Amosando publicacións coa etiqueta Lei Queer. Amosar todas as publicacións
Amosando publicacións coa etiqueta Lei Queer. Amosar todas as publicacións

luns, setembro 13, 2021

Liquar o sexo (II): menores, ... Por Lupe Ces


Por Lupe Ces [*]
13.09.2021


LIQUAR O SEXO (II) : MENORES.

Rematou o tempo de alegaçons à "Lei Trans" [1] em pleno agosto sem que se desse o necessário debate social sobre umha lei que entendemos, polo menos as feministas, que supom passos atrás em matéria de igualdade e um fortalecimento dos estereótipos de género, fortemente induzidos sobre todo na infáncia e adolescência.

Profissionais da saúde que levam acumulando experiência por anos de serviço, estudo e dedicaçom a atender às pessoas transexuais, debatiam sobre qual é o melhor enfoque para tratar a chamada até agora "disforia de género",[2] e que passará no ano 2022 a chamar-se "discordáncia de género" dentro do novo CIE-11 (OMS) para diagnóstico e monitoreo de problemas de saúde. A Lei Montero, sem recavar a sua opiniom e assessoramento, aposta decididamente pola intervençom afirmativa, que nom tem em conta antecedentes, causas ou razons que precedem ou acompanham a apariçom da disforia de género, limitando o papel das profissionais da saúde a acompanhamento na hormonaçom e cirurgias.

A Lei impom este enfoque ademais, desprezando as evidencias científicas que asseguram que o 80% das disforias de género que aparecem na infáncia e na adolescência desaparecem com a idade adulta, impedindo a profissionais dar a atençom adequada a cada caso, pois com a aprovaçom da lei só se lhes vai permitir assegurar a transiçom (hormonas e cirurgia) nom questiona-la. Razom polo que cada vez mais vozes asseguram que esta lei nom vai de resolver os problemas das pessoas trans, senom que os vai negar, favorecendo que entre a infáncia e adolescência se reafirme o sofrimento e a confusom.

Na Galiza, desde a associaçom Arela (Famílias de Infáncias Trans) com o apoio de instituçons como a Deputaçom da Corunha, achega-se aos centros escolares materiais divulgativos que nom questionam os estereótipos de género, senom que os amplificam. No caderno dirigido à educaçom primaria realizam a seguinte pergunta: "Crês que é justo para as mulheres e pessoas trans que se lhe obrigue de qualquer maneira que modifiquem o seu corpo para encaixar nos estereótipos de género?" Pois a Lei que tanto aplaudem vai fechar todas as portas, salvo a da luita constante contra o próprio corpo. Mas em todo caso "encaixar" nos estereótipos de género nom semelha ser soluçom, e sim problema para as mulheres e nenas que os sofrem como opressom.

Estes materiais didáticos, mostram entre outras, como exemplo de vidas trans a Avery Jackson, que com 9 anos apareceu na portada do National Geografic. Umha criança nascida neno que junto à sua família assegurava ser nena, cores rosa e vestidos de princesa incluídos, porque em palavras da própria família "queria vestir de nena". Pouca liberdade, depois dessa exposiçom pública, se lhe deixa à criança para incluir-se nesse 80% que supera a disforia com a entrada na idade adulta.

Em EEUU, o transgenerismo logrou que haja na actualidade umha lista de 30.000 nenas aguardando por umha extirpaçom dos peitos (mastectomía), vidas postas ante um espinhento caminho interminável (menopausa na mocidade, atrofia vaginal, entre outros efeitos irreversíveis ou secundários por  tomar testosterona; histerectomia -extirpaçom do útero- e ooforectomia -extirpaçom dos ovários-). O debate é internacional, e hai avanços e retrocessos. O feminismo começa a poucos a reagir a nível mundial contra a ofensiva Queer. Austrália, com leis trans em vigor, vem de meter baixo vigiláncia judicial umha clínica da identidade de género onde se receitavam bloqueadores da puberdade, hormonaçom e cirurgias em menores. Escócia, Suécia, Inglaterra... vam-se somando à lista de países que aprovarom leis de identidade de género e que estám dando passos atrás ao ver os efeitos das mesmas, sobre todo nas adolescentes. Aqui umha opiniom pública sobre-passada com a intensidade dos problemas aumentados no médio dumha pandemia, olha de esguelho este tema e assume acriticamente a mensagem de que se trata dum avanço em direitos, a maioria dos partidos de esquerda incluídos.

O transgenerismo, claramente liderado por homens que transicionarom, agora mimetizado em transfeminismo, é um fenómeno mundial que afeita maioritariamente às nenas e mulheres, que vem nel, um caminho aberto para fugir dos mandatos de género que resultam em opressom para elas. Som o 70% , mas som o 70% silenciado. Só este feito, esta super-representaçom das moças na disforia de género devera ser suficiente para concluir que se trata dum produto das sociedades patriarcais. O 70% que a lei vai deixar nas mans do enfoque afirmativo, sem opçons a ser tratadas por especialistas que estudem o seu caso, que para umha maioria vai resultar dum lesbianismo nom admitido, como nom podia ser doutro jeito nas sociedades profundamente homófobas que ainda habitamos. Mas hai outras  (autismo, abuso sexual, comorbilidade derivada de doenças mentais nom tratadas...). As nenas e adolescentes som botadas no cesto das hormonaçons e cirurgias irreversíveis, para alcançar o inalcanzável, o cambio de sexo.

Quando a coeducaçom ainda está em cueiros no nosso sistema educativo, o transgenerismo queer vai irromper com todo o peso da lei coa ideia de que só o sexo sentido e nom o biológico é o registável; a ideia de que ser mulher é um sentimento; a ideia de que os géneros, como construçom baseada em estereótipos é sobre o que as crianças devem construir a sua identidade e legitimar a manipulaçom e amputaçom dos corpos para adequa-los ao desejo, próprio ou induzido. A lei vem acompanhada dum importante bloco punitivo para quem questione estes dogmas de fé, no mundo da educaçom, da saúde ou na família.

A direita, que mostrou oposiçom à lei do divorcio e a do aborto; que se mobilizou contra a Lei de Igualdade, que fala de denúncias falsas e nega a violência machista, fomenta como o transgenerismo, os géneros. A diferenciaçom por sexos nos uniformes escolares, a segregaçom por sexos nos seus colégios de elite mais integristas, o papel das mulheres e nenas na religiom... tenhem a mesma base acientífica e patriarcal que a afirmaçom de que se um neno joga com bonecas ou a Frozen ou Barbie na PS4, ou a Girl's Fashion Shoot na Nintendo, é umha nena; e se umha nena gosta do futebol ou nega-se a pôr umha saia é um neno. Ao apartar o apoio psicoterapéutico à adolescência com disforia, abre-se a porta da captaçom da mocidade polas organizaçons religiosas que "por médio da fe" ajudaram a assumir o próprio corpo e de passo, as doutrinas associadas à salvaçom, incluindo os mandatos de género moi claros em todas as religions.

A situaçom em Afganistam, as inacabáveis vítimas lançadas à fossa comum do feminicídio ou as redes de prostituiçom de nenas na Galiza venhem de dar umha labazada de realidade e colocar a agenda feminista na urgência de todas nós. E o trangenerismo choca frontalmente com ela. O género nom pode seguir a construir a nossa identidade, levamos vários séculos pelejando contra estes estereótipos, seguiremos luitando contra eles, nom contra os nossos corpos, nem para oculta-los nem para mutila-los. O género hai que aboli-lo.

25 de agosto de 2021


[*] Lupe Ces Rioboo -Caranza Ferrol 1958, pertence à directiva de  AGAMME. É mestra xubilada, feminista e activista social (serviços públicos, água, remunicipalizaçom, medio ambiente...). Forma parte do Colectivo Ártabra 21.  Blogue persoal: Caranza free opiniom | Facebook | Twitter.

Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
11 de setembro de 2021 08:30

http://lupeces.blogspot.com/

_______

[1] Documentación: O anteproxecto finalmente é unha fusión das dúas propostas lexislativas sectoriais nas que estaba traballando o Ministerio de Igualdade: unha Lei Trans e unha lei LGTBI. Así, pasa a denominarse Anteproxecto de Lei para a igualdade real e efectiva das persoas trans e para a garantía dos dereitos das persoas LGTBI. Que foi aprobado polo Consello de Ministras e Ministros, para pasar ao trámite parlamentario. | 29 de Xuño de 2021.  | Acceder/Baixar.

Documentación extensa. | Acceder/Baixar.


[2] Dumentación: Disforia / Incongruencia (Discordancia) de Xénero (CIE-10 e CIE-11). | Acceder/Baixar
.


Relacionado:

✔ Liquar o sexo (I), ... Por Lupe Ces | Ir ao artigo en Ártabra 21.
_______

venres, xullo 16, 2021

Debate no Regueifas 14, con Rosa Almirall, Aitzole Araneta, Ángeles Álvarez e Isabel Esteva, presentado por Manuel Vicente, baixo o epigrafe central: debe-se permitir a autodeterminación de xénero? - Lei Trans - Vídeo da Regueifa


De fondo a Lei Queer (chamada Lei Trans), en debate no Regueifas 14, con Rosa Almirall, Aitzole Araneta, Ángeles Álvarez e Isabel Esteva, presentado por Manuel Vicente, baixo o epígrafe central: debe-se permitir a autodeterminación de xénero?GRAZAS!

#Regueifas14 foi un debate emocionante e intenso sobre un tema moi complexo, dende #RegueifasDeCiencia desexamos que vos resultara interesante e útil.

Débese permitir a autodeterminación de xénero?

Segunda #RegueifaDeCiencia de 2021, celebrada o 15 de xullo, de forma totalmente online.

Defendendo o "si":

Rosa Almirall: creadora do Servizo Trànsit (Institut Catalá de la Salut)

▪ Aitzole Araneta: sexóloga e Técnica de Igualdade.

Defendendo o "non":

Ángeles Álvarez: consultora en Políticas de Igualdade, ex-deputada do PSOE e feminista.

Isabel Esteva: ex-coordinadora da Unidade de Transexualidade e Identidade de Xénero do Hospital de Málaga.

Grazas ás 4 relatoras: Rosa Almirall, Aitzole Araneta, Ángeles Álvarez e Isabel Esteva, por ensinarnos tanto sobre un tema tan cheo de matices.
.
Grazas ao noso presentador e "regueifeiro" Manuel Vicente (Efervesciencia) e a todo o equipo técnico, así como á Universidade de Santiago de Compostela e á F E C Y T · Ciencia e Innovación · por facer posible cada regueifa.
.
Grazas ás Intérpretes de Lingua de Signos de Acopros Galicia por facer máis accesible este debate.
.
E por suposto, grazas a vós por acompañarnos e participar!



Para quen non puido velo en directo, xa o tedes dispoñible na nosa canle de Youtube: https://bit.ly/36Mp1HD

Vémonos na seguinte, que será en setembro
.
( A persoa gañadora do pack camiseta + taza está anunciada nas nosas historias).

Regueifas de Ciencia celebrouse por primeira vez en 2016 e podes ver todos os debates na nosa canle.

Regueifas de Ciencia é unha iniciativa da Universidade de Santiago de Compostela, financiada pola Fundación Española para a Ciencia e a Tecnoloxía (FECYT), pertencente ao Ministerio de Ciencia e Innovación.

Máis información en
https://www.regueifas.org

No Facebook. | No Twitter.

info@regueifas.org

Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
16 de julho de 2021 08:00

http://lupeces.blogspot.com/

_______

✅ Documentación: O anteproxecto finalmente é unha fusión das dúas propostas lexislativas sectoriais nas que estaba traballando o Ministerio de Igualdade: unha Lei Trans e unha lei LGTBI. Así, pasa a denominarse Anteproxecto de Lei para a igualdade real e efectiva das persoas trans e para a garantía dos dereitos das persoas LGTBI. Que foi aprobado polo Consello de Ministras e Ministros, para pasar ao trámite parlamentario. | 29 de Xuño de 2021.  | Acceder/Baixar.

Documentación extensa. | Acceder/Baixar.

Documentación: Disforia / Incongruencia (Discordancia) de Xénero (CIE-10 e CIE-11). | Acceder/Baixar.
_______

martes, xullo 13, 2021

Escribo aos meus colegas con formación en medicina e en psicoloxía, ... Por Elizabeth Tarrío - Escribo aos colexios profesionais que nos representan - Estase propiciando a estigmatización e o repudio non só ao coidado da saúde mental, senón a profesionais


Por Elizabeth Tarrío [*]
12.07.2021


Escribo aos meus colegas con formación en medicina e en psicoloxía


Escribo aos colexios profesionais que nos representan

Escribo sorprendida polo silencio xeneralizado dos nosos gremios ante o que está sucedendo. Silencio; cando non complicidade aberta

O que se supón que nos move nas nosas profesións é o beneficio de quen confían o seu saúde ás nosas mans. E estamos traizoando esa confianza deixando que se prexudiquen moitas persoas.

Estamos permitindo e validando a difusión de teorías acientíficas e a súa tradución en políticas e leis, tales como as coñecidas como leis "trans" [1], que prexudican a saúde principalmente da infancia e da poboación en xeral.

Estamos permitindo que se difunda a idea de que unha atención adecuada da saúde mental é "patologizar" ás persoas e que ser avaliado e atendido por profesionais con formación e acreditación é pouco menos que someterse a unha tortura.

Estamos permitindo que se denigre o labor que exercemos nas nosas profesións.

Estamos permitindo que nos impoñan teorías absurdas e limiten as nosas actuacións diagnósticas e terapéuticas, que están enfocadas en aras do benestar de quen atendemos.

Estamos permitindo que nos obriguen a realizar accións médicas innecesarias e até nefasto para as e os pacientes, so pena de recibir sancións desmedidas en caso de negarnos.

Entendo que hai poderosos intereses económicos detrás. Das grandes farmacéuticas, de clínicas e profesionais que poden estar lucrándose sen escrúpulos. Pero non é este o caso da maioría. Por iso non se entende este modo de actuar, esta obediencia cega e acrítica coa que nos estamos deixando impoñer dogmas e leis.

É seica a comodidade da ignorancia deliberada, ao preferir mirar para outro lado?

É seica medo, ante as ameazas de insultos e acoso por quen consideran que cuestionar as súas doutrinas é politicamente incorrecto?

"Despatoloxizar ás persoas trans" é a xustificación e a escusa á que se está recorrendo para rexeitar e desprestixiar os informes médicos e psicolóxicos.

Argumentan que solicitar un certificado médico supón vitimizar e sinalar a alguén como doente. De ser isto certo cabería eliminar ese requisito tamén para sacarse o carné de conducir, opositar a bombeiro ou policía, optar á adopción, portar armas, exercer determinadas profesións, acreditar unha discapacidade, etc. A certificación médica e/ou psicolóxica e os informes periciais son en realidade unha garantía, tanto para a persoa que os solicita como para a sociedade, de que se están levando a cabo procesos adecuados ás casuísticas que se presentan.

Estase confundindo patoloxizar con estigmatizar. E o que hai que desestigmatizar son os problemas de saúde mental, que podemos padecer calquera en maior ou menor grado e que requiren atención e coidado especializados. A valoración meticulosa e exhaustiva por profesionais é sempre algo beneficioso, que debería ser visto como normal e, no caso dunha persoa que sofre por non sentirse a gusto co seu corpo, é máis que necesaria.

Estase propiciando a estigmatización e o repudio non só ao coidado da saúde mental, senón a profesionais con coñecementos especializados e anos de formación científica ás súas costas.

Padecer disforia ou incongruencia [2] entre o sexo que posúes e o xénero que dis sentir, co consecuente rexeitamento ao teu propio corpo, co malestar e sufrimento que isto implica, é un trastorno que require atención psicolóxica adecuada, non algo natural e innato, como nos están querendo vender. De feito, as propias persoas con disforia de xénero demandan axuda e acompañamentos profesionais acordes cos seus procesos. Este empeño "despatologizante" tradúcese en desatención e negación ao dereito á atención da súa saúde mental. Calquera que se someta a algo tan radical como un cambio de sexo, ate aínda que só fose a nivel social, necesita unha avaliación e acompañamento psicolóxico e médico. Máis aínda no caso de comezar un tratamento e cirurxías que terán consecuencias para o resto da súa vida.

As propias persoas con disforia de xénero demandan axuda e acompañamentos profesionais acordes cos seus procesos.

Si unha persoa presenta unha condición de vulnerabilidade debe acreditala, evitando así todo abuso e salvagardando o adecuado funcionamento dos servizos públicos e recursos do Estado. E un problema de saúde psicosocial ten que ser certificado por profesionais da saúde e equipos psicosociais. Calquera certificación dun diagnóstico que entra no campo da medicina e a psicoloxía, que exclúa a estes profesionais, vulnera os códigos deontolóxicos, ningunea á ciencia e colócase nunha posición negacionista e de desprezo ao coñecemento profesional, ademais de implicar intrusismo profesional.

Actualmente xa existe en España unha lei que permite o cambio do sexo rexistral ás persoas con disforia. O único requisito legal é o informe médico que acredite dita disforia e a persistencia desta durante polo menos dous anos. Non se requiren cirurxías nin hormonación, xa que esta pódese omitir no caso de que a persoa alegue motivos de saúde para non someterse a ela.

Si este procedemento ten fallos de forma, o que hai que facer é corrixir eses fallos, non eliminar o requisito permitindo que a soa palabra da persoa teña validez legal. Seguindo esta lóxica eliminaríanse a gran maioría dos requisitos e procedementos xudiciais actualmente vixentes.

Oxalá se pedisen máis informes psicolóxicos. Deberían realizarse valoracións psicolóxicas exhaustivas e periódicas, por exemplo, a educadores, curas, traballadores sociais, a toda persoa antes de someterse a unha cirurxía estética, a quen traballamos na saúde, etc.

Nesta proposta de lei non só elimínase a obrigatoriedade do diagnóstico de saúde mental como requisito para recoñecer legalmente a chamada "identidade de xénero" de calquera persoa, senón que ademais limítase a nosa autonomía profesional mediante a prohibición de exames que puidesen ser necesarios e a ameaza velada de cualificar de terapia de conversión ou de "anulación da identidade de xénero" calquera intento de afondar na orixe desa disforia, pasando por alto comorbilidades que, principalmente en menores, demostrouse que puidesen causar per se ou agravar a discordancia de xénero, tales como depresión, trastornos do espectro autista, trastornos de alimentación, ser vítima de violencia, bullying, abusos físicos ou sexuais. Pásanse por alto tamén a quen padecen enfermidades mentais e ata a simuladores que puidesen obter algún beneficio do feito de declararse "trans". Ate se expresa textualmente en dita proposta que "a existencia de enfermidades psiquiátricas previas non obsta a validez do consentimento para levar a cabo a transición", obviar incluso a existencia previa de enfermidades psiquiátricas nas que puidese estar alterada a autopercepción, co consecuente prexuízo para a persoa afectada.

Xa fai tempo que se preme ao profesional sanitario a actuar nunha única vía ante a disforia de xénero: afirmar que realmente alguén naceu nun corpo equivocado ao que hai que modificar segundo o que requira. Sen afondar nas posíbeis causas dese malestar, sen suscitarse a opción de reconciliación e aceptación da súa realidade material, que sería o ideal: axudarlle a amar e aceptar o seu corpo de existir esa posibilidade. A diferenza é que agora esta presión pode traducirse nunha lei, na cal propóñense multas e sancións desmedidas para quen, baseado na súa ética e coñecementos científicos, se cuestione outro tipo de actuación. Isto podería supoñer incluso a inhabilitación profesional.

En calquera actuación médica as intervencións máis invasivas aplícanse unha vez esgotáronse as demais posibilidades. Este é un dos principios básicos da nosa deontoloxía profesional: causar o menor dano posíbel. Con todo, na atención aos casos de disforia estase actuando ao revés, priorizando medicamentos con múltiples efectos adversos e cirurxías irreversíbeis á atención psicolóxica.

Preténdese dispoñer de sanitarios "á carta", limitándolles á hora de diagnosticar e tratar acorde á súa formación e coñecemento profesionais, obrigándolles a receitar medicamentos e realizar cirurxías a quen o solicite, "respectando a progresión e itinerario" que a propia persoa marque segundo o seu desexo, colocándolles así no papel de expendedores de medicamentos e cirurxías sen ningún criterio propio.

Outra das propostas desta lei é que na documentación oficial apareza o sexo sentido ou se omita a mención relativa ao sexo. Isto axuntado ao texto que se repite varias veces no borrador de que "en ningún caso" poden realizarse probas de verificación de sexo, pode dar lugar a erros diagnósticos e de tratamento importantes, como xa está sucedendo noutros países.

O sexo é un dato que importa moito á hora de atender a pacientes. Non só porque existen enfermidades propias dos órganos reprodutores, polo que unha muller transexual pode padecer de cancro de próstata, p.e. Senón tamén porque una mesma enfermidade pode presentarse de xeito diferente en homes ou mulleres, como é o caso do infarto ao miocardio, ou afectar máis a un sexo que a outro, como vimos co Covid, cuxa mortalidade é maior en homes.

Tamén se verían afectadas por esta lei as estatísticas de saúde, entre outras, dado que o sexo é un dato fundamental para estudar as enfermidades e promover políticas de saúde acertadas.

Contémplase nesta lei que menores desde os 16 anos poidan solicitar a rectificación rexistral do sexo, recordemos que sen ningún tipo de diagnóstico de disforia. Que ate desde os 12 anos póidao facer a través dos seus representantes legais, coa posibilidade, en caso de desacordo, da perda de custódiaa por parte destes. Sen ningunha valoración na cal descártese un trastorno do espectro autista, ou un trastorno alimentario, ou que estea sendo vítima de bullying ou de abusos sexuais; ou que estea sendo influenciado pola contorna e as RRSS, como se está vendo en moitos casos principalmente de pícaras púberes que, sen disforia previa, están realizando transicións ata en grupos de amigas, fenómeno exposto pola investigadora Lisa Littman co nome de Disforia de Inicio Rápido.

Dan por feito que esa persoa, de apenas 12 anos, posúe madurez suficiente para tomar unha decisión tan transcendental para o resto da súa vida, comprendendo os cambios irreversíbeis que a medicación e cirurxías van obrar no seu corpo san. Cando se demostrou que o cerebro humano non alcanza a madurez ate os 20 anos ou máis.

Así como recálcase a non necesidade de hormonarse nin de realizar ningún tipo de cambio corporal en adultos para ser considerados do outro sexo, expoñen que o tratamento hormonal no caso de menores de idade "comprenderá o uso de bloqueadores hormonais ao comezo da puberdade". Isto implica que ate desde os 9 ou 10 anos comecen a recibir un tratamento totalmente experimental, con efectos secundarios graves e irreversíbeis, e que inicien un camiño de dependencia para sempre de hormonas e cirurxías.

No caso de menores ten especial relevancia poñer en valor a súa capacidade de testemuño, capacidade cognitiva e volitiva, adaptación, etc. Non se comprende que esta casuística sexa a única onde se pretenda non salvagardar o seu benestar superior, máis aínda cando en países como RU, Irlanda ou Suecia, púxose de manifesto que estas políticas identitarias causaron moito dano, principalmente en mulleres moi novas, quen están destransicionando, con secuelas para sempre, debido a un mal diagnóstico e a un uso innecesario de medicación cando eran pícaras. É por isto polo que estes países están rectificando na recomendación do uso de bloqueadores hormonais en menores sans e priorizando a atención psicolóxica á transición de sexo indiscriminada.

Mentres tanto en España se desbota o valor destas experiencias, ignorando ademais que se demostrou en numerosos estudos, que máis do 80% de menores con incongruencia de xénero supéraa si permíteselles transitar a puberdade.

De aprobarse este borrador de lei prexudicaría non só ás mulleres ao poñer en risco os dereitos adquiridos en base ao seu sexo. Tamén á infancia, ao impedir o desenvolvemento das súas personalidades libres de arcaicos estereotipos de xénero que os encasillen e limiten e someténdoos a medicina experimental con graves consecuencias para a súa saúde. Ate a persoas transexuais, quen están sendo utilizadas con fins que non teñen nada que ver coas súas necesidades reais diluíndoas dentro dunha categoría difusa chamada "trans".

Como profesionais da saúde temos unha responsabilidade coa sociedade. Seguir mirando para outro lado, ignorando deliberadamente o que está ocorrendo, non só terá consecuencias materiais no noso traballo asistencial, senón tamén a nivel moral, xa que seremos en parte responsables de todo o dano que se está causando, principalmente á infancia.

Cando dentro de dez anos, ou máis, atopémonos cara a cara con miles de persoas con secuelas irreversíbeis consecuencia de mala praxe médica, poderemos dicirlles que, polo menos, intentamos parar todo este sinsentido?

Fonte: TribunaFeminista - ElPlural - 07.07.2021

[*] Elizabeth Tarrío. Médica do Servizo de Urxencias Canario e integrante do grupo de Saúde, infancia e detransicións da Alianza Contra o Borrado das Mulleres. | @ElizabethTarrio.

Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
12 de julho de 2021 08:50

http://lupeces.blogspot.com/

_______

[1] Documentación: O anteproxecto finalmente é unha fusión das dúas propostas lexislativas sectoriais nas que estaba traballando o Ministerio de Igualdade: unha Lei Trans e unha lei LGTBI. Así, pasa a denominarse Anteproxecto de Lei para a igualdade real e efectiva das persoas trans e para a garantía dos dereitos das persoas LGTBI. Que foi aprobado polo Consello de Ministras e Ministros, para pasar ao trámite parlamentario. | 29 de Xuño de 2021.  | Acceder/Baixar.

Documentación extensa. | Acceder/Baixar.


[2] Dumentación: Disforia / Incongruencia (Discordancia) de Xénero (CIE-10 e CIE-11). | Acceder/Baixar
.
_______

luns, xullo 12, 2021

Liquar o sexo (I), ... Por Lupe Ces


Por Lupe Ces [*]
12.07.2021


LIQUAR O SEXO (I)

Ante umha lei que propom cámbios tam fundamentais como é o borrador [1] da chamada Lei Queer ou Lei Trans, na súa elaboraçom deveram ter participado umha ampla representaçom social, escoitado e debatido o suficiente antes de iniciar o trámite parlamentar, que vai estar moi mediatizado polo frágil equilíbrio de forças que sustentam o governo de Sánchez.

Porque este borrador que pretende chegar a ser Lei, nom atinge como se fai crer, só às pessoas transexuais, ou às pessoas transgénero, é umha lei que pretende que o sexo biológico perda todo valor jurídico, estatístico, que deixe de ser factor de variáveis de investigaçom ou tratamentos científicos e médicos, e base sobre a que se construiram todas as leis que blindam direitos e protecçom às mulheres.... para converte-lo num desejo, algo como experiência individual vivida, e que só a vontade pode determinar.

A proposta tem umha repercusom suficientemente importante para que a separemos quando menos do discurso fácil, mas desejável como objetivo, de "que cada quem seja o que queira" ou do discurso trampulheiro que assegura que a lei Queer vem blindar DDHH de este ou daquel coletivo. Da pouca vontade para o debate dam fé o numeroso articulado de infracçons e sançons, e organismos especificamente criados para fazê-la cumprir.

Cambiar o sexo biológico nom é um direito humano, além de ser impossível, mas cambia-lo no registro civil sim é possível, desde o ano 2007, para todas as pessoas que documentam disfória de género [2] mantida ao longo de dous anos. Poder fazê-lo deste jeito blindava o direito das pessoas transexuais a acompanhar umha vivencia de disfória ou incongruência de género, com as maiores garantias e apoio, mentres se protegía a categoria “sexo biológico”, nom o "sentido", pola utilidade social que isto supóm, como o é a idade por ejemplo.

Se este cambio tem um interesse, em quanto à sua repercussom no conjunto social, na vida das mulheres as consequências som imensas e todas negativas. O sexo biológico é a base da opressom que em todo o planeta sofrem mulheres e nenas, porque o sexo mulher, trae de série umha hierarquia, umha serie de roles, estereótipos, valores, convencionalismos, crenças..., que vam marcar o que se aguarda delas e o lugar que a sociedade lles reserva, um lugar subordinado no melhor dos casos, um lugar onde habitam a violência, a explotaçom sexual e reprodutiva para a maioria. A essa mochila que se carga ao nascer mulher, é à que o feminismo chama "género" e ao que esta lei quer outorgar estatus de identidade.

O feminismo leva dous séculos intentando desfazer-se dessa mochila. Dizendo algo tam singelo como que um mundo habitável para as mulheres será aquel no que o sexo biológico nom traia aparelhado desigualdade. Por isso esta lei inspirada na ideia de que ser mulher é um sentimento, contradíz a analise feminista e nos reduz a simples vontades expressadas sobre estereótipos.

O que di o feminismo que se opóm valentemente a este borrador, porque já se nos deu envolta num discurso vitimista e carregado com poucos argumentos e muita emotividade, devera ser escoitado e tido moi em conta, nom porque ao dia seguinte da sua aplicaçom haja milheiros de varóns fazendo cola para cambiar o sexo registral (ainda que nos Jogos de Japón já algumhas mulheres desportistas caiam do pódio, por nomear algúm dos efeitos mais imediatos deste tipo de leis vigentes nalguns estados), senom porque abre a porta a umha sucessom de consequências em cadeia, que outros países estam constatando, e nos debuxam um modelo social onde, a opressom das mulheres fica obscurecida que nom eliminada, e o corpo, passa a ser mais que nunca território do mercado.

[*] Lupe Ces Rioboo -Caranza Ferrol 1958, pertence à directiva de  AGAMME. É mestra xubilada, feminista e activista social (serviços públicos, água, remunicipalizaçom, medio ambiente...). Forma parte do Colectivo Ártabra 21.  Blogue persoal: Caranza free opiniom | Facebook | Twitter.

Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
10 de julho de 2021 18:52

http://lupeces.blogspot.com/
_______

[1] Documentación: O anteproxecto finalmente é unha fusión das dúas propostas lexislativas sectoriais nas que estaba traballando o Ministerio de Igualdade: unha Lei Trans e unha lei LGTBI. Así, pasa a denominarse Anteproxecto de Lei para a igualdade real e efectiva das persoas trans e para a garantía dos dereitos das persoas LGTBI. Que foi aprobado polo Consello de Ministras e Ministros, para pasar ao trámite parlamentario. | 29 de Xuño de 2021.  | Acceder/Baixar.

Documentación extensa. | Acceder/Baixar.


[2] Dumentación: Disforia / Incongruencia (Discordancia) de Xénero (CIE-10 e CIE-11). | Acceder/Baixar
.
_______