Amosando publicacións coa etiqueta Catalunya. Amosar todas as publicacións
Amosando publicacións coa etiqueta Catalunya. Amosar todas as publicacións

venres, outubro 27, 2017

Lágrimas de emoción no instante en que se proclamou a República Catalana: Constituímos a República catalá, como Estado independente e soberano, de dereito, democrático e social - Concentración, hoxe, en Ferrol, como noutras cidades da Galiza, contra a aplicación do 155

Lágrimas de emoción no instante en que se proclamou a República Catalana
Foto de Francesc Melcion

"Constituímos a República catalá, como Estado independente e soberano, de dereito, democrático e social". A revolución democrática catalá escrebe hoxe unha páxina para a historia. O Parlament aprobou a declaración de independencia de Catalunya. Nace esa República nun contexto enormemente adverso, cun Estado español disposto a utilizar toda a súa forza para aplicar o artigo 155. Que foi aprobado polo Senado, este mediodía, por 214 votos a favor e 47 en contra.

O Parlamento declara a República e inicia o processo constituinte. Junts pel Sí e a CUP defenden a lexitimidade da Declaración da Independencia, en aplicación do "mandato" do referendo do 1 de Outubro.

Máis info no xornal cartalán Ara e no xornal galego Sermos Galiza.


Concentración, hoxe, contra a aplicación do 155

Hoxe, venres 27 de outubro, en Ferrol como noutra cidades da Galiza e do resto do Estado, están convocadas mobilizacións contra a aplicación do artigo 155. Ás 8 da tarde, na Praza Amada Garcia, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia.


_____

sábado, setembro 30, 2017

#MúsicasGalegasambCatalunya - Músicas Galegas Amb Catalunya, é um grupo de músicas e músicos galegas que se juntarom para mostrar seu o apoio e solidariedade com Catalunya em favor do direito a votar e a decidir como povo - Manifestación Nacional para o sábado día 30 de setembro con saída ás 12h na Alameda de Compostela baixo o lema: Democracia é decidir


#MúsicasGalegasambCatalunya

Músicas Galegas Amb Catalunya, é um grupo de músicas e músicos galegas que se juntarom para mostrar seu o apoio e solidariedade com Catalunya em favor do direito a votar e a decidir como povo.


https://youtu.be/uapqHra0zls

LETRA DE L'ESTACA EN GALEGO
O avô Siset falava, umha manhã no portal
enquanto o sol aguardávamos, e os carros víamos passar.
Siset, ti nom vês a estaca onde estamos bem atados?
Se nom podemos ceivar-nos nunca poderemos caminhar!
Todas puxando, ela cairá e muito tempo nom há durar
seguro que tombar, tomba, tomba, bem carcomida há estar já.
Se puxo forte para aqui, ti puxas forte para lá,
seguro que tomba, tomba, tomba, e havemo-nos liberar.
Mas, Siset, há muito tempo já, que tenho as mãos esfoladas
e quando a força me falta, ela é mais larga e mais grande
Bem sei que a estaca está podre, mas, pesa tanto, Siset,
que às vezes fico sem força, di-me outra vez o cantar.
Todas puxando, ela cairá e muito tempo nom há durar
seguro que tombar, tomba, tomba, bem carcomida há estar já.
Se puxo forte para aqui, ti puxas forte para lá,
seguro que tomba, tomba, tomba, e havemo-nos liberar.
O avô Siset nom di nada, um vento mau o levou
só el sabe para onde, e eu embaixo do portal.
E enquanto os novos passam, ergo o pescoço a cantar
o derradeiro canto do Siset,o derradeiro que ensinou.
Si estirem tots, ella caurà i molt de temps no pot durar.
Segur que tomba, tomba, tomba, ben corcada deu ser ja.
Si jo l'estiro fort per aquí i tu l'estires fort per allà,
segur que tomba, tomba, tomba, i ens podrem alliberar.
#MúsicasGalegasambCatalunya

Canle de GZmúsica publicado o 29 de setembro de 2017
---

Manifestación Nacional para o sábado día 30 de setembro con saída ás 12h na Alameda de Compostela baixo o lema "Democracia é decidir" onde nos queremos sumar aos desexos do pobo catalán para decidir libremente o seu futuro sen mais limitacións que as que eles e elas decidan democraticamente. | +info.
________

A Catalunha e nós,... Por José Soeiro - ...a Constituição da República Portuguesa continua a dizer, no seu artigo 7º, que “Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação...


Por José Soeiro [*]
30.09.2017


"Quer que a Catalunha seja um Estado independente em forma de República?" É esta a pergunta que o Governo espanhol não aceita que seja feita ao povo da Catalunha no próximo dia 1 de outubro e que motivou um verdadeiro assalto da polícia espanhola às instituições catalãs. Que relativamente à resposta haja opiniões fortemente divergentes e uma contenda constitucional, é normal. O que não se percebe é que desfecho ambiciona a monarquia e o governo do PP com esta atitude. Até ver, o seu gesto autoritário, que na prática impõe um estado de exceção e suspende direitos fundamentais como a liberdade de expressão e o direito de reunião na Catalunha, só pode atiçar ainda mais o incêndio.

Se dúvidas houvesse, bastaria olhar para o passado recente. A rejeição e a anulação do estatuto de autonomia da Catalunha, aprovado pelo povo catalão e negociado com Madrid em 2006, foi um poderoso carburante para o sentimento nacionalista (segundo os estudos de opinião, mais do que dobrou desde então). Em vez de explorar a via do diálogo, a estratégia do PP de Rajoy tem sido bloquear qualquer interlocução política e tratar a questão catalã como sendo do foro judicial. Assim, invocando a Constituição e o facto de esta não prever referendos sobre a matéria, o governo de Madrid lançou uma vaga de repressão política, com a intimidação de altos funcionários catalães (acusados dos crimes de desobediência, prevaricação e desvio de fundos, por estarem a organizar um referendo “não autorizado”), a interdição da atividade pública de líderes eleitos e, agora, a apreensão de mais de 10 milhões de boletins de voto, o confisco das urnas e a prisão de altos dirigentes.

Demonstração de força? Não. Na verdade, esta atitude desesperada só demonstra a fragilidade do Estado espanhol e da estratégia do PP (com o apoio do Ciudadanos e a conivência do PSOE). Desde logo, porque as leis existem (e a Constituição em primeiro lugar) por serem expressão da vontade democrática e da soberania popular e não para impedi-las ou amordaçá-las. Além disso, o gesto autoritário só contribuiu para unificar e dar força a quem contesta o poder de Madrid. Independentemente da posição de cada um sobre a criação de uma República Catalã separada da monarquia de Castela, o campo do “sim” já não é apenas o dos independentistas. É de quem diz sim à própria democracia, à possibilidade da consulta e ao respeito pela soberania popular.

Há alguns meses, as sondagens revelavam que 70% dos catalães eram a favor da possibilidade de se pronunciarem em referendo, mas que, confrontados com a resposta que dariam na consulta, os que se pronunciavam contra a independência eram supostamente mais (49%) do que os que se pronunciavam a favor (42%). Agora é bem provável que o campo da independência tenha ganho uma expressão maior – graças, entre outros, a Rajoy. De facto, o nacionalismo espanholista tem sido o maior produtor do independentismo catalão.

Não vale a pena simplificar a reivindicação nacionalista como se fosse uma espécie de resquício de um tempo obsoleto, a expressão de um “egoísmo” chauvinista próprio de uma região rica, dos interesses da burguesia local (que aliás, diga-se, tem entre os seus representantes alguns dos principais opositores à independência) ou um exemplo de regressão identitária contra o suposto “cosmopolitismo” da União Europeia ou de um Estado espanhol multinacional.

Essas caricaturas, além de impedirem uma leitura séria de uma reivindicação com raízes populares fundas e que se faz também em torno de direitos, acabam por fazer o jogo do nacionalismo hegemónico, ou seja, do nacionalismo espanholista, da sua narrativa de dominação e da sua estratégia repressiva. Pelo contrário, na base da reivindicação independentista, que atravessa as fronteiras da direita e da esquerda, está o direito à autodeterminação, um valor essencial da tradição progressista e democrática. Não por acaso, a Constituição da República Portuguesa continua a dizer, no seu artigo 7º, que “Portugal reconhece o direito dos povos à autodeterminação e independência e ao desenvolvimento, bem como o direito à insurreição contra todas as formas de opressão” e nunca, no nosso país, ninguém ousou propor que se eliminasse o artigo. Vale a pena, por isso, que o nosso Governo volte a lê-lo por estes dias, antes de se pronunciar sobre o que está a acontecer.

[*] José Soeiro é sociólogo e dirigente do Bloco de Esquerdas em Portugal.

Publicado em esquerda.nethttp://www.esquerda.net/opiniao/catalunha-e-nos/51021 o 24 de setembro de 2017.
_________________

venres, setembro 29, 2017

A eurodiputada galega Lídia Senra visita Catalunya para seguir o referendo dentro dunha delegación parlamentaria internacional


Lídia Senra visita Catalunya para seguir o referendo dentro dunha delegación parlamentaria internacional. | A deputada galega estivo hoxe no Parlament catalán e na Generalitat, participando nas reunións con Puigdemont, Forcadell e Romeva. | A europarlamentaria, que chama a respectar o dereito de autodeterminación dos pobos, permanecerá até o luns en Barcelona.


Barcelona, 29 de Setembro de 2017. A eurodeputada galega Lídia Senra atópase xa en Catalunya, onde permanecerá até o próximo luns, para seguir o referendo do 1 de outubro dentro dunha delegación parlamentaria internacional organizada por Diplocat. En calidade de visitante, Senra mantivo xa este venres pola mañá varios encontros en Barcelona, que incluíron reunións coa presidenta do Parlament catalán, Carme Forcadell, na sede da institución catalá; e co presidente do Goberno catalán, Carles Puigdemont, e o conselleiro de Asuntos Exteriores, Relacións Institucionais e Transparencia, Raül Romeva, no Palau da Generalitat. Tamén tivo a oportunidade de escoitar a diferentes expertos académicos en materia económica e política, así como a diferentes representantes da sociedade civil catalá.

A eurodeputada galega, integrada no Grupo Confederal da Esquerda Unitaria Europea/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL) do Parlamento Europeo, está a comprobar en directo o sentir da poboación catalá, en defensa do seu dereito a votar. Preocupada polas trabas coas que o Goberno do Estado español está tentando intimidar ao pobo catalán para que renuncia á súa vontade de exercer o dereito de Autodeterminación, Senra defendeu unha vez máis “o dereito dos pobos a decidir sobre as súas propias formas de goberno e o seu desenvolvemento económico, social e cultural, sen inxerencias externas e de acordo ao principio de igualdade”. “Estamos a falar dun dereito que está recollido nos Pactos Internacionais de Dereitos Humanos da Asemblea Xeral das Nacións Unidas”, reiterou Senra, que advirte que “quen queira poñerlle portas ao campo en Catalunya equivócase totalmente”.

A preocupación polo clima de confrontación que o Goberno do Partido Popular está instigando contra o pobo catalán, así como a instrumentalización das estruturas xudiciais e policiais para poñer en marcha detencións, rexistros en domicilios e empresas e cuantiosas multas a persoas que están participando da organización do referendo, está a ser subliñada tanto por Lídia Senra como por numerosas eurodeputadas de distintos grupos políticos.

Así, xunto con máis de trinta eurodeputados/as a pasada semana denunciou diante da Comisión Europea o acoso por parte da Fiscalía española a máis de setecentos alcaldesas/es catalás. Tamén forma parte do case medio cento de deputadas/os europeos que subscribiron unha carta dirixida a Mariano Rajoy instándoo a poñer fin á violación dos dereitos civís da cidadanía de Catalunya, e das representantes europeas que se dirixiron ao vicepresidente da Comisión Europea, Frans Timmermans, para denunciar a vulneración do dereito de liberade de expresión que supón a prohibición de actos públicos que pretendían abordar o tema do referendo.

Asemade, tamén dende Galiza, no marco do coloquio sobre os desafíos aos que está a facer fronte esquerda política internacional, celebrado a pasada semana en Santiago de Compostela, a eurodeputada galega voltou amosar o seu apoio ao dereito do pobo catalán a expresarse a través das urnas do referendo convocado pola Generalitat.

Ademais, a través dunha pregunta parlamentaria, Lídia Senra solicitou tamén saber exactamente se a Comisión Europea contempla reaccionar ante a vulneración de dereitos fundamentais que está a protagonizar o Goberno do Partido Popular contra o pobo catalán, a través por exemplo da posta en marcha dun mecanismo preventivo ou incluso sancionador contra o Estado español por estas prácticas seguindo o Artigo 7 do Tratado da Unión Europea, que establece medidas para facer fronte a ameazas sistémicas ao Estado de Dereito nos países da UE.
________

Eurodeputada galega integrada no Grupo Confederal da Esquerda Unitaria Europea/Esquerda Verde Nórdica (GUE/NGL)

lidia.senra@europarl.europa.eu

http://ageuropa.gal/

@LidiaSenra

Enviado por:
AGE Europa - Galiza
-age.europa.galiza@gmail.com-
29 de setembro de 2017 18:02

__________________

mércores, setembro 27, 2017

A policía identifica e retén 4 persoas en Ferrol por anunciar a manifestación do 30S en Compostela a favor do referendo, onde o pobo catalán exercerá o lexítimo direito a decidir o seu futuro


Catro persoas foron identificadas e retidas no bairro da Magdalena de Ferrol por axentes da policía española por facer propaganda da manifestación que este sábado, 30 de setembro, terá lugar en Compostela na defensa do referendo. Segundo informa a Fundaçom Artábria –da que fan parte como socias estas catro persoas-, o “amplo dispositivo da policía española” chegou a ameazar nun primeiro momento con requisar o material que anunciaba a mobilización. “Finalmente desistiron depois de 20 minutos de retención ilegal cando non atoparon a palabra 'referendo' no cartaz”, afirman.

As catro persoas estiveron detidas por volta de 20 minutos, nuns feitos que tiveron lugar na tarde noite desta terza feira. Desde Artábria, que integra a Plataforma Galiza con Catalunya, reafirman perante estes feitos: “manifestamos o noso apoio ao referendo do 1 de outubro, onde o pobo catalán exercerá o lexítimo direito a decidir o seu futuro”.

A Fundaçom Artábria informa que estiveron retidos 20 minutos e que os axentes ameazaron nun primeiro momento con lles requisar o material que anunciaba a mobilización deste sábado en Compostela (Praza da Alameda, 12 horas) na defensa do 1-O.

Publicado no Sermos Galiza. | 27 Setembro 2017 13:30 h.

Sitio da Plataforma Galiza con Catalunya:
http://galizaconcatalunya.blogspot.com.es/
____________

xoves, setembro 21, 2017

Concentración de Ferrolterra en Solidariedade con Catalunya, polo dereito a decidir


Solidariedade con Catalunya, polo dereito a decidir

Como noutras cidades e vilas da Galiza, en Ferrol tivo lugar unha concentración urxente, diante da gravidade da situación e das detencións que se produciron na mañá de onte 20 de setembro de 2017, a Plataforma Galiza con Catalunya, convocou a mobilización. Sendo, onte ás oito e media da tarde, sobre unhas cincocentas persoas secundaron a convocatoria, na Praza Amada Garcia, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia.

Polas liberdades democráticas e o dereito a decidir.


________________

martes, setembro 30, 2014

O BNG local, convoca unha Asemblea Aberta "Construindo Futuro" en Ferrol o vindeiro Sábado 4 de Outubro - Este Martes 30 de Setembro, convocan concentracións en toda Galiza contra a suspensión do referendo soberanista de Catalunya


Asemblea Aberta "Construíndo Futuro" en Ferrol


O Bloque Nacionalista Galego iniciou un proceso de reflexión e debate coa sociedade galega co que pretende escoitar a toda a cidadanía que vén pedindo unha participación directa na vida política e, en particular, as propostas para os seus concellos.

Nese sentido, as eleccións municipais de maio de 2015 deben servir para ensanchar e fortalecer a presenza institucional do nacionalismo na Galiza, como mellor xeito de xerar políticas que combatan a desfeita social que os gobernos do PP están a provocar no noso país. Estas políticas deben servir para pór os concellos ao servizo da maioría social e tamén para que cidadáns e cidadás posúan maior capacidade de participación e decisión. Porque esta maior capacidade de participación e decisión é garantía dunhas institucións municipais máis abertas e democráticas, onde non haxa lugar para as prácticas clientelares e corruptas hoxe existentes e que son inherentes ás políticas antisociais que practica o PP.

Porque non son tempos de localismo, senón de alternativas globais para un pobo que se auto-organiza e non se resigna a ser anulado. Na Galiza temos un xeito diferente de habitar o territorio, unhas necesidades específicas de financiamento municipal, unha lingua e cultura nosas, uns servizos públicos que precisan de adaptación á nosa realidade social. precisamos dunha expresión política propia, adaptada á nosa nación e comprometida coa súa defensa e liberación.

Por iso promovemos asembleas abertas. Porque o desafío que emprendemos necesita do compromiso e da participación popular, precisa de moitas mulleres e homes, mozas e mozos orgullosos da súa condición de galegas e galegos, que enarbolen a bandeira da loita pola democracia, a xustiza e a dignidade.

É por iso que queremos convidarte a participar na asemblea aberta que imos celebrar o vindeiro sábado 4 de outubro às 18 horas no Centro Cultural Carvalho Calero de Ferrol.

MANIFESTO

Vivimos nun momento en que é preciso mudalo todo. Nunca nas últimas décadas se amosou tan claramente que o actual réxime político está esgotado, política, social e institucionalmente. Así, o soporte partidario do réxime, en forma de PP e PSOE, amósase cada día máis incapaz de xestionar un modelo que eles mesmos crearon.

Nos últimos anos vese con maior crueza como a situación de subordinación política e económica ao Estado español só provoca para a Galiza máis desigualdade social, desemprego e emigración. A nosa mocidade marcha ao estranxeiro en cantidades que non se lembran nos últimos 30 anos, ante a falta de expectativas de futuro no noso propio país. Non é a Galiza unha nación pobre, senón emprobrecida. Non termos instrumentos que nos permitan decidir sobre nós impide que poidamos reverter esta situación. Precisamos ferramentas democráticas que teñan como obxectivo dar voz ao noso pobo e outorgarlle a capacidade real de decisión, isto é, soberanía, soberanía para facer posíbel unha saída á crise en favor da maioría social, para facer viábel o noso desenvolvemento económico, social e cultural e para construírmos colectivamente unha Galiza libre, digna, democrática, xusta e igualitaria.

Diferentes pobos do Estado español e mesmo do continente, como o escocés ou o catalán, están a desenvolver procesos que unen a procura dun estado propio coa mellora das condicións de vida e o benestar dos cidadáns e cidadás desas nacións. Esas mesmas conviccións son as que en Galiza veñen guiando a acción política do BNG, unha acción política encamiñada á conquista da soberanía do noso país, en beneficio da maioría social e do seu benestar. E para lograrmos ese obxectivo, é preciso que o proxecto nacionalista avance, ampliando o seu espazo e incorporando sectores e persoas que comparten o ideario nacionalista e de esquerdas, co fin de contribuír á emancipación nacional e social do pobo galego.

Nese sentido, as eleccións municipais de maio de 2015 deben servir para ensanchar e fortalecer a presenza institucional do nacionalismo na Galiza, como mellor xeito de xerar políticas que combatan a desfeita social que os gobernos do PP están a provocar no noso país. Estas políticas deben servir para pór os concellos ao servizo da maioría social e tamén para que cidadáns e cidadás posúan maior capacidade de participación e decisión. Porque esta maior capacidade de participación e decisión é garantía dunhas institucións municipais máis abertas e democráticas, onde non haxa lugar para as prácticas clientelares e corruptas hoxe existentes e que son inherentes ás políticas antisociais que practica o PP.

Porque non son tempos de localismo, senón de alternativas globais para un pobo que se auto-organiza e non se resigna a ser anulado. Na Galiza temos un xeito diferente de habitar o territorio, unhas necesidades específicas de financiamento municipal, unha lingua e cultura nosas, uns servizos públicos que precisan de adaptación á nosa realidade social. Non valen, daquela, opcións miméticas, válidas para outras latitudes, mais inútiles para nós e os nosos concellos: precisamos dunha expresión política propia, adaptada á nosa nación e comprometida coa súa defensa e liberación.

Por iso promovemos asembleas abertas. Porque o desafío que emprendemos necesita do compromiso e da participación popular, precisa de moitas mulleres e homes, mozas e mozos orgullosos da súa condición de galegas e galegos, que enarbolen a bandeira da loita pola democracia, a xustiza e a dignidade.

Máis que nunca, é tempo de sumarmos esforzos, de comprometérmonos persoal e colectivamente e de xerarmos ilusión no afianzamento do proxecto de ruptura e transformación social que o nacionalismo representa na Galiza. Queremos mudalo todo, e mudalo desde nós, para construírmos futuro.

Web oficial de "Construíndo Futuro":
http://www.construindofuturo.info/

O BNG de Ferrol no facebook:
https://gl-es.facebook.com/bng.ferrol

O BNG de Ferrol no twitter:
https://twitter.com/bngferrol


Enviado por:
BNG
-bng@ferrol.es-
29 de setembro de 2014 13:10
________________

mércores, xaneiro 09, 2013

Discurso de David Fernàndez da CUP-AE no Palmento Catalán: "Todo o pobo andamos xuntos no proxecto que é da CUP, que é de ruptura democrática, de transformación social e de rescate da democracia" - Vídeo e tradución do moi interesante discurso

David Fernàndez - Discurs al Debat d'investidura | 21.12.2012

"Todo o pobo andamos xuntos no proxecto que é da CUP, que é de ruptura democrática, de transformación social e de rescate da democracia"

David Fernàndez

Bos días a todas e a todos. Permitídeme que me vaia un pouco lonxe para volver cerca. O mundo fíxose un lugar pequeno, nós aínda buscamos o noso lugar, pero hoxe, tal día como hoxe, voume lonxe, prometo volver ao noso país e á nosa xente, hoxe, tal día como hoxe, morrerán, nun mundo que se fixo pequeno, oitenta mil crianzas de fame, e mañá tamén. Segundo a FAO morren oitenta mil crianzas de fame cada día, nun mundo onde hai 3.500 millóns de persoas que viven en situación de extrema pobreza, e nun mundo absurdo, inxusto, desigual, onde trescentas persoas teñen exactamente a mesma riqueza que a metade da humanidade.

Si focalizamos o foco e centrámonos alá de onde somos e alá onde estamos, no Mediterráneo e en Europa, estamos na Unión Europea do capital, dos mercadores, dos gángsters con gravata, daqueles mercados que impoñen hoxe aos pobos do sur de Europa un castigo inenarrable desde a vida cotiá das clases populares, e tamén nunha Unión Europea e un mundo que se define nunha fronteira absurda, que é o estreito de Gibraltar, que é esta fosa común onde os últimos vinte anos morreron vinte mil persoas. A fronteira máis absurda que separa a riqueza norteña, por así dicilo, coa pobreza do sur, en apenas trinta minutos.

Imos ao foco, e imos á nosa terra, en nome da Candidatura de Unidade Popular -Alternativa de Esquerdas, que son os Países Cataláns, onde nestes momentos, hoxe, agora e aquí mesmo, hai 3 millóns de persoas na pobreza, 1,7 millóns de persoas no paro, 150.000 persoas desafiuzadas nos últimos cinco anos, 190.000 persoas pasando fame en Cataluña segundo os últimos datos de Cruz Vermella, once mil persoas presas, persoas pobres presas, os corruptos están na rúa, como ben se sabe, 180.000 persoas que son os escravos do réxime neoliberal, son os sen papeis que cohabitan e conviven connosco nas nosas rúas, nos nosos barrios e nas nosas comarcas, e aquel réxime de apartheid tamén contra o 15 por cento da nosa conciudadanía que non ten dereito a voto.

O diagnóstico podería ser moito máis amplo, desgraciadamente, vinte e seis mulleres asasinadas, este feminicidio da violencia machista e patriarcal que fai tantas décadas e séculos que ten que aguantar a metade do noso país. E en todo caso si que estamos de acordo seguramente cun diagnóstico, ao que chegamos desde posturas diferentes, que é que a situación é extraordinariamente complicada, extremadamente fodida, extremadamente inxusta e desigual, e que é verdade que este Parlamento, segundo o parecer da CUP, non estivo á altura das circunstancias da xente que di representar. Non estaba cando empezaron os desafiuzamentos fai cinco anos, e ha ter que ser a forza da xente a que pare os desafiuzamentos.

E rebobino moito, tamén varios séculos, pero quédome no Mediterráneo, quédome na nosa casa, porque como dicía Agustín de Hipona que si dos gobernos sacamos a acción da xustiza só queda unha pandilla de ladróns e piratas. E segundo o noso parecer o mundo está hoxe gobernado por ladróns e piratas. Obviamente, chámense Lehman Brothers, chámense Golman Sachs, chámese Troika Comunitaria, chámese Dragui ou se chame Banco Central Europeo.

A primeira realidade, eu creo que se dixo aquí, e as reflexións dos grupos parlamentarios constatárono, é que este Parlamento reina, pero non goberna, porque aquí díxose que estamos obrigados a unha deudocracia e polo tanto xusto é dicir dúas cousas: que o Conseller de Economía da Generalitat de Cataluña da décima lexislatura estaba escollido antes das eleccións, estaba escollido porque o escolleron os mercados financeiros e porque é a troika comunitaria e os homes de negro que pronto se cargarán os despachos do Departamento de Economía.

Polo tanto, estamos nunha época onde os mercados financeiros votan cada día, a nós só déixannos votar unha vez cada catro anos, unha época de saqueo e unha época de roubo, onde fagamos o sacrificio dos pobos do sur de Europa, e en xeral os pobos do mundo, a este minotauro global sediento de máis sangue, non?, e que é imparable no seu reclamo de máis e máis. Estámoslle servindo ao minotauro todo aquilo que nos está collendo.

Falouse tamén aquí de estado de dereito, eu creo que houbo tres golpes de estado, un golpe de estado e dous golpes de mercado no último ciclo político que vivimos nos Países Cataláns: un é cando quedou demostrado que este estado de dereito e dereitas tan curioso que algúns invocan, demostrounos que vale máis a opinión de dez xuíces que a opinión de todo un pobo e que a vontade maioritaria deste pobo, na votación dun estatuto que, como é sabido, nós votamos en contra porque nós somos nítidamente independentistas e abogamos polo exercicio do dereito á autodeterminación. E en todo caso estamos no 2012, arrastramos tres crises profundas, a nacional, a socioeconómica e a democrática, e malia todo o mellor que lle pasou neste país nos últimos anos foi a forza da xente, o empurrón comunitario e a capacidade de activación e mobilización popular. Si estamos onde estamos, si o acordo para a consulta do 2014 remarca que agora estamos ante unha oportunidade no pobo de Cataluña, nós investiriamos os términos: é o pobo de Cataluña quen lle deu a oportunidade a esta casa de avanzar cara á máxima liberdade política. Vimos dun ciclo soberanista persistente, que empezou con mobilizaciones polas infraestructuras, que seguiu cunha consulta onde nos enviaron á Falanxe, onde nos enviaron á abogacía do Estado e á xustiza en Arenys de Munt, non querían unha e ofrecémoslles 555 desde unha expresión pacífica, democrática, masiva e determinada. No ámbito socioeconómico non hai que dicir que levamos tres folgas xerais nos últimos dezaoito meses, e no ámbito democrático, como mínimo desde a nosa lectura, o estallido da indignación en prazas, rúas e redes foron sen dúbida aire fresco que dixo que a democracia estaba en creba, que a democracia entrara nunha crise profunda e que era unha desfiguración de si mesma.

Entrando na materia sobre a que se debate hoxe, o debate de investidura, nós non utilizamos unha linguaxe equívoca, pensamos que a sinceridade e a honestidade política é imprescindible, polo tanto falamos de autodeterminación para avanzar cara á independencia. Nós somos os valencianos norteños, somos os isleños de poñente, seguimos pensando nos Países Cataláns porque temos un músculo que se chama memoria, e nós non temos memoria de peixe, senón que temos memoria de elefante, e neste país houbo unha cultura progresiva de desculturización e de despolitización, pero non negaremos que a lingua de Joan Fuster, que a lingua de Maria Mercè Marçal, que os poemas de Biel Maior son os que nos agrupan aínda hoxe en día como realidade social e cultural, que quereríamos tamén política e que hoxe recoñecemos que se ten que facer desde o confederalismo e que hoxe é Cataluña a que leva o ritmo cara á plena liberdade política.

Díxose aquí e non o repetirei, porque o dixeron as forzas políticas, que o dereito á autodeterminación non se pode patrimonializar, é de todas e todos, dos que votarán que si e dos que votarán que non, que é un mal favor vincular autodeterminación con recortes, é como un sacrificio que se pide ás clases populares que non se pode aceptar, desde a CUP non podemos aceptar. Nós non poñemos ningunha condición nin ningún límite á autodeterminación, pero esiximos que tampouco nolos poñan a nós. O dereito a decidir, polo tanto, vén dun ciclo longo e persistente de mobilización, é de todas e todos, e nós abogamos por un acordo multipartidario e sobre todo por un acordo que incorpore todos os axentes sociais, sindicais e culturais deste país, e cando acabe a intervención referireime a cal é a motivación. Nós non autodeterminaremos recortes, nin recortaremos a autodeterminación; e si estamos aquí e alguén pensa que hoxe nos estreamos, e é verdade, nesta casa, pero vimos de lonxe, imos moito máis lonxe aínda, e a ecuación política fundamental da esquerda independentista e dos movementos sociais que durante moitos anos reivindicaron a autodeterminación en ditadura e en democracia fixeron unha ecuación política fundamental que é que é imposible a liberación nacional sen a liberación social, que é imposible a liberdade sen a xustiza, e hoxe, traducido isto hoxe aquí significa que é inútil falar de independencia sen falar de crise e que é inútil falar de crise sen falar de independencia.

Formulárono en tempo de silencio algúns e algunhas valentes en 1968, cando naceu a esquerda independentista moderna; en 1988 algúns, poucos, tamén na festa do 77 xa avisaron de que a reforma impune do franquismo era unha vergonza -hoxe aínda non podemos anular a sentenza de Companys, hoxe aínda non podemos anular a sentenza de morto a un poeta como Miguel Hernández, o mellor do país continúa estando hoxe nas cunetas. E pasaron trinta anos, pasaron trinta anos e hoxe aquela transición xa está hipotecada, a súa defunción está multicertificada, e polo tanto tócanos ser precursores outra vez avanzando por que queremos a independencia: para facer un país libre, para facer un país mellor. Pero en todo caso, insisto: a autodeterminación é un dereito que corresponde a todo o mundo e é a primeira reflexión que queriamos engadir, tanto no acordo da consulta como no acordo de goberno.

O acordo de goberno, como dixemos, referíase a un sacrificio económico, que non se dixo aquí, son 4.000 millóns de euros, aínda que despois redúzase; tamén lamento que os 4.000 millóns de euros, señor Quico Homs, anunciásense logo das eleccións e non o venres antes, porque seguramente algúns reflexionarían sobre a orientación do seu voto, e dubido que do 25 ao 26 se reflexionou sobre a dimensión dos recortes.

Falouse aquí tamén, cando falaba Joan Herrera, das alternativas, e é verdade que temos alternativas. Creo que o acordo si que, como tamén se sinalou, rompe o discurso da hexemonía neoliberal: resulta que agora si que hai alternativas, resulta que, si agora se pode poñer a fiscalidade sobre as entidades financeiras, podíase facer fai dous anos; somos conscientes, ademais, que o máis sobrecogedor sempre é o sufrimento evitable, e entón houbo sufrimento social que era evitable os últimos dous anos, cuns recortes de 5.500 millóns nos últimos dous anos, e agora case se nos anuncia que o próximo ciclo será de máis sufrimento, de máis inxustiza, de máis desigualdade por valor de 3.000 ou de 4.000 millóns que aínda non coñecemos. Para nós non son recortes, é unha sierra eléctrica, e tamén anunciamos que nun ciclo de acumulación por desposesión nunca, nunca antes como hoxe, houbera tanta transferencia de renda de abaixo a arriba a través do mercado inmobiliario, a través desta acumulación por desposesión, a través da financialización da crise que está facendo a vida imposible a miles e miles de persoas, si non á maioría do país.

Nós somos uns insubordinados aos mercados financeiros, paréceme que isto tampouco é ningunha novidade. Falamos de Islandia: Islandia rompeu a hexemonía neoliberal. Islandia como espírito; temos que buscar, nós somos de modelo propio, buscamos o noso modelo propio. Islandia fixo cousas que os mercados dicían que estaban prohibidas: negarse a pagar unha débeda privada que querían coar como público, anular a débeda hipotecaria de miles de familias, encarcelar banqueiros "que non está mal", xulgar gobernos, e finalmente arrincar un novo proceso constituyente dunha nova constitución democrática. Si, e é verdade, e máis vale en política a honestidade e a sinceridade: somos anticapitalistas, hoxe o capitalismo xa está cuestionado. O outro día Antoni Vives ata o dicía nun artigo, que non hai parches, aquí o que hai de fondo é un cambio de modelo. E polo tanto dixérono premios Nobel da paz, houbo premios Nobel de economía que dixeron que ou se encarcelan aos responsables da crise ou non haberá saída, e como temos memoria e non somos máis nada que a testemuña, somos a herdanza que recibimos de quen nos precedeu na loita e temos que deixar o país en mellores condicións, aproveitarei un decreto da Generalitat de Cataluña do 1936 que nos dicía, que era o Decreto de colectivizaciones, e que hoxe pode soar singularmente elocuente. Aquel decreto acababa dicindo que a morte do capitalismo equivalería á vitoria do pobo. 1936, 2012.

E como aquí falábase de alternativas, permítannos que nos poñamos un pouco socialdemócratas, non o afacemos a facer pero hoxe farémolo, cando se fala doutras alternativas. Si que hai alternativas, señor presidente. Algunhas non custan nin un só euro, dependen únicamente e exclusivamente da vontade política, outras dependen de reordenar e reformular as finanzas públicas e as políticas sociais, e outras dependen da valentía, que segundo Séneca era o punto medio entre a cobardía e a temeridad.

As que non custan nin un só euro: a moratoria dos desafiuzamentos. A partir do próximo Goberno, a partir do 2013, os Países Cataláns ou Cataluña poden ser un país libre de desafiuzamentos. E isto tamén é ser un país libre. O custo será para o mercado inmobiliario, que llo merece, porque nós sempre falamos que non só queremos que se pare a burbulla inmobiliaria senón que queremos que nos devolvan todo o roubado. Neste país, no tsunami inmobiliario, que arrincou na época dos noventa e ata agora, houbo moitísima xente que se fixo de ouro coas galiñas dos ovos de ouro do dereito á vivenda. Polo tanto, moratoria aos desafiuzamentos.

E outra. Seguramente, si asumimos que a última crise produtiva na nosa casa nos noventa supuxo un paro estructural de 200.000 persoas, seguramente, cando algún día salgamos da crise, si saímos, que todo o mundo di?, ben, imos, imos atrasando as posicións, seguramente non é ousado dicir que sairemos cun paro estructural de entre 400 e 500.000 persoas. Polo tanto, é hora de repartir o traballo. E con custos?, seguramente, sen que se engadan custos ao sector empresarial, pero si de repartir o traballo, si queremos que este 30 por cento que hoxe está ás portas da exclusión social teña visos de que o mañá poida ser diferente.

Hai outras que tamén se seguen obviamente reordenando e reformulando, non as direi todas porque non teño tempo. Unha moi sinxela, porque xa sabedes que somos da cuadrilla dos Anonymous, e polo tanto da rede libre e do 2.0, e polo tanto xa está ben de pagar licenzas a Microsoft Word, 23 millóns de euros anuais, cando temos software libre, temos Ubuntu, temos Debian e temos outras propostas. Non vender máis o país, porque é fame para hoxe e fame para mañá. Que un Goberno en funcións venda Aigües Ter-Llobregat a dúas multinacionais, non? A división con Acciona e con Agbar ou Tabasa, e que ademais se venda precisamente a aqueles que traen o CAREC, o centro, non?, o Centro Asesor Económico, non está de bo ver e ao final dá a sensación de país-negocio e de país-consello de administración. Polo tanto, tamén hai que recuperar o control sobre os recursos estratéxicos e sobre os servizos públicos, porque si non pasa o que pasou no América Latina, que o ciclo neoliberal arrasa, e é comparable malia todas as diferenzas, o que pasou en América Latina nos oitenta e os noventa co que está pasando no sur de Europa: un ciclo de hexemonía neoliberal que o arrasa todo malia que despois nos temos que reempoderar para volvelo a construír, que é o ciclo político que vive hoxe seguramente América Latina.

E a última, que depende da valentía, e que é a nosa aposta política, é a que se dicía na «Canción das balanzas», que aprendemos afortunadamente na escola pública catalá deste país, da que estamos orgullosos, que dicía que a autoridade demóstrase cos fortes e non cos débiles. Non se demostra anulando PIRMI senón que se demostra con aqueles que evaden, con aqueles que gañan e con aqueles que sempre miran a outra banda ante un sufrimento social maioritario. Nós non temos ningún medo a desobedecer a limitación á marxe do déficit; non nos dá ningún medo. Pensamos que o que hoxe está en xogo precisamente é?, dános medo obedecer aos mercados; o que non nos dá medo é non desobedecerlos. Polo tanto, o que fai falta é saír da «deudocracia», do réxime de «deudocracia», e buscar nosa propia vía e non ter ningún medo a desobedecer aos mercados financeiros. Hoxe estamos nunha época que ou é a época dos pobos ou a época dos mercados, ou é a época dos gángsters con gravata ou a época da xente. E esta é a dicotomía do século XXI, hoxe seguramente ao redor do mundo.

Desobedecer e non pagar a débeda. Tamén desde a vontade política ir ao piso 21 de «La Caixa», e alguén nos dicía onte que tiñamos obsesión con «La Caixa»; non temos?, temos obsesión con «La Caixa», é verdade, pero con moitas máis, non? Tamén con Banco Sabadell, tamén Abertis, non? E esixirlles que poñan da súa parte, non hai que facer unha lei, simplemente hai que dicirlle a «La Caixa» que nos últimos cinco anos de crises, ademais das amortizacións e das provisións pola exposición ao ladrillo inmobiliario, gañou 8.000 millóns de euros. A historia de «La Caixa» é a que é, é coñecida para quen a queira coñecer, como nace desde o mutualismo; dicirlle que poña 2.000 sobre a mesa, que este país está moi fodido, e que todos temos que aportar, si asumimos o discurso de urxencia que se nos aplica ás clases populares. Ou saímos todos ou non sae ninguén. Polo tanto, pedir a «La Caixa», e cando digo «La Caixa» digo moitos máis?, nun ciclo ademais en que a estafa e a fraude é algo cotián. As trinta e cinco grandes empresas españolas en cinco anos de crises gañaron 250.000 millóns de euros limpos, e a nós aplícallenos un plan de austeridad de 100.000 millóns, ao Estado español, e aquí, cando se aproben as reformas anunciadas neste Pleno de investidura, pois, seguramente de 10.000 millóns de euros. Isto recorda o gran medo, o gran medo da revolución francesa -recorden que tombou un sistema que se dicía feudalismo, e polo tanto tamén onte falábase aquí de estado de benestar como unha cousa, ben, que era interesante, e non é que sexa interesante, é que é unha conquista social de Europa; nace das cinzas de Europa, alguén tería que rebobinar e recordar que das cinzas do horror nazi-fascista nace a Declaración universal dos dereitos humanos o 1948 -aínda hoxe papel mollado para a maioría da humanidade, e que de aí nace un estado do benestar, nunha situación moi convulsa políticamente que todos coñecemos como Guerra Fría, e que polo tanto aquí non chegamos entre todos e todas senón grazas á loita das clases populares, porque si non, non teriamos nin escolas nin hospitais. As relacións entre capitalismo e democracia son históricamente tensas. Con isto acabo o bloque económico.

Despois temos o bloque da corrupción, a terceira crise, que é a da democracia, como a crise da democracia, nacida tamén dun réxime partidocrático coa transición. Eu o primeiro recordo que teño persoal é o caso Naseiro, que un señor que se chama Eduardo Zaplana, que foi presidente da Generalitat Valenciana, que despois foi ministro de Aznar e que hoxe traballa nunha multinacional como Telefónica, dixo que estaba en política para forrarse. De alá abaixo, todo carne desgarrada, non? Todo foi igual. Si situámonos dezaoito meses atrás nos Países Cataláns, resulta que o presidente da Generalitat Valenciana está imputado por corrupción, que o presidente do Consello Insular está imputado por corrupción, e que unha cousa que se chama Bancaja, que despois se chamou Bankia, non?, e que lle deixou 3 millóns para que evitase a prisión, e que na nosa casa implosionaba o caso Palau-Pretoria. Sempre se di que é un caso illado e unha mazá podrecida, pero si uno pon os casos illados un detrás do outro, pois, vén Turismo, vén Traballo, vén Adigsa, vén Prenafeta, vén o sector de negocios de Convergència que neste país é suficiente coñecido? Hai unha forma de actuar que tamén dificulta o proceso cara á liberación. É dicir, cara á liberación, e tamén o pervierte e podréceo. Polo tanto, tamén nós pensamos que se acabou o tempo de meter a man na caixa, e tamén vimos dun ciclo, desde a nosa exclusión do sistema, seguramente porque tamén a CUP ten unha compoñente de mozas que nos quedamos fóra do sistema, podemos ser antisistema, pero sobre todo estamos fóra sistema, fóra do mercado de traballo, fóra das universidades si seguen subindo as taxas. E a miña contorna inmediata, e é a única referencia persoal que farei, hoxe está en Osaka, en Yemen, en Manchester, en Sãou Paulo e están en Canadá, non porque queiran, senón porque aquí non atopan traballo. E, polo tanto, permítanme que tamén denunciemos que a corrupción continúa sendo hoxe unha lacra que ao final nos fai pensar si a corrupción é do sistema ou si sencillamente é o sistema.

Hai máis formas tamén, fóra da ditadura da austeridade, de facer máis democracia nesta lexislatura, seguramente. O territorio témolo altamente urbanizado, altamente contaminado, nuclearizado e cun desequilibrio territorial persistente e crecente. Falouse tamén aquí de fracking, habemos ter na economía de casino a broma de mal gusto de querer facer Eurovegas, afortunadamente non, cun mafioso norteamericano e un halcón neoliberal. Afortunadamente non foi así pero agora vimos coa cantilena do Barcelona World e despois tamén podemos avanzar e profundar sobre a democracia en dereitos civís, en dereitos sociais. Unha lei contra a homofobia, o respecto ao dereito ao propio corpo das mulleres deste país, polo tanto, na defensa do dereito ao aborto?

As balas de goma, que saíron aquí. Eu non deixarei de dicir que cando se pide que o Corpo de Mossos d?Esquadra teña recursos para defenderse, creo que sinceramente faise unha esaxeración e estase humillando como mínimo a nove persoas que se chaman Òscar, Jordi, Edgar, Nicola, Angelo, Pau, Carles, Jordi e Ester, que son as nove persoas que están cegas dun ollo polo impacto dunha pelota de goma. E cando os Mossos teñen suficientes instrumentos e suficientes armas para as súas funcións de disuasión ou intervención na orde pública.

Finalmente, hai outro punto importante para nós, que é a cultura. Pensamos que hoxe o que está en crise é a cultura, son os valores, e é fundamentalmente un cambio de paradigma cultural o que ten que ser activado e co cal estamos comprometidos.

Este pobo sobreviviu a décadas de guerra, de exilio, de campos de traballo franquista, de campos de concentración nazis, pero sobreviviu grazas á cultura. Sen estado e contra o estado. Cando non tiñamos estado tamén faciamos enciclopedias e tamén faciamos cultura e tamén dabamos clases de catalán ás agachadas. E aquí, si permitídesme, a única referencia -non quero que sexa demasiado larga- á bancada que bautizarei como do medo. Dúas referencias. Eu son un catalán que vén de Zamora. Os meus avós eran labradores, campesiños, labregos da terra. Aquí hai uns cantos que son labradores do medo e que non nos farán crer que a España máis metafalanxista é o futuro deste pobo.

Felicítoos porque durante vinte anos de guerra mediática, política e xudicial contra a nosa lingua, contra o catalán de todos, contra a inmersión lingüística, conseguiron, logo de vinte anos de ter todos os recursos, que doce familias de cincuenta mil non queiran estudar en catalán. Felicítoos de todo corazón e recórdolles que a mesma ofensiva ... (Aplausos.) Grazas. E recórdolles que a mesma ofensiva non é só en Cataluña, tamén pasa no País Valenciano e nas Illas Baleares, onde fixeron a mesma ofensiva españolista e resulta que o 87 por cento dos nenos e as nenas das Illas Baleares queren estudar en catalán e que hai centovinte e cinco mil familias no País Valenciano que se matricularon en valenciano, o catalán de todos tamén, e non lles deixan. Iso si que é exclusión masiva e apartheid lingüístico.

Acabo. sobrevivimos a Espartero, sobrevivimos a Franco ... Señor Rivera, a ditadura franquista era un estado de dereito -era un estado de dereito, o estado de excepción do nacionalsocialismo era un estado de dereito, e nós non queremos que en Cataluña volvan os nacionalistas; simplemente queremos que Cataluña sexa dos cataláns. É tan sinxelo como isto.

Os nosos adversarios hoxe son o Estado español e os mercados financeiros, aquilo que nos fai a vida imposible. Dispoñer da nosa forma de gobernarnos a nós mesmos, e de mellorar as condicións de vida e traballo da maioría social ... Onte chegou a Audiencia Nacional a Celrà e si que me permito dicirlle unha cousa porque me sorprende moito que non coñeza a historia do país. falou de barrios populares e a estes barrios populares chegaron os autobuses secuestrados polo movemento vecinal, incumpliendo as leis .. Hai semáforos que teñen historia e alma e aquí ata se fixo alcantarillado grazas á desobediencia civil.

Ou lle explicarei, seguramente unha crónica que é persoal e colectiva. Eu son insumiso. Negueime a facer o servizo militar obligatorio porque non tiña nin temos ganas de aprender a matar nin a morrer. Fixémolo corenta mil persoas, e era ilegal e era un acto de desobediencia ao estado de dereito, que finalmente ensanchou o dereito a non aprender a morrer e a matar e o fin dunha leva militar obligatoria.

Polo tanto, a historia da humanidade avanzou únicamente e exclusivamente a través da desobediencia civil. E así seguiremos e así seguirá este país.

A democracia que vén, que virá, xa está vindo. Para nós?, quen pense que non temos proxecto de futuro e modelo de desenvolvemento, discutímolo nas asembleas, nas comarcas, non só coa xente da CUP senón cos movementos sociais. Queremos avanzar cara a unha democracia do século XXI. Custará, é un proceso que será de dez ou vinte anos. Unha democracia onde cohabiten a democracia directa, a democracia participativa e a democracia representativa. Unha economía cun proxecto de futuro que sexa a economía social e cooperativa; un sector público forte e un sector privado baixo criterios de mercado social. E para chegar só queda a activación popular, a desobediencia civil e a vía institucional.

Apelamos non a este Parlamento -tamén é verdade, apelamos á rúa. A nosa gran esperanza do último ciclo é a forza da xente, as pechaduras nos hospitais, as finanzas éticas contra as finanzas da usura, a enerxía de cooperativas, como Som Enerxía, que xa están avanzando cara a un modelo energético sostenible e responsable. Algúns privatizan a auga e nós, nos municipios onde gobernamos, intentamos municipalizarla. Hai muchísimas alternativas, afortunadamente. Eu creo que é o mellor que lle pasou no país. Tamén vimos dun ciclo onde movementos sociais pouco coñecidos e que entran pouco nesta casa activaron muchísimo a democracia que virá, sexa o feminismo, sexa o ecologismo, sexa o pacifismo e o antimilitarismo, sexa a loita contra os desafiuzamentos.

E así se ten que dicir. Neste país, os únicos que pararon desafiuzamentos foi a xente e foi a Plataforma de Afectados pola Hipoteca. E teríalles que caer a cara de vergonza que ningunha institución, ningún goberno, ningún municipio, pare un só desafiuzamento. E este tamén é un problema de país.

Polo tanto, e empezo a acabar, está aquela referencia fundamental que hoxe non vimos da cultura da delegación, nós xa somos da cultura da participación directa. E hoxe máis que nunca resoa a gran proclama do movemento afroamericano polos dereitos civís que di que «o problema non é o que fai unha minoría particularmente cruel ou particularmente poderosa, senón que o problema reside na maioría, no que fagamos nós coa nosa indolencia ou coa nosa esixencia».

Nós activarémonos. Sabemos que o camiño é longo. Tamén sabemos que en Ítaca?, xa vexo que Ítaca segue presente, pero Ítaca hoxe, paradoxas do século XXI, está intervida e rescatada pola Troika. Polo tanto, temos máis problemas engadidos cando cheguemos. Teremos que pelexarnos cuns mercados financeiros moi complexos e que teñen moito poder.

E acabo dicindo que seguramente, desde un punto de vista colectivo, a lección do 25-N á cal referíronse tamén outras representantes, é Sepharad e é Espriu. Nunca un pobo tense que poñer detrás dunha persoa, senón que de aquí, ou saímos entre todos ou non saímos.

Polo tanto, todo o pobo andamos xuntos no proxecto que é da CUP, que é de ruptura democrática, de transformación social e de rescate da democracia. Somos hackers do imposible. Blai Bonet dicía -poeta mallorquín que ten un poema moi sintético do tempo que temos hoxe diante: «Loita si podes e, si non podes, batalla. A impotencia diranos que podemos facer».

En Palestina -tiña que saír tamén- hai un dito que di que as mellores saídas atópanse sempre nos calellos sen saída. E para facer a tese, a antítesis e a síntese, porque quedan dous minutos, farei o resumo coa man estendida para a autodeterminación deste pobo; man estendida ao noso pobo -avanzaremos onde faga falta para avanzar, e o puño ben pechado contra os recortes e contra calquera agresión aos dereitos sociais ou aos servizos públicos.

É así. Son as posibilidades do país onde vivimos e, polo tanto, eu creo que este é o resumo: man estendida, puño pechado, e luces e taquígrafos na xestión dos recursos e da rede pública deste país.

Dicía Hannah Arendt que a dignidade, a constancia e certa coraxe é todo o que constrúe a grandeza da humanidade ao longo dos séculos. Hoxe é o que nos fai falta: dignidade, constancia e certa coraxe. Pero si que diremos unha cousa aos que negan a liberdade como sempre: a nós non nos fai falta permiso para ser libres nin perdón por selo.

Moitas grazas. Visca a terra! (¡Viva a terra!)


http://youtu.be/gDQoRM2oc6M



Fonte: https://www.facebook.com/raimundo.viejo.vinyes/posts/10151289177873400

Fonte: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=161349

Web oficial:
http://www.cup.cat/
________________

luns, xaneiro 17, 2011

A CGT de Catalunya, CNT Catalunya, COS i Solidaritat Obrera presentan o aviso de Folga Xeral para o próximo día 27 de xaneiro



Esta folga, diferenza claramente entre as organizacións sindicais que aínda teñen dignidade obreira (tanto os que convocan como os que se adhiren e/ou a apoian) e as que non.

Esta mañá ás 10:30, a CGT de Catalunya, CNT Catalunya, COS i Solidaritat Obrera, e cumprindo cos acordos tomados en plenaria do Comité Confederal de Catalunya, fixo efectivo o aviso de folga para o próximo día 27 de Xaneiro. Esta Folga está circunscrita á totalidade do territorio Catalán. A Folga Xeral xa é unha realidade.

As tres forzas sindicais coinciden en que a a peor decisión que podían tomar é non convocar ningunha folga, ante o recorte brutal que o goberno quere cometer presionado pola mafia empresarial. Queren deste xeito deixar atrás as mobilizacións a deshora, e as anticipan á entrada no congreso do texto sobre a reforma das pensións.

Esta folga, diferenza claramente entre as organizacións sindicais que aínda teñen dignidade obreira (tanto os que convocan como os que se adhiren e/ou a apoian) e os que aínda restan sentados á mesa de negociación, conscientes da traizón que están cometendo contra, a que din é, a súa propia clase.

Bruno Valtueña, Secretario Xeral de CGT Catalunya, afirmou que a situación pide unha folga xeral e se os sindicatos maioritarios non toman esta decisión teñen que ser os sindicatos alternativos quen presionen cunha iniciativa valente como esta.

A Folga Xeral quere dar un espazo onde tamén, as bases de CCOO e UGT poidan expresar o seu descontento cunha cúpula burocrática, que non os consulta nada do que se está negociando.

A CGT de Catalunya, CNT Catalunya, COS i Solidaritat Obrera, convocará unha manifestación polo centro de Barcelona, a mesma tarde do día 27 de Xaneiro, que presumiblemente estará apoiada por outras formacións sindicais e movementos sociais.

Secretaría de Comunicación de CGT Cataluña

Centrais Obreiras convocantes:

CGT-Catalunya
http://cgtcatalunya.cat/

CNT-AIT Catalunya i Balears
http://crcatalunya-balears.cnt.es/

Coordinadora Obrera Sindical-COS
http://www.sindicatcos.cat/

Solidaritat Obrera
http://www.solidaridadobrera.org
_______________________

domingo, xullo 11, 2010

Multitudinaria manifestación en Barcelona: Catalunya proclama que é unha nación


Catalunya proclama que é unha nación
A marcha contra a sentenza desbórdase e seconvierte nun berro polo autogoberno dominado polos símbolos soberanistas

ALBERT MARTÍN VIDAL
Barcelona 10/07/2010 21:25 Actualizado: 11/07/2010 00:41

A vella proclama de Llibertat, amnistia i Estatut d'autonomia que se gritou o 1 de febreiro de 1976 en Barcelona; a histórica reclamación do Estatut de meses despois en Sant Boi; a multitudinaria marcha do 11 de setembro do 77. A esas vellas imaxes, alicerces do legado sentimental catalán, uniuse onte unha nova marea humana convocada baixo un lema distinto: "Som una nació. Nosaltres decidim".

Unha metáfora ilustra o clamor popular que acompañou á mensaxe. Tras días de pugna para pactar un protocolo para a cabeceira da marcha que fose admisible para todas as forzas políticas, este, finalmente, resultou invisible. O paseo de Gràcia quedou desbordado e a milleiros de manifestantes resultoulles imposible situarse detrás da senyera, da proclama e dos presidentes da Generalitat e do Parlament actuais e anteriores que tiñan que encabezar a marcha. O tapón humano forzou que a manifestación arrincase con 45 minutos de atraso e que, nunha hora, avanzase menos de cen metros. Tras unha hora e media de estática reivindicación, disolveuse oficialmente a concentración.

A céntrica vía barcelonesa ofrecía un aspecto insólito: en pleno sábado, cos termómetros sobre os 30 graos e un sol inclemente, non eran os turistas os que se apropiaban das súas beirarrúas, senón persoas de todas as idades con senyeres (bandeira de Catalunya) e estelades (insignia independentista). Os escaparates de boutiques e xoierías pasaban inadvertidos para un enxame humano que tiña serias dificultades para saber onde comezaba a manifestación, posto que o armazón de rúas perpendiculares do Eixample parecían celebrar, colapsadas, a súa propia marcha.


'Adéu, Espanya'

Entre os convocantes había case 1.700 entidades, sindicatos e os partidos políticos que representan ao 87% do Parlament de Catalunya. Múltiples sensibilidades estaban representadas, pero foi o independentismo o que gañou por goleada a batalla dos símbolos e os lemas.

A de onte foi unha das maiores concentracións da historia de Catalunya. O número de manifestantes oscilou entre o millón e medio que contou a organización e as 1.100.000 persoas que viu a Guàrdia Urbana. En todo caso, foron centenares de miles de manifestantes os que acudiron á marcha acompañados de decenas de miles de estelades e berros a favor da independencia. A estrela do merchandising foi unha man xigante con dúas palabras: Adéu, Espanya.

Entre a multitude había familias, anciáns e nenos. Aos seus 85 anos, Eduard Martí non podía conter as bágoas cando recordaba as marchas da Transición. "Foi apoteósico, moi emocionante", dicía. Xunto a el, Isabel, de 48 anos, referíase ao TC: "É inxusto o que nos fixeron". E Joan, de 58 anos, culpaba aos partidos cataláns: "Aos de aquí faltoulles ambición; os de alí xa sabemos como son". Xavier, de 21 anos, era claro. "Quero a Catalunya; pola nosa historia e tradicións xa fai moito que teriamos que ser un país independente". Preto del, Enrique, con 65 anos e gorra do PSC, dicía sentirse español. "Son estremeño, pero dalgunha forma quero a Catalunya".


Semellante variedade de opinións parecía contradicir á secretaria xeral de PP, María Dores de Cospedal, que horas antes manifestou que a marcha non sería "representativa" do sentir dos cataláns. A magnitude da protesta foi tal que diversos líderes políticos puxéronse de acordo para falar de que o 10-J suporá un antes e un despois. Artur Mas, presidente de CIU, expresaba esa idea: "Catalunya fixo unha gran aposta por un Estado plurinacional, pero o TC quere unha Constitución pechada". A súa conclusión foi que "Catalunya debe escoller un camiño distinto".

O presidente de ERC, Joan Puigcercós, constatou que "o autonomismo acabouse". Visiblemente satisfeito, asegurou que o soberanismo atopou un novo nicho: "Hai moita xente que non é independentista pero que está vendo que non queda outro camiño". O secretario xeral de ICV, Joan Herrera, afirmaba, pola súa banda, que a xornada de onte foi "histórica e marcará un antes e un despois" e pedía levar a unión ao Parlament.

Un dereito inalienable

Os manifestantes puideron escoitar as palabras lidas desde o escenario no sentido de que "Catalunya, como toda nación, ten o dereito inalienable de decidir libremente o seu futuro e aspirar se quere á plena soberanía". A presidenta de Òmnium Cultural, Muriel Casals, lanzaba un aviso aos políticos: "Que saiban que nos terán ao seu lado se dan o paso adiante que o país necesita".

A marcha, que rexistrou un único incidente cando un exaltado encarouse co president Montilla e tivo que ser interceptado polo servizo de seguridade, viviu pequenas réplicas en lugares como San Sebastián, Londres, Berlín, Bruxelas, Bos Aires, Nova York ou Los Ángeles. O catalanismo poderá recordar o 10 de xullo de 2010 e xulgar se esa data serviu para pechar a impaciencia de Lluís Llach. "Estou ata os collóns de que letras que escribín fai 30 anos sexan aínda vixentes", dixo onte. O seu tema L'estaca foi, como na Transición, a banda sonora dunha marcha histórica.

Fonte: Público

Para acceder aos máis de 250 comentarios entrar no enlace da fonte
_____________________

Enlace coa organización convocante:

Òmnium Cultural

Lingua, Cultura, País

Òmnium Cultural, entidade fundada no ano 1961, traballa pola promoción e a normalización da lingua catalá, a cultura e a identidade nacional de Catalunya. Na actualidade, e despois de anos de traballo constante, Òmnium ten a vontade de ser o punto de encontro da sociedade civil. Unha casa común xeradora de ideas e proxectos que permitan afrontar os novos retos que expón unha sociedade cambiante e en constante evolución: a Catalunya do século XXI. É por iso que Òmnium abriu unha nova etapa coa cal quere tomar a iniciativa de traer máis aló a lingua, a cultura e o país.

http://www.omnium.cat/www/omnium/ca/
________________________