xoves, abril 08, 2010

Terceira etapa da grande crise: a Grécia em toda parte



Por Carta Maior
08.04.2010

À sombra da crise financeira, floresce sobretudo na Europa o negócio com a dívida pública. Os Estados são os melhores devedores que um credor pode desejar. A lógica é perversa e beira o surrealismo. Nos últimos meses, o Banco Central Europeu inundou os bancos europeus com créditos baratos, negando-se ao mesmo tempo a emprestar dinheiro a Estados membros em dificuldade. Os bancos europeus –a começar pelos alemãe – tomaram empréstimos do BCE a juros ínfimos para oferecê-los como empréstimos ao Estado grego com taxas de juro elevadíssimas. Ao mesmo tempo, como resposta à crise, propõe novas "reformas" neoliberais. O artigo é de Michael Krätke [*]

Por Michael Krätke
05.04.2010

Como era previsível, à crise bancária e financeira não tardou em seguir a crise econômica mundial. E a elas vem somar-se agora a crise das finanças públicas, terceira etapa da Grande Crise. Dívida, culpa e expiação, uma luta encarniçada: os cidadãos devem subsidiar o generoso resgate dos bancos. As dívidas públicas ampliadas aceleradamente são usadas para alimentar essa lógica. Alguns pequenos povosos islandeses no Norte, os gregos no Sultentam resistir a este absurdo dominante e se negam a pagar pela crise. Do dia para a noite, as dívidas de terceiros se converteram em problema de todos.

De acordo com as últimas cifras do FMI, cinco dos Estados do G-8 têm um déficit público superior a 100% do PIB, com o Japão (200%) liderando esse ranking. Alemanha e Canadá, até aqui, estão abaixo do patamar dos 100%. Já os membros da União Européia –Espanha, Portugal, Itália e Grécia– estão beirando esse limite ou já o ultrapassaram. Nunca antes em tempos de paz o déficit público havia subido de maneira tão extrema nos países capitalistas desenvolvidos como vem ocorrendo agora desde o início da crise financeira mundial, no final de2007.

Somente em 2009, os títulos de obrigações emitidos pela República Federal da Alemanha cresceram até alcançar a cifra de 1,6 trilhão de euros. Só em 1995, quando se fizeram sentir de verdade pela primeira vez os custos da reunificação, o salto da dívida pública alemã registrou um salto maior. Nos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o nível médio dos déficits públicos chegou a alcançar cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) e, em poucos anos, poderia rebaixar de maneira generalizada a marca dos 100%. A Grécia está em todas as partes.

Os economistas estão fortemente divididos em matéria de dívida pública. Um Estado que contrai pouca dívida pública compromete o futuro; um Estado com demasiados credores arruína a economia nacional. Na Alemanha, como em todos os países governados por neoliberais, impera o dogma segundo o qual as dívidas públicas são um mal em si mesmas, levam à inflação, a uma carga fiscal exorbitante e à bancarrota do Estado. Tentam fazer esquecer, contando para isso com todo o poder dos meios de comunicação, a conexão entre crise financeira, socorro bancários e explosão da dívida pública. Em troca, entoam a cantilena do arrocho e dos cortes com o refrão do “Estado social insustentável”.

Não há razão para o pânico. Nenhum Estado europeu tem que ir à falência. Tampouco os gregos devem devolver esses quase 300 bilhões de euros (cerca de 130% de seu PIB), mas sim devem limitar-se ao refinanciamento regular, isto é, ir substituindo regularmente as velhas dívidas por dívida nova. Em princípio, isso não deveria representar o menor problema. O Estado, dotado de monopólio fiscal e monetário, é o melhor devedor. Ao contrário dos grandes bancos, só pode quebrar quando toda a economia nacional está arruinada. Mas, apesar da crise, isso não pode ocorrer em nenhum lugar da União Européia.

Quanto mais crescem as dívidas dos Estados, mais se coloca dívida pública em alguns mercados financeiros que, em geral, estão ávidos em comprá-las, inclusive com ganhos de cotização, porque os empréstimos oferecidos estão super valorizados. Nem a Grécia teve problemas no início do ano para colocar o triplo da dívida nos mercados financeiros. No conjunto da União Européia, emitiram-se em 2008 mais de 650 bilhões de euros de dívida pública. Em 2009, foram mais de 900 bilhões. Em 2010, segundo as estimativas mais prudentes, esse valor chegará a 1,1 trilhão de euros.

O conjunto dos Estados da União Européia já tem mais de 8 trilhões de dólares inscritos como dívida pública. Os EUA os acompanham com mais de 2,3 trilhões de dólares de dívida pública fresca. O negócio com os títulos de dívida pública floresce como nunca. Por que, então, a inquietude nos mercados financeiros? Por que a repentina preocupação com as dívidas da Grécia, Itália, Espanha, Portugal ou Irlanda? De onde vem o medo de uma bancarrota pública na qual, manifestamente, os mercados financeiros não acreditam nem um pouco? Agora como antes, os pacotes de dívida pública grega, espanhola e portuguesa são comprados com pães quentes saídos do forno; são tão desejados quanto os títulos públicos alemães. Naturalmente, com suculentas cobranças pelo risco, o que torna ainda mais rentável o negócio com esses pacotes.

A dívida pública é mais velha que o capitalismo moderno. A bancarrota do Estado foi outrora –antes do descobrimento do déficit público permanente– um meio bm provado de que se serviam os governantes para submeter seus credores, que se vingavam com juros exorbitantes. Em nossos dias, a falsa demagogia sobre os perigos da bancarrota pública é um meio sumamente efetivo de submeter governos, povos e nações pretensamente soberanos aos interesses dos mercados financeiros. Se o crédito de um Estado é posto efetivamente em dúvida, isso serve sobretudo aos credores e, hoje em dia, a regra geral é que os credores não são outros Estados, mas sim investidores privados, bancos, companhias seguradoras e fundos. Uma parte considerável da riqueza de uma nação vai parar em seus bolsos.

As meras taxas de déficit e de dívida pública pouco dizem sobre o risco efetivo do devedor. Obviamente, os leigos em economia que formam a classe política adoram essas taxas, porque elas desviam a atenção das verdadeiras debilidades da economia nacional (por exemplo, no caso da Alemanha, a extrema dependência das exportações). Também se simplificam de muito bom grado os tipos de juros, a relação entre as receitas fiscais anuais e os juros pagos anualmente. Quando, como ocorre agora na Grécia, as receitas fiscais caem, então os tipos de juros sobem rapidamente até 30 ou 40%. Quando isso ocorre, ou seja, quando o serviço da dívida gera um rombo no orçamento público, o país afetado cai, efetivamente, na armadilha devedora. Para evitá-la é preciso reduzir a carga de juros. Uma comunidade como a formada pelos euro-países poderia conseguir isso de maneira mais simples, fortalecendo a credibilidade de um membro como a Grécia sem necessidade de aumentar a pressão de sua dívida pública. Com isso, seriam desfeitas todas as necessidades populistas de Merkel e companhia.

Foram e seguem sendo os bancosno caso, os europeusos compradores da dívida pública grega, os controladores da mesma e os principais responsáveis por sua crise financeira: seguradoras e institutos bancários franceses, suíços e alemães são os principais credores, seguidos de longe por bancos britânicos e estadunidenses. Os bancos portugueses possuem quase tanta dívida pública grega quanto os dos EUA.

Não resta dúvida: os déficits públicos podem ser enxugados com uma vigorosa inflação que desvalorize os títulos da dívida e reduza os juros nominais que o Estado tem que pagar por esses títulos. Mas, para ajudar no curto prazo, a inflação teria que ser galopante. Apesar de uma dívida pública crescente em escala planetária, isso é agora praticamente impossível, pois, dado que existem supercapacidades estruturais em praticamente todos os ramos da economia, os preços podem apenas levantar a cabeça. Por ora, o impulsionador dos preços é o Estado e algumas grandes corporações empresariais capazes de controlar a energia e os recursos. E isso não basta para uma hiperinflação.

Que saída resta então? Pois bem, por uma vez só e para variar um pouco, por que não proceder com bom juízo em vez de adotar zelo dogmático e tendência populista? Seria possível ajudar o povo grego de modo simples e efetivo sem aumentar um centavo a dívida pública do país. Por exemplo, com eurobônus ou créditos do Banco Central Europeu (BCE). Bastaria agarrar-se à regra extraordinária que permite que os bancos centrais da Zona Euro aceitem dívida pública e obrigações da Grécia e de outros países.

Para evitar crises deste tipo no futuro faria mais sentido mudar as regras. Não tem nenhuma lógica econômica que os estatutos do BCE proíbam comprar e possuir dívida pública dos países membros da Zona do Euro. Conforme essa regra absurda, o BCE inundou nos últimos meses os bancos europeus com créditos baratos, negando-se ao mesmo tempo a emprestar dinheiro a Estados membros. Ao invés disso, os bancos europeusa começar pelos alemães– tomaram empréstimos do BCE a juros ínfimos para oferecê-los como empréstimos ao Estado grego com taxas de juro elevadíssimas. Bonito negócio. Ackerman (1) e companhia estão fascinados.

Não se trata só de necessidade; a coisa tem método. Com o medo da bancarrota pública e a ameaça de um caos monetário em caso de queda do euro, promovem-se novas “reformas” neoliberais. Na Espanha, Itália, Portugal e Inglaterra; a ordem do dia é a aposentadoria aos 67 anos. Em toda parte elas impõem aos cidadãos comuns -não aos proprietários de capital e de patrimôniodrásticos aumentos de impostos. Por toda parte se cortam serviços públicos, se reduz o setor público. Impulsionada agora pela situação de suposta emergência financeira do Estado, avança-se irresponsavelmente na privatização da propriedade pública. Os gregos são massacrados, os portugueses são torrados; as facas contra a Espanha perfilam-se com zelo digno da melhor causa. De te fabula narratur (A história fala de ti).

(1) Josef Ackerman é o presidente executivo do Deutsche Bank, o principal banco privado alemão.

[*] Michael R. Krätke, membro do Conselho Editorial de Sinpermiso, é professor de Política Econômica e Direito Tributário na Universidade de Amsterdan, investigador associado ao Instituto Internacional de História Social dessa mesma cidade e catedrático de Economia Política e diretor do Instituto de Estudos Superiores da Universidade de Lancaster, na Inglaterra.

Tradução: Katarina Peixoto


Fontes: Carta Maior e Sin Permiso
Desde Ártabra 21 recomendamos entrar na páxina de Carta Maior onde hai moi interesantes comentarios:
Enviado por:
Agência Carta Maior
7 de abril de 2010 22:46
_____________

Represión en Honduras: "A xente prefire morrer na terra"



AXENCIA INFORMATIVA PULSAR: HONDURAS-REPRESIÓN

Wilfredo Reyes: "A xente prefire morrer na terra"

O dirixente do Movimiento Unificado Campesinos de Aguán (MUCA), Wilfredo Reyes, relatou a Radio Mundo Real a situación que viven os campesiñ@ na zona norte de Honduras. "Hai unha presión psicolóxica enorme", relatou.

Audios dispoñibles:


Así explicou o que sofren os campesiños ao intentar recuperar as terras foron ocupadas polos terratenientes.

E explicou que o Goberno de Porfirio Lobo respondeu de xeito represivo para intentar desaloxalos.

Un comunicado emitido polo MUCA relata que "A Policía e o Exército de Colón operan con vehículos con placas particulares, armados de fusís e realizan operacións en contra do MUCA".

Reyes explicou que "desde decembro o MUCA comezou un proceso de recuperación de 35 mil hectáreas de terras, en poder de empresarios que se apoderaron dos campos".

E cualificou ao actual Goberno de Lobo como "ilexítimo, xa que é a imposición da oligarquía e a bota militar sobre o pobo hondureño".

A represión desatada polas forzas militares, no norteño departamento de Yoro, resultaron coa morte de 5 campesiños. (PÚLSAR/RMR)
(+) Novo asasinato dun militante social en Honduras

Notas relacionadas:


Faga click aquí para acceder a máis notas desta Cobertura






Enviado por:
Pulsar Agencia Informativa
-agenciapulsar@agenciapulsar.org-
7 de abril de 2010 21:05
_______

mércores, abril 07, 2010

Un vídeo clasificado que mostra o asasinato de polo menos 12 persoas desde un helicóptero militar de Estados Unidos

Filtración dun vídeo onde se mostra ao exercito dos Estados Unidos asesinando a dous reporteiros da axencia Reuters e 10 civís en Iraque

Un sitio web de Vixiancia Cidadán conocido como WikiLeaks divulgou este luns 5 de Abril de 2010, un vídeo militar de Estados Unidos, clasificado, onde se ve a un helicóptero dos USA disparando contra un grupo de iraquíes civís. No Ataque, que se produxo no 2007, morreron 12 persoas, incluidos dous empregados da axencia de noticias Reuters, o fotógrafo Namir Noor-Eldeen e o empregado Saeed Chmagh.

O vídeo clasificado mostra o asasinato de polo menos 12 persoas desde o helicóptero no suburbio iraquí de Novo Bagdag, foi presentado esta mañá en Wáshington por WikiLeaks, un portal independente de noticias.

No vídeo, clasificado como confidencial polo Pentágono, móstrase como un grupo de persoas foron ametralladas desde dous helicópteros militares de EU e como o fogo dirixiuse despois contra un vehículo tipo Van que se detivo a rescatar a un dos feridos, o 12 de xullo de 2007.

Os militares usaron canóns de 30 milímetros contra persoas que sinalaron como "forzas anti-iraquí", "rebeldees", "insurxentes" ...

WikiLeaks asegurou que o chofer da Van era só "un bo samaritano" que levaba aos seus fillos a clases que se detivo a axudar a un ferido e tamén foi abatido desde o helicóptero, mentres que os seus dous fillos quedaron seriamente feridos.

Ao final das imaxes apréciase a chegada de máis tropas a bordo dunha Humvee á zona e como intentan rescatar aos nenos feridos.

Desde que ocorreu o ataque en 2007, a axencia Reuters intentara obter este vídeo a través da Lei de Liberdade de Información sen éxito, dixo Julian Assange [na foto], editor do sitio, quen agregou que os marines asasinos violaron as regras do exército, ademais dixo que a tripulación do helicóptero tomou o feito coma se tratásese dun videoxogo.

Namir Noor-Eldeen, reporteiro de Reuters e Saeed Chmagh, chofer e colaborador da axencia de noticias, foron asasinados nese acto por militares estadunidenses.




WikiLeaks obtivo o video codificado desta rodaxe inéditas dun helicóptero Apache E.U. tomadas en 2007. As imaxens mostra ao xornalista da Reuters Namir Noor-Eldeen, ao condutor Saeed Chmagh, e a outra xente como o Apache vai e os mata nunha praza pública no leste de Bagdad. Despois do tiroteo inicial, un grupo desarmado de nenos e adultos chegan nunha furgoneta a escena e os intentos para o transporte de feridos son impedidos polo helicoptero de Estados Unidos, disparando sobre os mesmos. A declaración oficial sobre este incidente, inicialmente relacionados todos tanto os adultos como os nenos, como rebeldes, os militares afirmaron que non sabían como ocorreran esas mortes. WikiLeaks lanzouo este vídeo con transcricións e un paquete de documentos o 5 abril de 2010 no seu sítio web e presentado en rolda de prensa.

Este vídeo foi postado hoxe 5 de abril de 2010, desde enton xa van 2.165.719 de exivicións de vídeo, Youtube pide para ve-lo ou logar-se como usuario ou inscribir-se. Sobre o asunto xa hai outro vídeos postados.





Os militares non revelaron a forma na que o persoal da Reuters morreron, e afirmaron que non sabían que os nenos resultaron feridas.

Despois das demandas por Reuters, o incidente foi investigado e os militares de E.U. concluíron que as accións dos soldados estaban de acordo coa lei dos conflitos armados e as súas propias "Regra of Engagement".

Por conseguinte, o Wikileaks publicou as Regras de compromiso clasificadas para 2006, 2007 e 2008, revelando esas regras antes, durante e despois dos asasinatos.

WikiLeaks lanzou tanto o vídeo orixinal de 38 minutos e unha versión máis curta cunha análise inicial. Subtítulos foron engadidos a ambas as versións a partir de transmisións de radio.

WikiLeaks obtivo este vídeo, así como documentos comprovativos dunha serie de informantes militares. WikiLeaks foi ás fontes para comprobar a autenticidade da información que recibíu. Foron analizadas a información sobre este incidente desde unha variedade de material de orixe. Falaron con testemuñas e xornalistas directamente implicados no incidente.

WikiLeaks quere garantir que todas as informacións reciben a atención que merece. Neste caso particular, algúns dos mortos eran xornalistas que estaban só facendo o seu traballo: poñer as súas vidas en risco, a fin de informar sobre a guerra. O Iraq é un lugar moi perigoso para os xornalistas: entre de 2003 - 2009, 139 xornalistas morreron mentres realizaban o seu traballo.

Fontes:
http://www.democracynow.org/es
http://wikileaks.org/
http://www.collateralmurder.com/
__________________________

luns, abril 05, 2010

Como converter uns empuxóns ás Damas de Branco na "maior represión habida en Cuba"


Por Cuba Información
1 de abril de 2010

Como converter uns empuxóns ás Damas de Branco na "maior represión habida en Cuba"

Análise dun dos máis evidentes intentos de engano masivo por parte dos medios de comunicación do sistema global. As imaxes falan por si soas.



_______________

Cubainformación é un proxecto de información alternativa sobre Cuba en idioma español, baseado en catro soportes: televisión por Internet, radio, revista en papel e web de noticias.

Cubainformación é unha ferramenta do Movemento de Solidariedade con Cuba para informar acerca da realidade deste país, incidindo especialmente nos aspectos que dun xeito sistemático silencian, censuran ou manipulan os grandes medios de comunicación internacionais.

Máis Información en:

Unha brecha no bloqueo mediático


Enlace de interese
:

Sitio na rede de Cuba Información

http://www.cubainformacion.tv/
________________________

domingo, abril 04, 2010

Avatar méia semelha uma história que ums não quer escutar, por causa do desafio que oferece ao modo como escolhemos ver a nós mesmos. A Europa enriqueceu maciçamente com os genocídios nas Américas; as nações americanas foram fundadas neles. Essa é uma história que muitos não podem aceitar



Avatar é, ao mesmo tempo, tolo e profundo. É tolo porque a exigência de um final feliz engendra um enredo previsível que arranca o coração do filme. E é profundo porque, como outros filmes sobre alienígenas, é uma metáfora sobre o contato entre culturas humanas diferentes. Nesse caso a metáfora é consciente e precisa: esta é a história do engajamento europeu com os povos nativos das Américas. Essa é uma história que ninguém quer escutar, por causa do desafio que oferece ao modo como escolhemos ver a nós mesmos. A Europa enriqueceu maciçamente com os genocídios nas Américas; as nações americanas foram fundadas neles. O artigo é de George Monbiot.

11.01.2010

O Blockbuster em 3D Avatar, de James Cameron, é tanto profundamente tolo como profundo. É profundo porque, como em muitos filmes sobre alienígenas, é uma metáfora para o contato entre culturas humanas diferentes. Mas nesse caso a metáfora é consciente e precisa: esta é a história do engajamento europeu com os povos nativos das Américas. É profundamente tolo porque a exigência de um final feliz engendra um enredo tão estúpido e previsível que arranca o coração do filme. O destino dos nativos americanos é tratado com mais proximidade histórica do que a história contada em outro filme novo, The Road (John Hillcoat, 2009), no qual pessoas sobreviventes de um cataclismo fogem aterrorizadas enquanto são caçadas até a extinção.

Mas essa é uma história que ninguém quer escutar, por causa do desafio que oferece ao modo como escolhemos ver a nós mesmos. A Europa enriqueceu maciçamente com os genocídios nas Américas; as nações americanas foram fundadas neles. Essa é uma história que não podemos aceitar.

Em seu livro Holocausto Americano, o acadêmico estadunidense David Stannard documenta os maiores atos de genocídio que o mundo já experienciou [1]. Em 1492, 100 mil povos nativos viviam nas Américas. No fim do Século XIX, quase todos eles tinham sido exterminados. Muitos morreram de doenças. Mas a extinção em massa também foi empreendida.

Quando os espanhóis chegaram nas Américas, eles descreveram um mundo que dificilmente teria sido muito diferente do seu próprio. A Europa foi devastada pela guerra, pela opressão, escravidão, fanatismo, doença e fome. As populações que encontraram eram saudáveis, bem nutridas e em sua maioria (com exceções, como os Astecas e Incas), pacíficas, democráticas e igualitárias. Pelas Américas, os primeiros exploradores, inclusive Colombo, observaram a extraordinária hospitalidade dos nativos. Os conquistadores ficaram maravilhados com as impressionantes estradas, construções e com a arte que encontraram, a qual em alguns casos ia além de tudo o que tinham visto antes. Nada disso os impediu de destruir tudo e todos que encontraram pelo caminho.

O açougue começou com Colombo. Ele abateu o povo nativo da Hispaniola (hoje Haiti e República Dominicana) por meio de uma brutalidade inimaginável. Seus soldados arrancaram bebês de suas mães e espatifaram suas cabeças em pedras. Jogaram seus cachorros sobre crianças vivas. Numa ocasião, eles enforcaram 13 índios em honra a Cristo e aos 12 discípulos, num cadafalso na altura em que seus dedos tocassem o chão, então os estriparam e queimaram vivos. Colombo ordenou que todos os nativos entregassem uma certa quantia de ouro a cada três meses; quem não o fizesse teria suas mãos cortadas. Por volta de 1535, a população nativa da Hispaniola havia caído de 8 mil para zero; parte como consequência de doença, parte como de assassinato, sobrecarga de trabalho e fome.

Os conquistadores espalharam sua missão civilizatória ao longo das Américas Central e do Sul. Quando não conseguiam dizer onde seus tesouros míticos estavam escondidos, os povos indígenas eram açoitados, afogados, desmembrados, devorados por cachorros, enterrados vivos ou queimados. Os soldados cortavam os seios das mulheres, devolviam as pessoas a suas cidades com suas mãos e narizes cortados, ao redor de seus pescoços e índios caçados por seus cães, por esporte. Mas a maior parte foi morta pela escravidão e doença. Os espanhóis descobriram que era mais barato fazer os índios trabalharem até a morte e substituí-los, do que mantê-los vivos: a expectativa de vida nas minas e plantações era de três a quatro meses. Um século após sua chegada, em torno de 95% da população da América Central e do Sul tinha sido destruída.

Na Califórnia, ao longo do Século XVIII a Espanha sistematizou o extermínio. Um missionário franciscano chamado Juniperro Serra deu cabo de uma série de “missões”: na realidade, de campos de concentração usando trabalho escravo. A população nativa foi arrebanhada pela força das armas e posta a trabalhar nos campos, com um quinto das calorias de que os afro-americanos escravos no Século XIX se nutriam. Eles morriam de tanto trabalhar, de fome e doença em índices alarmantes, e eram continuamente substituídos, limpando etnicamente as populações indígenas. Juniperro Serra, o Eichmann da Califórnia, foi beatificado pelo Vaticano em 1988. Neste momento esperam mais um só milagre seu para torná-lo santo [2].

Enquanto a colonização espanhola foi orientada pelo lustro do ouro, a Norte-Americana foi pela terra. Na Nova Inglaterra eles renderam as vilas dos nativos americanos e os assassinaram enquanto dormiam. Enquanto o padrão oeste de genocídio se espalhava, era endossado em níveis cada vez mais altos. George Washington ordenou a destruição total das casas e da terra dos Iroquois. Thomas Jefferson declarou que as guerras de sua nação com os índios deveriam continuar até que cada tribo “seja eliminada ou jogada para além do Mississipi”. No Massacre de Sand Creek, de 1864, tropas no Colorado abateram povos desarmados com a bandeira branca em mãos, matando crianças e bebês, mutilando seus corpos e guardando as genitálias das vítimas para usar como porta-tabaco ou amarrar seus chapéus. Theodore Roosevelt chamou a esse evento de “o feito mais correto e benéfico jamais ocorrido na fronteira”.

O abatedouro ainda não acabou: no mês passado, The Guardian reportou que fazendeiros brasileiros na Amazônia oeste, depois de abaterem a todos, tentaram mantar o último sobrevivente de uma tribo da floresta [3]. Ainda assim, os maiores atos de genocídio da história raramente perturbam nossa consciência coletiva. Talvez tivesse vindo a ser isso o que teria ocorrido caso os nazistas houvesse vencido a Segunda Guerra Mundial: o Holocausto teria sido denegado, desculpado ou minimizado da mesma maneira, mesmo se continuasse a ocorrer. As pessoas das nações responsáveis –Espanha, Inglaterra, EUA e outros– não tolerarão comparações, mas as soluções finais empreendidas nas Américas foram muitíssimo melhor sucedidas. Aqueles que cometeram ou as endossaram ainda perseveram como heróis nacionais. Aqueles que fustigam nossa memória são ignorados e condenados.

É por isso que a direita odeia Avatar. No neocon Weekly Standard, John Podhoretz reclama que o filme parece “um western revisionista”, no qual “os índios se tornam caras bons e os Americanos, os caras ruins[4]. Ele diz que o filme questiona “as raízes da derrota dos soldados americanos nas mãos da insurgência”. Insurgência é uma palavra interessante para uma tentativa de resistir à invasão: insurgente, como selvagem, é como é chamado alguém que tem alguma coisa que você quer. L'Observatore Romano, jornal oficial do Vaticano, condenou o filme, chamando-o de “apenas ... uma parábola anti-imperialista e anti-militarista[5].

Mas ao menos a direita sabe o que está atacando. No New York Times, o crítico liberal Adam Cohen elogia Avatar por defender a necessidade de se ver claramente [6]. O filme revela, diz ele, “um princípio bem conhecido do totalitarismo e do genocídio, que o oponente é melhor oprimido quando não podemos vê-lo”. Mas, numa formidável ironia inconsciente, ele contorna estrondosamente a metáfora óbvia e, em vez de falar dela, ele enfatiza as atrocidades nazistas e soviéticas. Nós nos tornamos todos hábeis na arte de não ver.

Eu concordo com as críticas de direita que dizem que Avatar é rude, enjoativo e clichê. Mas ele fala de uma coisa mais importante –e mais perigosa– do que aquelas contidas em milhares de filmes de arte.

[*] George Monbiot é jornalista e escritor.

Texto publicado no sítio web do autor:
http://www.monbiot.com/


Tradução: Katarina Peixoto

Fonte: Carta Maior

Nota.- Interessantes comentários no sítio de Carta Maior
_______________________

Referências:

[1] E David Stannard, 1992. Holocausto americano. Oxford University Press. Salvo disposiçao em contrário, todos os aconteementos históricos mencionados nesta columna som oferecidos para o mesmo livro.

[2] http://www.latimes.com/news/local/la-me-miracle28-2009aug28,0,2804203.story
[3] http://www.guardian.co.uk/world/2009/dec/09/amazon-man-in-hole-attacked
[4] http://www.weeklystandard.com/Content/Public/Articles/000/000/017/350fozta.asp
[5] http://www.thesun.co.uk/sol/homepage/news/2802155/Vatican-hits-out-at-3D-Avatar.html
[6 http://www.nytimes.com/2009/12/26/opinion/26sat4.html
________________________

Comentário de interesse:

Evo Morales: "'Avatar' é uma profunda mostra de resistência ao capitalismo" [Publico]: Notícia no jornal Publico
_____________________

sábado, abril 03, 2010

Video: Herdeiros da dictadura, de Dios Ke Te Crew

Dios ke te crew (DKTC) é un colectivo de MC´S, DJ´S, graffiteiros e breakers formado na localidade de Ordes da fusión dos grupos 5Talegos e Ghamberros.

A primeira gravación acreditada de Dios Ke Te Crew foi o corte que incluíron na película colectiva Hai que botalos, recompilación de curtametraxes postas en circulación co gallo das eleccións ao Parlamento galego no 2005. Alí aportaban a banda sonora ao episodio titulado "O derradeiro", o tema titulado –daquela- Non jodas con Arteijo. Un tema que, como anécdota, chegou a pincharse ao remate da manifestación do día da Patria Galega que tivo lugar ese ano en Santiago de Compostela.

En 2006 chegou o seu primeiro disco Xénese. Comezando coa mesma introdución ca nos concertos. O primeiro LP de DKTC marca un fito na música en galego ó ser o primeiro disco de hip hop en idioma galego. Neste disco destacan temas como "Dios Ke Te Crew", "Herdeiros da dictadura" (que é o anteriormente titulado "Non jodas con Arteijo"), "Colleita´s Party", "Vas de Verde", "Profecía", ou o xa coñecido "Apagha a tele". [Fonte: Galipedia]





______________

venres, abril 02, 2010

Publicado o Boletín nº16 do Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol

O Comité Cidadán de Emerxencia teima en seguir informando á cidadanía de que Reganosa é unha ameaza para a vida humana e o medio ambiente e pode chegar a converterse nunha enorme traxedia, no caso dun accidente na Planta ou nun dos buques gaseiros que entran na Ría para descargar no peirao de Punta Promontorio. Nesta localización, dentro da Ría, con miles de persoas que moramos na súa contorna, non hai Plan de Emerxencia capaz de facer fronte á catástrofe que provocaría, tendo en conta ademais o efecto dominó dun potencial accidente, ao estar na beira dun perigoso complexo petroquímico do Grupo Tojeiro [Forestal del Atlántico - Imegasa], con miles de metros cúbicos de fluídos tóxicos e cun enorme potencial explosivo e contaminante.

O paso do tempo veu acumulando novos feitos que apoian e aumentan os argumentos do movimento de oposición a Reganosa. Un recente informe da Comisión Nacional da Enerxía -CNE- [elaborado a finais de 2009], advertiu da baixa utilización de Reganosa, cunha caída de produción catro veces superior á da media do Estado. O angosto do canle da Ría, as condicións de seguridade establecidas pola Capitanía Marítima para poder entrar nela, e as condición meteorolóxicas do Golfo Ártabro levan impedido a entrada de 14 buques dos 63 que levan entrado desde Maio de 2007 [máis do 22 %]. O último gaseiro cargado con GNL, que tiña programada a entrada na Ría, o "LNG Madrid Spirit" tardou case tres días en poder descargar o GNL-LNG na planta regasificadora por causas meteorolóxicas. E por último, xa por dúas veces Reganosa puxo en perigo o conxunto do sistema gasístico ao pasar os límites mínimos de gas almacenado, tendo que intervir a xestora gasista e emitir ordes precisas, advertencias e unha ameaza de paralización da planta.

Reganosa é un fraude ao País, produto da corrupción e o engano, cun só propósito, a especulación e o ilexítimo enriquecemento duns poucos, a consta de pór en perigo a nosa seguridade, a vida e a Ría. Reganosa non só é perigosa e ilegal, senón que tamén é unha planta innecesaria que se alimenta economicamente dos fondos públicos, en definitiva do diñeiro de tod@s, só beneficiosa para os seus promotores e coa complicidade das autoridades estatais, autonómicas e locais, e dalgúns medios de comunicación que fan bandeira, manipulando, des-informando e ocultando todo o referente a Reganosa, en beneficio dos seus intereses económicos e ideolóxicos.

Fronte a un "Maloserá !!!" que ocorra un accidente que se converta nunha traxedia, que deixa nas mans do azar a nosa vida, propomos un "Maloserá !!!" que coa mobilización social, a organización e a loita, ... teimando nos argumentos, concienciando, demandando, solicitando, esixindo, denunciando, advertindo, investigando, estudando, observando, informando, marchando, ocupando, unindo, convencendo,... non consigamos a paralización da actividade de Reganosa e o seu desmantelamento. Planta de Gas Fora da Ría !!!

No Boletín nº16 pode-se ler:

  • Ampliación de proba no recurso que se sigue,
    desde o ano 2004, contra a autorización de construción de REGANOSA, no Tribunal Superior de Xustiza de Madrid.
  • O 21% dos gaseiros que descargaron en REGANOSA
    tiveron dificultades por mor das condicións meteorolóxicas.
  • Xa van dúas!
    REGANOSA pon en alerta à xestora técnica do sistema gasístico, ao rozar os mínimos de seguridade no gas almacenado.
  • Arde e explota!
    Un novo accidente, nunha planta de produción de enerxía eléctrica a base de gas natural en EEUU, demostra unha vez máis que as teses do CCE non son, por desgraza, alarmismo.
  • Campaña de solidaridade económica
    para sufragar gastos do peritaxe no proceso aberto no Tribunal Superior de Xustiza de Madrid.
  • REGANOSA unha ameaza
    tamén para o noso patrimonio histórico.
  • Xulgados 14 mariscadores
    polos sucesos de maio do 2007 que permitiron romper o muro de silencio que existía sobre a loita cidadá contra REGANOSA.
  • Bruxelas valorará
    a denuncia contra REGANOSA, ampliada con novos datos.
  • Continuan as concentracións
    de denuncia pola entrada ilegal de gaseiros.
  • Presentadas alegacións
    ao Plan de Emerxencia Municipal do Concello de Ferrol
  • Comezar a casa polo tellado
    Plan de Emerxencia Exterior de Reganosa (PEE), quen mal anda mal acaba!
  • Unha emotiva homenaxe
    lembra o falecemento hai dous anos de Carmelo Teixeiro, o seu compromiso inquebrantable co futuro da nosa Ría, a saúde e a vida das miles de persoas que habitamos esta comarca.
  • Dun erro faise un enterro
    As ensinanzas da traxédia de Els Alfacs
  • Quen a fai a paga
    REGANOSA está obrigada a manter unha conta con fondos para pagar os custes do desmantelamento.
  • Fártase un de comer e beber, pero non de saber
    Sabías que...
  • 10 anos de mentiras
    A quen che enganou unha vez, nunca mais has de crer.


O Boletín distribue-se impreso en todos os actos organizados polo Comité e pode-se acceder e baixar neste enlace:

Boletín nº16 do Comité Cidadán de Emerxencia - Marzo 2010
__________________

Campaña de solidaridade económica para sufragar gastos do peritaxe no proceso aberto no Tribunal Superior de Xustiza de Madrid.

O Tribunal Superior de Xustiza de Madrid (TSJM) leva o procedemento nº 966/2004 contra a autorización de construción das instalacións de Reganosa. Causa que se ven desenvolvendo nos tribunais desde o ano 2004.

Na fase de probas, o Tribunal, a petición da avogada que leva o caso, designou por sorteo un perito xudicial, mariño mercante, para que realice un informe sobre diferentes aspectos relacionados coas limitacións que poden ter as manobras dos buques gaseiros nas súas entradas e saídas da Ría de Ferrol para a subministración da planta de regasificación.

A provisión de fondos -que ascende a 4.200 euros- xa foi ingresada no xulgado.

Para recuperar o diñeiro adiantado solicítouse unha achega extraordinaria, en función da dispoñibilidade particular de cada persoa ou asociación.

Este informe considérase de moito interese pola relación directa que supón o tráfico de gaseiros cargados de GNL con riscos para toda a poboación da ría.

Grazas a colaboración de moitas persoas e algunha entidade, lévanse recaudado xa 1550 euros.

O CCE, mostra o seu agradecemento polas aportacións recibidas e animamos a quen poidan colaborar, para que ingresen na conta bancaria do Comité Cidadán de Emerxencia.

O Comité Cidadán de Emerxencia, necesita apoio económico, para que poida desenvolver a súa actividade

NOVA CONTA DO COMITÉ CIDADÁN DE EMERXENCIA

Para axudas económicas pode-se ingresar na conta corrente aberta no Banco Santander ao nome de:

Luz Marina Torrente e outros

Para ingresar desde unha oficina bancaria desde dentro do Estado:

00493315772894017995

Para ingresar desde unha oficina bancaria desde fóra do Estado:

ES 71 00493315772894017995


Blog solidario coa veciñanza de Meá

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
http://comitecidadan.org

__________________________

xoves, abril 01, 2010

Manipulazom TVG Paro e Zapatero: Telexornal mediodía do 31 de Marzo de 2010, programa informativo?

Telexornal mediodía do 31 de Marzo de 2010, programa informativo?

Ademais da manipulación que supón que a TVG non recolla informacións que non proveñan ou favorezan ao actual goberno da Xunta, que oculte aos movimentos sociais e as súas actividades e limite o debate político e económico a un discurso monocorde, agora tamén fai unha utilización perversa das imaxes. Xulgade senón o que significa este "minuto informativo" a respecto da enquisa sobre as preocupacións dos cidadáns e as imaxes asociadas a ela.

As persoas responsables deste informativo, Telexornal Mediodía son:

Carmen Túñez na dirección; Maribel González, Francisco López Iglesias, Rafael Moreira e Ovidio González na edición; José Méndez, Miguel Méndez e Juan A. Pico na realización; Rosario Español, Javier Alvariño e José Manuel Moscoso na produción, e está presentado por Fran López Iglesias, Irene Lourido e Araceli Gonda.

Este equipo verte o seu lixo informativo de luns a venres, ás 14:25hs, unha visión deturpada e malintencionada da nosa realidade.



___________________

mércores, marzo 31, 2010

O Ministro de Fomento, Pepe Blanco, estará mañá no Concello de Ferrol: O Comité Cidadán de Emerxencia demandara-lle o peche de Reganosa


Urxente: mañá Mércores, 31 Marzo de 2010, ás 10,15 h. na Praza Armas de Ferrol

Mañá Mércores, 31 de Marzo de 2010, o Ministro de Fomento visita o Concello de Ferrol.

O Comité Cidadán de Emerxencia convida a cantas persoas queiran sumarse a acompañar – na Praza de Armas, ás 10,15 horas- á representación do Comité que fará presente ao Ministro a necesidade de paralizar a actividade de Reganosa, pola súa peligrosidade e por tratarse dunha Planta innecesaria, ao 30 % da súa capacidade, sen demanda e deficitaria, que pervive a costa dos fondos públicos, en beneficio exclusivo dos seus promotores.


  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!

Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org




Información baseada na enviada polo:
Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
30 de março de 2010 23:51
_______________________

O "LNG Madrid Spirit" voltou a adiar a entrada na Ría por mor do temporal


Imaxe da situación do buque metaneiro de onte a tempo real 17:55 h do -2010.03.29- tirada do Blogue do Canario do Penedo. Hoxe a situación voveu-se repetir e o  "LNG Madrid Spirit" virou rumbo a altamar, pois o temporal reinante, con fortes ventos non permite a entrada do buque de máis de 284 metros de manga e 25 de puntal.

2º intento falido da entrada do "LNG Madrid Spirit

Tamén hoxe, por segundo día consecutivo, o "LNG Madrid Spirit” tivo que renunciar ao seu intento de arribar a Reganosa.

Achegouse a bocana da Ría, a hora da marea alta, pero a forza do vento fixo imposible que efectuara a manobra de entrada ao estreito canle.

Tal como explicabamos onte, é o gaseiro nº 63 dirixido a Planta de Gas de Mugardos, e co de hoxe van 15 intentos falidos a causa das condicións meteorolóxicas. Unha proba máis da improcedente localización desta Planta perigosa, innecesaria e destrutiva dos valores ambientais, laborais, paisaxísticos e patrimoniais da contorna.

Unha planta sen demanda e economicamente deficitaria que está a sobrevivir a conta dos fondos públicos e do diñeiro de toda a cidadanía, en beneficio dos seus promotores e coa complicidade das autoridades estatais, autonómicas e locais.

É moita hora xa de que as autoridades competentes poñan coto a este esbanxamento e a este perigo permanente, determinando a súa paralización, cando a demanda de gas existente cóbrese sobradamente e sen problemas polos gasodutos que agora teñen pechados en beneficio de Reganosa.

Ferrol, 30 Marzo de 2010

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!

Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org



Información baseadana enviada polo:
Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
30 de março de 2010 19:49
_________________

Enlaces relacionados:
__________________

martes, marzo 30, 2010

Colectivos sociais e organizacións ecoloxistas rexeitan a DIA outorgada pola Xunta de Galicia ao proxecto de explotación mineira en Pico Vello - Goente - As Pontes


Os colectivos ADEGA, Club de Montaña Ferrol, Federación Ecoloxista Galega, Fusquenlla, Guerrilleiros das Fragas, Lapis Verdes, O Rabo do Galo, Colectivo Ártabra 21, Sociedade Galega de Historia Natural e Verdegaia manifestan unha vez máis a súa absoluta oposición ao proxecto de mina de andalucita promovido pola empresa Picobello Andalucita S.L. no Concello das Pontes por supoñer a destrución do nacemento do Río Belelle e afectar gravemente ao Parque Natural das Fragas do Eume.

Tal e como xa manifestaran no ano 2007, as asociacións e colectivos citados enriba, rexeitan tanto o proxecto de explotación como a Declaración de Impacto Ambiental [1] publicada o 11 de marzo no Diario Oficial de Galicia por parte da Secretaría Xeral de Calidade e Avaliación Ambiental .

Consideran que dito documento non é de recibo, xa que está cheo de érros e incongruencias, e ademais sorprende que despois de ser rexeitado pola anterior Consellería de Medio Ambiente, agora se lle pretenda dar luz verde ao proxecto sen que sufrira modificacións significativas. Consideramos que se aplica aquí o principio do “rodillo” administrativo para favorecer os intereses privados dos promotores da explotación, pasando por riba da lexislación ambiental, tanto autonómica como estatal e comunitaria.

Os mesmos perigos ambientais seguen presentes no proxecto. Así, de levarse a cabo, suporía a destrución definitiva e irreversible do nacemento do Río Belelle. Neste senso, non se cumpren os requisitos que establece o Real Decreto 2857/78 que aproba o Regulamento Xeral para o Réxime da Minaría [2]. Este decreto, no artigo 3 dispón: “No podrán abrirse calicatas, efectuar sondeos ni hacerse labores…a menos de cien metros de alumbramientos, canales, acequias y abrevaderos o fuentes públicas”.

Este proxecto afectaría moi negativamente á cantidade e á calidade das augas bombeadas do río Belelle na estación de captación feita polo Concello d'A Capela, a moi pouca distancia augas abaixo da localización da citada mina, para abastecer de auga potable a todo o Concello d'A Capela e á parte alta dos concellos de Fene e Cabanas. Hai que lembrar que tamén os concellos de Neda e Ferrol se abastecen da agua procedente do Belelle. Segundo o artigo 60 da vixente lei de augas [3] o abastecemento de poboación ten preferencia sobre calquera outro uso, de aí o risco para as poboacións da posta en marcha da mina no citado emprazamento.

Por outra parte, a zona afectada é refuxio dunha flora e fauna de grande riqueza. Así, nas beiras do rego Cernadas, apréciase a presenza do felgo macaronésico Dryopteris aemula (especie que figura como VULNERABLE no Catálogo de Especies ameazadas de Galicia ), así como especies de liques do xénero Usnea, indicadores de boa saúde atmosférica.

Por outra banda, a zona de explotación sitúase xusto sobre unha fraga autóctona de máis de 25 hectáreas que tamén desaparecería, polo que resultan intolerables afirmacións do tipo “da análise ambiental non se desprenden afeccións a espazos naturais protexidos ou compoñentes significativos da biodiversidade”, cando é de todo punto sabido que as fragas representan en Galicia a grande reserva para a biodiversidade, así como que o seu número e extensión diminúen día tras día debido á expansión de cultivos forestais con especies alóctonas como o eucalipto. Ademais dita fraga está incluída na Proposta de Ampliación da Rede Natura, polo que mentres non se decida sobre dita ampliación este espazo debería permanecer libre de agresións.

Tamén resulta digno de ter en conta, dende o punto de vista da conservación, que o Monte Fontardión, a cuxo pé se atopa a zona que se pretende explotar, constitúe o único corredor ecolóxico entre o Parque Natural das Fragas do Eume e o L.I.C. Xubia-Castro, condición que desaparecería de levarse a cabo a explotación.

Por outra banda, o espazo previsto como entulleira sitúase xusto sobre o rego Manciñeira, tributario do Eume, o cal supón un deterioro tamén da súa cabeceira e un perigo constante para a calidade das augas, tanto por emisións de pó e de lixiviados, como pola posibilidade de rotura das balsas de decantación. Asímesmo, o presunto espazo de amortecemento de 50 metros respecto aos límites do Parque Natural que aparece no E.I.A. resulta claramente insuficiente para frear as emisións de pó, de gases e de ruídos, que acabarían afectando sen dúbida ao espazo protexido, así como ás vivendas colindantes.

Asemade, as organizacións mencionadas consideran que esta declaración de impacto ambiental entra en conflito co establecido na Lei 5/2006, do 30 de xuño, para a protección, a conservación e a mellora dos ríos galegos [4], que establece nos seus principios xerais, artigo 1º: “Declárase prioridade de interese xeral da Comunidade Autónoma de Galicia a conservación do patrimonio natural fluvial, que inclúe a biodiversidade da flora e da fauna dos ríos galegos, así como o patrimonio etnográfico e histórico-cultural relacionado”. Igualmente no artigo 2º establece: “Declárase, así mesmo, obriga das administracións públicas galegas garantir a súa protección, conservación e mellora”.

Semella que neste caso a administración autonómica ambiental está máis preocupada de garantir os intereses económicos dos promotores da mina que de atender ás súas obrigas legais de protección do medio ambiente.

Por último, as organizacións asinantes consideran que a apertura da citada mina suporía tamén a perda dunha contorna que atesoura non só grandes valores naturais, senón tamén culturais e antropolóxicos (muíños, rueiros, acueductos, soutos, regadíos, etc.)



__________

Notas.-

[1] Resolución do 9 de febreiro de 2010, do Departamento Territorial ... Xoves, 11 de marzo de 2010.VI. ANUNCIOS. Número do Dog: 48. Páxina do Dog: 3.284. Data da Disposición: ...
Tamén, completo, en formato -pdf- : Acceder ou Baixar

[2] Real Decreto 2857/1978, de 25 de agosto, polo que se aproba o regulamento xeral para o regimen da mineria - BOE número 295 de 11/12/1978, páxinas 27847 a 27856 (10 páxs.) ampliado con análise xurídica
Tamén, completo, en formato -pdf- : Acceder ou Baixar

[3]Real Decreto Lexislativo 1/2001, de 20 de xullo, polo que se aproba o texto refundido d Lei de Augas - BOE número 176 de 24/7/2001, páxinas 26791 a 26817 (27 páxs.) Ampliado con análise xuridica e última actulaización das modificacións publicadas o 23.12.2009

[4] Lei 5/2006, do 30 de xuño, para a protección, a conservación e a mellora dos ríos galegos - DOG, Luns, 17 de Xullo do 2006, Nº 137, páx. 11410
Tamén, completo, en formato -pdf- : Acceder ou Baixar

Fonte: http://picovello.blogspot.com/
_____________________

Vídeo: O Comité Cidadán denuncia a entrada do 63 buque gaseiro para a ilegal e perigosa Reganosa -29 de Marzo de 2010-

O 29 de Marzo de 2010, estaba anunciada a entrada, na Ría de Ferrol, dun novo buque gaseiro cargado con GNL-LNG, para a ilegal e perigosa Reganosa. Con este serían 63 os buques cargados -con gas natural licuado- os que no caso de entrar, arribarían ao peirao de Punta Promontorio. O "LNG Madrid Spirit", era o buque agardado, mais por mor das condicións meteorolóxicas adversas o buque non tivo máis remedio que dar volta e continuar rumbo a mar aberto no Cantábrico, para agardar a que mellore o tempo e poder entrar polo angosto canle da Ría. Mais unha vez, aínda que o buque non puidera entrar, o Comité Cidadán de Emerxencia realizou unha concentración diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia, na Praza Amada García, ás 7 da Tarde do mesmo día 29 de Marzo, para denunciar e protestar contra a entrada do buque e a propia presencia de Reganosa en Mugardos. 14, dun total de 63, son os buques que tiveron que abortar a súa entrada na Ría por causa dos fortes ventos e o temporal reinante no Golfo Ártabro. Un 22,22 % do total dos buques, son unha porcentaxe máis que considerábel que amosa o irracional da localización da planta regasificadora dentro da Ría de Ferrol, só concebível, polo negocio millonario que fan os seus promotores, a consta do diñeiro público, o diñeiro de todas e todos nós.





  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!

Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org

________________

Hoxe tampouco entrou o gaseiro esperado, e van 14 (1 de cada 4,5)



O LNG “Madrid Spírit” tiña programada e autorizada a súa entrada para a pleamar desta tarde, 29 de marzo. Debido ás condicións do vento e estando próximo á Ría de Ferrol tivo que desviarse e continuar navegando cara ao Cantábrico, agardando que na marea de mañá martes poida entrar na Ría.

Dos 63 gaseiros con destino a Reganosa, 14, ou sexa o 22,22 %, ou máis claro: 1 de cada 4,5, non pode efectuar a súa entrada o día previsto, por mor das condicións meteorolóxicas na angosta bocana da Ría.

Isto supón que o buque ha de esperar, 24 ou 48 horas, á próxima marea diúrna en que se dean as condicións de seguridade establecidas.

A unha planta, mal ubicada, perigosa, innecesaria e deficitaria, súmase un importante incremento no custo do transporte, que indubidablemente repercute nos petos dos cidadáns.

Apelamos unha vez máis á responsabilidade das autoridades estatais, autonómicas e locais, para que cesen no seu temerario consentimento e poñan punto final a esta situación de risco permanente e a este malgasto dos caudais públicos, abrindo os gasoductos que manteñen pechados exclusivamente para beneficio dos promotores da Planta de Mugardos.

Planta cuxo déficit – 60 millóns de Euros – correspóndese co déficit do conxunto do Sistema Gasístico Español.

Este Comité mantén a convocatoria de CONCENTRACIÓN para esta tarde as 7, diante do edificio da Xunta (Praza Amada García) no compromiso coa defensa da legalidade, da Ría e da vida dos seus habitantes.

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!

Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org



Enviado por:

Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
29 de março de 2010 18:36


Foto de:

Suso Pazos - Susete
-susopazos@yahoo.es-
29 de março de 2010 23:11
http://picasaweb.google.es/reganosa.ferrol
______________________

luns, marzo 29, 2010

Anuncian a entrada, na Ría de Ferrol, dun novo gaseiro cargado con GNL-LNG para Reganosa: o Comité Cidadán convoca unha acción de denuncia e protesta



Para este Luns 29 de Marzo de 2010, anuncian a entrada, na Ría de Ferrol, dun novo gaseiro cargado con GNL-LNG, para a ilegal e perigosa Reganosa. E con este serán 63 os buques cargados -con gas natural licuado- os que arribaron ao peirao de Punta Promontorio, no Concello de Mugardos. Agarda-se ao "LNG Madrid Spirit", un buque de 284.8 m de eslora, 42.5 metros de manga, cun calado en carga de 11,40 metros e unha capacidade de carga de 138.119 m³, construido en 2004. Uha vez máis un irracional e evitábel grande perigo potencial ameza a seguridade e vida das persoas que moramos na contorna da Ría. Por este motivo o Comité Cidadán convoca unha acción de denuncia e protesta, consistente nunha concentración diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia, na Praza Amada García, ás 7 da Tarde do mesmo día 29 de Marzo.



[Foto da Galería de  romarintyp]

Ficha do buque metaneiro

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!

  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!

  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!

Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org

______________________________

Información baseada na enviada polo:
comitecidadan@gmail.com
27 de março de 2010 02:43
_______________

venres, marzo 26, 2010

Sábado 27 de Marzo de 2010: Apaga a luz, encende o Planeta

A Hora do Planeta 2010 será a maior chamada á acción organizada nunca para demostrar que, actuando xuntos/as, somos parte da solución á mudanza climática, apesar do insuficiente e frustrante acordo de Copenhague.

Esta iniciativa de WWF, na que colabora ADEGA, pretende implicar a máis de mil millóns de persoas e mobilizar a 6.000 cidades do mundo para amosar o apoio global á acción contra a mudanza climática.

Este 27 de marzo de 2010, de 20:30 a 21:30, apaga as luces do teu domicilio/lugar de traballo.

UN XESTO, UN SÍMBOLO. MIL MILLÓNS DE XESTOS, UNHA ACCIÓN GLOBAL POLO CLIMA !

Máis información: Local nacional (981 570099) ou na nosa web:
www.adega.info
_________________

Máis de 50.000 persoas enchen as rúas de Vigo co berro unánime de "non á privatización" e na defensa da sanidade pública

Grande expresión de rexeitamento á política privatizadora do goberno de Feijoo
Milleiros e milleiros de persoas encheron as principais rúas do centro da cidade de Vigo para manifestar con forza o rexeitamento a vontade privatizadora da Consellaría de Sanidade e do goberno do PP da Xunta de Galiza de privatizar a sanidade galega, e concretamente no caso de Vigo, no caso da construción do novo hospital de Vigo. Convocadas e convocados pola Plataforma en Defensa da Sanidade Pública esta mobilizaciónn recebeu moitos apoios, e non só de distintas forzas sindicais, sociais e políticas desta comarca, senón que tamén sumou apoios e solidariedades desde moitos outros recunchos do noso país: Pontevedra, Monforte, A Coruña, e Ferrol, entre outras plataformas que tamén están a mobilizarse na defensa da sanidade pública galega.





Desde antes das oito da tarde xa eran moitas as persoas que se xuntaban no cruce de Vía Norte, diante do chamamento desta manifestación en defensa da sanidade pública. Se en outubro eran 15.000 persoas, desta volta todas as previsións ian quedar curtas nunha noite de reivindicación e demostración de forza dunha cidade e dunha comarca que non se rende diante da teimuda política privatizadora do goberno do PP na Xunta.

"Non á privatización"

Estaba marcha ía encabezada por unha pancarta c lema 'A privatización prexudica a túa saúde: hospital público xa', e ao longo desta manifestación houbo canticos, berros e consignas como 'Non, non, non á privatización', 'Xerente dimite, o Chuvi non te admite', 'Conselleira dimisión' ou 'Feijóo, atende, Vigo non se vende'.





Solidariedade das plataformas

Foron moitos os colectivos, e moitas tamén as plataformas sindicias, de traballadoras e traballadores da sanidade pública, mesmo doutras zonas do país como Pontevedra, A Coruña, Ferrol, Monforte, O Barco de Valdeorras ou Compostela que participaron desta mobilización, que colapsou o centro de Vigo durante perto de dúas horas.

Valoración moi positiva

Manuel G.Moreira, presidente da Xunta de Persoal da área sanitaria de Vigo, declaraba diante dos medios de comunicación, ao remate desta mobilización na Praza da Estrela en Vigo, valorou moi positivamente a resposta da cidadania a esta convocatoria, e "pensamos que a Conselleira de Sanidade e o presidente da Xunta teñen que facer unha lectura de que a maioría da cidadanía de Vigo está amosando que non quere esa política para a sanidade de Vigo, e estamos dicindo que non pode privatizar, e que se privatiza é por unha decisión política, e non é unha cuestión de xestión, nin de organización nin económica. A cidadania de Vigo está a dicir que non pode privatizar, que esta non é a política que queremos e este non é o hospital que precisamos".

Acto final

Manuel Martín, portavoz da Plataforma en defensa da Sanidade Pública, tomou a palabra, e agradeceu a presenza de todas as persoas e especialmente doutras plataformas en defensa da sanidade pública porque "é preciso poñerlle freno a esta situación para que non se estenda".

"Tamén saudamos ás traballadoras do Hospital da Cruz Vermella de Vigo que está en proceso de desmantelamento porque entendemos a súa situación e porque Vigo como toda Galiza, precisa camas de longa estancia. A vosa presenza é unha demostración de que hoxe estamos aqui porque coa saúde non se xoga", engadiu.

Por último, lembrou que "é un asunto da maior importancia para toda a cidadanía: a atención futura da nosa saúde. A nosa, que pronto precisará coidados, mais aínda a das nosas fillas e fillos. A elas e eles debemos deixarlle unha Sanidade Pública mellor que a que recibimos das nosas nais e pais. E porque o futuro da sanidade galega ficará en máns da mocidade e ao seu servizo, vaivos ler este manifesto Uxia, unha estudante dun instituto de Vigo, que está nerviosa por ver tanta xente, mais convencida do que este escrito defende".






Manifesto lido ao remate por Uxía, unha rapaza dun instituto de Vigo

O pasado 29 de outubro, viámonos 15 mil persoas neste mesmo lugar, e hoxe somos moitas mais, demostrando coa nosa presenza que a preocupación pola privatización da Sanidade Pública é xa unha sólida oposición.

Tan estendida esta a idea de que a Xunta pretende privatizar a nosa sanidade, convertendo o que é un dereito, a atención á saúde, nunha mercadoría que se merca e se vende, no que a construción, financiamento e propiedade privada do Novo Hospital de Vigo é un claro exemplo, que este manifesto é practicamente innecesario.

Bastaría case con agardar a que a conselleira remate de contar cantos somos, para marchar para casa contentos cos deberes feitos!

Pero lemos este manifesto porque ha de quedar nos anais da historia que hoxe escribimos, a dous días da celebración dun novo cabodano da Reconquista de Vigo, para que no futuro se saiba que novamente o pobo da comarca viguesa, dos concellos da ría, saíu á rúa noutro momento decisivo, para defender o que lle pertence.

Onte para recuperar a liberdade, e hoxe para defender a fortaleza cívica da nosa Sanidade Pública e do noso Novo Hospital.

Dicíamos hai cinco meses que Vigo só pide o que lle corresponde tras facer unha contribución solidaria co resto de Galiza, porque sabe que a riqueza dunha parte é a riqueza de todo o pais. Nunca Vigo nin a comarca teñen pedido privilexios.

E dicíamos que estamos fartas e fartos.

O tempo apremia e corre, Sr. presidente da Xunta; Sras. conselleiras de Sanidade e de Economía e Facenda:

Non admitimos máis demoras.

Non é xa tempo de autoconvencernos de que pretenden privatizar a nosa Sanidade Pública. Tampouco o de polemizar con unha conselleira que o nega. A discusión xa non é se a Xunta privatiza ou non!

Xa a propia Xerente do SERGAS, dona Rocío Mosquera, ven de confirmar na prensa que a privatización é o que pretenden!

Por fin confesan o que vimos afirmando, o que todo o mundo sabe e o que elas con contumacia seguían negando!

E a conselleira debe saber que mentir é pecado! Un pecado inútil!

Así que grazas dona Rocío, pola súa sinceridade!

Agora as cartas están enriba da mesa e non perderemos tempo en aburridas discusións:

Vostedes queren privatizar e nós imos impedilo.

Outro dia falaremos, dona Rocio, dos intereses que representa como recente alto cargo da empresa propietaria do gran hospital privado da nosa cidade; dos intereses económicos que hai detrás de que o seu cargo non sexa o de Secretaria Xeral do SERGAS senón a de Xerente do mesmo...

Pode que para que os seus mais elevados ingresos non pasen polo filtro do Parlamento de Galiza?

Tempo haberá para ir falando diso...

E tamén as razóns dunha conselleira que pon unha raposa a coidar das galiñas do Sergas.

Xa o iremos vendo señoras. Vostedes saberán en que lío se meten, pero a cabeza pensante é o presidente da Xunta.

Foi, o señor Núñez Feijoo quen tendo a maior responsabilidade do SERGAS montou MEDTEC e as Fundacións Hospitalarias, hoxe disoltas polo anterior goberno por ineficaces, privatizadoras e caras.

E non privatiza por eficacia, nin por dificuldades económicas que certamente existen.

Privatiza porque é a política que o Partido Popular aplica onde goberna sexa cal sexa, boa ou mala a situación económica. Velaí a privatización brutal da sanidade madrileña que Esperanza Aguirre iniciou en pleno período de bonanza!

Escusas, mentiras, pretextos!

A verdadeira razón é que non cren na Sanidade Pública. Non cren no dereito á atención da saúde.

Só ven a atención sanitaria como un negocio. Un negocio para entregar aos seus cómplices e amigos: as grandes construtoras, as aseguradoras sanitarias de capital internacional, as empresas de tecnoloxía médica e as grandes farmacéuticas internacionais...

Vexan senón os millóns entregados por vacinas de gripe A e polo pouco útil Tamiflú.

Así pretenden estrangular economicamente a Atención Primaria de Vigo negándolle a creación de prazas que o Plan de Mellora nos concedía.

Non hai mellor maneira de desprestixiar a Sanidade Pública empuxándonos cara a medicina privada, que recortar os fondos, aumentar as demoras, empeorar a calidade e destruír a súa imaxe publica.

Negocio privado con fondos públicos, porque no caso de Vigo preparan un suculento negocio para a sanidade privada ao pretender que o hospital sexa construído por unha asociación de empresas constituída por un banco, unha gran construtora e unha empresa sanitaria da comarca, ás cales o SERGAS pagaría unha elevada cantidade ao longo dos trinta anos seguintes á súa inauguración.

Esta fórmula multiplica o custo estimado de 360 millóns de euros por unhas seis ou sete veces.

Un negocio para poucos do que se ven excluídos os propietarios dos terreos: pois non é o mesmo ceder a túa casa, finca ou negocio familiar en aras de un hospital público, que dun privatizado que entregará enormes beneficios privados a quen se faga coa concesión.

Un escándalo, señor alcalde de Vigo!!

É un escándalo pero vai estando claro

Nesta comarca de Vigo sabemos como facerlles fronte e defender o que é lóxico, o que é xusto, económico, e probadamente eficiente. O que interesa á maioría.

Temos dereito, queremos e esiximos un hospital publico, ben dimensionado, coas camas e servizos que estaban programados. Nin un menos. Un hospital suficiente, que non peche a súa porta á xente do Morrazo, do Val Miñor e de barrios de Vigo.

E querémolo tal como foi deseñado polos nosos profesionais.

Non toleraremos que se abandonen os obxectivos estratéxicos respecto do tratamento avanzado do cancro (do que Vigo sería referencia do sur de Galiza) nin que se abandone o módulo de investigación ou docencia.

Non toleraremos un hospital mais pequeno, máis caro e que non será noso durante trinta anos, nos que gran parte dos fondos sanitarios destinados á atención, serán desviados para pagar aos propietarios privados do hospital, uns enormes canons ou intereses.

Non permitiremos, en consecuencia, que haxa menos diñeiro para persoal sanitario e non sanitario, para os servizos de apoio ou para renovar o equipamento.

Non permitiremos a privatización das cociñas, da lavandería -nin das modernas e capaces instalacións situadas no Meixoeiro- do mantenemento, da informática, dos arquivos de historias clínicas, dos servizos administrativos, dos celadores, das auxiliares de enfermaría... nin toleraremos o despido dos contratados destes servizos.

Outro motivo máis para opoñerse a privatización. A elas e a eles a Plataforma agradécelles a defensa do seu posto de traballo pero tamén da sanidade publica no seu conxunto.

E animamos como usuarios e usuarias, a todos os colectivos profesionais que traballan nos nosos hospitais e centros de saúde, nun esforzo para mellorar a calidade da atención é o bó trato, a calidade percibida polos pacientes, para aumentar o prestixio da nosa sanidade pública, demostrando que compite en calidade, eficiencia, e prestixio vantaxosamente coa privada.

As ideas xustas, as aspiracións lexítimas, os cambios beneficiosos e necesarios para as amplas maiorías, acaban facéndose camiño e finalmente triunfando. Con esforzo, con constancia, con intelixencia e coa xenerosidade de sumar forzas.

Non podemos terminar sen unha felicitación ao pobo americano e ao presidente Obama por este primeiro paso na consecución do que aquí xa disfrutamos e hoxe defendemos.

E xa que ao principio falabamos da Reconquista, remataremos con algo dese tempo:

Dicía o Artigo 13. da Constitución das Cortes de Cádiz de 1812:

O obxecto do Goberno é a felicidade da Nación, xa que a fin de toda sociedade política non é outro que o benestar dos individuos que a compoñen.

Hoxe, case 200 anos máis tarde, o goberno da Xunta incumpre ese fermoso precepto: non é o noso benestar o seu obxetivo, a súa tarefa, senón lisa e escandalosamente, o negocio!

O negocio da saúde.

Porque a privatización da sanidade prexudica gravemente a túa saúde Moitas grazas, outra vez mais! 2010


Fonte: Avante


________________

Manifestación Comarcal, en Ferrol, o Domingo 11 de Abril de 2010

A Plataforma pola Defensa da Sanidade Pública de Ferrol, diante do grave deterioro ó que se está sometendo á Sanidade Pública, á falla de compromiso que con esta Área que ten a Xunta de Galicia e ante as medidas privatizadoras do Partido Popular respecto da Sanidade Pública, convoca para o Domingo 11 de abril unha Manifestación Comarcal, a cal agardamos que reflexe na rúa o descontento e o rexeitamento destas medidas por parte do conxunto da cidadanía da comarca. A manifestación partirá ás 12 do mediodía do Ambulatorio Fontenla Maristany.





Blogue oficial da Plataforma:
http://plataformadspferrol.blogspot.com/
__________________________