación que unha debida impagable, e unhas condicións de reformas austericidas impostas pola Troika, o levaron a situacións tan extremas, como que nestes momentos, o 60% da poboación vive en situación de pobreza ou pobreza extrema.

O modelo de unión económica e monetaria europeo, dirixido polos austericidas financeiros, e o triángulo mortal representado pola Comisión Europea, o Banco Europeo e o Fondo Monetario Internacional, van ter no referendo deste domingo un capítulo fundamental, ou ben para reforzarse co Si, ou ben para ser cuestionado e comezado a deconstruir co Non.

A Marea Ártabra entende que o goberno grego está demostrando que sen a participación da cidadanía nas decisións políticas, é imposible levar adiante cambios de rumbo que modelen sociedades máis xustas, democráticas e libres. A Marea Ártabra tamén é consciente que os referendos son unha ferramenta, mais non a única nin suficiente para articular o proceso que transforme as democracias europeas, de representativas a participativas.

A Troika intenta impoñer en toda a Unión Europea un modelo social, político e económico que manteña os privilexios da minoría a costa dos dereitos e necesidades da maioría. Un modelo que está perfectamente desenvolvido no chamado TTIP, que estes meses está tratando de saír adiante con total opacidade e mesmo paralizando votacións no Parlamento Europeo.

A Marea Ártabra, consecuentemente co anterior analizado, vai participar o próximo sábado na concentración de solidariedade co pobo grego, en apoio ao Non, #OXI, no referendo do próximo domingo. Concentración que vai ter lugar na Praza do Concello desde as 12 do mediodía.

Coordenadora Aberta da Marea Ártabra

Mareaartabra.gal | #MareaArtabra | @mareaartabra | info@mareaartabra.gal | Facebook

Teléfono: 633 352 131

Enviado por:
MAREA ÁRTABRA
-mareaartabra@gmail.com-
3 de julho de 2015 23:51

___________ ___________

domingo, xuño 28, 2015

Alexis Tsipras: "O Discurso do referendum"


Discurso do referendum
Alexis Tsipras


Compañeir@s greg@s,

Durante seis meses o goberno grego librou unha batalla en condicións de asfixia económica sen precedentes para levar a cabo o mandato que nos detes o 25 de xaneiro. Mandato que estivemos negociando cos nosos socios para poñer fin á austeridade e para permitir que a prosperidade e a xustiza social regresen de novo ao noso país.

Foi un mandato para un acordo sostible que respectase a democracia e as regras comúns europeas e para dar lugar á saída definitiva da crise.

Ao longo dese período de negociacións, pedíusenos que implementásemos os memorándums acordados por gobernos anteriores, aínda que o pobo grego os condease categoricaemte nas eleccións.

Porén, en ningún momento pensamos en rendernos, é dicir, en traizoar a vosa confianza.

Despois de cinco meses de duras negociacións, os nosos socios, por desgraza, levaron ao Eurogrupo, antes de onte, un ultimátum á democracia grega e ao pobo grego.

Un ultimátum é o contrario aos principios e valores fundadores de Europa, os valores do noso proxecto común europeo.

Pediron ao goberno grego que aceptase unha proposta que inclúe unha nova carga insostible para o pobo grego e que socava a recuperación da economía e da sociedade grega, unha proposta que non só perpetúa o estado de incerteza, senón que acentúa aínda máis as desigualdades sociais.

A proposta das institucións inclúe medidas que conducen á desregulación do mercado de traballo, recortes nas pensións, máis reducións nos salarios do sector público e un incremento do IVE dos alimentos, restaurantes e turismo; ao tempo que elimina as exencións fiscais para as illas gregas.

Estas propostas violan directamente os dereitos sociais fundamentais europeos. Mostran, no que toca ao traballo, igualdade e dignidade, que o obxectivo dalgúns dos nosos socios e institucións non é un acordó viable e beneficioso para todas as partes, senón a humillación do pobo grego todo.

Nestas propostas destaca principalmente a insistencia do FMI na austeridade severa e punitiva e fai máis necesaria ca nunca a necesidade de que as potencias europeas aproveiten a oportunidade e tomen a iniciativa para chegar a un fin definitivo da crise de débeda soberana grega, unha crise que afecta a outros países europeos e que ameaza o mesmo futuro da integración europea.

Compañeir@s greg@s,

Neste momento descansa sobre os nosos ombros a responsabilidade histórica, conducida polo pobo grego a través da loita e dos sacrificios, pola consolidación da democracia e da soberanía nacional. A nosa responsabilidade polo futuro do país.

Hai un intre, na reunión do Consello de Ministros, propuxen a organización dun referéndum para que o pobo grego poida decidir de xeito soberano.

A proposta foi aceptada por unanimidade.

Mañá, a Cámara de representantes será convocada con urxencia para ratificar a proposta do Consello de Ministros de que se celebre un referéndum o próximo domingo 5 de xullo sobre a cuestión da aceptación ou o rexeitamento da proposta das institucións.

Xa informei sobre a miña decisión ao presidente de Francia, á chanceler de Alemaña e ao presidente do BCE, e mañá pedirei formalmente por carta aos líderes e institucións da UE que extendan por uns días o actual programa para que o pobo grego poida decidir libre de calquera presión ou chantaxe, como o esixe a Constitución do noso país e a tradición democrática de Europa.

Compañeir@s greg@s,

Ante a chantaxe do ultimátum que nos pide que aceptemos unha austeridade severa e degradante sen fin e sen perspectivas de recuperación económica e social, pídovos que respondades de maneira soberana e orgullosa, como nos manda a historia do pobo grego.

Ante o autoritarismo e a dureza da austeridade, responderemos con democracia, con calma e con decisión.

Grecia é o berce da democracia e vai enviar unha resposta contundente e democrática a Europa e ao mundo.

Persoalmente, comprometinme a respectar o resultado da escolla democrática, sexa cal sexa.

E estou absolutamente seguro de que a vosa escolla honrará a historia do noso país e enviará unha mensaxe de dignidade ao mundo.

Nestes momentos críticos, temos que lembrar todos que Europa é o fogar común dos pobos. Que en Europa non hai propietarios e hóspedes.

Grecia é, e seguirá a ser, unha parte integrante de Europa e Europa unha parte integrante de Grecia. Pero sen democracia, Europa será unha Europa sen identidade e sen rumbo.

Convídovos a todos a mostrar a unidade nacional e a tranquilidade, co fin de tomar as decisión correctas.

Para nós, para as xeracións futuras, para a historia dos gregos.

Pola dignidade e a soberanía do noso pobo.

Atenas, 27 de xuño, 1 da mañá.

Fonte: Somos Ninguén
__________________