domingo, febreiro 06, 2011

Uma breve história do Fórum Social Mundial, ... por Emir Sader

http://www.cartamaior.com.br/arquivosCartaMaior/FOTO/59/foto_mat_26338.jpg


Nas origens do FSM estão o "grito zapatista" de 1994 e as manifestações em Seattle, em 1999, que impediram a realização da reunião da OMC. Na sequência, o movimento anti-neoliberal passou da fase de resistência à fase de construção de alternativas. Este FSM demonstrará se permanece na fase de resistência, de fragmentação de temáticas, de limitação à “sociedade civil” ou se se coloca à altura da etapa atual de disputa hegemônica, já não mais a nível nacional ou regional, mas a nível global. A análise é de Emir Sader.

Por Emir Sader [*]
07.02.2011


O Fórum Social Mundial já tem história. Uma história que não pode ser entendida separada daquilo que lhe deu nascimento e a que ele está intrinsecamente vinculado: a luta contra o neoliberalismo e por um mundo posneoliberal – que é o sentido de seu lema central “Um outro mundo possível”.

Nas suas origens está o “grito zapatista” de 1994, conclamando à luta global contra o neoliberalismo. Em seguida, veio o editorial do Le Monde Diplomatique, de Ignacio Ramonet, chamando à luta contra o “pensamento único”, seguida pelas manifestações em Seattle, que impediram a realização da reunião da OMC e as outras, em tantas cidades do mundo. Enquanto isso, se realizavam anualmente manifestações na Suiça, chamadas de anti-Davos.

Até que, com o crescimento da resistência ao neoliberalismo, se pensou no projeto de organizar um Forum Social Mundial em oposição ao Forum Economico de Davos. A idéia foi de Bernard Cassen, jornalista francês que naquele momento dirigia a Attac, que ao mesmo tempo propôs que a sede fosse na periferia do sistema –onde residem as vitimas privilegiadas do neoliberalismo-, na América Latina –onde se desenvolviam os principais movimentos de resistência, no Brasil– que tinha a esquerda mais forte naquele momento –e, em particular, em Porto Alegre– pelas políticas dos governos do PT, de Orçamento Participativo.

Depois do primeiro Fórum se constituiu um Conselho Internacional, com participação de todas as entidades que quisessem se incorporar, porém a direção continuou em um estrito grupo de entidades brasileiras, dominadas por ONGs. Este foi um limitante original do FSM, dado que o movimento se apoiava centralmente em movimentos sociais –de que a Via Campesina agrupa a parte significativa deles-, enquanto as ONGs –cujo caráter ambíguo, até mesmo neoliberal pela sua definição anti-governamental, mas também com várias delas com ações obscuras no seu sentido, no seu financiamento e nas suas alianças com grandes empresas privadas– se apoderava do controle da organização, imprimindo-lhe um caráter restrito.

Restrito, porque limitado a um suposta “sociedade civil”, o que já lhe imprimia um caráter liberal, oposto a governos, a partidos, a Estados, bloqueando a capacidade de construção de “um outro mundo possível”, que teria que ser um mundo global, com transformação das relações de poder, do Estado e da sociedade no seu conjunto. Também ficava fora um tema que passou a ser central no mundo conforme os EUA adotavam sua política de “guerras infinitas” –a luta pela paz-, que no entanto representou o momento de maior capacidade de mobilização dos novos movimentos populares no mundo, com as mobilizações de resistência à guerra do Iraque, em 2003.

O Conselho Internacional decidiu a alternância de sedes do FSM, que passou a se realizar em outros continentes, com o que se realizaram encontros na Índia e no Quênia. Também decidiu que os FSM seriam realizadosa cada dois anos, alternados por FSM regionais. No entanto o FSM passou realmente a girar em falso conforme a definição inicial de se limitar um espaço de troça de experiências entre entidades da “sociedade civil” foi limitando suas temáticas e sua capacidade de formular alternativas. Nem sequer balanços das maiores mobilizações populares jamais havidas, as contra a guerra do Iraque, foram feitas, para definir a continuidade da luta.

A fragmentação dos temas se acentuou conforme foi decidido que as atividades dos FSM seriam “autogestionadas”, sem definição política dos temas fundamentais, que deveriam ser financiados centralizadamente, promovendo um imenso privilegio das ONGs e outras entidades que dispõem de recursos contra os movimentos sociais –que deveriam ser os protagonistas fundamentais do FSM.

Hoje, o FSM tem em governos latinoamericanos progressistas os agentes de construção da agenda proposta pelo movimento. Os movimentos sociais que souberam rearticular de maneira criativa suas relações com a esfera política – de que a fundação pelos movimentos bolivianos do MAS –e disputar a criação de novos governos e a construção de projetos hegemônicos alternativos, avançaram significativamente na criação do “outro mundo possível”. Enquanto que os que seguiram refugiados na chamada “autonomia dos movimentos sociais” –como os casos dos piqueteiros argentinos ou dos zapatistas– perderam peso ou até mesmo tenderam a desaparecer politicamente.

Em 2009, o Fórum voltou ao Brasil, sendo realizado em Belém, no Pará. O encontro foi marcado, entre outras coisas, pela presença de 5 presidentes latino-americanos –Evo Morales, Rafael Correa, Hugo Chavez, Fernando Lugo e Lula, líderes de governos que, em distintos níveis, colocam em prática políticas que identificaram, desde o seu nascimento, o FSM: a Alba, o Banco do Sul, a prioridade das políticas sociais, a regulamentação da circulação do capital financeiro, a Operação Milagre, as campanhas que terminaram com analfabetismo na Venezuela e na Bolívia, a formação das primeiras gerações de médicos pobres no continente, pelas Escolas Latinoamericanas de Medicina, a Unasul, o Conselho Sulamericano de Segurança, o gasoduto continental, a Telesul –entre outras. A cara nova e vitoriosa do FSM, nos avanços da construção do posneoliberalismo na América Latina.

O FSM 2009 foi marcado também pela forte presença d os povos indígenas e pelo Forum PanAmazonico, com os movimentos camponeses e a Via Campesina, os sindicatos e o Mundo do Trabalho, os movimentos feministas e a Marcha Mundial das Mulheres, os movimentos negros, os movimentos de estudantes, os de jovens.

O movimento anti-neoliberal passou da fase de resistência à fase de construção de alternativas. Este FSM demonstrará se permanece na fase de resistência, de fragmentação de temáticas, de limitação à “sociedade civil” ou se se coloca à altura da etapa atual de disputa hegemônica, já não mais a nível nacional ou regional, mas a nível global, quando a crise capitalista e o esgotamento do modelo neoliberal coloca para o FSM seu maior desafio: ser agente na construção concreta do “outro mundo possível” ou permanecer como espaço de testemunhos, ricos, mas impotentes.

O Fórum Social Mundial 2011, em Dakar, ganhou uma nova agenda com a onda de protestos populares que já atingiu a Tunísia, o Egito, o Iêmen e a Jordânia. O mais significativo de todos, sem dúvida, é o Egito, em função do que o país representa em termos geopolíticos no Oriente Médio. Egito e Arábia Saudita são dois pilares centrais da aliança EUA-Israel na região. Uma mudança de regime político em um desses dois países pode significar um terremoto geopolítico de grandes proporções.

A aplicação da consigna do FSM aos problemas dessa região coloca a seguinte questão: “Outro Oriente Médio é possível?”. O que está acontecendo no Egito mostra que o castelo das autocracias apoiadas e sustentadas pelos EUA é menos sólido do que parecia. Milhões de jovens, homens e mulheres, estão nas ruas dizendo que é possível, sim. E necessário.

[*] Emir Sader, sociólogo e cientista, mestre em filosofia política e doutor em ciência política pela USP - Universidade de São Paulo.

Fonte: Carta Maior - Blog do Emir Sader - Copyleft

___________________

Enlaces relacionados:

Podes seguir o evento desde a web oficial do Fórum Social Mundial:


Ou desde a Galiza, nos sitios web do propio Foro Social Galego ou desde Altermundo:
_________________________

Un novo buque gaseiro, o "Madrid Spirit", cargado con miles de toneladas de GNL/LNG anuncia a súa entrada na Ría de Ferrol, para este Luns 7 de Febreiro - O Comité Cidadán de Emerxencia convoca unha acción de protesta e denuncia



O LNG "Madrid Spirit", buque gaseiro de grande porte, cargado con miles de toneladas de GNL/LNG para a ilegal e perigosa Reganosa, ten anunciado a súa entrada na Ría de Ferrol, para este Luns 7 de Febreiro de 2011. Esta entrada dun buque cargado con gas natural licuado para Reganosa, supon xa a 83, desde que o fixera o LNG "Galicia Spirit" en Maio de 2007.

[Para entrar na Galería de Diapositivos, clicar acima da imaxe]

Diante do aumento da ameaza contra a seguridade e a vida, que supón a entrada do buque gaseiro, xunto á propia instalación da Planta de Gas en Mugardos, o Comité Cidadán de Emerxencia convoca unha acción de protesta e denuncia, consitente nunha Concentración Sonora, o mesmo Luns, ás 7 da Tarde, na Praza Amada García, diante do Edificio Administrativo da Xunta de Galicia

Características do buque gaseiro:
Nome: Madrid Spirit – Bandeira: España – Ano Construcción: 2004 – Eslora: 284,4 m – Manga: 42.5 m – Calado: 12.20 m – Puntal: 25.04 m – Capacidade.- 138.000 m³

  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA !!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA !!
Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org



Enviado por:
Ferrol CAPE
-ferrol.cape@gmail.com-
6 de fevereiro de 2011 21:41
www.f-cape.org
Colectivo Universitario Opositor a Planta de Gas da Ría de Ferrol - Ferrol-CAP
__________________

sábado, febreiro 05, 2011

Lembrando a Carmelo Teixeiro no Terceiro Aniversario do seu pasamento - Vídeos - Fotos

Este Sábado 5 de Febreiro de 2011, tivo lugar na ribeira de Caranza, unha emotiva homenaxe a Carmelo Teixeiro Menéndez, no mesmo parque que leva o seu nome. Tres carballos e unha pequena placa chantada no chan lembran a figura e obra de Carmelo, un home bon e loitador. Toda unha vida na procura do ben común, da xustiza, na loita por un mundo mellor. Carmelo Teixeiro dedicou, a última década da súa vida, grandes esforzos contra a aldraxe, a corrupción e o perigo que representa a planta de gas de Reganosa, colocada no corazón da nosa Ría, por irresponsábeis, cobizosos e corruptos. Carmelo Teixeiro é un dos principais impulsores do movimento social que se constituíu ao redor da loita contra a ilegal e perigosa planta regasificadora de Mugardos.

Un sinxelo e emotivo acto, tivo lugar esta mañá en Caranza, palabras de agradecemento, flores, música, lembranzas e poesía, ... Grazas Carmelo, ... ten por seguro que o verás cos nosos ollos.















Fonte da Galería Fotográfica: Suso Pazos - Susete'70


Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán
:


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org

Enlace relacionado:

Ártabra 21: Hoxe Sábado 5 de Febreiro, ás 12 do mediodía, Acto de Lembranza a Carmelo Teixeiro no terceiro aniversario do seu pasamento, no parque público da ribeira de Caranza que leva o seu nome
_________________

Hoxe Sábado 5 de Febreiro, ás 12 do mediodía, Acto de Lembranza a Carmelo Teixeiro no terceiro aniversario do seu pasamento, no parque público da ribeira de Caranza que leva o seu nome

Carmelo TeixeiroHomenaxe a Carmelo Teixeiro no 3º aniversario.

Organizado polo Comité Cidadán de Emerxencia

Sábado, 5 de febreiro 2011 ás 12 hs,

Acto en lembranza de

CARMELO TEIXEIRO

No Parque que leva o seu nome, en Caranza

No terceiro aniversario do seu pasamento, homenaxearemos cunha ofrenda floral, música e poesía, a quen foi querido compañeiro e primeiro Coordinador do Comité.

Para apoiar e colaborar co Comité Cidadán:

Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org


Información baseada na enviada polo:
Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
1 de fevereiro de 2011 22:12
____________________________



Enlaces relacionados en Ártabra 21:

Videos da homenaxe a Carmelo Teixeiro no segundo aniversario do seu pasamento - 07.02.2010

Organizado polo Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol, realizou-se o Sábado, 6 de febreiro 2010, ás 12 do mediodía no Parque Carmelo Teixeiro de Caranza, unha homenaxe a quen foi o seu primeiro Coordinador: Carmelo Teixeiro Menéndez, ao celebrarse...
Ler máis...

Emoción e compromiso na homenaxe a Carmelo - 07.02.2010


Hoxe, sábado 6 de Febreiro, en Caranza, xunto aos tres carballos plantados no seu recordo, no parque que leva o seu nome, celebrouse un acto sinxelo e entrañable dedicado a Carmelo Teixeiro, cando se cumpre o segundo aniversario do seu falecemento. A...
Ler máis...

Lembrando a Carmelo Teixeiro no segundo aniversario da súa morte - 02.07.2010


Por José Torregrosa [*] 06.02.2010 Desde a Asociación "Fuco Buxán", onde tanto tivo que facer ese home enteiro, quero expresar -está soando Bach- a súa vívida nostalxia e o seu presente. Pois a loita pola Razón aínda segue en pé, desde esa ría que...
Ler máis...


O noso "Parque Carmelo Teixeiro" - 28.02.2009


Comité Cidadán de Emerxencia-comitecidadan@gmail.com-28 de fevereiro de 2009 01:21Coa unánime decisión plenaria do Concello de Ferrol, que aprobou a denominación oficial de “Parque Carmelo Teixeiro” para o lugar anexo a ermida de Caranza, a iniciativa...
Ler máis...


Lembranza de Carmelo Teixeiro no primeiro aniversario do seu pasamento - 07.02.2009


[Galería Fotográfica do Acto do 7 de Febreiro de 2009 - Fotos: Fuco Buxan AC,para entrar Clicar acima da imaxe]Hoxe Sábado, 7 de Febreiro de 2009, o Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol e outras entidades, organizaron un emotivo homenaxe...
Ler máis...


Este Sábado 7 de Febreiro, o programa radiofónico "O Recuncho" está dedicado a Carmelo Teixeiro - 06.02.2009


De: Comité Cidadán de Emerxencia -comitecidadan@gmail.com-Para: artabra21@gmail.comData: 6 de fevereiro de 2009 16:35Asunto: Dedicado a Carmelo - Programa radiofónico "O Recuncho" 7 de febreiroDedicado a Carmelo: Programa radiofónico "O Recuncho" do...
Ler máis...


O Sábado 7 de Febreiro de 2009, Homenaxe a Carmelo Teixeiro - 30.01.2009

O Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol, anunciou que o Sábado 7 de Febreiro deste ano 2009, cando se cumpre o primeiro aniversario, do pasamento do compañeiro Carmelo Teixeiro, vai ter lugar un Acto de Homenaxen a "un home de ben", a un compañeiro. O Acto terá lugar ás 12 do mediodía, no parque de Caranza perto da Ermida, parque que para...
Ler máis...


Novo vídeo sobre o noso compañeiro Carmelo Teixeiro - 09.05.2008


De: Fuco Buxán Asoc. Cultural - Ferrol -fucobuxan@gmail.com-Para: artabra21@gmail.comData: 9 de maio de 2008 17:03Asunto: Novo vídeo sobre Carmelo TeixeiroNovo vídeo sobre o noso compañeiro Carmelo Teixeiro, enlazando a nosa web: www.fucobuxan.com--fuco...
Ler máis...


Homenaxe a Carmelo Teixeiro en Caranza - 15.02.2008


Galería Fotográfica do Acto celebrado en Caranza en Homenaxe a Carmelo Teixeiro[Clicar acima da imaxe para entrar na Galería Fotográfica] Recomendamos a entrada na web do Comité Cidadán ... , pois podese apreciar o sentimento do Acto nunha pequena...
Ler máis...

15 de febreiro Homenaxe a Carmelo Teixeiro - 12.02.2008


De: Comité Cidadán de Emerxencia-comitecidadan@gmail.com-Para: artabra21@gmail.comData: 12 de fevereiro de 2008 19:33Asunto: 15 de febreiro Homenaxe a Carmelo TeixeiroOrganizada poloComité Cidadán de Emerxenciapara a Ría de FerrolO Venres, 15 de Febreiro,...
Ler máis...

Centos de persoas despiden a Carmelo Teixeiro ... Concentración contra a entrada na Ría dun novo Gaseiro ... A Revolta consigue outro 1º Prémio - 07.02.2008


[Para entrar na Galería clicar acima da imaxe]Pasadas as 6 da tarde, do 6 de febreiro, no cemiterio de Catabois, tiña lugar o enterro de Carmelo Teixeiro, nun acto onde centos de persoas rendiron unha merecida homenaxe ao que foi Coordenador do Comité...
Ler máis...

Morreu Carmelo Teixeiro, Coordenador do Comité Cidadá de Emerxencia para a Ría de Ferrol - 05.02.2008


Un grupo de persoas convocadas polo CCE, nos dispoñiamos a realizar unha nova cacerolada de protesta pola entrada dun novo gaseiro, cando nos chegou a nova da morte de Carmelo. O vento do nordés non permitiu que atracara na Planta de Gas de REGANOSA...
Ler máis...


Un agarimoso e fraternal abrazo -19.12.2007


Onte, en Ferrol, no "Centro Cívico e Cultural Carvalho Calero" do Inferniño, organizado por Fuco Buxan A.C., tivo lugar un emotivo acto de recoñecimento ao compañeiro Carmelo Teixeiro Menéndez, pola súa entrega e seu compromiso coa causa democrática...
Ler máis...
____________

O Recuncho en Rádio FilispiM, hoxe Sábado 5 de Febreiro, interesantes entrevistas con Yolanda Díaz, Sari Alabau, Enrique Barrera, Alberto Leira, ... e as seccións habituais con Jose Torregrosa e Lorena Calaza


Hoxe sábado 5 de Febreiro edición nº 38 de O Recuncho, o programa da Asociación Cultural Fuco Buxán. Coma sempre, de 11 a 13 horas, no 93.9 da FM, Radio Filispim.

Neste programa destacamos os seguintes contidos:
  • Falaremos con Yolanda Díaz, acerca do barapalo sufrido pola cidadanía coa reforma das pensións, a cal alonxa a xubilación cara os 67 anos.
  • Falaremos telefónicamente con Mariana, ex alumna do Colexio Estudio, centro que durante o franquismo mantivo ideales democráticos nas súas aulas, herdados da Institución Libre de Enseñanza.
  • Sari Alabau contará aos oíntes do Recuncho os motivos polo que nos colexios públicos de Ferrol nos se están a desenvolver as actividades extraescolares.
  • No estudo de Radio Filispim: Con Enrique Barrera, profesor de secundaria, e Alberto Leira, profesor universitario falaremos do sistema educativo español.
  • Coma de cotiá a secións de Jose Torregrosa, "O despertar da razón", na cal recordará a figura de Carmelo Teixeiro no aniversario da súa morte.
  • Na sección poética levada por Lorena Calaza: Ricardo Carvallho Calero.

Podedes participar en directo chamando ao telefono de Rádio Filispim:

 981371040 

Tódolos programas en:
www.recunchofuco.blogspot.com

"O Recuncho", o programa da asociación cultural Fuco Buxán en Radio FilispiM, no 93.9 da FM, emitese en directo os sábados de 11:00hs a 13hrs e repitese en diferido os  Mércores, de 15:00hs a 17:00hs e Domingos, de 20:00hs a 22:00hs.

Blogue do Programa:
www.recunchofuco.blogspot.com
______________

Quen son?

O Recuncho é un programa da Asociación Cultural "Fuco Buxán", realizado polos compañeiros Miguel Castro, María Teresa Martínez Vilariño, José Torregrosa e Fernando Ocampo. O Recuncho é un espazo radiofónico aberto, de información, opinión, debate, reivindicación, etc e desde aquí invitamos a participar, a todos os Colectivos e Asociacións da Comarca de Trasancos, que o desexen.

fuco buxán, a.c.
Aptdo Correos 240 C.P. 15400 Ferrol
Telef. 981325492
www.fucobuxan.com
fucobuxan@yahoo.es

________________________

xoves, febreiro 03, 2011

Tunisia, Exipto, Marrocos ... Esas "ditaduras amigas", ... por Ignacio Ramonet

Por Ignacio Ramonet [*]
03.02.2011

Unha ditadura en Tunisia? En Exipto unha ditadura? Vendo aos medios relamerse coa palabra "ditadura" aplicada ao Tunisia de Ben Alí e ao Exipto de Moubarak, os franceses deberon de preguntarse se entenderon ou leron ben. Non insistiran durante decenios eses mesmos medios e eses mesmos xornalistas en que eses dous "países amigos" eran "Estados moderados"? A horrible palabra "ditadura" non estaba exclusivamente reservada no mundo árabe musulmán (logo da destrución da "espantosa tiranía" de Saddam Hussein en Iraq) só ao réxime Iraniano? Como? Había entón outras ditaduras na rexión? E ocultaríannolo os medios da nosa exemplar democracia? Velaquí, en todo caso, un primeiro abrir de ollos que debemos ao rebelde pobo tunisiano. A súa prodixiosa vitoria liberou aos europeos da "retórica hipócrita e de ocultamiento" en vigor nas nosas cancillerías e nos nosos medios. Obrigados a quitarse a careta, simulan descubrir o que sabiamos desde fai intre [1], que as "ditaduras amigas" non son máis que iso: réximes de opresión. Sobre o asunto, os medios non fixeron outra cousa que seguir a "liña oficial": pechar os ollos ou mirar cara a outro lado confirmando a idea de que a prensa non é libre salvo en relación cos débiles e a xente illada. Seica Nicolás Sarkozy non tivo o apromo de asegurar que en Tunisia "había unha desesperanza, un sufrimento, un sentimento de afogo que hai que recoñecer que non apreciaramos na súa xusta medida", con respecto ao sistema mafioso do clan Ben Alí-Trabelsi".

"Non apreciaramos na súa xusta medida" ... En 23 anos ... A pesar de contar alí con servizos diplomáticos máis prolíficos que os de calquera outro país ... A pesar da colaboración en todos os sectores da seguridade (policía, gendarmería, intelixencia ... [2]. A pesar das estancias regulares de altos responsables políticos e mediáticos que establecían alí desacomplexadamente os seus lugares de veraneo ... A pesar da existencia en Francia de dirixentes exiliados da oposición tunisiana, mantidos como apestados á marxe polas autoridades francesas e de acceso prohibido durante decenios aos grandes medios ... Democracia ruinosa ...

En realidade eses réximes autoritarios foron (e seguen sendo) complacientemente protexidos polas democracias europeas, desprezando os seus propios valores, co pretexto de que constitúen baluartes contra o islamismo radical [3]. O mesmo cínico argumento usado por Occidente durante a Guerra Fría, para apoiar ditaduras militares en Europa (España, Portugal, Grecia, Turquía) e en América Latina pretendendo impedir a chegada do comunismo ao poder.

¡Que formidable lección dan as sociedades árabes revolucionarias aos que en Europa os describían con termos maniqueos, é dicir, como masas dóciles sometidas a sátrapas orientais corruptos ou como xentíos histéricas posuídas polo fanatismo relixioso! E velaquí que de súpeto xorden, nas pantallas dos nosos computadores ou dos nosos televisores (cf.: o admirable traballo da o-Jazeera) preocupadas polo progreso social, nada obsesionadas pola cuestión relixiosa, sedientas de liberdade, soprepasadas pola corrupción, detestando as desigualdades e reclamando democracia para todos, sen exclusións.

Lonxe das caricaturas binarias, estes pobos non constitúen de ningún xeito unha especie de "excepción árabe" senón que se asemellan nas súas aspiracións políticas ao resto das ilustradas sociedades urbanas modernas. Un terzo dos tunisianos e case un cuarto dos exipcios navegan regularmente por Internet. Como afirma Moulay Hicham El Alaoui: "Os novos movementos xa non están marcados polos vellos antagonismos como antiimperialismo, anticolonialismo, ou antisecularisno. As manifestacións de Tunisia e EL Cairo estiveron desprovistas de todo simbolismo relixioso. Constitúen unha ruptura xeracional que refuta a tese do excepcionalismo árabe. Ademais son as novas metodoloxías da comunicación de Internet as que animan estes movementos. Eles propón unha nova versión da sociedade civil na que o rexeitamento ao autoritarismo vai da man co rexeitamento á corrupción [4] ... .

Especialmente grazas ás redes sociais dixitais, as sociedades tanto de Tunisia como de Exipto se mobilizaron con gran rapidez e puideron desestabilizar o poder en tempo marca. Aínda antes de que os movementos teñan a oportunidade de "madurar" e de favorecer a urxencia de novos dirixentes dentro deles. É unha das raras ocasións nas que sen líderes, sen organización dirixente e sen programa, a simple dinámica da exasperación das masas bastou para conseguir o triunfo da revolución. Trátase dun momento fráxil e sen dúbida as potencias xa estarán traballando, especialmente en Exipto, para que "todo cambie sen que cambie nada" segundo o vello adagio do Gatopardo. Eses pobos que conquistaron a súa liberdade deben recordar a advertencia de Balzac, "Matarase á prensa como se mata a un pobo, outorgándolle a liberdade" [5]. Nas "democracias vixiadas" é moito máis fácil domesticar lexitimamente a un pobo que nas antigas ditaduras. Pero isto non xustifica o seu mantemento. Nin debe empañar o ardor de derrocar unha tiranía.

O afundimento da ditadura tunisiana foi tan veloz que os demais pobos magrebís e árabes chegaron á conclusión de que esas autocracias -as máis vellas do mundo- estaban en realidade profundamente corroídas e non eran polo tanto máis que "tigres de papel". Esta demostración verificouse tamén en Exipto.

De alí este impresionante levantamento dos pobos árabes, que leva a pensar inevitablemente no gran florecimiento das revolucións europeas de 1848, en Xordania, en Iemen, en Alxeria, en Siria, en Arabia Saudita, en Sudán e tamén en Marrocos.

Neste último país, unha monarquía absoluta, no que o resultado das "eleccións" (sempre trucado) sempre o decide o soberano, que designa segundo a súa vontade aos chamados ministros "da soberanía", unhas cantas decenas de familias próximas ao trono continúan acaparando a maioría das riquezas [6]. Os cables difundidos por Wikileaks revelaron que a corrupción chega a niveis de indecencia descomunais, maiores que os do Tunisia de Ben Alí, e que as redes mafiosas tiñan todas como única orixe o Palacio. Un país no que a práctica da tortura está xeneralizada e o amordazamiento da prensa é permanente.

Con todo, como no Tunisia de Ben Alí, esta "ditadura amiga" benefíciase da gran indulxencia dos medios e da maior parte dos nosos responsables políticos [7], os cales minimizan os sinais do comezo dun "contaxio" da rebelión. Catro persoas inmoláronse xa prendéndose lume. Producíronse manifestacións de solidariedade cos rebeldes de Tunisia e de Exipto en Tánxer, en Fes e en Rabat [8]. Acosadas polo medo as autoridades decidiron subvencionar preventivamente os artigos de primeira necesidade para evitar as "rebelións do pan". Importantes continxentes de tropas do Sahara Occidental serían desprazadas aceleradamente cara a Rabat e Casabranca. O rei Mohamed VI e algúns colaboradores trasladáronse a Francia o 29 de xaneiro para consultar a expertos en orde pública do Ministerio francés do Interior [9].

Aínda que as autoridades desmenten as dúas últimas informacións, está claro que a sociedade marroquí está seguindo os acontecementos de Tunisia e Exipto con excitación. Preparados para unirse ao impulso de fervor revolucionario e crebar dunha vez por todas as trabas feudais. E a pedir contas a todos aqueles que en Europa foron durante decenios cómplices das "ditaduras amigas".

Notas.-

[1] Ler, por exemplo de Jacqueline Boucher "A société tunisienne privée de parole" e de Ignacio Ramonet "Main de fer en Tunisie", Le Monde diplomatique,de febreiro de 1996 e de xullo de 1996 respectivamente.

[2] Cando Mohamed Bouazizi inmolouse incendiandose o 17 de decembro de 2010, cando a insurrección gañaba a todo o país e decenas de tunisianos rebeldes continuaban caendo baixo as balas da represión benalista, ao alcalde de París Bertrand Delanoé e á ministra de relacións exteriores Michèle Alliot-Marie parecíalles absolutamente normal ir festexar alegremente a Noiteboa ou a Noitevella en Tunisia.

[3] Ao mesmo tempo, Wáshington e os seus aliados europeos, sen aparentemente medir as contradicións, apoian ao réxime teocrático e tiránico de Arabia Saudita, principal fogar oficial do islamismo máis oscurantista e máis expansionista.

[4] ttp://www.medelu.org/spip.php?article711

[5] Honoré de Balzac, Monographie da presse parisienne, Paris, 1843.

[6] Ler Ignacio Ramonet, "A poudrière Maroc", Mémoire deas luttes, setembro 2008. http://www.medelu.org/spip.php?article111

[7] Desde Nicolas Sarkozy ata Ségolène Royal, pasando por Dominique Strauss-Kahn que posúe un "ryad" en Marraquech, os dirixentes políticos franceses non teñen o menor escrúpulo en pasar as súas vacacións de inverno entre estas "ditaduras amigas".

[8] El País, 30 de xaneiro de 2011- http://www.rue89.com/..le-roi-du-maroc-en-voyage-discret...188096

[9] Ler El País, 30 de Xaneiro de 2011 http://www.elpais.com/..Mohamed/VI/va/vacaciones y Pierre Haski, "Le discret voyage du roi du Maroc dans son château de l´Oise", Rue89, 29 Xaneiro de 2011.http://www.rue89.com/..le-roi-du-maroc-en-voyage-discret...188096

Fontes:

www.medelu.org

Traducido para Rebelión por Susana Merino.

Texto traducido, ao Galego, por Ártabra 21, apoiando-se nos recursos públicos de tecnoloxía lingüística desenvolvidos polo Seminario de Lingüística Informática (SLI) da Universidade de Vigo.

[*] Ignacio Ramonet Míguez -Redondela 1943, xornalista, escritor, altermundista,  ...
__________________

Outra foto para o álbum da paz social, ... por Isaac Rosa


"Ningún país en Europa fixo algo semellante. Aínda estou vendo as manifestacións en Francia; aquí houbo acordo". -Ramón Jáuregui, ministro de Presidencia-

Por Isaac Rosa [*]
03.02.2011


A ver, colóquense e miren ao pajarito. Moi ben, agora sorrían. Non, vostede non fai falta que sorría tanto, señor presidente, contéñase un pouco, e quite esa man co pulgar cara arriba. E vostedes dous, os sindicalistas, unha sonrisita, veña, que parece que están nun funeral no canto dun pacto de Estado. Señor Toxo, quítese a chapa de "Non aos 67", que se lle esqueceu. Señor Rosell, non se me despiste mirando para outro lado. Esperamos ao señor Rajoy ou a facemos sen el?

Apértense un pouco, por se queren entrar os nacionalistas. Oia, señor Rubalcaba, deixe de cruzar por diante, por favor. Veña, agora si, sorrían todos. Repitan: "Pataca, pataca", ou se prefiren "Pensións, pensións". ¡Flash! Moi ben, agora outra co boli na man, facendo que asinan. ¡Flash! Esperen, non se vaian, que teñen que dedicar unha foto a Merkel.

Pois xa está, xa temos outra foto para o álbum da paz social. custou, pero quedou ben bonita, no Salón de Tapices, o das grandes ocasións, para recordar aqueles Pactos da Moncloa hoxe mitificados dentro do mito de ferro da Santa Transición. En efecto, como recorda o texto asinado onte (que dedica tres páxinas a enxalzar as bondades do diálogo), a historia laboral e social da nosa democracia é unha sucesión de fotos como esta, que dan para un álbum. Non hai gobernante que non teña a súa foto: tivérona Suárez e González, tívoa Aznar e tena Zapatero.

E en todos os casos a foto supuxo algún recorte, sexa salarial, de dereitos laborais ou de pensións, pois en España as reformas sempre son cara atrás. Esta non vai ser unha excepción. Podemos discutir se era inevitable ou se, como creemos moitos, pode opórselle outra política económica. Pero o indubidable é que reducirá as pensións futuras.

A min as fotos do diálogo social, esta e as anteriores, recórdanme aos vellos daguerrotipos, que esixían que o retratado estivésese moi quedo, ata morto, para saír na foto. Unha vez máis son os sindicatos os que aceptan quedar quedos para que a foto social non salga movida. Flash.

Publicado o 03.02.2011 en Traballar cansa - Público.es

[*] Isaac Rosa (Sevilla, 1974) publicou as novelas A malamemoria (1999), posteriormente reelaborada en ¡Outra maldita novela sobre a guerra civil! (2007), O van onte (2004) e O país do medo (2008). Co van onte obtivo o Premio Rómulo Galegos, o Premio Ollo Crítico e o Premio Andalucía da Crítica, e foi levada ao cine por Andrés Linares co título da vida en vermello. A súa última novela, O país do medo, recibiu o Premio Fundación José Manuel Lara á mellor novela de 2008.
_____________

As razons de Cándido e Ignacio, ... por Lupe Ces

Por Lupe Ces
03.02.2011

Levo dias intentando entender as razons do pacto social assinado polos representantes de CCOO e UGT. De seguro que Cándido e Ignacio tiverom serias dúvidas, malas digestons e mesmo pesadelos que nom os deixárom dormir, ainda que fosse só um par de noites antes do 27 de Xaneiro, día no que se anunciou que havia pacto.

Eu levo dias e noites fazendo o mesmo, intentando entender o porque sucede que uns sindicatos que convocarom umha folga geral em Setembro contra a reforma laboral, que asseguravam que nom íam dar nem um passo atrás no tema das pensons ... tenhem nos seus representantes umha viragem de opiniom e de acçom tam importante.

Desde logo nom me convencem as razons que dam aludindo aos benefícios do pacto, ou quando dim que poderia ser pior ... a cada hora que passa convenço-me mais de que as razons na almofada, ou no banho em horas solitárias de Cándido e Ignacio forom outras.

Avaliar os resultados de nove folgas gerais em Franza e outras tantas em Grecia ajuda a afortalar sem dúbida o seu razonamento. Um razonamento que tem como esqueleto a ideia de que, vista a realidade, só se pode optar entre acomodar-se do melhor xeito possível ante os cámbios que se vam produzindo, ou começar um caminho sem volta atrás de cámbios no modelo. A desconfiança nesse caminho, e nas possíveis alianças para anda-lo lográrom o cámbio de rumbo. Um cambio de rumbo que nos sitúa mais perto do iceberg que pode acabar afundindo o Titanic social no que imos navegando por augas neo-liberais. Lembremos, que o afundimento do Titanic causou numerosas vitimas, e só se puiderom pôr a salvo quem viajava em primeira classe ou conseguiu acomodar-se dentro do reduzido número de barcos salvavidas.

Hoje, olhando a foto das suas vestiduras monocolor e a imagem de equipa triunfadora que transmitem, descobrimos que, como no filme “O show de Truman”, o que era o nosso amigo, com quem tomávamos as cervejas, forma parte do show.

Enviado por:
Lupe Ces
-lupeces@gmail.com-
3 de fevereiro de 2011 01:32
http://lupeces.blogspot.com/

A CIG considera un exercicio de cinismo e un gran engano a sinatura do acordo económico e social

A central advirte que o pacto non terá repercusións na xeración de emprego e a saída á crise e demanda unha reforma da política fiscal e incrementar o investimento público.

A CIG considera un exercicio de cinismo e un gran engano á cidadanía a posta en escena este mediodía da sinatura do “Acordo económico e social para o crecemento, o emprego e a garantía das pensións”. Para a central sindical este acordo, que contempla as propostas saídas do goberno e a patronal, supón unha clara entrega do sindicalismo estatal ao poder, mais non terá repercusións relevantes nin na saída á crise nin na xeración de emprego.


[11-02-02 Sinatura pacto social
Escenificación na Moncloa da sinatura do acordo]

Para a CIG resulta insultante que se pretenda vender esta sinatura hoxe escenificada na Moncloa como unha medida que vai favorecer aos parados/as e pensionistas, cando o acordo se caracteriza por plasmar as propostas defendidas polo goberno e a patronal. “Curiosamente un pacto destas características, supostamente en contra da crise e para crear emprego, non toca aspectos fundamentais para encetar un cambio de modelo”, denuncia o Secretario Xeral da CIG, Xesús Seixo.

A este respecto, subliña que todas aquelas materias que supoñen cuestionar as políticas económicas, sociais e laborais postas en marcha e que beneficiarían á clase traballadora queda á marxe deste acordo. “Estamos ante un pacto que é unha entrega clara do sindicalismo estatal ao poder e que en nada favorece á clase traballadora, nin á creación de emprego nin á saída da situación de crise económica”, denuncia.

En canto ás cuestións recollidas no documento, Seixo criticou os dous aspectos estrela das políticas activas de emprego: o contrato a tempo parcial bonificado para menores de 30 anos e as axudas vinculadas á formación para @s parad@s que esgotaron as prestacións.

No primeiro punto, a CIG entende que esta bonificación supón un novo mecanismo destinado a facilitar man de obra barata para a patronal. Xa que se o empresariado precisa de contratar traballadores ou traballadoras, por lóxica ía realizar igual este tipo de contratos que non tiñan por que estar subvencionados nin ser a tempo parcial.

No relativo á axuda do 75% do IPREM para parados de longa duración que esgotaron as prestacións, a obriga de participar en cursos de formación limitará o acceso ás mesmas. Na práctica, con esta medida as organizacións sindicais españolas aceptaron a desaparición da axuda dos 426 euros a cambio de asumir unha prestación vinculada á realización de cursos de formación, que á súa vez dependerá de que a propia administración oferte os citados cursos.

Negociación colectiva

A nivel da negociación colectiva, aínda que o acordo só recolle unha breve declaración, tócanse aspectos que para a CIG resultan preocupantes, como o mantemento do cumprimento do acordo estatal de negociación colectiva (2010-2012), asinado a principios do ano pasado, que estabelece un incremento salarial máximo do 1% para 2010. Tendo en conta que o IPC situouse no 3%, nestes momentos, os traballadores e as traballadoras xa está perdendo poder adquisitivo nos salarios.

Outro aspecto abordado no acordo refírese á reforma da estrutura da negociación colectiva, facendo referencia ás necesidades de potenciar os convenios de empresa, seguindo o modelo que pretende a patronal: grandes convenios estatais e convenios de empresa, co obxectivo de ir pouco a pouco eliminando contido a negociación provincial.

En canto á reforma laboral e a función pública, o acordo apenas di nada, mentres que no apartado de política industrial, enerxética e innovación, a CIG considera que se trata de “mera literatura”.

As reformas necesarias que non se tocan no pacto

Para a CIG, en contra das medidas de recortes que se están adoptando, resulta fundamental abordar de xeito urxente unha reforma da política fiscal, para crear unha fiscalidade verdadeiramente progresiva, na que as rendas máis altas paguen maiores impostos e se recupere o gravame sobre o patrimonio; implementar medidas contra a fraude fiscal ou eliminar os paraísos fiscais, co obxecto de garantir ingresos ao estado. Estas cuestións, non obstante, non son tratadas neste acordo.

Ao igual que tampouco se abordou a problemática da reestruturación do sector financeiro, de capital relevancia nun momento no que as políticas do goberno diríxense á privatización das caixas; non se toca a necesidade de potenciar unha banca pública, nin de incrementar o gasto social e o investimento público de carácter produtivo. Medidas estas que redundarían nunha mellora para a maioría social.

Fonte: Avantar
________________________

Texto Integro do Acordo Social e Económico -en formato PDF.
____________________________

mércores, febreiro 02, 2011

Andaina dunha inciativa unitaria de ámbito estatal contra as políticas neoliberais e por unha alternativa de esquerdas - Chamamento á creación de Mesas de Converxencia para a Acción

Mesas de Converxencia e Acción, para unha saída social á crise

Desde Novembro do pasado ano ven-se mantendo unha serie de reunións, dunha serie de persoas ligadas ao movimento social e intelectual de esquerdas, preocupados pola vaga de privatizacións e medidas políticas, económicas e sociais neoliberais adoptadas polo goberno español e aceptadas pola maioría parlamentaria, ao ditado dos organismos internacionais do Capital (FMI, BM, BCE...) e grandes consorcios empresariais transnacionais. Políticas e Medidas, todas elas moi lesivas para a Clase Traballadora que empeora as condicións de vida e benestar, recorta os seus salarios e dereitos ... Este grupo de persoas consideran necesario pasar á organización e á acción, nunha contraofensiva nas propostas de esquerdas frente ás políticas neoliberais.

Nunha das reunións celebrada a finais do pasado ano, redactou-se un "Chamamento para a constitución de mesas de converxencia pola xustiza e o benestar social" como resultado da iniciativa que provén do grupo Impulsor da Asemblea Cidadá para a creación de Mesas de Converxencia que inicialmente se reuniu na Biblioteca Valdecillas de Madrid e se acordou unha reunión posterior en Madrid o vindeiro 19 de Febreiro de 2011.


A que segue é a documentación da proposta de Converxencia e Acción.

Carta de convocatoria

Estimado amigo, estimada amiga

Un grupo de persoas preocupadas pola situación política e polas ameazas que se ciernen sobre sectores cada vez máis amplos da poboación sentimos a necesidade de tomar a iniciativa. Pensamos que chegou o momento de impulsar un proceso de achegamento e converxencia de todos os sectores e sensibilidades da esquerda para ir conformando unha resposta unitaria e eficaz á situación que vive o noso país de países.

A nosa pretensión é moi aberta pero moi clara. Estamos convencidos de que é imprescindible promover a máis ampla confluencia de forzas da esquerda social e política fronte á ofensiva neoliberal que estamos sufrindo. Esta ofensiva probablemente non vai remitir nos próximos tempos senón todo o contrario.

Cremos que é necesario ir construíndo consensos para definir valores e políticas que permitan defender o benestar colectivo, a xustiza social, o desenvolvemento sostible e as liberdades democráticas nestes momentos críticos que estamos vivindo. É só un comezo pero un comezo necesario para empezar a articular unha contraofensiva ao neoliberalismo dentro do actual panorama da esquerda no noso país.

Para darlle o primeiro impulso a este proceso, aprobar o programa mínimo antineoliberal e lanzar o proceso de conformación de mesas para a converxencia cidadá en todo o Estado, convocamos unha Asemblea o próximo día 19 de febreiro ás 11.00 horas no Auditorio Marcelino Camacho de Madrid, Rúa Lope de Veiga nº 40.

Somos conscientes de que unha convocatoria deste tipo non é moi frecuente. Pero existe unha posibilidade real, ata agora tida por imposible, de que se produza unha regresión dramática das conquistas sociais, democráticas e culturais dos últimos trinta anos. Está en xogo, ademais, a propia existencia da esquerda como actor político relevante. Por iso confiamos na túa responsabilidade e na túa xenerosidade nuns momentos tan importantes como os que estamos vivindo.

Un saúdo cordial

O grupo promotor da iniciativa

Juan Torres López, Manolo Monereo, Ricardo García Zaldívar, Carlos Martínez García, Armando Fernández Steinko, Roberto Viciano, Carlos Ruiz Escudeiro


Chamamento

Este chamamente é aberto , plural e inclusivo

CHAMAMOS Á CONVERXENCIA E Á ACCIÓN

¡HAI QUE FACER FRONTE AO ABUSO!

As mulleres e homes que asinamos este chamamento facémolo porque cremos que é urxente espertar a conciencia da opinión pública, é urxente que as cidadanía pase á acción. Cremos imprescindible actuar canto antes para frear os abusos que se están cometendo contra os traballadores e traballadoras, contra os que nin sequera tiveron a oportunidade de selo como é o caso de millóns de mulleres, contra os pensionistas ou contra os pequenos e medianos empresarios que tamén padecen os abusos da banca e das grandes empresas.

Asinamos este chamamento para denunciar as ameazas que se ciernen non só sobre a economía, senón sobre a democracia (porque cada vez conta menos a opinión do pobo), sobre a xustiza (porque os financeiros nunca pagan o dano que provocan), sobre o medio ambiente (porque coa escusa da crise deixan de aplicarse as poucas normas que o protexen e favorécese ás industrias que máis o esnaquizan) e sobre o benestar da maioría da poboación (porque se está facendo que a paguen quen non teñen culpa dela e dispón de menos recursos).

E facémolo para promover a converxencia de todos os cidadáns e cidadás, sexan membros ou non de organizacións políticas, sindicais, sociais, non gobernamentais ou culturais para pór en marcha unha resposta unitaria que permita enfrontarse con eficacia á manipulación informativa, aos recortes nos dereitos sociais e ao dano que todo isto está producindo ao xa de seu débil Estado de Dereito no que vivimos.

As forzas políticas que defenden as políticas que veñen aplicando, os gobernos que decidiron non enfrontarse aos poderes financeiros e numerosas institucións nacionais e internacionais están facendo recaer o principal custo da crise sobre as súas vítimas, sobre a maioría da poboación, sobre as clases traballadoras, os pensionistas e traballadores autónomos. A súa única receita para saír da crise é a redución dos seus ingresos, o recorte dos seus dereitos sociais e laborais, o sacrificio do Estado do Benestar e o estrangulamiento de pequenos e medianos empresarios que non dispón dos mesmos recursos que as grandes empresas para facer fronte á crise. Grazas á súa enorme influencia política e mediática extorsionan aos gobernos elixidos e logran facer crer á maioría da xente que a súa versión da crise e as súas receitas son as únicas posibles para conseguir saír dela.

Os gobernos de dereitas, e tamén algúns de base social progresista como o español, están capitulando fronte a eses poderes que agora chaman "os mercados" pero que en realidade son os intereses endogámicos dos propietarios das grandes empresas e entidades financeiras. renunciaron a ser expresión da soberanía popular e desmovilizan á cidadanía dicíndolle que nada se pode facer fronte a eles.

Tamén queremos denunciar con este chamamento o enganando da cidadanía porque o certo é que existen outras formas moito máis realistas de interpretar a orixe da crise, existen políticas máis eficaces para saír dela, políticas que non provocarían outra máis grande en pouco tempo e que non farían pagar as súas consecuencias aos que menos teñen. Expertos e expertas de todo o mundo e a propia Asemblea Xeral das Nacións Unidas demostran que esas alternativas existen e que serían viables se os gobernos decidisen polas en marcha.

O que está ocorrendo é unha inmoralidad flagrante e contraria aos principios máis elementais da democracia e da xustiza social. Pero se se quere evitar non se pode facer fronte a esta situación co silencio, coa desunión entre as persoas que senten comprometidas coa xustiza social e coa dignidade de todos os seres humanos. Non é posible facer fronte a esta situación sen un consenso amplo, coordinado e sen exclusións entre quen se opón a ela e sofren as súas consecuencias.

Por iso facemos este chamamento urxente a todas as persoas, organizacións, movementos e grupos comprometidos coa xustiza, a democracia e a transformación social, a todos aqueles e aquelas vítimas desta situación para que converjan nun espazo unitario de loita e de denuncia ao redor de programa inicial de mínimos. Este programa é un comezo e poderá ser desenvolvido nos próximos meses. Propomos o seguinte:
  • a) Inmediata elaboración e dotación orzamentaria dun plan de urxencia pola igualdade como base de loita contra a crise e baseado na loita contra a exclusión, o desemprego, a pobreza extrema e a violencia de xénero. En concreto, inmediata posta en marcha de normas xa aprobadas e non aplicadas e outras de nova creación para garantir a plena integración das mulleres no emprego de calidade e na sociedade, así como a dos homes no ámbito do espazo privado: permisos por nacemento e adopción iguais e intransferibles para ambos os proxenitores; universalización do dereito á educación infantil pública e alcanzable desde os cero anos; implantación xeral da semana laboral de 35 horas e racionalización de horarios, prestacións especiais para as familias monoparentais; eliminación das barreiras para o acceso ao crédito das mulleres e supresión de todos os incentivos para a permanencia das mulleres no fogar ou na economía mergullada (declaración conxunta no IRPF, incentivos ao tempo parcial, excedencias non pagas, prestación por coidadoras na contorna familiar, pensión de viuvez vitalicia, etc ...).
  • b) Inmediata posta en marcha de medidas para evitar que centos de miles de familias perdan definitivamente as súas vivendas, queden sen servizos básicos de luz ou de auga ou sexan desafiuzadas polas entidades financeiras que provocaron a crise. Revisión das operacións abusivas cometidas pola banca nos últimos anos e indemnización aos clientes polos danos e perdas ocasionados.
  • c) Posta en marcha dun plan de financiamento urxente e extraordinaria de traballadoras e traballadores autónomos e de pequenas e medianas empresas para garantirlles recursos suficientes que lles permitan seguir desenvolvendo a súa actividade e volvan crear emprego. Para iso é imprescindible a paralización ou derrogación de todos os proxectos ou medidas adoptadas para entregar as caixas de aforros ao capital bancario privado; nacionalizar aqueles bancos e caixas de aforros que non cumpran coa función de financiar a actividade produtiva así como a creación dunha banca pública de novo tipo sometida a principios éticos e de servizo público.
  • d) Anulación as reformas emprendidas para debilitar o sistema público de pensións e apertura dunha negociación sobre o futuro do sistema que non poña sobre a mesa os recortes no gasto senón estratexias para aumentar os ingresos do sistema da seguridade social mediante a creación de emprego e especialmente do feminino, o incremento da produtividade e, sobre todo, mediante a recuperación do peso que perderon os salarios no renda nacional nos últimos quince anos.
  • e) Posta en marcha dunha reforma fiscal baseada na tributación sobre as grandes fortunas e patrimonios, sobre os beneficios dos bancos, das grandes empresas, e sobre as transaccións financeiras especulativas.
  • f) Adopción dun plan urxente contra a economía mergullada, contra a fraude e a evasión fiscal así como prohibición inmediata da actividade dos bancos e caixas de aforros españois en paraísos fiscais.
  • g) Renegociación do pago da débeda pública xerada pola crise bancaria primando os intereses xerais do Estado e da sociedade.
  • h) Impulso inmediato dos programas de gasto social imprescindibles para lograr que se reactive a economía española equiparándoo en todo o territorio nacional á media europea en educación, sanidade, pensións, servizos de dependencia e igualdade. Posta en marcha dun plan de austeridade orientado á redución de gastos superfluos na administración que non son precisamente, como afirman a dereita e os grandes grupos empresariais, os que minguan o autogoberno, a defensa dos traballadores e traballadoras ou o funcionamento das institucións nas que se basea a democracia moderna.
  • j) Rexeitamento claro do goberno das actuacións antidemocráticas da burocracia europea, da súa conivencia cos intereses financeiros e dos seus continuos ataques contra a soberanía dos estados e dos pobos. Esixencia dun maior peso do Parlamento europeo na toma de decisións, dun funcionamento verdadeiramente democrático das institucións europeas e a supeditación do Banco Central Europeo aos obxectivos de creación de emprego e benestar en Europa.
Pero os bos argumentos non bastan, hai que pór os medios para difundilos e para que transformen en actos. Para iso, para crear un novo estado de opinión en todo o país e poder pasar á acción de forma efectiva e coordinada, tamén facemos un chamamento á cidadanía para que se agrupe e organice sobre bases unitarias.

Para iso chamamos á creación inmediata de Mesas de Converxencia Cidadá en todos os barrios, en todos os pobos e localidades e en todos os centros de traballo. Estas mesas teñen tres obxectivos. O primeiro é que os cidadáns de boa vontade senten a deliberar desde a pluralidade, pacífica e democraticamente, sexan ou non membros de partidos, de sindicatos ou de calquera outra organización, que cheguen a acordos e consensúen posturas e argumentos erradicando o sectarismo. O segundo obxectivo é informar ao resto da cidadanía sobre a verdadeira natureza da crise, desenmascarar aos seus verdadeiros culpables e difundir as propostas alternativas. O terceiro obxectivo é impulsar accións conxuntas para esixirlle aos poderes públicos locais, autonómicos e estatais solucións xustas e democráticas á situación creada, solucións que non estean baseadas, como está ocorrendo, no recorte de dereitos e recursos dos débiles, senón nos principios elementais de responsabilidade, de equidad, de igualdade e de respecto aos dereitos humanos.

A iniciativa de converxencia unitaria e democrática á que chamamos non pretende nin debe suplantar as iniciativas de partidos e organizacións políticas, culturais e sindicais contra o neoliberalismo que xa están en marcha. Todo o contrario. Quere potencialas e facelas máis eficaces póndoas en común, fomentando a comunicación entre todas elas, xerando un clima para o entendemento, para a discusión construtiva e para as iniciativas conxuntas.

Para pór todo isto en marcha, para divulgar a nosa invitación á acción e para organizala, convocamos a toda a cidadanía a un encontro estatal o próximo día 19 de febreiro de 2011 a partir das 11 horas no Auditorio Marcelino Camacho de CCOO de Madrid sito na Rúa Lope de Veiga nº 40 e invitamos a quen estean de acordo cos nosos propósitos e compartan o noso compromiso, a subscribir este chamamento no espazo da rede que figura a continuación, espazo no que iremos informando sobre o desenvolvemento da iniciativa.

http://mesasdeconvergencia.wordpress.com/

mesasdeconvergencia@gmail.com

Madrid, Xaneiro de 2011

Asinantes

Almudena Grandes
Angels Martínez Castells
Antonio Aguado Suarez
Armando Fernández Steinko
Begoña San José
Carlos Berzosa
Carlos Martínez García
Carlos Ruiz Escudero
Cayo Lara
Celestino Sánchez
Diosdado Toledano
Enrique de Santiago
Francisco Fernández Buey
Francisco Garrido
Gaspar Llamazares
Ignacio Ramonet
Inés Sabanés
Jaime Pastor
Joan Garcés
Jorge Riechmann
José Luis Sampedro
José Manuel Martín Médem
José Manuel Naredo
Juan Ramón Capella
Juan Torres López
Julio Anguita
Ladislao Martínez
Lina Gálvez
Luis García Montero
Luis Juberías
Manolo Bonmati
Manolo Monereo
Marcos Roitmann
María Dolores Nieto
María José Saura
María Pazos
Miguel Riera
Pascual Serrano
Pedro Montes
Rafael Pillado
Ramón Fernández Durán
Ramón Franquesa
Ramón Zallo
Ricardo García Zaldívar
Rosa Cañadell
Rosa Regás
Santiago Carrillo Solares
Teodulfo Lagunero
Viçens Navarro
Victoriano Fernández
Xose Manuel Beiras
_________________________

martes, febreiro 01, 2011

Esperanza, ... por Amadeo Varela

Por Amadeo Varela [*]
01.02.2011


Quero enviar a miña mensaxe de ilusión dun Ferrol mellor, que moitos non chegaremos a ver, pero que a min paréceme imparable.

Aos que daban por perdida a fraga de Menáncaro, aos que contaban que non había solución para “a palangana” de Sartaña, aos que xa daban por feitos os edificios da Praza de España, aos que dicían que non se podería tirar a muralla, aos que profetizaron que as “Casas Baratas” non chegarían ó ano 2000, e a todos aqueles que por esas e outras razóns caeron no desánimo, quero recordarlles que, aínda que eses e outros temas non estean totalmente rematados, a realidade actual é ben distinta, grazas á loita das persoas que se enfrontaron á ilegalidade e á inxustiza.

Non sempre se gañan as batallas contra a especulación e os intereses bastardos daqueles que buscan ante todo o seu propio beneficio; mais cando a xente de ben esperta e se une para loitar por uns intereses comúns, a vitoria está asegurada. O difícil é facer espertar á xente. Para iso fan falta persoas honradas, mulleres e homes, capaces de organizar, dirixir e canalizar as protestas e as xestións.

Líderes que non se sintan atados polos intereses dos partidos políticos, que saiban dicir non no momento oportuno e que poñan por diante os intereses do pobo. Xa se sabe: “o pobo unido…”. Unidos, poderemos incluso botar a Reganosa fora da ría. Eu teño esa esperanza. Si.

Artigo publicado no xornal comarcal "Diario de Ferrol" o 31.01.2011

[*] Amadeo Varela Rodríguez -Ferrol 1936, foi traballador de BAZAN, é o autor de "Recordos do vello Racing" publicado no 2000, "Bazan e Ferrol - Unha simbioses perfecta?" (a historia dunha época, "... detrás de cada barco que nace, hai moitas horas de esforzo. Nesa tarefa, miles de traballadores foron gastando a súa saúde e a súa vida".) publicado no 2003 e coautor de "Retallos da Memoria II" ("Memorias de neno" sobre a súa vida de pequeno nunha familia republicana perseguida), publicado no 2009. Autor de numerosas cartas e artigos na prensa local. Autor de sitios na rede sobre Ferrol. Cofundador da Asociación San Fernando para defender o Patrimonio Histórico do barrio ferrolán de Recimil contra a súa pretendida demolición, membro do Colectivo Recimil co que promoveu a Plataforma Ártabra 21 e a Plataforma en Defensa dos Espazos Públicos. Na actualidade forma parte do Colectivo Ártabra 21.
________________