mércores, xaneiro 14, 2015

A marcha em Paris e os oportunistas, ... Por Altamiro Borges - Guerra entre fundamentalismos, ... Por Tariq Ali - Ateu, graças a deus, ... Por Ricardo Melo


Por Altamiro Borges [*]
14.01.2014


O atentado à sede do jornal satírico “Charlie Hebdo”, que resultou em 12 mortos -incluindo renomados cartunistas, causou enorme comoção na França. De forma espontânea, durante vários dias da semana passada, milhares de pessoas foram às ruas para prestar apoio às famílias das vítimas e para condenar o terrorismo. Neste domingo (11), numa marcha já não tão espontânea, cerca de 3,7 milhões de populares ocuparam as ruas das principais cidades francesas – na maior manifestação pública da história do país. Na linha de frente do protesto em Paris, porém, um “cordão de autoridades” reuniu famosos "carniceiros" que nunca respeitaram as vidas humanas e as liberdades democráticas. Puro oportunismo!

Entre estes verdadeiros terroristas, destaque para o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, que promove bombardeios diários contra os palestinos, chacina crianças e idosos sem dó nem piedade e ainda castra a liberdade de expressão em seu próprio país. De braços dados com o facínora israelense, outros líderes da direita mundial -como a chanceler alemã Ângela Merkel e os premiês da Espanha, Mariano Rajoy, e do Reino Unido, David Cameron- que nunca vacilaram em utilizar a violência contra os povos. Por razões ideológicas ou por interesses eleitorais, todos tentaram se aproveitar de maneira oportunista do sangue derramado na redação do jornal “Charlie Hebdo”.

A tendência é que vários destes líderes da direita explorem o clima de comoção para impor novas medidas de caráter fascista. Contra o chamado “terrorismo islâmico” -o que já é uma perigosa generalização que reforça o preconceito e o ódio aos milhões de imigrantes que vivem na Europa- haverá o recrudescimento de outros tipos de fundamentalismo. A onda conservadora que varre o velho continente, atolado numa prolongada e destrutiva crise econômica, deve se agudizar no próximo período. O medo inclusive será usado para evitar a vitória das forças contrárias à elite burguesa e aos seus programas de austeridade neoliberal -como já sinalizam as eleições na Grécia e na Espanha.

Uma coisa é condenar, de forma enérgica e sem qualquer hesitação, o bárbaro atentado à sede do jornal “Charlie Hebdo”. Outra coisa é servir de massa de manobra para os que agora tentam tirar proveito desta ação criminosa para justificar os seus crimes contra a humanidade. Chega a ser patético observar veículos da mídia monopolista adotando o lema “Je suis Charlie” (Eu sou Charlie). Eles deram apoio às guerras imperialistas, às ditaduras sanguinárias, à violência contra a verdadeira liberdade de expressão, aos planos econômicos regressivos e destrutivos do capital. Tentam agora pegar carona na indignação para defender a “liberdade dos monopólios” -que não tem nada a ver com a liberdade de expressão.

Reproduzo abaixo dois artigos publicados na Folha que ajudam a refletir criticamente sobre os graves episódios recentes na França:

---

Guerra entre fundamentalismos

Por Tariq Ali - 11 de janeiro de 2015

Sacralizar um jornal satírico que dirige ataques a vítimas da islamofobia é quase tão tolo quanto justificar os atos de terror contra a publicação

Foi um acontecimento terrível. Foi repudiado em muitas partes do mundo e de maneira mais veemente por cartunistas de países árabes e de outros lugares. Os arquitetos dessa atrocidade escolheram seus alvos com bastante cuidado. Eles sabiam muito bem que tal ato criaria o maior dos horrores.

Foi a qualidade, não a quantidade que eles procuravam. Eles não dão a mínima para o mundo dos incrédulos. Como Kirilov em "Os Demônios", romance de Dostoiévski, eles pensam que "se Deus não existisse, tudo seria permitido".

Ao contrário dos inquisidores medievais da Sorbonne, eles não têm a autoridade legal e teológica para assediar livreiros ou donos de gráficas, proibir livros ou torturar escritores, de modo que se sentem livres para dar um passo além.

E os soldados de infantaria? As circunstâncias que atraem homens e mulheres jovens para esses grupos não são escolhidas por eles, mas pelo mundo ocidental no qual vivem -ele próprio é resultado de longos anos de domínio colonial.

Os terroristas que realizaram o massacre no semanário satírico "Charlie Hebdo", em Paris, na quarta-feira (7), gritavam "Deus é grande". Não faço ideia se eles acreditavam que tinham sido acolhidos por Deus ou que estavam a mando dele, mas o que sabemos é que os dois irmãos parisienses -Chérif e Said Kouachi- eram maconheiros cabeludos que viram imagens da Guerra do Iraque, em 2003, e, em particular, das torturas na prisão de Abu Ghraib e dos assassinatos a sangue frio de iraquianos em Fallujah.

Esses rapazes buscaram conforto na mesquita. Foram recrutados por radicais islâmicos que viram na "guerra ao terror" do Ocidente uma oportunidade de ouro para recrutar jovens tanto no mundo muçulmano como nos guetos da Europa e da América do Norte.

Enviados primeiro ao Iraque para matar americanos e, mais recentemente, à Síria (com a conivência do Estado francês?) a fim de derrubar Bashar al-Assad, eles foram ensinados a utilizar armamentos de forma eficaz. De volta à Europa, colocaram em prática os seus conhecimentos. Eram perseguidos e o semanário representava seus perseguidores. Deixar o horror nos cegar para essa realidade seria miopia.

O "Charlie Hebdo" nunca escondeu o fato de que continuaria provocando os muçulmanos com blasfêmias ao profeta. A maior parte dos muçulmanos estava com raiva, mas ignorou os insultos.

Para a publicação, era uma defesa dos valores seculares republicanos contra todas as religiões. O semanário atacava ocasionalmente o catolicismo, dificilmente -ou nunca- o fazia contra o judaísmo, mas concentrou sua ira sobre o islã.

A secularidade francesa de hoje significa, essencialmente, qualquer coisa que não é islâmica. Defender o direito de publicar o que quiserem, independentemente das consequências, é uma coisa, mas sacralizar um jornal satírico que dirige ataques regulares àqueles que já são vítimas de uma islamofobia desenfreada nos EUA e na Europa é quase tão tolo quanto justificar os atos de terror contra a publicação.

A França tem leis para restringir liberdades se há alguma suspeita de que elas possam causar agitação social ou violência. Até agora elas têm sido usadas para proibir apenas as aparições públicas do comediante francês Dieudonne por causa de piadas antissemitas e proibir manifestações pró-palestinos.

Mas isso não é visto como algo problemático por uma maioria de franceses que chia bem alto. Também não houve vigílias pela Europa quando se soube há alguns meses que foi utilizada tortura contra prisioneiros muçulmanos entregues à CIA por países europeus.

Há um pouco mais que sátira em jogo. O que estamos testemunhando é um conflito entre fundamentalismos rivais, cada um mascarado por diferentes ideologias.

A economia política da Europa está confusa e, na ausência de uma alternativa real ao capitalismo (não apenas ao neoliberalismo), o vácuo político vai crescer e novas forças emergem na luta pelo poder.

A extrema direita está em ascensão na França. Marine Le Pen está na vanguarda, liderando as pesquisas para a próxima eleição presidencial, sempre relacionando os recentes acontecimentos à imigração desenfreada e dizendo que ela sempre havia alertado para isso.

Que pena que o filme de Gilli Pontecorvo "A Batalha de Argel" (1966) ainda tenha que ser visto em Marselha. Algumas liberdades são claramente mais preciosa que outras.

[*] Tariq AliI, 71, escritor paquistanês, é autor de "O Poder das Barricadas" (Boitempo), dos romances que formam a coleção Quinteto Islâmico (Record), entre outros livros. É membro do conselho editorial da revista britânica "New Left Review".

---

Ateu, graças a deus

Por Ricardo Melo – 12 de janeiro de 2015

'Ópio do povo', o fanatismo religioso cristão ou islâmico é o combustível de tragédias como a do Charlie Hebdo.

A barbárie estampada na chacina parisiense suscita inúmeras questões. O ponto de partida: sob nenhum ponto de vista é possível justificar o ataque dos fanáticos contra a redação do Charlie Hebdo. Agiram como facínoras, quaisquer que tenham sido suas motivações. Não merecem nenhum tipo de comiseração. Invocar atenuantes é renunciar aos (poucos) avanços que a civilização humana proporcionou até agora.

"A religião é o ópio do povo", diz uma frase de velhos pensadores. Permanece verdadeira até hoje. Qual a diferença entre as Cruzadas, a Inquisição e o jihadismo atual? Nenhuma na essência. Tanto uns como outros usaram, e usam, a religião como justificativa para atrocidades desmedidas.

Tanto uns como outros servem a interesses que não têm nada a ver com o progresso da civilização e a solidariedade humana. Todos glorificam o sofrimento como bênção maior, em nome de um além cheio de felicidade e redenção. Se você é pobre, está abençoado. Se você é rico, dê uns trocados no semáforo para conquistar o passaporte para o céu.

Com base em conceitos simplórios como estes, milhões e milhões de homens e mulheres são amestrados para se conformar com a exploração, as injustiças e o sofrimento cotidiano. Sejam cristãos, islamitas ou evangélicos. Por trás dessa retórica, sempre haverá um califa, um Paul Marcinkus, um bispo evangélico, um papa pronto para amealhar os benefícios do rebanho obediente.

A figura de deus, em minúscula mesmo, é recorrente em praticamente todas as religiões. Com nomes diferenciados, ajudou a massacrar islamitas, montar alianças com o nazismo e dar suporte a ditaduras mundo afora. Na outra ponta, serviu, e serve, de "salvo conduto" para desequilibrados assassinarem jornalistas, cartunistas ou inocentes anônimos numa lanchonete ou ponto de ônibus.

Um minuto de racionalidade basta para destruir estes dogmas. A Igreja Católica combate a camisinha quando milhões de africanos morrem como insetos por causa da Aids. Muçulmanos fundamentalistas aceitam estupros como "adultério" e subjugam as mulheres como seres inferiores em nome de Maomé.

Certo que, paradoxalmente, o obscurantismo religioso algumas vezes serviu de combustível para mudanças sociais. Khomeini, no Irã, é um exemplo, embora o resultado final não seja exatamente promissor. Já a primavera árabe atolou num inverno sem fim. Hosni Mubarak, ditador de papel passado, recentemente foi absolvido de todos os seus crimes contra o povo do Egito. Os milhões que se reuniram na praça Tahrir para denunciar o autoritarismo em manifestações memoráveis repentinamente viraram réus. Tão triste quanto isso é saber que a grande maioria deles conforma-se com o destino cruel. "É o desejo do profeta", em minúscula mesmo.

A história registra à exaustão a aliança espúria entre religiosos e um sistema que privilegia desigualdade e opressão. O Estado Islâmico foi armado até os dentes por nações "democráticas". Bin Laden e sua seita de fanáticos receberam durante muito tempo o apoio da CIA. Hitler, Mussolini e sua gangue mereceram a complacência do Vaticano em momentos cruciais. Binyamin Netanyahu, o algoz dos palestinos e carrasco da Faixa de Gaza, posou de humanitário numa manifestação em Paris contra o "terror".

Respeitar credos é uma coisa; nada contra a tolerância diante das crenças de cada um. Mas, sem tocar na ferida da idiotia religiosa como anteparo para interesses bem materiais, o drama de Charlie Hebdo será apenas a antessala de novos massacres abomináveis.

---

Leia também:
Fonte: http://altamiroborges.blogspot.com.es/

[*] Altamiro Borges, Jornalista, presidente do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, militante do PCdoB e autor do livro "A ditadura da mídia".
__________________

A Plataforma en Defensa da Sanidade Pública denuncia os recortes que afectan ás persoas que padecen ELA (esclerose lateral amiotrófica)


Auto-inxectores enfermos ELA.-


A Plataforma en Defensa da Sanidade Pública de Ferrolterra quere denunciar a situación actual dos enfermos de ELA -esclerose lateral amiotrófica- polo que expresan as súas queixas polas consecuencias dos RECORTES da Consellería de Sanidade da Xunta de Galicia que consiste en administrar os seus medicamentos con AUTOINXECTORES antigos que os retrae aos usados hai 8 anos, segundo as súas denuncias.

As persoas afectadas de ELA denuncian esta situación e lembran soportaban mellor as súas medicacións cos AUTOINXECTORES modernos, os cales o SERGAS, substituíron por inxectores antigos, produto das políticas actuais de RECORTES.

Os profesionais especialistas médicos, manifestan o seu malestar e desconformidade con estas medidas que levan a soportar marcas e feridas nos enfermos/as con estes ANTIGOS AUTOINXECTORES. Para comprendelo, fan unha comparación cos enfermos de Diabetes que se autoinxectan a insulina cos seus inxectores, máis asépticos, cómodos e sen padecer marcas ou dolores innecesarios.

Outra cuestión a observar é a idea de ACOSTUMARSE a esta medicación con estes inxectores, que lembran non é doado aceptar estas situacións de saúde. Explican que son uns vinte enfermos/as nesta comarca de Ferrol, en diferentes graos.

Esta situación os leva padecer unha innecesaria peor calidade de vida polo que non se comprende este cambio de modelo de administración de medicamento, aínda que si reflexionamos e nos deixamos levar polo refrán "Pensa mal e acertarás" concluímos que estes RECORTES son aproveitados para confirmar aquela frase parlamentaria das bancadas dos populares "Que se jodan"..

Comprendemos que estes RECORTES na Sanidade Pública por parte do SERGAS levan a ter consecuencias nefastas para un pilar fundamental do estado do benestar como é a calidade dentro do sistema da Sanidade Pública.

POR ISTO.-

Esiximos a inmediata rectificación da Conselleira de Sanidade e retorne ao anterior sistema de administración con AUTOINXECTORES máis eficaces e modernos que demandan estes enfermos de ELA co obxectivo de facilitarlles unha mellor calidade de vida.

Plataforma en Defensa da Sanidade Pública da Área Sanitaria de Ferrol.-


www.plataformadspferrol.blogspot.com
plataformadspferrol@gmail.com

Enviado por:
Plataforma en Defensa da Sanidade Pública Ferrol
-plataformadspferrol@gmail.com-
9 de janeiro de 2015 15:33
________________

martes, xaneiro 13, 2015

Primeira Asemblea do ano das Marchas da Dignidade de Ferrolterra

XX Asemblea Aberta das Marchas da Dignidade Ferrolterra

Este mércores 14 de xaneiro, está convocada unha nova Asemblea Aberta das Marchas da Dignidade Ferrolterra, que terá lugar ás 18:30hs no Ateneo Ferrolán.

Os puntos a debater serán os seguintes
  1. Elección de moderador.
  2. Conclusións extraidas das últimas asemblea da Coordinadora Galega das Marchas da Dignidade.
  3. Planificación de eventos no calendario do 2015.
  4. Planificación de accións a nivel local para divulgar a labor das Marchas e sumar forzas.
  5. Rogos e preguntas.
Un saúdo e adiante!


Ferrolterra:
http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/
Galego:
http://marchasdadignidade.blogspot.com/
Estatal:
http://marchasdeladignidad.org/
Redes da Columna Galega:
https://twitter.com/galizaMarcha22M
https://www.facebook.com/MarchasDignidade
https://www.facebook.com/groups/265451853621237/
https://www.youtube.com/channel/UCaOvAhPYKR43taxbOKCCreg

PAN, TRABALLO E TEITO - Á RÚA, QUE XA É HORA!!!



Enviado por:
Marchas Dignidade
-marchasdadignidadeferrolterra@gmail.com-
12 de janeiro de 2015 20:46

_____________

Lídia Senra, eurodeputada de Alternativa Galega de Esquerda en Europa (AGEe) cualificou de “farsa” a resolución aprobada sobre a decisión dos estados en materia dos organismos xeneticamente modificados, OXM´s


Lidia Senra cualifica de “farsa” a resolución aprobada hoxe sobre a decisión dos estados en materia de OXM´s | Tachou de “delirio” que alguén poda crer na coexistencia de cultivos ecolóxicos e transxénicos sen contaminación dos primeiros. | Demandou unha directiva que prohiba os cultivos e alimentos transxénicos na UE e a inmediata paralización do TTIP.


Estrasburgo, 13 Xaneiro 2015. Dende onte, luns 12, e até o vindeiro xoves 15, está a ter lugar en Estrasburgo a sesión plenaria do Parlamento Europeo (PE). Na orde do día de hoxe someteuse esta mañá a debate e votación unha moción sobre a posibilidade de que os estados membros limiten ou prohiban o cultivo de transxénicos (organismos xeneticamente modificados, OXM).

A eurodeputada de Alternativa Galega de Esquerda en Europa (AGEe), Lídia Senra, na súa responsabilidade como representante do grupo parlamentario da Esquerda Unitaria Europea/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) na Comisión de Agricultura e Desenvolvemento Rural do PE, interviu durante o debate para denunciar a “auténtica farsa” que supón este texto.

Vostedes saben mellor ca ninguén que a suposta liberdade dos Estados para decidir sobre os cultivos transxénicos é en realidade unha imposición xeralizada da alimentación transxénica”, salientou remarcando a hipocrisía dun acordo que, baixo a apariencia da liberdade de elección, abre en realidade as portas á presión dos intereses da industria da tecnoloxía xenética sobre os estados.

Vostedes saben tan ben coma min que non é posíbel preservar libre de transxénicos a agricultura labrega, a agricultura orgánica e convencional”, reiterou, “a non ser que nos seus delirios pensen que van  poder parar o vento ou os insectos”.

Asemade, Senra reivindicou como obxectivos principais do GUE-NGL en materia de agricultura “a biodiversidade, a saúde,  o medioambiente, a agricultura labrega non dependente das multinacionais, a alimentación sa e a soberanía alimentaria”, polo que esixiu a elaboración e aprobación dunha directiva europea “para a prohibición dos cultivos transxénicos”, así como “a inmediata paralización do tratado de libre comercio entre a UE e os EEUU (TTIP)” que, de ser aprobado, permitiría neste caso  ás transnacionais da tecnoloxía xenética denunciar a aqueles estados que prohiban ou poñan trabas á entrada de transxénicos no seu propio territorio.

Sesión Plenaria 13 de Xaneiro 2015

TEMA DA INTERVENCIÓN:
Moción sobre a posibilidade de que os estados membros limiten ou prohiban o cultivo de transxénicos.

TIPO DE INTERVENCIÓN:
Intervención durante o debate. Tempo de palabra do grupo parlamentario GUE-NG.

ACCESO Á INTERVENCIÓN:
https://www.youtube.com/watch?v=tQ0ZR5GIaOM&feature=y


[*] Lidia Senra, eurodiputada, da Alternativa Galega de Esquerda en Europa, no Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde.

Máis información:
Lídia Senra, eurodeputada de Alternativa Galega de Esquerda en Europa-GUE/NGL | Tlf: 609 845 861 lidia.senra@europarl.europa.eu |

Información baseada na enviada por:
AGEe Europa
-ageeneuropa@gmail.com-
13 de janeiro de 2015 16:16
_________________

Protesta sonora ante o anuncio de entrada do buque gaseiro 187, o LNG Sokoto, para a perigosa e ilegal Reganosa - Vídeo


Unha vez máis un novo buque gaseiro cargado con miles de toneladas de gas natural licuado, para a perigosa e ilegal Reganosa, ameaza a nosa seguridade e a nosa vida. Ante o anuncio da entrada na Ría do "LNG Sokoto", o Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol realizou, este martes 13 de xaneiro, unha nova acción de protesta e denuncia, consistente nunha concentración sonora, en Ferrol, na Praza Amada Garcia, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia.


http://youtu.be/dsRovz0ATVM

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org
@ComitCEmerxenc
__________

Profeta Maomé com cartaz 'Je suis Charlie' ilustra capa do Charlie Hebdo


A próxima capa do semanário satírico francês Charlie Hebdo apresenta a caricatura do profeta Maomé segurando um cartaz com a inscrição Je suis Charlie (Eu sou Charlie) e com o título: Tout est pardonné (Tudo está perdoado).

A capa do jornal foi divulgada nessa segunda-feira (12), dois dias antes da publicação da revista, que sairá na quarta-feira (14), com uma tiragem de 3 milhões de cópias em vez das habituais 60 mil. A edição especial será traduzida em 16 idiomas.

Esta será a primeira edição desde o ataque contra a redação do semanário ocorrido na semana passada em Paris e que provocou 12 mortes, incluindo quatro cartunistas. No cartum da primeira página da edição especial, que terá um fundo verde, Maomé surge com uma lágrima no olho.

Desde quarta-feira passada registraram-se três incidentes violentos na capital francesa, incluindo um sequestro, que, no total, fizeram 20 mortos.

Os atentados começaram com um ataque ao Charlie Hebdo. Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira (9), por forças de elite francesas, em Dammartin-en-Goële, nos arredores de Paris.

Na quinta-feira (8), foi morta uma agente da polícia municipal, no sul de Paris. A polícia estabeleceu uma ligação entre os dois jihadistas suspeitos do atentado ao Charlie Hebdo e o assassino da policial.

Na sexta-feira, cinco pessoas foram mortas em um mercado Kosher (judaico) do leste de Paris, quando eram mantidas reféns, incluindo o autor do sequestro, Amedy Coulibaly, que foi morto durante a operação policial.

Fonte: Axencia EBC. Baixo licenza Creative Commons.

Foto: Detalhe do Charlie Hebdo capa da edição especial - Foto de reprodução/twitter Jornal Liberation.
________________

#JeSuisBasque - Unha farsa que non garda as mínimas formas democráticas - A ultima operación represiva contra avodad@s vasc@s que pretende bloquear os esforzos para lograr unha paz xusta e duradeira en Euskal Herria - Vídeo a manifestación da 80.000 contra a dispersión


Unha farsa que non garda as mínimas formas democráticas


Si non tivese consecuencias tráxicas, si non fose real e si non se inscribise nunha axenda para bloquear os esforzos para lograr unha paz xusta e duradeira en Euskal Herria; é dicir, si non tivese consecuencias reais sobre persoas e na situación política do país, a última operación do Estado español contra avogados vascos sería simplemente unha farsa. A teatralidade que desprega o Estado español en terras vascas para demostrar a súa forza é vulgar, groseira e parva. Para empezar porque a súa forza debería ser evidente, non deberían alardear dela. Pero o seu problema non é a forza, é a razón ou, mellor devandito, a súa falta de razóns, a súa indixencia democrática. A súa razón de Estado, a que utilizou para exercer a guerra sucia, a tortura, as detencións masivas ou os xuízos políticos, o deslexitiman nestas terras e gran parte desta sociedade veo como un poder alleo, daniño para os seus intereses. Prexudicial para os obxectivos dos abertzales, que se senten con razón tratados como cidadáns de segunda, cando non como bestas. Pero a longo prazo nefasto tamén para os unionistas, que ven que o Estado que os representa afasta á sociedade vasca das súas posicións á forza, con crueldade e sen intelixencia algunha. Só légalles o privilexio do status logrado trala morte de Franco. Que non é pouco, claro, pero que non é apenas nada para debater fronte a quen che sinala que clase de estado defendes e como che "defende". Non están para dar leccións de ética.

Esta operación policial chega dous días despois da mobilización multitudinaria polos dereitos dos presos e un día logo da participación de Mariano Rajoy na manifestación de Parides -supuestamente en defensa das liberdades e do Estado de Dereito. A Garda Civil levouna a cabo a mesma mañá na que tres das avogadas detidas debían exercer a defensa de 35 militantes políticos en Madrid, deténdoas cando as podería chamar a declarar. A operación, sobre a que este xornal xa informara fai meses, chámase "mate", como xogo de palabras respecto de outra operación anterior denominada "xaque" -en serio, xa está?. Completárona máis tarde entrando á sé dun sindicato para arramplar co diñeiro recadado publicamente durante a marcha do sábado, difundindo imaxes dos axentes contando ese diñeiro na sé do sindicato, buscando cunha cifra ridícula reforzar a sensación de que estamos ante unha trama dedicada á fraude fiscal -unha fraude que non consta ás facendas vascas, difamando a activistas polos dereitos humanos que renunciaron a unha carreira profesional mellor remunerada por convicción, a cambio dun salario mínimo. Quen e eles, os que levaron ao seu país á bancarrota e son coñecidos en todo o mundo como un de países occidentais máis corruptos. Tamén decoraron o país de precintos e controis sen máis sentido operativo que advertir á poboación civil da súa tutela. As declaracións do ministro do Interior o mesmo poderían ser redactadas fai cinco, dez ou vinte anos? Non teñen vergonza.

Escusas ao servizo dun axenda demencial

Cando fai tres anos que ETA anunciou o cese definitivo da loita armada, cando recentemente informou do desmantelamento das súas estruturas militares, cando os verificadores internacionais avalan a súa vontade e pasos concretos cara ao desarme, cando leva todo este tempo intentando establecer os prazos e as fórmulas para solucionar os diferentes apartados das consecuencias do conflito ... a que demos se refiren cando desde o Estado falan da necesidade de que os presos vascos se afasten de ETA? Cara a onde que non sexa unha disidencia armada poderíanse afastar? É iso o que promoven, é ese o grado de irresponsabilidade do Estado español ante a oportunidade histórica de lograr a paz en Euskal Herria? Están aplicando á esquerda abertzale as políticas que tiñan reservadas para unha disidencia que, pese aos seus esforzos tanto durante o proceso de cambio de estratexia como desde a súa asunción por parte de toda a esquerda abertzale, non se deu.

Elixiron ao que denominan "fronte de macos" porque pensan que é o eslavón máis débil, porque os teñen reféns. Deberían aprender algo durante estas décadas de conflito.

Cidadáns de segunda

A reacción de onte do Goberno de Lakua é triste. Cando se detén a doce avogados, a dezaseis cidadáns en total, que a primeira reacción do máximo representante político da maioría deles sexa queixarse por non ser informado é patético. Non é unha cuestión de competencias, é unha cuestión de dereitos. E aínda que se adoite esquivar, tamén é unha cuestión de democracia, de fair play. Por exemplo, unha das detidas, Amaia Izko, é portavoz duns dos partidos que forman a coalición que é segunda forza no Parlamento de Gasteiz. Estaba en Madrid para defender, entre outros, a outro portavoz desa formación, Pernando Barrena. O xuízo é abertamente político. Ambos son militantes de Sortu, cuxo secretario xeral, Arnaldo Otegi, está no cárcere por abrir este novo escenario político. E logrouno, entre outros, xunto a Rafa Díez, tamén preso, que casualmente é o anterior secretario xeral do sindicato no que onte a Garda Civil confiscou o diñeiro recolleito para defender os dereitos humanos dos presos vascos, que tamén son na súa maioría cidadáns cuxo representante institucional é Iñigo Urkullu. Este, con todo, resístese a tratalos como cidadáns, a atender a violación dos seus dereitos, a exercer de lehendakari de todos.

Nesta farsa non se pode condenar á cidadanía vasca a ser actor secundario. Debe ser protagonista, porque esta é a clave dun escenario realmente democrático.

Editorial do xornal vasco Gara. | 12.01.2015

#JeSuisBasque

80.000 persoas iluminan Bilbo esixindo poñer fin á dispersión e o respecto aos dereitos dos presose presas


http://youtu.be/HA3xUQtN1P8

Unhas 80.000 persoas, segundo o reconto de Gara, tomaron parte na mobilización convocada por Sare para reclamar o fin da dispersión. A marcha desenvolveuse en dúas columnas que confluíron na praza Zabalburu, onde se celebrou o acto final, que tivo o seu punto álxido co aceso de sinais luminosos para reclamar a repatriación das presas e presos vascos.

Enviado por:
Inácio GZ
-inaciogz@gmail.com-
13 de janeiro de 2015 08:05
____________________

luns, xaneiro 12, 2015

Outras maneiras de facer política local - O BNG organiza unha mesa redonda sobre políticas municipais coa presencia dos alcaldes de Allariz, Pontevedra e San Sadurniño, xunto ao candidato á alcaldia de Ferrol Iván Rivas - En Ferrol, o Martes 13 de Xaneiro


Os Alcaldes de Pontevedra, Fernández Lores e de Allariz, Francisco García, participan mañán en Ferrol nunha mesa redonda sobre políticas municipais. Os dous edís nacionalistas estarán acompañados do alcalde de San Sadurniño, Secundino García, e do candidato do BNG á alcaldía de  Ferrol, Iván Rivas. O acto comezará o martes 13 de xaneiro, ás 19,30hs na Galería Salgadelos.


Este acto é una oportunidade para achegarmonos á realidade local e ás iniciativas que o nacionalismo galego está a desenvolver naqueles concellos onde goberna como poden ser San Sadurniño, Allariz e Pontevedra entre outros. Defende o BNG que neles se están a desenvolver políticas baseadas na defensa dos servizos públicos, con medidas que promoven un modelo de xestión transparente, pulando pola participación cidadá e co criterio de manter unha actitude insubmisa ante o “dogma” do déficit que impón o PP.

Na mesa redonda abordaranse aspectos como a recuperación urbanística o, desenvolvemento do tecido económico local, con especial fincapé no comercio de proximidade ou a rede de transporte público, en definitiva, una achega  ao modelo de xestión nacionalista, pensado por e para mellorar a calidade de vida dos vecinos e veciñas das nosa vilas.

Fonte: RadioFusión.

Proceso Asembleas Abertas 'Construíndo Futuro':
http://www.construindofuturo.info/

Web oficial do BNG:
http://bng.gal/
_____________

Apoio de Esquerda Unida de Narón ás demandas e a folga dos traballadores de MEGASA en Narón


Dende Esquerda Unida de Narón queremos amosar o noso total apoio a folga dos traballadores de MEGASA en Narón.

Como xa fixemos fai uns días durante a visita da parlamentaría de AGE Lidia Senra a Fene na que se reuniu tanto ela como o CPL de EU Narón con o comité de empresa de MEGASA queremos transmitir a todos os traballadores que seguiremos o seu carón na loita por un traballo digno e con dereitos.

Entendemos que unha vez mais a patronal aproveita unha reforma laboral feita a súa medida para despedir sen motivo a 47 traballadores, e dicimos que sen motivo porque a empresa ten beneficios, entendemos que o que pretende a empresa con estes despedimentos é sementar o medo para poder mais adiante contratar persoal en condicións precarias e con peores salarios.

Pero non esquezamos que o problema real non é outro que Megasa poda acadar unha rebaixa na tarifa eléctrica a costa do erario público, e dicir, capital público que serve para favorecer unha empresa privada a costa da coacción e ameazas de despedimentos, o mesmo modus operandi que en Alcoa.

Dende Esquerda unida Narón rexeitamos o actual sistema tarifarío eléctrico que afecta directamente a empresas como MEGASA, tamén entendemos que non é de recibo que dende o goberno do PP se fomente a competencia desleal o aplicar distintos prezos a enerxía segundo o tamaño da empresa.

Dende Esquerda Unida sempre apostamos por a nacionalización das compañías eléctricas.

Denunciamos que non hai ningunha desculpa valida para que unha empresa con beneficios que medrou e puido inverter no exterior grazas as ganancias obtidas en MEGASA Narón agora pretenda deixar a 47 dos 168 traballadores de MEGASA na rúa.

Consello Político Local de Esquerda Unida Narón

Conta no facebook:
https://www.facebook.com/naroneu

Conta no twitter:
https://www.facebook.com/naroneu

Foto de Lidia Senra reunida con o comité de empresa de MEGASA e membros do CPL de Narón.

Enviado por:
André Abeledo Fernández
-andre1474@gmail.com-
11 de janeiro de 2015 10:05
________________

París: barbarie e oportunismo


As sociedades occidentais que se manifestaron en contra do atroz crime contra o semanario satírico Charlie Hebdo deberán estar alerta para evitar que a resposta dos seus gobernos, lonxe de ser unha reivindicación civilizatoria, se volva pretexto para sementar cotas adicionais de barbarie no mundo.


París: barbarie e oportunismo

Centos de miles de persoas congregáronse onte nas rúas de París para expresar rexeitamento claro, contundente e inequívoco aos atentados extremistas ocorridos a semana pasada en Francia, nos que morreron 17 persoas.

Como fora anunciado, na manifestación participaron tamén medio centenar de xefes de Estado e de goberno, entre eles o presidente de Francia, Francois Hollande, a canciller alemá, Angela Merkel; o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas; o xefe do Goberno de España, Mariano Rajoy; e os primeiros ministros de Israel, Inglaterra e Italia, Benjamín Netanyahu, David Cameron, e Matteo Renzi, respectivamente.

No marco desa concentración de liderados políticos, o fiscal xeral de Estados Unidos, Eric Holder, anunciou un cume sobre seguridade global, a realizarse en Washington en febreiro próximo, a fin de "discutir formas nas que podamos contrarrestar este extremismo violento que existe no mundo".

Tralos depreciábeis asasinatos de xornalistas e cidadáns franceses durante a semana pasada, a sociedade francesa e a doutras partes do mundo deu mostra exemplar non só de rexeitamento á violencia, a intolerancia e o fanatismo, senón tamén de defensa á liberdade de expresión e de información.

Por desgraza, como era de esperarse, os atentados serviron tamén para a reactivación dunha ondada reaccionaria e xenófoba en Europa, e vigorizando os pronunciamentos de grupos como a Front National francés, encabezado por Marine Lle Pen, quen onte pediu o endurecemento da política migratoria do seu país e responsabilizou dos feitos de violencia á "inmigración masiva".

Ao oportunismo de grupos como o lepenista sumouse nesta ocasión o de gobernos como Israel, o cal, cabo recordar, mantén vixente unha política de exterminio nos territorios palestinos ocupados que o colocaron, a ollos de boa parte da comunidade internacional, como un criminal de guerra e até como responsábel de delitos contra a humanidade. O propio goberno de Washington e os seus aliados occidentais carecen de autoridade moral para elevar condenas enérxicas contra o terrorismo, cando alentaron a conformación dese flaxelo no mundo xa sexa en forma indirecta, coas súas contraproducentes aventuras bélicas en Afganistán e Irak, ou directa, co seu respaldo a grupos opositores en Siria, entre os que se atopan grupos extremistas islámicos.

Neste contexto, o chamado a un cume de seguridade para o mes entrante xera inquietudes xustificadas en torno ao que se pode vir: unha posible intensificación das intervencións militares de Occidente no medio Oriente, e un recrudecimento das posturas islamofóbicas en Europa e Estados Unidos.

As sociedades occidentais que se manifestaron en contra do atroz crime contra o semanario satírico Charlie Hebdo deberán estar alerta para evitar que a resposta dos seus gobernos, lonxe de ser unha reivindicación civilizatoria, se vólva pretexto para sementar cotas adicionais de barbarie no mundo.

Editorial do xornal mexicano 'La Jornada' | 12.01.2015
---

Un outro artigo moi interesante e clarificador do cineasta, historiador e escritor paquistaní Tariq Ali, publicado orixinalmente o pasado 9 de xaneiro, en London Review of Books, antes da manifestación de París e agora reproducido en Rebelión, co titulo "Cando o un alimenta ao outro - O máximo horror".

Enviado por:
Inácio GZ
-inaciogz@gmail.com-
12 de janeiro de 2015 08:03

____________

Convocada unha nova concentración ante o anuncio da entrada do 'LNG Sokoto', cargado con gas para a ilegal e perigosa Reganosa - Na Praza Amada Garcia, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia, este Martes 13 de Xaneiro, ás 7 da Tarde


CONCENTRACIÓN SONORA EN FERROL,
 MARTES 13 DE XANEIRO, ÁS 7 DA TARDE
DIANTE DO EDIFICIO ADMINISTRATIVO DA XUNTA
NA PRAZA AMADA GARCIA

Un antigo buque gaseiro, ten prevista a súa entrada na Ría de Ferrol, para este Martes 13 de xaneiro de 2015. O "LNG Sokoto", de bandeira de conveniencia das Illas Bermudas, de máis de 289 metros de eslora, 48 de manga e un calado de 11m, que pode cargar 137.231 de m³ de gas natural licuado (LNG / GLN),  vai enfilar a súa proa para entrar pola bocana da Ría e cruzar o angosto, estreito, de pouco calado e de fondo rochoso canle de máis de 4.000 metros (con miles de toneladas de GNL abordo), até chegar ao pantalán de descarga do peirao de punta Promontorio, situado no termo municipal de Mugardos, onde Reganosa coa complicidade de políticos sen escrúpulos construíu unha planta de gas que nos ameaza todo-los día, aumentando exponencialmente esta ameaza sempre que entra na Ría un buque destas características cargado para a perigosa e ilegal planta regasificadora de Mugardos. De entrar este buque, será o número 187 desde que o fixera o "Galicia Spirit" en Maio de 2007.

Diante do aumento da ameaza contra a seguridade e a vida, que supón a entrada do buque gaseiro, xunto á propia instalación da Planta de Gas en Mugardos, o Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol convoca unha acción de protesta e denuncia, consistente nunha Concentración Sonora, o mesmo Martes ás 7 da Tarde, en Ferrol, na Praza Amada Garcia, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia.


O 11 de Maio de 2012 ditou-se a Sentenza polo Tribunal Supremo, onde a planta xa foi declarada ilegal, en sentenza inapelábel. O 15 de Setembro de 2014, foi admitido a trámite, polo Tribunal Supremo, o Recurso de Casación contra a decisión da Xunta de Galicia e o Concello de Mugardos que denegan a nulidade do novo PXOM en execución da mencionada Sentencia.

Tras a Sentenza do Tribunal Supremo, que declara ilegal a localización de Reganosa, temos que esixir o fin desta ameaza e deste malgasto de cartos públicos. Temos que esixir o seu peche definitivo.
  • QUE SE CUMPRA A SENTENZA DO TRIBUNAL SUPREMO XA! 
  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA  !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA  !!
  • MÓVETE CONTRA A IMPUNIDADE !!
  • PECHE XA!!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA  !!
10 razóns para preguntar-se ... Por que Reganosa ten que saír da nosa Ría e das nosas Vidas?

O COMITÉ CIDADÁN DE EMERXENCIA PARA A RÍA DE FERROL, TAMÉN NECESITA NESTES MOMENTOS AXUDA ECONÓMICA, PARA CONTINUAR COS PROCESOS XUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS ABERTOS: COLABORA.

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org
@ComitCEmerxenc


Información baseada na enviada polo:

Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
11 de janeiro de 2015 11:00
_______________

domingo, xaneiro 11, 2015

A Asemblea Estatal das Marchas da Dignidade terá lugar en Cangas o videiro sábado 17 de xaneiro


Cangas acollerá a Asemblea Estatal das Marchas da Dignidade o 17 de xaneiro

A asemblea de coordinación estatal das Marchas da Dignidade celebrará a súa vindeira en xuntanza en Galicia. Tal e como adiantara Praza, será o vindeiro 17 de xaneiro e o lugar elixido finalmente é Cangas do Morrazo. Neste cónclave, no que se prepará a axenda de mobilizacións deseñada cara ao ano 2015, estarán presentes máis de sesenta representantes das diferentes organizacións e territorios do Estado que forman parte deste movemento que o pasado 22 de marzo reuniu milleiros de miles de persoas en Madrid e que celebrou outras importantes mobilizacións, como a que en Galicia encheu o Obradoiro o pasado 19 de novembro.
Máis de sesenta representantes das diferentes organizacións das Marchas reuniranse en Cangas
Como prólogo deste encontro, o venres, 16, ás 20 horas, está prevista a celebración dun acto público, onde tomarán a palabra os distintos portavoces das organizacións sindicais, sociais ou políticas integradas nas Marchas da Dignidade. Xa o día 17, no salón de plenos do Concello, terá lugar a asemblea en sesións de mañá e tarde.

Cofirmaron  xa a súa asistencia ao cónclave os sindicatos IAC de Catalunya, o SAT andaluz, o ESK vasco, a Confederación Intersindical, a CGT, a CNT, Intersindical Valenciana e COBAS. Tamén ATTAC, Campamento de la Dignidad de Estremadura, Frente Cívico-Somos Mayoría e Corriente Roja, aos que se unirán máis centrais, organizacións sociais e políticas de Asturias, Catalunya, Euskal Herria, Madrid, Andalucía, Murcia e Valencia. Será tamén a forma de recoñecer a forza e activismo da Columna Galega, unha das máis activas dun movemento que prevé un bulideiro 2015.
O cónclave preparará a axenda de mobilizacións para este ano, que prevé unha folga xeral o 22 de outubro
Na asemblea de Cangas debaterase e praparanse os detalles para a folga xeral que o vindeiro 22 de outubro teñen previsto convocar as Marchas da Dignidade e todas as organizacións que as apoian. Tamén prevén repetir a multitudinaria mobilización do pasado 22 de marzo con outra que seguirá o mesmo modelo e que se desenvolverá o vindeiro sábado 21 de marzo, tamén en Madrid.

Ademais, as Marchas tamén teñen previsto convocar marchas polo Primeiro de Maio, unhas mobilizacións que "non significan invisibilizar o papel dos sindicatos clasistas e alternativos", senón "a necesidade de compartir o protagonismo cos movementos sociais, na liña estratéxica da unidade obreira e popular".

Reportaxe publicado en Praza Pública. | 11.01.2015

Praza Pública precisa de Ti:
A forza de Praza Pública son os seus lectores e lectoras. Praza é un medio da súa comunidade de lectores. A existencia do xornal depende das achegas realizadas por todos nós [+info].

Nota.- Recomendamos acceder á noticia en Praza Pública, con fotos, audios e comentarios.

Información complementaria sobre a Asemblea Estatal do vindeiro sábado 17 de Xaneiro: Acceder.
Asemblea da Plataforma Galega onde se ultimará a realización da Asemblea Estatal: NOVA CONVOCATORIA DE XUNTANZA DA COMISIÓN COORDINADORA GALEGA DAS MARCHAS DA DIGNIDADE LUNS DÍA 12 DE XANEIRO ÁS 17 HORAS: Acceder.
---


Contacta coas Marchas da Dignidade Ferrolterra enviando un correo a:
  • marchasdadignidadeferrolterra@gmail.com
ou chamando ao telefono:
  • 603 213 863


Ferrolterra:
http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/
Galego:
http://marchasdadignidade.blogspot.com/
Estatal:
http://marchasdeladignidad.org/
Redes da Columna Galega:
https://twitter.com/galizaMarcha22M
https://www.facebook.com/MarchasDignidade
https://www.facebook.com/groups/265451853621237/
https://www.youtube.com/channel/UCaOvAhPYKR43taxbOKCCreg

PAN, TRABALLO E TEITO - Á RÚA, QUE XA É HORA!!!

_____________

Presentación do Consello Cidadán e o Secretario Xeral de Podemos en Naron

Presentación do Consello Cidadán de Podemos en Narón

O Circulo de Podemos Narón, a través de Isabel Allegue, Conselleira de Prensa da formación política a nivel local, comunica a celebración de dous actos que terán lugar esta próxima semana:

A presentación do recentemente constituído Consello Cidadán de Podemos en Narón xunto ao seu Secretario Xeral (Natalio Gómez), que será o día 15 de xaneiro de 2015, xoves, ás 19:30hs da tarde, no Local da AAVV do Alto do Castiñeiro. A continuación celebrarase a primeira Asemblea Aberta presidida polo novo órgano, a cal inicia ademais as actividades do ano. Na orde do día figuran puntos como a Marcha do Cambio do sábado día 31 de xaneiro a Madrid. [Ir á Web da mobilización]

Orde do día
  1. Lectura e aprobación do acta da sesión anterior.
  2. Presentación do Consello Cidadán do Partido.
  3. Suxestións e propostas de vías de financiamento, así como ofrecementos para poder dispoñer dun local.
  4. Lei de Protección de datos.
  5. Informe de TIC'S
  6. Sobre a participación do Círculo Podemos en "Orfeu".
  7. Marcha do Cambio, do sabado día 31 de xaneiro, convocada en Madrid
    [Guía de Participación].
  8. Nomear o cargo de Secretario/a de actas, nunha mesma persoa durante un período de tempo non establecido, finalizado este nomearase a outra persoa, para facelo rotatorio.
  9. Rogos e preguntas.
Todos os puntos son propostas para someter a debate e votación.
Previo ao comezo da asamblea nomearase secretario/a e moderador/a de a mesma e un corrector/a de Acta.

Doutra banda, e dado que se atopan inmersos nun novo proceso electoral, esta vez, de carácter autonómico, levarase a cabo unha Asemblea de recolleita de Avales para todos/as os/as candidatos/as que queiran concorrer ao Consello Cidadán Autonómico ou á Secretaría Xeral, ben en listas ou de forma libre. Para iso reunirémonos na Asociación Rural de Mulleres de San Clemente nº 14, estrada de Sedes a Ferrerías (á beira das vivendas sociais), o sábado, 17 de xaneiro ás 18:00hs.



Foro debate:
http://www.fb.com/groups/podemos.naron/

Conta no facebook:
https://www.facebook.com/podemos.naron

Canle en Youtube:
https://www.youtube.com/channel/UCPfaxd05evcnGtK8h0XE5Mg

Información baseada na enviada por:
Podemos Narón
-podemos.naron@gmail.com-
10 de janeiro de 2015 21:42

_____________________

sábado, xaneiro 10, 2015

Charlie Hebdo e o debate sobre a liberdade de expresión, ... Por Santiago Mayor


Santiago Mayor [*]
10.01.2015


De entrada é bo aclarar que o título é un pouco enganoso. A idea deste artigo non é falar sobre a revista humorística francesa Charlie Hebdo, pero si tomar un debate que emerxeu a partir do brutal ataque sufrido pola súa redacción o mércores 7 de xaneiro: o da suposta liberdade de expresión.

A masacre perpetrada por tres cidadáns franceses de ascendencia árabe e de relixión musulmá é sen dúbida depreciábel. Partindo desa base e deixando de lado calquera debate respecto diso, resulta interesante abordar a problemática da liberdade de expresión.

Non é unha tarefa sinxela, máis no mundo do xornalismo que, ao marxe de ideoloxías tende a abroquelarse detrás deste concepto practicamente sen matices e considera calquera posta en dúbida da súa profesión como un "ataque" a esa suposta liberdade.

Que é a liberdade de expresión?

Como bo concepto liberal, a liberdade de expresión baséase na igualdade ante a lei. Todos os cidadáns e cidadás son igualmente libres de emitir as súas opinións. Agora ben, non hai que ser Karl Marx para saber que isto non é tan así.

Non calquera, neste mundo, pode e ten acceso a difundir as súas ideas masivamente na televisión, a radio ou os diarios. Ese é un atributo de poucas persoas, maioritariamente empresarios ou, de mínima, xente cun capital cultural e económico importante.

(Si, existen medios alternativos e populares, pero cal é o seu alcance? A propia dinámica nalgúns casos e a escaseza de recursos financeiros -como pasa con Notas- noutros, convértese nun enorme limitante á hora de inserirse nunha disputa pola masividade).

Entón xa logramos delimitar un primeiro espazo da liberdade de expresión. Son libres de expresarse quen teñen as condicións materiais para facelo.

Este primeiro punto está asociado con outra restrición que, aínda que non é lineal, achégase moito e ten que ver co poder nunha sociedade determinada. Os sectores oprimidos, marxinados e excluídos adoitan carecer de voz propia onde expresarse. En xeral, os medios de comunicación non reflicten a súa realidade, as súas necesidades e, pola contra, os estigmatizan e reforzan a dinámica de dominación.

Acá é onde aparece o eixe central do debate quen exerce a liberdade de expresión? E, máis importante aínda sobre quen a exercen?

José Antonio Gutiérrez, no seu artigo Je ne suis pas Charlie (Eu non son Charlie) faise eco disto e sostén: "Non me esquezo da carátula do Nº 1099 de Charlie Hebdo, na cal se trivializaba a masacre de máis de mil exipcios por unha brutal ditadura militar, que ten o beneplácito de Francia e de EEUU, mediante unha portada que di algo así como Matanza en Egipto. O Corán é unha merda: non detén as balas".

E acto seguido preguntábase que pasaría si publicase "unha revista cuxa portada tivese o seguinte lema: Matanza en Parides. Charlie Hebdo é unha merda: non detén as balas e fixese unha caricatura do falecido Jean Cabut cribado cunha copia da revista nas súas mans". Sen dúbidas sería un escándalo mundial, reproducido até a fartura en todos os medios internacionais e que chegaría a gran parte dos fogares do mundo.

Con todo da tapa 1099 de Charlie Hebdo ninguén, máis que quen compraron a revista, se acorda.

Dereito á información e responsabilidade social do xornalismo

Ao concepto de liberdade de expresión preferimos substituílo por outros dous, presentes no Código Internacional de Ética Xornalística da UNESCO: o dereito á información e o de responsabilidade social do xornalismo e os xornalistas.

"No xornalismo, a información compréndese como un ben social, e non como un simple produto. Isto significa que o xornalista comparte a responsabilidade da información transmitida", sostén o Código da UNESCO aprobado en 1983. E aquí é onde máis se mete o dedo na chaga desta profesión tan egocéntrica e individualista.

Non dá o mesmo dicir tal ou cal cousa. Non se pode dicir sempre o que a un se lle canta. O xornalismo supón unha responsabilidade, e como dicimos en Notas, unha responsabilidade histórica. Un compromiso co noso tempo e o noso lugar.

Prosegue o Código de Ética: "O verdadeiro xornalista defende os valores universais do humanismo, en particular a paz, a democracia, os dereitos do home, o progreso social e a liberación nacional, e respectando o carácter distintivo, o valor e a dignidade de cada cultura, así como o dereito de cada pobo a escoller libremente e desenvolver os seus sistemas políticos, social, económico ou cultural" [o resaltado é do autor].

A indignación que suscitou o ataque á redacción de Charlie Hebdo está a anos luz da que produciu, na prensa occidental polo menos, o bombardeo sistemático durante máis de 50 días por parte de Israel á Franxa de Gaza. Máis de dous mil palestinos morreron, entre eles máis de 500 nenos e nenas. Esas vidas valen menos que as dos 12 xornalistas franceses? Para nada. E iso vai dicir todo o mundo. Pero unha cousa é o que se di e outra o que se fai.

Ou como tomariamos na nosa sociedade occidental e cristiá que unha revista dun país musulmán como Irán ou Exipto fixese recurrentemente caricaturas ofensivas sobre Xesucristo ou a Virxe María? Seriamos tan tolerantes e gritariamos aos catro ventos o dereito dos humoristas islámicos a expresarse? Eu creo que non, porque a burla é sempre máis sinxela sobre un outro subordinado ou, en última instancia, sobre un mesmo. Eu pódome criticar, pero outros?

En Europa, continente colonialista que durante décadas oprimiu e aínda hoxe oprime a países do terceiro mundo (moitos deles de crenza musulmá) está crecendo unha ola de islamófobia que identifica a calquera crente do Islam cun potencial terrorista.

Desde o xornalismo e desde o humor hai que asumir unha responsabilidade neste contexto (que non é o mesmo que o de Arxentina, vale aclarar). En nome da liberdade de expresión non se pode reproducir a estigmatización e a lóxica de opresión sobre os sectores marxinados e excluídos. Sobre un outro do que vale dicir calquera cousa.

En nome de reivindicar o meu dereito a opinar non podo apontoar esa lóxica que somete e condena a comunidades enteiras.

Como sabiamente publicou na tapa do seu último número a Revista Barcelona "o mundo occidental" condenou o ataque e "reivindicou un sistema de valores, crenzas e negocios que case nunca comete xenocidios, que poucas veces financia grupos terroristas, que estigmatiza unicamente a quen o merecen".

A hipocresía é unha práctica que debemos desterrar da nosa profesión. A liberdade de expresión é, quizais, a súa manifestación máis importante.

[*] Santiago Mayor,  @SantiMayor, Xornalista. Membro do equipo de redacción de @Notas_arg (Notas - Periodismo Popular),  @PatriaGrandeArg. Ezpeleta, Quilmes, Argentina. notas.org.ar, outros artigos de do autor en Rebelión.

Publicado en Rebelión o 10 de Xaneiro de 2015, mediante unha licenza de Creative Commons, respectando a súa liberdade para publicalo, co permiso do autor, noutras fontes.
____________________

venres, xaneiro 09, 2015

Gañarmos consistencia face novos e vellos espellismos, ... Por Xabier P. Igrexas - Cómpre fuxirmos da abstracción puramente identitarista, e en coherencia coa histórica análise que o nacionalismo popular ten feito da dependencia do noso país

Por Xabier P. Igrexas [*]
09.01.2015


Encetamos novo ano. Temos por diante 365 novos días para facermos avantar o proxecto de radical transformación política, económica e social que para o noso povo propoñemos desde o nacionalismo galego. Porén, facelo exixe antes de máis nada botar un intre a ollada atrás.

Vén de comezar o sétimo ano da vixente crise sistémica do capitalismo. Unha crise mundial, violenta como poucas sobre todo na inmediatez dos seus efectos económicos e sociais. Unha crise sistémica que puxo en evidencia ao capitalismo como un sistema irreversibelmente fallido. De facermos caso das prognoses máis estritas no campo da economía marxista a actual recesión como pouco será moi longa e demorada no tempo, malia poder presentar picos de serra con sinais conxunturais de recuperación. Outras análises apuntan a que o sistema, que non vai implosionar por si propio como algúns inxenuamente parecen agardar, podería agudizar a súa metástase estrutural, radicalizando inda máis a loita de clases e os desequilibrios territoriais desbocando o Imperialismo galopante.

Ao fío disto último, ollamos o pasado ano e os anteriores como o escenario mundial está sometido a enormes tensións. O rearme belicista dos polos imperialistas, as pugnas entre as principais potencias e un incipiente confronto entre bloques económicos (que nada ten a ver co contraste da chamada guerra fría entre o mundo socialista e o eixo capitalista), permiten albiscar un cenario tremendamente inestábel, onde as fronteiras do posíbel e do imposíbel, do que criamos que podía pasar ou non, vanse desdebuxando. Liñas nos mapas aparentemente consolidades son agora discutidas con milleiros de mortos. O fascismo pasou dun estado latente a un paulatino espertar, espoleado coma sempre pola incerteza da crise e polos intereses da clase dominante. Ucraína, Siria, a rexión Asia-Pacífico, a bomba de reloxería do oriente próximo e a ameaza do retorno da dereita proimperialista ao poder na América Latina, son algúns dos focos desta tensión.

Neste senso, a correlación de forzas a nivel mundial continúa a nos ser desfavorábel. E os bloques alternativos como o ALBA ou as novas alianzas que de feito puxeron fin ao mundo unipolar (BRICS) non acaban de se configurar como alternativas ao occidente capitalista nucleado arredor dos EUA-UE e os seus aliados. A nosa realidade non está isolada deses fenómenos, por distantes que nos puideran parecer. Moi ao contrario, as tendencias internacionais son un factor de grande importancia para compredermos que acontece nos ámbitos inmediatamente máis próximos. A principiar por unha Unión Europea que ten recruecido o seu papel imperialista e a súa concepción como instrumento ao servizo do grande capital monopolista, até chegarmos ao propio Estado español, que movido pola inercia europea ten producido unha notábel recentralización política e económica ao servizo da mellor e maior concentración de riqueza.

Patria e clase, soberanía e socialismo

Galiza carente de soberanía política, e sometida por iso ao seu rol forzosamente periférico no marco do Estado e da UE, fica dirixida institucionalmente por un goberno autonómico que fixo enfraquecer até a máis grave das anemias o xa ultralimitado marco competencial. Omisión. Ese é o termo que define a nula acción de goberno da Xunta de Feijóo, que ten convertido a adminsitración galega nunha mera aparataxe burocrática para a xestión ao ditado -e máis ao servizo- dos intereses fixados desde a metrópole española. Nunca en tempos recentes significamos tan pouco politicamente. Nunca como agora o autogoberno foi menos efectivo. Demostración de que o modelo autonómico, en tanto que “concesión” dun Estado que mantén ao servizo da sacrosanta unidade de mercado un férreo control e tutela sobre a capacidade de decidir -de verdade-  sobre os principais aspectos que rexen a realidade do noso país,   foi un efémero espellismo. Demostra tamén que ao marxe do anterior, a correlación de forzas non é baladí nin cando falamos de institucións cun cativo alcance na toma de decisións. A maioría absoluta do PP no Pazo do Hórreo fixo empequenecer até a caricatura o Parlamento galego.

Mais con todo, non é o devalar da figurada institucionalidade autonómica o máis grave dos problemas que aqueixan ao noso povo. Resultado dos efectos da crise e das políticas de saqueo social que padecemos (ditadas polo grande capital a través da Troika, executadas sen remorsos polo Executivo español e asumidas sen chistar pola Xunta de Feijóo), a situación dos e das galegas roza sen esaxeramos a emerxencia social. O brutal desemprego e o empobrecemento de amplas capas -consecuencia do retallamento en salarios, pensións e prestacións, ameazan a mesma subsistencia material de un cada vez maior número de compatriotas.

Os efectos da loita de clases, onde o capital vigorou a súa vantaxe histórica face o proletariado, son tan evidentes que baten con puño de ferro no noso nariz. É por iso que cómpre fuxirmos da abstracción puramente identitarista, e en coherencia coa histórica análise que o nacionalismo popular ten feito da dependencia do noso país, enraizar o noso reclamo soberanista como peza indispensábel para facer viábel a radical transformación que o noso povo precisa, e que inexorabelmente só pode transitar polo vieiro da ruptura co Estado español, coa Unión Europea e co paradigma capitalista, rumo a construción de noso e para nós dunha sociedade nova, xusta e igualitaria, libre de explotación. Cara a Galiza ceive que para o ser de verdade só poderá ser socialista. O que veño de apuntar non é apenas unha proclama. É o enunciado sintético, ou se se quixer esquemático, dun horizonte estratéxico que cómpre definirmos de vez nunha proposta política tamén de longo alcance, que precisa substanciarse tamén nunha folla de rota para o inmediato. Sen dogmatismos infantís, mais sen medos paternalistas. Con honestidade revolucionaria e con vocación de masas.

Gañarmos consistencia

Ninguén descoñece que vivimos nun contexto tremendamente cambiante, inestábel, sometido a enormes tensións en todos os eidos, como antes se describiu de maneira sucinta. Unhas condicións obxectivas que inciden, coma sempre, na subxectividade social, na percepción, nas tendencias, nos procesos. Pasamos de nos laiar da despolitización a padecermos unha nova caste de hiperpolitización aparente e oca, onde a política mutou nun talk show televisivo. Onde o debate se reduciu ao curral das tertulias dos mass media. Co povo convertido no relato informativo nunha masa deforme e invertebrada,  representada a golpe da demoscopia, coa que se fixan representatividades en función da cotización electoral (prevista ou simulada) nun novo e delirante mercado de futuros, onde as audiencias dos “novos líderes”  entronizados pesan máis que os votos.

Incertezas, confusión, medos, carraxe, fartura, indignación, desafección... Son moitos e variados os ingredientes deste explosivo maremágnum social, que non apunta a se resolver nun estalido social senón a se frustrar, unha vez tras outra, en novos e vellos espellismos. Poñer a orella para escoitar o ruxe ruxe na rúa confirma, lamentabelmente, esa radiografía.

Precisamente neste panorama a nosa aposta debe ser por gañarmos consistencia, en troca de nos limitar a “competir” con novos e vellos fenómenos. Consistencia non apenas para salvar os mobles, senón para afianzar a misión histórica da alternativa política que o nacionalismo galego pretende representar. Non se trata xa que logo de darmos nervosos golpes de leme en función de itinerarios e percorridos alleos. Non se trata de mimetizar, nin moito menos de simular mímese. Hai que se arrepor á tendencia dominante que dita a preeminencia das formas, do aparente, sobre o fondo. Dos significantes sobre os significados. Do como sobre o que. Hai que rachar co desprezo ao discurso que latexa en todas as fórmulas de oportunismo escénico.

Consistencia significa non subscribir en ningún grao o engano das saídas máxicas, das receitas que valen para todo, do mesianismo adanista de quen inventa cada día a roda da política cunha fórmula máis simplista (e alienante) que o anterior. Consistencia exixe como xa se apuntou definir horizontes estratéxicos, concretos, e tracexar a rota cara a súa consecución nunha proposta política a curto, medio e longo, tendo claros os principios e máis, sobre todo, o suxeito social, o que é incompatíbel con facer do calendario electoral o marco cronolóxico que determina a nosa acción política. Sen negar a importancia dos comicios deste ano e dos que virán nos seguintes, é imprescindíbel erguermos a nosa ollada para alén da conxuntura, do inmediato.
A consistencia pasa por nos sacudir de modas impostas e comprender que o que o noso povo agarda de nós non é () preguntas, nun diálogo franco, senón sobre todo algunha certeza, en forma de propostas e respostas. Consistencia é conceptuar a correlación de forzas no seu sentido máis amplo e concretizar en termos obxectivábeis as chaves que definan a acumulación (para alén dos resultados electorais), como apuntei nun artigo anterior ao fío das experiencias latinoamericanas. [Ir a web]
Consistencia que só lograremos cunha maior solidez e alcance nas propostas, co reforzo das nosas estruturas organizativas (concibidas como instrumento ao servizo do povo para a transformación da realidade) e cunha maior axitación e proselitismo que nos permitan incidir na conciencia social. Consistencia para enfrontar todos e cada un dos reptos que esta complexa etapa histórica nos vai poñer no camiño.

[*] Xabier Pérez Igrexas (Vigo 1984), activista sindical, político e social. Membro da CIG e do BNG, ocupando responsabilidades no ámbito comarcal. Participa en Sermos Galiza. Publica artigos de opinión en diferentes medios. Autor do blogue www.contradiscurso.net, en twitter @contradiscurso e no facebook.com/contradiscurso.

Publicado no Terra e Tempo | 09.01.2015 | Onde se poden ler os comentarios.

Enviado por:
Xabier P. Igrexas
-xabiergz@gmail.com-
9 de janeiro de 2015 10:31

_______________

Hepatitis C: historia dun atraco anunciado - Queren cobrar 25.000 euros por un medicamento que só custa 115 - Multinacionais farmaceuticas que especulan coa nosa saúde


Hepatitis C: historia dun atraco anunciado. | Queren cobrar 25.000 euros por un medicamento que só custa 115.


A loita dos pacientes de hepatitis C está permitindo descubrir o inmenso negocio que as multinacionais de farmacia (apenas unhas decenas a nivel mundial) están facendo con nosa saúde.

Como se pode apreciar neste estudo (páxina 25 en inglés) [*], o custo de produción do Sofosbuvir para un tratamento de 12 semanas, é de entre 68 e 136 $, é dicir entre 57 e 115 euros, mentres que a multinacional Gilead (a mesma que se lucró co negocio do Tamiflu), esixe ¡¡¡¡ 25.000 euros por tratamento !!!

Hai que recordar que Gilead adquiriu Pharmasset (a empresa que comprara á súa vez a patente do medicamento) por uns 9.200 millóns de euros, e agora parece claro que o importante é rendibilizar o negocio.

Ante esta situación, que con toda seguridade repetirase nun futuro quizais non moi afastado con outras enfermidades e outros fármacos, só queda unha saída razoable: loitar por crear un sistema farmacéutico público de investigación e produción, que permita fabricar directamente os medicamentos que perderon a patente, así como aqueles que sen habela perdido, sexan necesarios por motivos de saúde pública. Vainos a vida niso.

CAS Madrid | 2015.01.06

Coordinadora Antiprivatización da Sanidade - Cas Madrid
http://www.casmadrid.org
info@casmadrid.org
Twitter:
http://twitter.com/CAS_madrid
Facebook:
http://www.facebook.com/profile.php?id=100000750273195&sk=info

[*] Os custos mínimos para producir antivirais de acción directa contra a Hepatite C. | Minimum costs to produce Hepatitis C Direct Acting Antivirals | Andrew Hill and Saye Khoo, Department of Pharmacology and Therapeutics, Liverpool University, UK Bryony Simmons, Imperial College, London, UK Nathan Ford, University of Cape Town, South Africa 64th Annual Meeting of AASLD, Washington DC, United States of America, November 2013 [Poster 1097]. | Acceder/Baixar.

Enviado por:
Plataforma en Defensa da Sanidade Pública Ferrol
-plataformadspferrol@gmail.com-
8 de janeiro de 2015 23:01

http://www.plataformadspferrol.blogspot.com/

______________