Amosando publicacións coa etiqueta Grecia. Amosar todas as publicacións
Amosando publicacións coa etiqueta Grecia. Amosar todas as publicacións

luns, setembro 21, 2015

Grecia votou, e votou ben, ...por David Rodríguez

Por David Rodríguez [*]
21.09.2015


Unha boa análise do que se ventilaba nestas eleccións gregas fíxoo a Comisión Europea hai uns días asegurando que, desta volta, non había nerviosismo ningún entre a oligarquía europea ante estes comicios. Os dous partidos con máis opcións de gañar non poderían facer ningunha política económica diferente da acordada polo Consenso de Bruxelas-Berlín. Demostrando así que a liña de demarcación en Europa entre o neoliberalismo e a esquerda (entendida esta como a socialdemocracia clásica e todo o que se atopa á súa esquerda) pasa por desafiar a ditadura do euro, auténtica ferramenta de disciplinamento político das clases populares europeas. Como era de esperar, ademáis da vitoria da abstención, Syriza gañou as eleccións sen que se producisen cataclismos nos mercados. Unha vez depurados os seus elementos “excéntricos”, hoxe votar Syriza é “votar ben”.

O partido Podemos celebra a vitoria de Tsipras como aposta a cabalo gañador en momento preelectoral ao tempo que algúns dos chamados municipios do cambio (Madrid, Barcelona, Badalona, Zaragoza e Alacante, así como as cidades galegas da Coruña e Compostela) asinan a Declaración de Zaragoza na que denuncian a falta de marxe de manobra para facer políticas económicas para as maiorías sociais por causa desa apisoadora neoliberal que é a Lei de Racionalización e Sustentabilidade da Administración Local, a Lei de Estabilidade Orzamentaria e Sustentabilidade Financeira e o artigo 135 da Constitución. Porén, no texto da Declaración de Zaragoza non se chega a mencionar, por ningures, o Pacto Fiscal Europeo, verdadeira fonte da que beben esas leis e ese artigo.

Pola banda do que se presenta coma o outro polo de ruptura, o independentismo catalán, o gran debate céntrase no dereito de Catalunya a ser un membro máis do Consenso de Berlín, e no dereito da futura república catalana a contribuír cunha parte alícuota de imaxinería propia no repuxado dos futuros euros.

Para a esquerda que fía todo á longa marcha polas institucións europeas para a reforma dos tratados (a que institucións democráticas concretas se refiren é xa tema de Expediente X), a elección de Jeremy Corbin significou unha nova inxección de optimismo. Claro que a posición de Corbin e do resto da esquerda da eurozona é substancialmente distinta polo "pequeno detalle" de que se o británico chega a gobernar contará cun Banco Central e unha moeda de seu. Como o mesmo Corbin dicía hai pouco nun artigo no Financial Times, “Deberiamos estar agradecidos a Gordon Brown que como chanceler mantivo ao Reino Unido fóra da moeda única cando outros membros do goberno sostiñan que tiñamos que entrar na mesma”. O cal é outra forma de dicir que o que constitúe o maior problema para a esquerda en toda a Eurozona é un problema resolto para a esquerda británica.

O máis parecido a unha esperanza é o artigo asinado por Melenchon, Lafontaine, Varoufakis e outros, no que se aseguraba que: “Se o euro non pode ser democratizado, se insisten en úsalo para esganar á xente, levantarémonos, fitarémolos, e dirémoslles: Tentádeo, as vosas ameazas non nos asustan. Atoparemos un camiño para asegurar que os europeos teñen un sistema monetario que funcione para eles, non ás súas expensas.”; claro que, hoxe por hoxe, no que respecta a apoios da Francia popular, máis opción terá de rebentar o euro a Front National que o Front de Gauche.

En suma, proletarios da Eurozona, non agardedes que nos anos vindeiros vaiades recibir algo diferente a máis doses de neoliberalismo en vea.
O Funambulista Coxo

Publicado o 20 de Setembro de 2015 no blogue
ofunambulistacoxo.blogspot.com.

[*] David Rodríguez Rodríguez (Vigo, 1975) mantén o blogue http://ofunambulistacoxo.blogspot.com desde o ano 2005. É autor das obras de teatro radiofónico O Bambán e Nunca me esquecerei de ti (gañadora e finalista respectivamente do I e IV Premio de Teatro Radiofónico do Diario Cultural). Escribiu o poemario Lapidarias. Os versos escuros e participou no libro colectivo Non conciliados. Argumentos para a resistencia cultural.
______________

A Política e o Sistema, ... por Rui Pulido Valente - O caso grego tem sido muito elucidativo e revelador do problema de fundo que atravessa a sociedade ocidental e os seus sistemas políticos

Por Rui Pulido Valente [*]
21.09.2015


As democracias, ditas modernas, só o são (democracias) no quadro do sistema em vigor, isto é, no âmbito do sistema em que existe um domínio dos mercados (diga-se do interesse financeiro daqueles que dominam os mercados de capitais e bens transaccionáveis). Poder-se-ia dizer do sistema capitalista. É-o de facto, mas acontece que hoje, e sempre, houve perspetivas diferenciadas sobre o próprio capitalismo.

À medida que os problemas se vão agravando e as soluções se revelam ineficazes, todos compreendemos que o que divide as pessoas e os partidos são os diferentes objetivos de fundo, uma vez que também todos percebemos que não é possível conciliar o inconciliável: a justiça social é incompatível com a sede de lucros das multinacionais (esse dinheiro não é para investir na sociedade e os impostos pagos, muitas vezes, também não); o interesse das pequenas e médias empresas não é conciliável com a ganância da banca quando aplica as taxas de juro nos empréstimos (também esse dinheiro não é aplicado socialmente nem os impostos que os bancos pagam); os paraísos fiscais não trazem vantagens para as populações, mas sim, para os donos do capital; a corrupção é uma ferramenta de trabalho fundamental para a manutenção do atual sistema económico e político que não tem qualquer benefício para o cidadão comum [a ideologia, estúpido!!!].

Podemos concluir então o que já há muito é evidente. Há interesses antagónicos inconciliáveis pelo que qualquer política passa por definir quais os interesses que devem prevalecer: os daqueles que controlam o dinheiro e dominam a finança, ignorando toda a sociedade e os seus valores de justiça, equidade, bem comum, desenvolvimento equilibrado, ambiente sustentável, transparência, ética, seriedade, respeito pela diferença; ou os da maioria da população, que sabe que as assimetrias atuais são sempre impeditivas de poder cumprir aqueles valores básicos da vida em comum.

Será possível governar sem corrupção? Parece que no atual sistema, tal não é possível, basta olhar para os exemplos que todos os dias nos aparecem à frente!

O caso da Grécia mostra que a ideologia dominante quer manter a ideia de que o sistema apenas funciona com aquelas regras, sendo inevitável a austeridade para alguns enquanto que outros recebem os juros resultantes de um modelo de desenvolvimento que não tem por base os próprios recursos nacionais e políticas de industrialização e de crescimento económico bem definidas.

O sistema capitalista tem outras variantes, a democracia tem outras dimensões, a sociedade exige novos modelos de organização. Quando se refere que não há alternativa ao capitalismo mantemo-nos num quadro que tem por base o paradigma de uma sociedade sempre em crescimento baseada nas assimetrias entre ricos e pobres e no domínio do dinheiro. Se o paradigma mudar as alternativas surgem e não é necessário acabar primeiro com o capitalismo pois ele próprio encontrará um caminho que levará a um sistema de sociedade diferente.

O que temos presenciado é a paranoia de alguns grupos políticos quanto à possibilidade de existirem soluções alternativas que deixem de se basear nos valores do individualismo, do nacionalismo, da xenofobia e da ditadura do dinheiro.

Quando se diz que um partido é contra o sistema como o caso do Syriza ou do Bloco de Esquerda estamos a dizer que são contra o que hoje personifica o sistema capitalista com toda a carga de valores anti-sociedade (ou anti-sociais) que acarreta, traduzida também por inúmeras figuras públicas corruptas, pouco sérias, vivendo na ostentação, contradizendo-se sistematicamente (são precisos nomes?). Chegamos então aos partidos e à prática democrática que também está excessivamente marcada por este sistema capitalista que de democrático tem pouco, escondendo-se na sua burocracia e nas leis, quando necessário (e nas regras).

No seu livro “Rebooting Democracy” ou na versão portuguesa “Reinventar a Democracia”, Manuel Arriaga, investigador português a trabalhar em Inglaterra e nos Estados Unidos, refere várias experiências de democracia participativa e fala claramente da necessidade de mudança na prática partidária e no sistema partidário. Não são exemplos teóricos que ele refere mas práticas concretas com bons resultados em países tão próximos como Malta, Irlanda, Canada, Austrália e Estados Unidos.

Há, hoje, problemas nas sociedades que não têm resolução através do sistema político tradicional, que exigem outras formas de participação dos cidadãos e novas oportunidades de intervenção cívica. Mas para tal é necessário que os carreiristas abram mão do seu poder e o cidadão deixe de depositar nos políticos, de 4 em 4 anos, o tratamento exclusivo dos problemas e a defesa dos seus interesses.

Também muitos já compreenderam que o futuro das sociedades passa por uma redefinição do papel do Estado nas democracias. A ideia de que não é necessário um poder público interventivo e responsável por algumas áreas e as experiências de Reagan e Tatcher, já deixaram as suas marcas negativas. Há quem queira insistir nessas receitas mas a crise veio criar-lhes novas dificuldades. Mesmo na discussão do Tratado Transatlântico de Comércio e Investimento o problema passa pelo total desrespeito pela soberania dos Estados, dando mais força e valor às multinacionais do que aos próprios países. Será?

Havia quem anunciasse o fim da História! Há os que agora pretendem o fim da Política, impedindo os Estados e os seus cidadãos de terem uma palavra no futuro das suas pátrias. São aqueles que se vendem para obterem uma reforma dourada! Mas morrem como os outros! E não mudam o Mundo, pelo contrário, são avessos à mudança!

21 de Setembro, 2015 - 09:32h em http://www.esquerda.net/

Artigo publicado em portalegre.bloco.org em 16 de setembro de 2015

[
*] Rui Pulido Valente, é professor do Instituto Politécnico de Portalegre e da Escola Superior de Gestão e Tecnologia. Cabeça de lista do Bloco de Esquerda nas eleições legislativas de 2015, pelo círculo de Portalegre, como candidato Independente.
___________

domingo, xullo 05, 2015

Sorpresa e desconcerto, ... Por Rafael Pillado


Por Rafael Pillado [*]
05.07.2015


Sorpresa e desconcerto

Lía esta mañá a columna que escribe Enrique Barreira. Debo dicir que o autor meréceme respecto, o mesmo que a súa opinión manifestada ao longo de moitos anos. Con todo, o que hoxe escribe sobre Grecia rompe esa opinión de forma rotunda.

Segundo el, para defender a dignidade do pobo heleno, hai que contar con moeda propia, lograr complicidades e dar garantías de loita contra a fraude, ademais de acabar con abusivas pensións. Ata, reestruturar a débeda para crecer economicamente e dispoñer de recursos para axudas sociais. E di, ¡así de sinxelo!

Conclúe coa idea de que era unha quimera impoñerse á unión europea. Ata nos di aos que aplaudimos o triunfo de Syriza que hoxe miramos para outro lado.

Ao meu xuízo, totalmente desenfocado. Non sé o que pensa Enrique das medidas que a troika aplicou a España. En calquera caso, ditas medidas foron ditadas polos intereses económicos e financeiros. Seica os desafiuzamentos, a reforma laboral, os baixos salarios, a progresiva liquidación do fondo de pensións, a privatización xeneralizada, etc. son aceptables? ¡Que nolo explique!
Que suxire, que asumamos as directrices da chamada troika? Que traguemos o que nos boten?

Algunhas ideas respecto diso. Estes días reuníase un comité constituído por personalidades internacionais que ditaminou que a débeda grega é ilexítima. Pero é que a súa débeda non caeu, como en España, do ceo. Nace das políticas desenvolvidas durante anos polos partidos Pasok e Nova Democracia nun proceso bipartidista, a semellanza do sucedida en España, cuxos beneficiarios eran os bancos e multinacionais. E, ademais, ambos partidos aplicaron as esixencias da troika, sen poñer resistencia. ¡Así chegamos ata aquí! Lograron solucións? ¡Pola contra a crise profundouse! E hai que dicir que cun descrédito superlativo deses partidos. Syriza leva só meses gobernando.

Por outra banda, non ter moeda propia, impide defender a dignidade, que é o que nos queda aos que nada temos ou tendo-o quítannos-lo?

E di Enrique que garantan a loita contra a fraude fiscal. Pero, quen son os defraudadores e os corruptores? Seica non comprobamos como Jean-Claude Juncker Presidente da Comisión europea fixera trampa a toda Europa, dando refuxio a empresas e entidades financeiras en Luxemburgo; Mario Dragui, sendo asesor do desastre financeiro en Grecia. Logo pasan a postos claves.

E fala de abusivas pensións. Cando os que se levan os diñeiros son empresas e financeiros, burlando a legalidade, cando non se escudan nunha legalidade á súa medida.

Non che entendo Enrique. Os rescates sucesivos, é dicir, os millóns de euros que entregou a troika a Grecia, foron aos bancos alemáns e franceses. O pobo grego non os viu nin polo forro. Claro que o goberno de Syriza quere reestruturar a débeda, promover o crecemento. Pero o que queren, non Europa, senón os grupos financeiros que a teñen secuestrada, é dar un escarmento ao pobo que non se resigna a ser un mero convidado de pedra. Sinalándolle que as súas decisións soberanas non poden apoiar a un partido como Syriza, por moi democraticamente que o decidiron. Para eses poderes, a democracia vale ata onde eles queren.

Laméntoo Enrique. Prefiro estar con ese pobo e o seu goberno que rexeitan a imposición da troika a ser un mero instrumento de interese espúreos. Hai que apoiar á nación grega. Hai que mobilizarse, como fixeron os pobos alemán, británico, francés, etc.

Por certo, moitos miramos aos helenos convencidos de que gañarán esta partida, por dura que lla poñan.

Nota.- Escrito o 29 de Xuño de 2015

[*] Rafael Pillado Lista, San Cibrao (Cervo) o 12 de xuño de 1942, xubilado de BAZAN,  é Vicepresidente da A.C. Fuco Buxán e membro do Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol. Foi un activista sindical e político nos anos da ditadura franquista, sen deixar nunca a súa actividade social e política. Participou no Encontro Social e na Rede de Apoio Mutuo de Ferrol Terra. Agora fai-no nas Marchas da Dignidade de Ferrolterra. Escribe artigos sobre a actualidade nos medios locais. Ten escrito un importante e moi interesante libro sobre unha parte da nosa historia recente "O Latexo da vida e da conciencia - Memorias Colectivas de Rafael Pillado - I (Primeiro Volume)".

Enviado por:
Rafael Pillado
-rafaelpillado@gmail.com-
4 de julho de 2015 12:37
__________

Grecia resiste!! en Ferrol non á Troika!! - Vídeo


Concentración de apoio ao pobo grego, denunciando a chantaxe á que está sendo sometido por parte do poder económico representado pola Troika. Este domingo vai ser o referendum en Grecia, desde Ferrol pedimoslles que voten #OXI que significa #NON á chantaxe da Troika!!


https://youtu.be/vMiOEwR7cmc


Enlaces de referencia:

Ártabra 21: Concentración en Solidariedade co Pobo Grego, por un Non rotundo á chantaxe da Troika - En Ferrol, sábado 4 de Xullo, às 12 do medio día na Praza do Concello - Discurso do referéndum de Alexis Tsipras

Ártabra 21: Este sábado 4 de Xullo, Concentración en Solidariedade co Pobo Grego, na Praza de Armas, ás 12 do mediodía - #Oxi
_________________

sábado, xullo 04, 2015

Concentración en Solidariedade co Pobo Grego, por un Non rotundo á chantaxe da Troika - En Ferrol, sábado 4 de Xullo, às 12 do medio día na Praza do Concello - Discurso do referendum de Alexis Tsipras


EN SOLIDARIEDADE CO POBO GREGO, POR TOD@S NÓS,
POR UN NON (OXI) ROTUNDO Á CHANTAXE DA TROIKA


CONCENTRACIÓN NA PRAZA DE ARMAS DE FERROL
SÁBADO 4 DE XULLO DE 2015
ÁS 12 DO MEDIODÍA.


O pobo grego leva tempo sufrindo os graves efectos da crise financeira mundial. Do mesmo xeito que moitos outros países, para evitar o desplome da banca e facer fronte ó buraco deixado por esta endebedouse. A fraxilidade da súa economía produtiva, a incompetencia e corrupción dos seus pasados gobernos, e o elevado dos intereses pagados á banca privada polos empréstitos fixo medrar esta débeda de forma perigosa. Neste panorama, o Fondo Monetario Internacional, o Banco Central Europeo e os estados da Eurozona, que comunmente denominamos Troika, ofreceron adquirir toda a débeda e renegociar as condicións de pago da mesma. O que podía parecer un salvavidas para o pobo grego, terminou sendo un rescate encuberto da banca privada propietaria da débeda, que pasou de correr o risco de non cobrar nunca, a vendela a prezos vergoñentas, facendo un negocio redondo. O peor é que o trato tiña un lado escuro, xa que permitía intervir na política do país. A Troika ditou a aplicación das medidas austericidas que tanto nos soan, os recortes, pero cunha intensidade sen precedentes nun pais europeo en tempos de paz. Todo para derivar eses cartos ó pago dos intereses á banca privada e á propia Troika, danando gravemente ó pobo e á economía de Grecia: destrución de convenios colectivos, descenso dos salarios un 25%, baixada do salario mínimo a niveis dos anos 60, aumento esaxerado da taxa de suicidios, extensión da pobreza ó 35% da poboación, paro do 25 % (no caso dos xovenes, o 60%), etc.

Neste contexto, a vitoria de Syriza nas eleccións marca un cambio de rumbo: da man dun goberno cun proxecto económico racional e socialmente comprometido, conseguen ós poucos meses unha mellora notable:  son quen de afrontar os pagos e prorrogar o rescate mentres implantan medidas que permiten subsistir dignamente á cidadanía  -dando axudas para enerxía, alimentación e vivenda para a poboación baixo o adro da pobreza, subindo o salario mínimo e complementando as pensións máis baixas- mentres aplican recortes en custos disparatados coma o militar. O último dos seus logros: demostrar hai uns días a ilexitimidade da débeda contraida mediante un estudio da mesma por unha comisión independente, e que aporta argumentos sobre o necesario da renegociación da mesma.

Esta raiola de esperanza, tanto para Grecia como para o resto de economías europeas que, como en Ferrolterra. Galiza e no resto do Reino de España,  están a sufrir as consecuencias do austericidio, é unha molestia para a Troika, que só pensa en lucrarse explotando o negocio da débeda, aínda que sexa a costa do sufrimento dun pobo. Temen que cunda o exemplo, que a cidadanía vexa que hai unha forma máis xusta de saír da crise. É por iso que no seu momento se adicaron a facer campaña en contra de Syriza; e tamén o motivo polo que nas últimas negociacións esixiron un recrudecemento inasumible das medidas de austeridade, ou o pago de 1600M€. Unha chantaxe que pretende esmagar o mal exemplo que supón a posición insubmisa de Grecia fronte á Troika: porque se se acepta, o goberno de Syriza quedaría deslexitimado, e o pobo grego condenado á miseria, e abocado ó neonazismo coma opción política. E se non acepta, se ameaza coa suspensión de pagos, a expulsión do euro, a quebra da banca e a ruína.

En xaque, o goberno grego decide convocar un referendo para que sexa o pobo grego quen decida se se aceptará ou non as medidas coercitivas impostas pola Troika, e que terá lugar o vindeiro domingo 5 de xullo.


Hoxe concentrámonos para amosarlle ao pobo grego o noso respaldo e solidariedade e berrar: ¡basta xa de abusos e imposicións!

Porque hai outra Europa posible, a Europa Solidaria, Social e dos Pobos; unha Europa Democrática e con Xustiza Social, medio ambiental e economicamente Sostible.

Porque a vida das persoas debe antepoñerse ós beneficios económicos.

Por to@s nós, no Referendum, un NON (OXI) rotundo á chantaxe da Troika.

¡Troika non! ¡Grecia sí!  #Oxi!

En Ferrolterra, 4 de Xullo de 2015

Comité de Solidariedade co Pobo Grego


Discurso do referendum
Alexis Tsipras



   Compañeir@s greg@s,

   Durante seis meses o goberno grego librou unha batalla en condicións de asfixia económica sen precedentes para levar a cabo o mandato que nos destes o 25 de xaneiro. Mandato que estivemos negociando cos nosos socios para poñer fin á austeridade e para permitir que a prosperidade e a xustiza social regresen de novo ao noso país.

   Foi un mandato para un acordo sostible que respectase a democracia e as regras comúns europeas e para dar lugar á saída definitiva da crise.

   Ao longo dese período de negociacións, pedíusenos que implementásemos os memorándums acordados por gobernos anteriores, aínda que o pobo grego os condease categoricaemte nas eleccións.

   Porén, en ningún momento pensamos en rendernos, é dicir, en traizoar a vosa confianza.

   Despois de cinco meses de duras negociacións, os nosos socios, por desgraza, levaron ao Eurogrupo, antes de onte, un ultimátum á democracia grega e ao pobo grego.

   Un ultimátum é o contrario aos principios e valores fundadores de Europa, os valores do noso proxecto común europeo.

   Pediron ao goberno grego que aceptase unha proposta que inclúe unha nova carga insostible para o pobo grego e que socava a recuperación da economía e da sociedade grega, unha proposta que non só perpetúa o estado de incerteza, senón que acentúa aínda máis as desigualdades sociais.

   A proposta das institucións inclúe medidas que conducen á desregulación do mercado de traballo, recortes nas pensións, máis reducións nos salarios do sector público e un incremento do IVE dos alimentos, restaurantes e turismo; ao tempo que elimina as exencións fiscais para as illas gregas.

   Estas propostas violan directamente os dereitos sociais fundamentais europeos. Mostran, no que toca ao traballo, igualdade e dignidade, que o obxectivo dalgúns dos nosos socios e institucións non é un acordó viable e beneficioso para todas as partes, senón a humillación do pobo grego todo.

   Nestas propostas destaca principalmente a insistencia do FMI na austeridade severa e punitiva e fai máis necesaria ca nunca a necesidade de que as potencias europeas aproveiten a oportunidade e tomen a iniciativa para chegar a un fin definitivo da crise de débeda soberana grega, unha crise que afecta a outros países europeos e que ameaza o mesmo futuro da integración europea.

   Compañeir@s greg@s,

   Neste momento descansa sobre os nosos ombros a responsabilidade histórica, conducida polo pobo grego a través da loita e dos sacrificios, pola consolidación da democracia e da soberanía nacional. A nosa responsabilidade polo futuro do país.

   Hai un intre, na reunión do Consello de Ministros, propuxen a organización dun referéndum para que o pobo grego poida decidir de xeito soberano.

   A proposta foi aceptada por unanimidade.

   Mañá, a Cámara de representantes será convocada con urxencia para ratificar a proposta do Consello de Ministros de que se celebre un referéndum o próximo domingo 5 de xullo sobre a cuestión da aceptación ou o rexeitamento da proposta das institucións.

   Xa informei sobre a miña decisión ao presidente de Francia, á chanceler de Alemaña e ao presidente do BCE, e mañá pedirei formalmente por carta aos líderes e institucións da UE que extendan por uns días o actual programa para que o pobo grego poida decidir libre de calquera presión ou chantaxe, como o esixe a Constitución do noso país e a tradición democrática de Europa.

   Compañeir@s greg@s,

   Ante a chantaxe do ultimátum que nos pide que aceptemos unha austeridade severa e degradante sen fin e sen perspectivas de recuperación económica e social, pídovos que respondades de maneira soberana e orgullosa, como nos manda a historia do pobo grego.

   Ante o autoritarismo e a dureza da austeridade, responderemos con democracia, con calma e con decisión.

Grecia é o berce da democracia e vai enviar unha resposta contundente e democrática a Europa e ao mundo.

Persoalmente, comprometinme a respectar o resultado da escolla democrática, sexa cal sexa.

   E estou absolutamente seguro de que a vosa escolla honrará a historia do noso país e enviará unha mensaxe de dignidade ao mundo.

   Nestes momentos críticos, temos que lembrar todos que Europa é o fogar común dos pobos. Que en Europa non hai propietarios e hóspedes.

   Grecia é, e seguirá a ser, unha parte integrante de Europa e Europa unha parte integrante de Grecia. Pero sen democracia, Europa será unha Europa sen identidade e sen rumbo.

   Convídovos a todos a mostrar a unidade nacional e a tranquilidade, co fin de tomar as decisión correctas.

   Para nós, para as xeracións futuras, para a historia dos gregos.

   Pola dignidade e a soberanía do noso pobo.

   Atenas, 27 de xuño, 1 da mañá.
___________________

Marea Ártabra ante a celebración do Referendo en Grecia


Marea Ártabra ante a celebración do Referendo en Grecia

Este domingo o pobo de Grecia está chamado a pronunciarse en referendo sobre cal debe ser a saída á situación que unha debida impagable, e unhas condicións de reformas austericidas impostas pola Troika, o levaron a situacións tan extremas, como que nestes momentos, o 60% da poboación vive en situación de pobreza ou pobreza extrema.

O modelo de unión económica e monetaria europeo, dirixido polos austericidas financeiros, e o triángulo mortal representado pola Comisión Europea, o Banco Europeo e o Fondo Monetario Internacional, van ter no referendo deste domingo un capítulo fundamental, ou ben para reforzarse co Si, ou ben para ser cuestionado e comezado a deconstruir co Non.

A Marea Ártabra entende que o goberno grego está demostrando que sen a participación da cidadanía nas decisións políticas, é imposible levar adiante cambios de rumbo que modelen sociedades máis xustas, democráticas e libres. A Marea Ártabra tamén é consciente que os referendos son unha ferramenta, mais non a única nin suficiente para articular o proceso que transforme as democracias europeas, de representativas a participativas.

A Troika intenta impoñer en toda a Unión Europea un modelo social, político e económico que manteña os privilexios da minoría a costa dos dereitos e necesidades da maioría. Un modelo que está perfectamente desenvolvido no chamado TTIP, que estes meses está tratando de saír adiante con total opacidade e mesmo paralizando votacións no Parlamento Europeo.

A Marea Ártabra, consecuentemente co anterior analizado, vai participar o próximo sábado na concentración de solidariedade co pobo grego, en apoio ao Non, #OXI, no referendo do próximo domingo. Concentración que vai ter lugar na Praza do Concello desde as 12 do mediodía.

Coordenadora Aberta da Marea Ártabra

Mareaartabra.gal | #MareaArtabra | @mareaartabra | info@mareaartabra.gal | Facebook

Teléfono: 633 352 131

Enviado por:
MAREA ÁRTABRA
-mareaartabra@gmail.com-
3 de julho de 2015 23:51

___________ ___________

domingo, xuño 28, 2015

Alexis Tsipras: "O Discurso do referendum"


Discurso do referendum
Alexis Tsipras


Compañeir@s greg@s,

Durante seis meses o goberno grego librou unha batalla en condicións de asfixia económica sen precedentes para levar a cabo o mandato que nos detes o 25 de xaneiro. Mandato que estivemos negociando cos nosos socios para poñer fin á austeridade e para permitir que a prosperidade e a xustiza social regresen de novo ao noso país.

Foi un mandato para un acordo sostible que respectase a democracia e as regras comúns europeas e para dar lugar á saída definitiva da crise.

Ao longo dese período de negociacións, pedíusenos que implementásemos os memorándums acordados por gobernos anteriores, aínda que o pobo grego os condease categoricaemte nas eleccións.

Porén, en ningún momento pensamos en rendernos, é dicir, en traizoar a vosa confianza.

Despois de cinco meses de duras negociacións, os nosos socios, por desgraza, levaron ao Eurogrupo, antes de onte, un ultimátum á democracia grega e ao pobo grego.

Un ultimátum é o contrario aos principios e valores fundadores de Europa, os valores do noso proxecto común europeo.

Pediron ao goberno grego que aceptase unha proposta que inclúe unha nova carga insostible para o pobo grego e que socava a recuperación da economía e da sociedade grega, unha proposta que non só perpetúa o estado de incerteza, senón que acentúa aínda máis as desigualdades sociais.

A proposta das institucións inclúe medidas que conducen á desregulación do mercado de traballo, recortes nas pensións, máis reducións nos salarios do sector público e un incremento do IVE dos alimentos, restaurantes e turismo; ao tempo que elimina as exencións fiscais para as illas gregas.

Estas propostas violan directamente os dereitos sociais fundamentais europeos. Mostran, no que toca ao traballo, igualdade e dignidade, que o obxectivo dalgúns dos nosos socios e institucións non é un acordó viable e beneficioso para todas as partes, senón a humillación do pobo grego todo.

Nestas propostas destaca principalmente a insistencia do FMI na austeridade severa e punitiva e fai máis necesaria ca nunca a necesidade de que as potencias europeas aproveiten a oportunidade e tomen a iniciativa para chegar a un fin definitivo da crise de débeda soberana grega, unha crise que afecta a outros países europeos e que ameaza o mesmo futuro da integración europea.

Compañeir@s greg@s,

Neste momento descansa sobre os nosos ombros a responsabilidade histórica, conducida polo pobo grego a través da loita e dos sacrificios, pola consolidación da democracia e da soberanía nacional. A nosa responsabilidade polo futuro do país.

Hai un intre, na reunión do Consello de Ministros, propuxen a organización dun referéndum para que o pobo grego poida decidir de xeito soberano.

A proposta foi aceptada por unanimidade.

Mañá, a Cámara de representantes será convocada con urxencia para ratificar a proposta do Consello de Ministros de que se celebre un referéndum o próximo domingo 5 de xullo sobre a cuestión da aceptación ou o rexeitamento da proposta das institucións.

Xa informei sobre a miña decisión ao presidente de Francia, á chanceler de Alemaña e ao presidente do BCE, e mañá pedirei formalmente por carta aos líderes e institucións da UE que extendan por uns días o actual programa para que o pobo grego poida decidir libre de calquera presión ou chantaxe, como o esixe a Constitución do noso país e a tradición democrática de Europa.

Compañeir@s greg@s,

Ante a chantaxe do ultimátum que nos pide que aceptemos unha austeridade severa e degradante sen fin e sen perspectivas de recuperación económica e social, pídovos que respondades de maneira soberana e orgullosa, como nos manda a historia do pobo grego.

Ante o autoritarismo e a dureza da austeridade, responderemos con democracia, con calma e con decisión.

Grecia é o berce da democracia e vai enviar unha resposta contundente e democrática a Europa e ao mundo.

Persoalmente, comprometinme a respectar o resultado da escolla democrática, sexa cal sexa.

E estou absolutamente seguro de que a vosa escolla honrará a historia do noso país e enviará unha mensaxe de dignidade ao mundo.

Nestes momentos críticos, temos que lembrar todos que Europa é o fogar común dos pobos. Que en Europa non hai propietarios e hóspedes.

Grecia é, e seguirá a ser, unha parte integrante de Europa e Europa unha parte integrante de Grecia. Pero sen democracia, Europa será unha Europa sen identidade e sen rumbo.

Convídovos a todos a mostrar a unidade nacional e a tranquilidade, co fin de tomar as decisión correctas.

Para nós, para as xeracións futuras, para a historia dos gregos.

Pola dignidade e a soberanía do noso pobo.

Atenas, 27 de xuño, 1 da mañá.

Fonte: Somos Ninguén
__________________

martes, febreiro 17, 2015

O ultimato à Grécia e já nada será como dantes, ... Por Francisco Louça


Desde Artabra 21 recomendamos este artigo de Francisco Louça [*] para comprender a encrucilhada na que vive o povo grego nestes dias decisivos de negociação co poder europeu.

Uma reunião relâmpago do Eurogrupo e um ultimato: a Grécia tem quatro dias para repor o programa de austeridade que foi recusado pelas urnas.

Deste modo, nestes dias vertiginosos, três traços ficam claros. Primeiro, todo o aparelho político europeu se uniu contra a Grécia: na conferência de imprensa que apresentou o ultimato juntaram-se, simbólica e excepcionalmente, dois socialistas, Moscovici e Dijsselbloem, e duas figuras da direita europeia, Lagarde e Tusk. A Grécia está isolada, todos os governos de direita e de centro querem a sua punição e só tem o apoio de quem recusa a destruição (o Financial Times dá conta da carta de 32 personalidades insistindo na mudança da posição do Estado português).

Segundo, a União Europeia não admite nenhuma alternativa à austeridade. A escolha é esta: ou a Grécia continua as privatizações e a compressão salarial ou é expulsa, não se sabe como ou com que legitimidade, mas fica de fora. A Europa é a austeridade. É uma prisão.

Terceiro, o governo alemão está disposto a tudo, mesmo a uma grotesca arrogância que pouca gente acharia plausível. Ao dizer hoje que “sinto muito pelos gregos, que elegeram um governo que se porta de forma irresponsável”, Schauble ultrapassou uma barreira de agressividade e impunidade que terá consequências. A Alemanha passou a ser isto.

Assim, ninguém – o Eurogrupo, o governo alemão, os outros governos – deixou qualquer dúvida: ou a Grécia se verga ou sai do euro. A Grécia nem teria o direito de divulgar a proposta que lhe foi feita, acrescentam as autoridades europeias, e se o fez, é uma “provocação”, persiste o Eurogrupo, porque nenhum governo pode dar a conhecer este segredo.

Do outro lado, o governo grego usou todas as armas que a democracia pode gerar. Obteve um mandato eleitoral claro. Procurou o apoio da opinião pública em todos os países. Conduziu uma disputa política que nunca ninguém tinha visto na Europa. Destapou a face de uma Alemanha imperialmente exibicionista. Usou o seu recurso mais importante: propôs negociações prudentes, esperando que o adversário não usasse a arma de destruição massiva. Mas encontrou um muro de “intimidação” (Tsipras) ou de imitação de “tortura” no estilo da CIA (Varoufakis) e, em todo o caso, a condição do ultimato: ou continua a austeridade ou rua.

As autoridades europeias colocaram-se por isso numa posição em que não admitem nada senão a cedência. Assim, o que se vai passar nos próximos dias, salvo mudança miraculosa, parece estar escrito. Pode haver ou não nova reunião do Eurogrupo, mas, segundo as autoridades europeias, a condição preliminar é que a Grécia reponha a política de Samaras e do PASOK. A partir daí, não havendo acordo, começa a contagem decrescente para o “Armagedeão”, nos termos de Varoufakis, e será o BCE o instrumento da cólera desta divindade: no dia em que cortar o crédito de liquidez aos bancos gregos, a Grécia tem de emitir moeda para salvar o país. E esse dia poderá vir em breve. A Grécia pode então reagir de muitas formas. Pode convocar uma sessão extraordinária do parlamento, pode pedir a opinião da população e organizar um referendo. Mas terá poucos horas para responder ao ataque, porque terá sido expulsa do euro, pela força ilegítima de um ultimato, seguido de uma retaliação.

As consequências de um desfecho deste tipo são imensas e voltarei ao tema em breve. Em todo o caso, não será menos do que mudar a vida da esquerda, que será forçada a reconhecer que nesta Europa o destino é a austeridade. E mostrar, o que também não é pouca coisa, que na União não se respeitam regras nem leis nem tratados, a Alemanha manda e é tudo.

O ultimato à Grécia é o culminar do desastre da austeridade. Mas é também o início de tempos muitos mais perigosos.

16 de fevereiro de 2015
Publicado em publico.pt

Recomendamos ir ao sitio original onde há muitos comentários de interesse a este artigo.

[*] Francisco Louçã, nascido em Lisboa, economista, professor universitário. Foi deputado (1999-2012). Os últimos livros que publicou foram "Os Burgueses" (Bertrand, 2014, com J. Teixeira Lopes e J. Costa) e “A Solução Novo Escudo” (Lua de Papel, 2014, com João Ferreira do Amaral). Também se dedica agora a este Tudo Menos Economia e ao que mais se verá.
_______________

mércores, xaneiro 28, 2015

O goberno de Tsipras toma posesión e prepara as súas primeiras medidas


O goberno de Tsipras toma posesión e prepara as súas primeiras medidas


Os membros do novo goberno de Grecia tomaron posesión dos seus cargos esta tarde nunha cerimonia dividida en dúas, unha con presenza de símbolos relixiosos e outra exclusivamente civil. O equipo está dividido en dez carteiras, fronte ás 18 de anteriores executivos, por motivos de austeridade, segundo explicaron desde Syriza.

No apartado económico é onde o partido envorcou os seus mellores recursos. O ministro de Economía, un dos homes fortes do Executivo nesta dura etapa de negociacións coa Troika que se abre, é Yannis Varufakis. Flanqueara-lle na negociación do memorándum o vicepresidente, Yannis Dragasakis. Outro economista, Yorgos Stazakis, profesor de Teoría Marxista na Universidade de Creta e experto en desenvolvemento rural, será o encargado do Ministerio de Desenvolvemento.

Varoufakis, profesor nas universidades de Atenas e Texas e considerado como un dos ideólogos de Syriza, asesorou ao ex primeiro ministro Yorgos Papandreu antes de que tomase o cargo. Algúns lle definen como un radical e outros como un reformista pragmático.

Agora, o seguinte paso do Executivo heleno será poñer en marcha un paquete de medidas urxentes encamiñadas a cumprir o chamado Programa de Salónica, que inclúe entre as súas principais orientacións o alivio inmediato ás vítimas da crise, a recuperación económica, a creación de emprego e a reforma do Estado. A primeira das accións que levará a cabo o novo goberno será elevar o salario mínimo dos 580 aos 751 euros e anular as reformas laborais que suprimían a negociación colectiva.

O plan inclúe 12.000 millóns de euros para implementar medidas que palien os efectos da crise económica e os recortes nas familias gregas. Para financialo, entre outras cousas, o Executivo perseguirá a evasión fiscal.

Tamén estará entre estas primeiras medidas a elaboración de leis para fornecer electricidade gratuíta por centos de miles de fogares helenos baixo o limiar de pobreza. Botóuselle en cara ao Goberno de Tsipras que non figure ningunha muller á fronte dos ministerios. De igual modo foi polémico o nomeamento como ministro de Defensa de Panos Kamenos, líder de Gregos independentes, unha escisión de Nova Democracia situada na dereita nacionalista, oposta ao memorándum.

Publicado en 'La Marea' | 27 de xaneiro de 2015.
---
Por Marcos Pérez Pena en falase de ... (Praza Pública), SinPermiso publica unha entrevista realizada pola televisión pública austríaca ao economista Yanis Varoufakis, probable negociador coa Troika do goberno de SyrizaVaroufakis sinala que "deberíamos limitarnos a propoñer esta simple cuestión: como podemos volver facer sostible a economía social griega de xeito que se minimicen para o alemán medio, para o europeo medio os custes da crise grega?".
_______________

Que é Grecia?, ... Por David Rodríguez

Por David Rodríguez [*]
28.01.2015

Que é Grecia hoxe? É o lugar da UE onde as contradicións xeradas polo enésimo intento alemán ao longo da historia de converterse no hexemón europeo son máis agudas. Que se está a evidenciar nos primeiros pasos do goberno Syriza (homenaxe a fusilados gregos polos nazis, inclusión dun partido de dereitas euroescéptico...)? Que o novo goberno grego está a concebir o campo de batalla como un proceso de liberación nacional e de recuperación de soberanía. (Así o entende tamén Jacques Sapir).

Que pode desbaratar esta estratexia? Non levar até as últimas consecuencias o proceso de emancipación política a respecto da UE se esta apenas ofrece un pequeno alivio da débeda grega en forma de adiamento de pagamentos,
"Se é que hai algún, o problema cos plans de Syriza pode ser que non son o suficientemente radicais. O alivio da débeda e unha flexibilización da austeridade poderá reducir o sufrimento económico, pero é dubidoso que sexa suficiente para producir unha forte recuperación. Por outra banda, non está claro que outra cousa podería facer calquera goberno grego a non ser que estea preparado para abandonar o euro." (Paul Krugman onte no NY Times).
un risco de desbaratamento que aniña precisamente na vaporosa ideoloxía europeísta que existe na propia Syriza.

Por que calquera comparación co proceso catalán é unha coña? Porque o proceso catalán, hexemonizado e conducido pola dereita, non só non afronta o que neste momento é o principal problema de todos os pobos sureuropeos (a súa condición de subalternos no reparto de traballo na UE) senón que -como única estratexia xeopolítica- o proceso catalán apela de facto ao amparo da propia UE como xeito de acadar a súa independencia.

Cal debería ser a tarefa de todas as esquerdas do Estado Español? Xa o dixen moi claramente noutra ocasión. Basicamente: decidir se son parte de Vichy/Saló ou dos aliados (nunca mellor traído o exemplo hoxe que se celebra o 70 aniversario da liberación de Auschwitz polo Exército Vermello).

En resumo, asumir o que o exemplo grego indica: a política concreta para a situación concreta, hoxe, ten que afrontar a cuestión da falta de democracia para os pobos dentro da UE. Unha Fronte Popular (que non populista) que recoñeza a pluralidade nacional do Estado Español, como a artellada contra a ameaza nazi-fascista durante os anos 30 do século XX (non por casualidade noutro momento de expansionismo alemán), segue a ter todo o sentido.

O Funambulista Coxo


Publicado o 27 de Xaneiro de 2015 no blogue:

ofunambulistacoxo.blogspot.com.

[*] David Rodríguez Rodríguez (Vigo, 1975), deseñador gŕafico, activista social, escritor e articulista. Membro do Consello Editorial de Altermundo. Mantén o blogue Ofunambulistacoxo desde o ano 2005. É autor das obras de teatro radiofónico 'O Bambán' e 'Nunca me esquecerei de ti' (gañadora e finalista respectivamente do I e IV Premio de Teatro Radiofónico do Diario Cultural). Escribiu o poemario 'Lapidarias. Os versos escuros' e participou no libro colectivo 'Non conciliados. Argumentos para a resistencia cultural'. E a escolma
'Retomando a palabra. Das guerras culturais ao crac financeiro'.O 17 de xaneiro de 2015, abre un novo blogue baixo nome de Lecturas Coxas que son traducións propias de textos interesantes ... @Ofunambulista, podese-lle contactar en ofunambulista[arroba]gmail.com.
_________________

martes, xaneiro 20, 2015

A vitoria de Syriza sería o punto de partida da batalla contra as medidas de austeridade da Troika - A eurodiputada galega Lidia Senra participa nunha delegacións internacional de apoio a Syriza


Lidia Senra está participando na primeira das dúas delegacións internacionais de apoio a Syriza coordenadas polo GUE-NGL. | "A vitoria de Syriza sería o punto de partida da batalla contra as medidas de austeridade da Troika". | Sanidade e educación, os dereitos sociais máis duramente atacados polas medidas de austeridade impostas pola Troika en Grecia.


Finalizou a primeira das dúas delegacións parlamentarias desprazadas a Grecia polo Grupo Confederal da Esquerda  Unitaria Europea-Esquerda Verde Nórdica (GUE-NG) en apoio a Syriza.

A eurodeputada de Alternativa Galega de Esquerda en Europa (AGEe) Lídia Senra, xunto ca presidenta do GUE-NGL Gabi Zimmer (Die Linke), a eurodeputada portuguesa do Bloco de Esquerdas Marisa Marías e o eurodeputado alemán Stefan Eck (independente), son as persoas integrantes desta primeira delegación.

Durante esta visita, aliás de coñecer de primeira man a situación do pobo grego, a participación en espazos con medios de comunicación e o mantemento de xuntanzas con representantes da formación política de esquerdas Syriza, as eurodeputadas do GUE-NGL mantiveron contactos con representantes sindicais que lles trasladaron unha análise pormenorizada das nefastas consecuencias que para a poboación grega están a ter as medidas de austeridade impostas pola Toika no país heleno.

Dende Atenas, Senra salienta que "a educación e a sanidade son dous dos sectores máis duramente golpeados polos recortes da Troika en Grecia". "Mantivemos unha xuntanza cun dos sindicatos de profesoras e profesores, onde puidemos constatar a terríbel situación de deterioro da ensinanza no país logo do despido de máis de 10.000 traballadoras e traballadores dende o ano 2009", relata a eurodeputada galega. E a esta forte redución do profesorado cómpre engadirlle tamén que "hai milleiros de profesoras e profesores que non están despedidos pero que se atopan en situación de 'suspensión', polo que as escolas non contan con persoal abondo".

A nivel sanitario, "están pechados case todos os centros de asistencia primaria", constatou, sendo moi admirábel a reacción do pobo grego, que foi quen de crear un servizo de clínicas de asistencia sanitaria social autoxestionadas para non deixar desatendida a ningunha persoa. "A sociedade organizouse e constituíu unha rede de clínicas de saúde por toda Grecia, dezasete delas en Atenas, que funcionan grazas á forte implicación da xente. Teñen tamén unha farmacia solidaria, subministrada a base de doazóns de medicamentos, e a onde acoden aquelas persoas que non poden pagar os tratamentos".

Xunto co resto da delegación internacional do GUE-NGL, Lídia Senra participou en varios actos da campaña electoral de Syriza en distintos barrios de Atenas. Tamén tivo a posibilidade de se  reunir con mulleres empregadas na limpeza do Ministerio de Economía grego, que levan xa 259 días en folga, acampadas diante desta institución, "dando a batalla pra que se manteña o emprego público na limpeza dos edificios gubernamentais". 

Dende Atenas, a eurodeputada de AGEe valorou tamén que, en relación á situación de ataque aos dereitos sociais por parte das medidas de austeridade impostas dende a UE, "aquí a destrución dos servizos públicos está máis avanzada, pero na Galiza  tamén vemos como as políticas de austeridade atacan fortemente á ensinanza e á sanidade, como cada vez máis persoas teñen dificultades para acceder aos servizos sanitarios, como despiden cada vez máis mestres e mestras, non se cobren as prazas do profesorado xubilado, etc." Neste senso, "é moi de valorar o esforzo e a decisión do pobo grego, que está organizado en base a redes de solidariedade para que ningunha persoa teña que padecer esta cruel crise en solitario" .

Para Senra, a vitoria de Syriza en Grecia, "é moi importante porque entendemos que vai iniciar un camiño para darlle a volta ás políticas da Unión Europea, por iso estamos aquí, porque pensamos que será o punto de partida da batalla contra as políticas de austeridade que estamos dando os pobos de Europa en xeral, e do sur en particular, para poñer os dereitos das persoas por diante dos intereses do Capital".

Aliás, Aternativa Galega de Esquerda en Europa quixo tamén expresar o seu pleno apoio a Syriza no proceso electoral en curso participando nunha campaña internacional de apoio por parte de distintas organizacións políticas da esquerda europea.

A eurodeputada de AGEe fixo parte desta campaña destacando a esperanza de que a vitoria de Syriza en Grecia sexa "a vitoria de todos os pobos do sur de Europa que estamos a sofrer as consecuencias dunha débeda que está a destruír os nosos servizos públicos, os nosos postos de traballo, que está a destruír as nosas vidas"[1], e desexou "todo o mellor para a vitoria de Syriza e a vitoria de tódolos pobos de Europa".

Atenas, 19 Xaneiro 2015.


[*] Lidia Senra, eurodiputada, da Alternativa Galega de Esquerda en Europa, no Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia/Esquerda Nórdica Verde.

Máis información:
Lídia Senra, eurodeputada de Alternativa Galega de Esquerda en Europa-GUE/NGL | Tlf: 609 845 861 lidia.senra@europarl.europa.eu |

Información baseada na enviada por:
AGEe Europa
-ageeneuropa@gmail.com-
19 de janeiro de 2015 18:43
__________________________

venres, xuño 14, 2013

Traballadoras e traballadores da televisión pública grega organizan a resistencia, mentras ocupan as dependencias, miles de persoas solidarizan-se e custodian o ente público desde o exterior


A televisión pública grega organizan a resistencia

Monitor ERT Online: [Acceder]


Os estudos centrais da Radio Televisión de Grecia (ERT) nesta capital permaneceron hoxe ocupados por decenas de miles de persoas que protestaron contra o decreto da súa pechadura e comezaron a participar na súa defensa.

O persoal da cadea pública puxeron en marcha as primeiras asembleas desde as que chamaron a participar na súa loita aos miles de persoas que desde fai dous días permanecen no exterior do edificio mostrando a súa solidariedade e apoio.

Nunha das que estivo presente Prensa Latina propúxose a creación de grupos de traballo que se encargasen de cuestións como a seguridade do edificio, a elaboración dunha axenda de colaboración con outros medios ou a programación de actividades tanto para os concentrados como para as emisións que aínda realiza a cadea pese ao bloqueo gubernativo.

Así, mentres nos corredores e o vestíbulo do edificio xurdían improvisados estudos de radio e platós de televisión, onde se entrevistaban a artistas ou intelectuais que se achegan sen interrupción a mostrar o seu apoio á canle, no exterior poñíase en marcha un comedor popular e o escenario no cal se desenvolven concertos durante a noite. O edificio era un hervidero porque centenares de persoas trataban de participar nas tarefas de organización, no medio dun numeroso grupo de xornalistas estranxeiros e dos membros da orquesta sinfónica da ERT, que proseguía os seus ensaios para ofrecer por terceira noite consecutiva un novo programa ás alí congregadas.

Pese a ter as comunicacións cortadas, tanto telefónicas como a traves de Internet, non houbo dificultade para seguir recibindo centenares de mensaxes de solidariedade desde todas partes do mundo, entre eles o da Radio Nacional de Mendoza desde Arxentina, a venezolana Radio do Sur e de persoas individuais de Nicaragua, Colombia ou España.

Igualmente houbo ao longo do día numerosas manifestacións en toda Grecia para protestar contra o desmantelamento da ERT, no marco dunha xornada de folga xeral convocada en apoio aos 2.700 persoas despedidas e contra o que os sindicatos cualificaron como un ataque "á información obxectiva e ao pluralismo informativo".

Prensa Latina , Atenas, 13 jun (PL)
mgt/acm

Na Wikipedia.

Fonte: Axencia Informativa Prensa Latina
__________________

mércores, xullo 11, 2012

#AmbSyriza. Entrevista a Stavros Karagkounis, 9 de xullo de 2012 - Vídeo da Entrevista - Vídeo da palestra no @ateneu_roig


O 6 de maio de 2012 unha coalición de partidos de esquerda baixo o nome de Syriza sorprendeu a Europa enteira, ao converterse na segunda forza política máis votada nas eleccións legislativas gregas, forzando a convocatoria de novas eleccións.

O electorado castigara duramente aos partidos favorables ao memorándum imposto pola UE, o BCE e o FMI, cuxas políticas de axuste terán graves consecuencias para o nivel de vida da gran maioría do pobo grego.

Nas segundas eleccións do 24 de xuño Syriza mellorou aínda máis os seus resultados, quedando só a pouco máis de 3 puntos da vitoria. Lonxe de ser un fracaso, os resultados proporcionan unha esperanza aos pobos ameazados polo capitalismo salvaxe que representa a Troika.

Stavros Karagkounis é membro de Syriza e está de visita en Catalunya estes días. Preguntámoslle sobre as claves do éxito do seu partido e si ve posíbel estender o fenómeno de Syriza a outros países europeos.



Unha reportaxe de oscar martínez (@racos1871). Con licenza Creative Commons. Recoñecemento - NoComercial (by-nc): Permítese a xeración de obres derivadas sempre que non se faga un uso comercial. Tampouco se pode utilizar a obra orixinal con finalidades comerciais.

Publicado en 10.07.2012 por

Enviado por:
Oscar Martínez

11 de julho de 2012 08:31

Palestra con Stavros Karagkounis, de Syriza, no @ateneu_roig



Fonte: http://quiendebe.blogspot.com.es/
__________

domingo, xuño 17, 2012

Dous filmes imprescindíbeis para entender o que está pasando en Grecia e no resto do mundo occidental, 'Debtocracy' e 'Catastroika' - Vídeos moi interesantes


Publicamos dous filmes imprescindíbeis para entender o que está pasando en Grecia e no resto do mundo occidental, 'Debtocracy' e 'Catastroika'. Desde Ártabra 21, pensamos que paga a pena buscar un tempo e atender no que nestes filmes intentan contar, paga a pena o esforzo que supón unhas horas de atención e de lectura dos subtítulos en portugués ou español, ... até seis idiomas. Aseguramos que non che vai deixar indiferente.

Por primeira vez en Grecia, un documentario producido pola xente do común. 'Debtocracy' busca as causas da crise da débeda e propón solucións que o goberno e os medios de comunicación dominantes ocultan. O documentario distribúe-se en liña baixo licenza Creative Commons desde o 6 de Abril de 2011, con subtítulos en varios idiomas.

Aris Chatzistefanou e Kateřina Kitidi preguntan e escoitan a economistas, xornalistas e intelectuais de todo o mundo, que describen os pasos que levaron a Grecia a débeda trampa actual para 'Debtocracy'. O documentario segue o curso de países como Ecuador, que creou as comisións de auditoría, e acompaña o proceso semellante na Grecia.

'Debtocracy' presenta aos académicos David Harvey, Samir Amin, Costas Lapavitsas e Gerard Dumenil, o filósofo Alain Badiou, o xefe da Auditoría do Ecuador Comisión Hugo Arias, presidente do CADTM Eric Toussaint; xornalistas como Avi Lewis (co-creador do documental "O Take ") e Jean Quatremer, así como figuras públicas como Manolis Glezos e Wagenknecht Sahra (do partido Die Linke alemán).

A banda sonora foi escrita por Yiannis Aggelakas, Georgiadis Ermis e RSN Aris, mentres que o xornalista e economista Leonidas Vatikiotis editan todo o proxecto. BitsnBytes comezou a produción de 'Debtocracy', que foi seguida por Aris Triantafyllou.

Os creadores de 'Debtocracy' traballaba con financiamento popular. Co fin de evitar calquera tipo de dependencias, volveron-se para os sindicatos e os sindicatos dos traballadores para o financiamento. Sobre todo, porén, volveron-se para as cidadás e cidadáns, que axudaron a co-producir a película. A resposta do público foi impresionante o que lles levou a emprender un novo proxecto: o 'Catastroika' documentario, que presentamos neste mesmo post como segundo filme.

Neste segundo documentario analizan a privatización dos activos do estado. Viaxan polo mundo recollendo información sobre a privatización en países desenvolvidos e buscando as chaves ao día seguinte despois do programa de privatización masiva en Grecia. O documentario segue o tema das privatizacións das empresas públicas con mais detalle, empresas en sectores chave de economías: comunicacións, enerxía, transportes e auga, fundamentalmente. Importantes infraestruturas pagadas con diñeiro público, van caer de saldo en mans das oligarquías financeiras.

Contemplamos baixo os efectos dun relaxante e tranquilizante social, medio-conformados coa situación, "maloserá", un dos maiores saqueos da historia da humanidade. O mellor e ver os documentarios online ou descarga-los ao computador.

Saúde e Liberdade !


'Debtocracy' (subtitulado)

Excelente documentario realizado polos xornalistas gregos Katerina Kitidi e Ari Hatzistefanou, e distribuído na Rede libremente polos seus autores, que busca as causas da crise e da débeda en Grecia e a"Eurozona", e que propón solucións que o Goberno e os medios de comunicación dominantes ocultan.

Ano: 2011 | Duración: 74 Minutos | Audio: Inglés | Subtitulado: Si (Aquí púxemo-los en portugués mais poden-se elexir 6 idiomas)

Páxina oficial do filme:

http://www.debtocracy.gr/indexen.html


Debtocracy International Version por ThePressProject


'Catastroika' (subtitulado)

O documentario descobre os resultados da actual venda dos recursos públicos de Grecia, esixidos a fin de afrontar a inmensa débeda soberana do país. Slavoj Zizek, Naomi Klein, Luís Sepulveda, Ken Loach e Greg Palast falan sobre as medidas de austeridade, o goberno grego así como do ataque contra a Democracia en Europa, trala propagación xeral da crise financeira. Académicos e especialistas como Dani Rodrik, Alex Callinicos, Ben Fine, Costas Douzinas, Dean Baker e Aditya Chakrabortty presentan aspectos descoñecidos dos programas de privatización en Grecia e no estranxeiro. Os creadores de 'Debtocracy', os xornalistas Aris Chatzistefanou e Katerina Kitidi, utilizan este término para dar nome a este novo documentario, lóxica secuela e continuación do anterior, no que se examinaron as causas da crise de endebedamento en Grecia e na periferia de Europa. Ademais tamén está coproducida polo público, que contribuíu financeira e ideoloxicamente na súa creación e está dispoñíbel de forma gratuita baixo licenza Creative Commons.

Ano: 2011 | Duración: 80:00 | Idioma: Inglés | Subtitulado: Si (Aquí púxemo-los en portugués mais poden-se elexir 6 idiomas)

Páxina oficial do filme:
http://www.catastroika.com/indexes.php


CATASTROIKA - Multilingual por infowar


Moitas grazas polo apoio. No caso de querer doar, para o proxecto, entra na páxina oficial de calquera dos filmes

'Catastroika' e 'Debtocracy' son dous un documentarios de financiamento colectivo con Licenzas Creative Commons.

Fontes: http://www.dailymotion.com/infowar#video=xqdvex | http://www.dailymotion.com/ThePressProject#video=xik4kh | http://docsprimus.blogspot.com.es/
__________________

mércores, xuño 13, 2012

Cerco à Grécia: o fim das metáforas, ... Por Saul Leblon


Por Saul Leblon [*]
13.06.2012


O exército do dinheiro afia as armas e prepara o cerco à sociedade grega. Faz parte desse planejamento inocular doses crescentes de terror psicológico na sua população. O Brasil sabe como essa coisa funciona: vazamentos; chantagens; manchetes encadeadas; ataques a reputações, interditos e linchamentos ideológicos. Já está acontecendo; deve ganhar intensidade nesses cinco dias que antecedem o pleito de domingo na Grécia. É uma página da história que convém ler com vagar.

Onze milhões de pessoas decidirão se a economia que representa apenas 2% do PIB europeu passará a trabalhar pela sociedade ou contra ela para continuar a servir a banqueiros e credores que já ficam com 97% de suas receitas (inclusive linhas de 'socorro'). A crueza do conflito instalado pela desordem neoliberal no país - com o apoio ativo da elite local - é tal que colocou em desuso as metáforas.

A Grécia corrobora a tese de que a democracia promete mais do que o capitalismo pode dar e está disposto a conceder. Soberania na escolha do futuro, por exemplo, e direito de rejeitar as bases desastrosas do passado. A economia grega patina em recessão há quatro anos. O dado disponível para este ano aponta uma nova queda do PIB da ordem de 6,5% no primeiro trimestre. O desemprego de 21,9% é o segundo maior do euro.

Abaixo dele, apenas o da Espanha, 'socorrida' também pelos credores neste sábado em troca de contrapartidas que o governo direitista prefere até ocultar. Os gregos têm sacudido nas ruas a aparente frieza do desastre neoliberal. E o fazem também com a própria vida. As taxas de suicídio cresceram mais de 40% na crise, em chocante contraste com a boutade mercadista de Angela Merkel, para quem tudo ali se resume a uma indolência inata ao trabalho.

Os indolentes querem assumir o comando do seu destino nas eleições de domingo, mas uma gigantesca operação de asfixia está em curso para sufocar o levante antes que ele se cristalize. A sociedade que já perdeu 1/5 de quase tudo, empregos, salários, aposentadorias, leitos hospitalares etc está sendo ameaçada de confinamento financeiro e político se insistir em reinventar seu contrato social nas urnas.

Para que servem então as urnas se o anterior foi literalmente destruído "pelas imposições dos mercados', conforme disse à Carta Maior, Errikos Finalis, dirigente do secretariado do Syriza, em entrevista ao correspondente em Londres, Marcelo Justo.

Respostas nada amigáveis partem de Bruxelas, Berlim e do FMI. As setas advertem: se a esquerda vencer dia 17, os gregos perderão o direito de sacar livremente seu dinheiro nas agências bancárias; sua cidadania européia sofrerá uma cassação branca: acena-se com restrições à migração nas zonas de fronteiras do euro; o fluxo de capitais será administrado pelas autoridades de Bruxelas.

Involuntariamente, ou não, na forma e no conteúdo, o capital financeiro e seus aparatos assumem diante da audácia grega a natureza de uma força de ocupação que captura a máquina do Estado, domina as instâncias do mercado e desautoriza as prerrogativas da democracia - a menos que os eleitores se resignem ao estado de exceção permanente.

Publicado no o Blog das Frases no Portal Carta Maior | 11.06.2012

[*] Saul Leblon, é um jornalista brasileiro, São Paulo.,

Enlaces de interese:

Συνιστώσες ΣΥΡΙΖΑ
http://www.syriza.gr
ΑΚΟΑ
http://www.akoa.gr/
Αντικαπιταλιστική Πολιτική Ομάδα (ΑΠΟ)
http://antipol.wordpress.com/
ΔΕΑ
http://www.dea.org.gr/
ΔΗΚΚΙ
http://www.dikki.org/
ΕΝΕΡΓΟΙ ΠΟΛΙΤΕΣ
ΚΕΔΑ
ΚΟΕ
http://www.koel.gr/
ΚΟΚΚΙΝΟ
http://www.kokkino.org/
ΟΙΚΟΣΟΣΙΑΛΙΣΤΕΣ ΕΛΛΑΔΑΣ
http://www.ecosocialists.gr/
Ομάδα Ρόζα
http://www.omadaroza.blogspot.com/
ΡΙΖΟΣΠΑΣΤΕΣ
http://www.rizospastes.gr/
ΣΥΝΑΣΠΙΣΜΟΣ
http://www.syn.gr/

KKK
http://es.kke.gr/
_________________

xoves, xuño 07, 2012

O filósofo esloveno, Slavoj Žižek, participou na campaña da Syriza e dixo que a coligazón da esquerda radical grega é hoxe "a única oportunidade para a Europa"


Interesantísimo video subtitulado do filósofo esloveno Slavoj Žižek participando nun acto da Syriza. A obra de Slavoj Žižek integra o pensamento de Jacques Lacan co de Marx e Hegel, e nela destaca unha tendencia a exemplificar a teoría coa cultura popular. 


Tirado de Esquerda.net 
 
Slavoj Žižek:
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/1d/Slavoj_Zizek_in_Liverpool_2.jpg/200px-Slavoj_Zizek_in_Liverpool_2.jpgNascido na antiga Jugoslávia, em Liubliana, hoje capital da Eslovénia), doutorou-se em Filosofia na sua cidade natal e estudou Psicanálise na Universidade de Paris. Žižek é conhecido por seu uso de Jacques Lacan numa nova leitura da cultura popular, abordando temas como o cinema de Alfred Hitchcock e David Lynch, o leninismo e tópicos como fundamentalismo e tolerância, correcção política, subjectividade nos tempos pós-modernos e outros.
Em 1990, candidatou-se à presidência da República da Eslovénia.
Žižek é professor da European Graduate School e pesquisador sénior no Instituto de Sociologia da Universidade de Liubliana. É também professor visitante em várias universidades estadunidenses, entre as quais estão a Universidade de Columbia, Princeton, a New School for Social Research, de Nova Iorque, e a Universidade de Michigan.

luns, xuño 04, 2012

Syriza apresenta programa económico - O que é a Syriza? - As proposta da esquerda em Grécia - Este 17 de Junho, em Grécia pode-se proroduzir a primeira derrota eleitoral da dereita e do social-liberalismo


Syriza apresenta programa económico

Embalado pela sondagem de quinta-feira, que deu 31.5% de intenções de voto à coligação de esquerda grega, Alexis Tsipras voltou a prometer rejeitar o memorando da troika e reverter o corte salarial e o plano de privatizações.


"Ou se implementa o memorando, ou se cancela", afirmou o líder da Syriza, citado pelo diário Ekathimerini, criticando as promessas da Nova Democracia e do PASOK de renegociar o memorando caso alcancem a maioria nas eleições de 17 de junho. Tsipras condenou ainda a campanha de medo e chantagem aos eleitores, destinada a transformar as eleições num referendo à permanência da Grécia na zona euro.

"O falso dilema euro-dracma revelou-se um favor dos responsáveis da União Europeia aos seus amigos necessitados que lhes pediram ajuda", afirmou Tsipras, referindo-se à notícia da Reuters acerca do pedido do ex-primeiro ministro Lucas Papademos a Durão Barroso para que este fizesse uma declaração forte sobre a possibilidade da Grécia sair do euro.

Tsipras apresentou um "plano de reconstrução nacional" com o objectivo de "reduzir a nossa dívida ou uma moratória e suspensão do pagamento dos juros até que a economia estabilize ou mostre sinais de recuperação". "O serviço da dívida deve estar ligado á taxa de crescimento da Grécia", acrescentou Alexis Tsipras.

Uma das medidas propostas é a rejeição do corte de 22% no salário mínimo, fazendo-o regressar aos 751 euros e alargar o subsídio de desemprego a um período de dois anos em vez de um. Para estabilizar a economia, a Syriza defende uma despesa pública entre 43% e 46% do PIB, em vez dos 36% previstos no memorando da troika. Para aumentar as receitas de 41% para 45% do PIB, a média comunitária, Alexis Tsipras propõe taxar a riqueza e os rendimentos milionários. E para implementar estas reformas, a Syriza quer criar um registo de bens detidos por cidadãos gregos no país e no estrangeiro, com a sua apreensão em caso de declarações falsas. A redução do IVA nos produtos alimentares essenciais, uma reforma fiscal menos penalizadora dos baixos rendimentos, o fim das isenções fiscais aos armadores, o investimento em tecnologia e meios humanos para combater a evasão fiscal e a nacionalização dos bancos recapitalizados pelo Estado são outras das propostas da Syriza para inverter o caminho da economia grega para a ruína.

Para viabilizar o sistema de segurança social, Tsipras quer usar as receitas da exploração de petróleo e gás para criar um fundo que garanta o futuro das pensões gregas. "O povo grego não está a pedir dinheiro. Não são pedintes. Querem trabalhar e poder suportar o seu custo de vida", afirmou o líder da Syriza, garantindo que "isto pode ser atingido sem os duros cortes impostos pelo memorando".

2 de Junho de 2012


O que é a Syriza?

A derrota dos partidos da troika nas eleições de 6 de maio é fruto da resistência social que nos últimos anos tem marcado a vida política na Grécia. Nas urnas, o eleitorado recompensou as propostas socialistas da coligação Syriza e deram-lhe a responsabilidade de liderar a oposição à austeridade e à ruína do país. Dossier organizado por Luís Branco.

Dossier: O que é a Syriza?

Neste dossier, explicamos a história da Syriza e do seu líder Alexis Tsipras, que vê hoje a Grécia na linha da frente duma batalha decisiva entre os povos e o capitalismo. Publicamos o resumo dos 10 Compromissos da última campanha, a carta de Tsipras a Barroso e a mensagem de solidariedade do Bloco. O futuro do euro é o tema forte das entrevistas com Yiannis Bournous e Nasos Illopoulos - responsáveis pela política internacional e pela juventude do maior partido da coligação, o Synaspismos - e a Sofia Sakorafa, a antiga atleta olímpica que rompeu com o PASOK e foi a candidata mais votada da Syriza nas eleições de maio.

Publicado o 19 de Maio de 2012 en esquerda.net.
______________