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Data: 11 de julho de 2008 13:42
Assunto: Programa completo VIII FESTIVAL DA TERRA E DA LÍNGUA (18 e 19 de Julho, Moinho de Pedroso, Narom)Programa completo VIII FESTIVAL DA TERRA E DA LÍNGUA (18 e 19 de Julho, Moinho de Pedroso, Narom)ProgamaSexta-feira 18 de Julho21h Apresentaçom do Festival
21.15h Actuaçom de Os da Ria
23.00h Concerto
- Chámalle Xis! (Fussiom. Galiza)
- Ulträqäns (Spiz-Folk. Galiza)
- Cuchufellos (Ska, Reggae, Speed-Folk. Galiza)
Sábado 19 de Julho12.00h Apertura da exposiçom "Na defesa do território" com projeçons de videos no Moinho.
17.00h Campeonato de Matraquilhos com a colaboraçom de Siareir@s Galeg@s
18.00h Festivalzinho. O festival para as crianças com:
- Monicreques com a obra "A rua das pantasmas"
- Mágia com o pequeno gram Mago Fiz
- Recolhendo Jogos Populares: Bilharda.
20.00 Forum de Debate "Na defesa do território"
- Fins Ereixas (Secretário Executivo de ADEGA)
- Xosé Maria Vilaverde (Coordenador Geral de VERDEGAIA)
- Orlando Álvarez (Porta-Voz de SOS Courel)
- Manuel A. Rodríguez Carballeira (Coordenador do Comité Cidadao de Emergência para a Ria de Ferrol)
22.30 Pregom a cargo de Antón Masa, Presidente da Associaçom pola Defesa da Ria de Ponte Vedra (APDR)
23.00 Concerto
- Machina (Metal. Galiza)
- Amaiur (Euskal Herria)
- Dandy Fever (Ska, Rock Steady. Galiza)
ApresentaçomNa defesa do território é a legenda escolhida na oitava ediçom (já oito!) do nosso Festival, depois de 12 meses marcados especialmente polo bulir dos movimentos sociais e populares galegos em torno de umha grande problemática comum a todo o território, mas diversificada em mil agressons localmente dirigidas polo capital e as instituiçons públicas ao seu serviço.
Estamos a falar das novas feridas abertas no território galego, os tam numerosos projectos especulativos, lucrativos e elitistas levados avante por Reganosas, Caixas Galicia, Conselherias da Indústria, Conselharias do Ambiente, Governos municipais, Endesas, partidos empoleirados no poder político, Pescanovas, Pizarreiras, Eólicas… nom é um problema novo. Na segunda metade do século XX começou a fase abertamente predadora e destrutiva dos recursos naturais e da economia galega. Lembremos a imposiçom da papeleira de ENCE em Ponte Vedra, ainda no franquismo; lembremos Meirama e as Encrobas; as luitas contra as auto-estradas; contra a nuclear de Jove; contra a eucaliptizaçom do País; nom esqueçamos a betonizaçom da costa protagonizada por sucessivos petroleiros de maneira periódica; o último, até hoje, um pesadelo chamado Prestige…
O início do século actual, portanto, nom tem sido melhor. A causa ambiental está fundida na Galiza com o desenvolvimento social e cultural, com a nossa sobrevivência como povo com direito à existência. A nossa língua é parte dos nossos recursos sócio-ambientais, tam ameaçada como a base material da nossa identidade e das nossas potencialidades como naçom justa e sustentável.
O transporte e o seu protagonismo na emissom de CO2 causante da mudança climática é a melhor mostra da loucura do crescimento económico sem fim em que o mundo rico está envolvido. A reduçom das nossas rias a depósitos de resíduos e zonas industriais sem mais controlo que o marcado polas empresas espoliadoras com a cumplicidade das instituiçons, a prova de que os que marcam o caminho do desenvolvimento na Galiza só aspiram ao lucro imediato e a defender os negócios dos de sempre.
Contra a maré especulativa no solo urbano, nas urbanizaçons selvagens e no saque total do território, que ameaça com deixar os nossos filhos e as nossas filhas sem um futuro digno de ser vivido, cada vez mais sectores sociais se organizam autonomamente para defender o património de todos e de todas. A nossa comarca vive durante estes anos iniciais de século XX umha luita importante contra um desses projectos paradigmáticos do modelo energético que nom nos interessa: o insustentável, perigoso e alheio aos interesses da Galiza e da humanidade, representado por Reganosa, umha empresa que representa essa cumplicidade criminosa entre empresas privadas, capital financeiro e instituiçons públicas vendidas aos interesses das elites.
Nom nos vai ser possível incluir, como quereríamos, todos os conflitos socioambientais activados na Galiza da primeira década do século XX. A grande quantidade de agressons e luitas impedem-nos fazê-lo, mas sim faremos um público reconhecimento desse movimento popular posto em pé para frear os ataques ao património ambiental, cultural e socioeconómico do nosso país.
Esse é o objectivo desta oitava ediçom do Festival da Terra e da Língua. Esperamos contar contigo para, entre todos e todas, conhecermos, debatermos e apoiarmos as nossa luitas comuns, desde a montanha ao mar, por umha Galiza que nom se vende, polo mundo que queremos construir: habitável, igualitário e justo.
Como sempre desde 2001, vemo-nos no Moinho de Pedroso!
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