sábado, setembro 13, 2014

Por que o Oriente Médio está em chamas, ... Por Ignacio Ramonet


Por Ignacio Ramonet [*]
13.09.2014


Com Síria, Iraque e os confrontos entre Israel e os palestinos na Faixa de Gaza, há agora três guerras abertas ocorrendo simultaneamente no Oriente Médio. A estas hostilidades militares, é preciso acrescentar as as tensões com o Irã, envolvendo seu programa de energia nuclear, e as rivalidades diplomáticas entre diversas potências regionais, como Arábia Saudita e Egito. Tudo confirma: a região é o “barril de pólvora” do planeta e a “ante-sala da confusão” no mundo.

Uma primeira pergunta vem à mente: porque essa acirramento repentino? As causas locais são múltiplas, devido à própria a diversidade dos atores envolvidos e de seus motivos (religiosos, étnicos, territoriais, políticos, petroleiros, etc). Mas um fato geopolítico parece determinante: a decisão dos Estados Unidos de reduzir seu envolvimento militar no teatro do Oriente Médio e se focar no leste da Ásia. Após os belicosos anos Bush, o governo Obama parece ter chegado a duas conclusões estratégicas: primeiro, um poderoso aparato militar não pode fazer tudo; e o país, atingido pela crise, já não tem os meios para exercer uma hegemonia absoluta.

Resultado: os Estados Unidos estão se retirando do Oriente Médio. Sobretudo, desde que o argumento principal para sua presença na região, o petróleo, vem perdendo a cada dias um pouco mais de importância, na medida em que o gás ou petróleo de xisto, no subsolo americano, substituem gradualmente as importações de hidrocarbonetos do Oriente Médio.

É este o momento geopolítico preciso que a região atravessa: uma potência hegemônica, os EUA, retiram-se progressivamente; e outras potências e outras forças locais confrontam-se para ocupar o espaço político abandonado. Os acontecimentos parecem se acelerar de repente, como se todas as partes envolvidas começassem a pressentir a aproximação de um acontecimento decisivo, onde novas cartas serão colocadas na mesa. Isto dá espaço para os conflitos atuais, num contexto regional sacudido pelo crescimento do conflito entre sunitas e xiitas que incendeiam toda a região do Crescente Fértil, de Gaza ao Golfo Pérsico.

Uma leitura fragmentada – a que os jornais diários oferecem – não captura o movimento geral, no cenário de operações. Temos o impressão que aquilo que está acontecendo em Gaza não tem nada a ver com os acontecimentos na Síria, e que eles são independentes das hostilidade no Iraque ou as negociações com o Irã. Na realidade, é uma falsa impressão, uma vez que todos os acontecimento são articulados entre si.

Começamos por Gaza. Por que a ofensiva atual de Telaviv? Aparentemente as coisas são simples: tudo começou em 12 de junho, quando três jovens israelense foram sequestrados na Cisjordânia. O governo de Israel acusou imediatamente o Hamas (que governa Gaza) de estar por trás do sequestro e, em seus esforços para tentar os jovens, multiplicou as detenções arbitrárias. O Hamas nega qualquer responsabilidade no sequestro de três jovens. Mas isso não impede que as autoridades israelenses prendam quatrocentos palestinos supostamente próximos do Hamas. Outros são mortos. Casas e apartamentos pertencentes a suspeitos são destruídos. Em retaliação, foguetes são disparados de Gaza contra Israel. Em 30 de junho os corpos dos três jovens desaparecidas são encontrados: foram assassinados perto de Halhoul, na Cisjordânia. O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu disse: “O Hamas é responsável; o Hamas pagará”. Nada, nenhuma prova evidência do envolvimento do Hamas no sequestro e assassinato hediondo dos três jovens israelenses. No entanto, nada impediu, alguns dias depois, a “punição” militar lançada contra Gaza.

Qual é a verdadeira razão? É precismo voltar a 29 de março. Naquele dia, Israel recusou-se a libertar, conforme acordado, um último grupo de prisioneiros palestinos, exigindo uma extensão das negociações de paz para além do prazo previsto de 29 de abril. É preciso dizer que o governo de Netanyahu – o mais a direita na história de Israel – não demonstrou vontade real em negociar com a Autoridade Palestina e abandonar sua política de colonização, conforme demonstrou a iniciativa natimorta do secretário de Estado norte-americano John Kerry, lançada ano passado.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, declarou-se disposto a prolongar as discussões, com a condição de que Israel libertasse os prisioneiros, congelasse os assentamentos e aceitasse discutir a demarcação das fronteiras do futuro Estado palestino. O governo de Telaviv rejeitou as demandas. E a partir desse momento, as hostilidades entre israelenses e palestinos aumentaram.

Neste contexto, no momento em que o processo de paz encontra-se totalmente atolado, uma sucessão de eventos ocorre: os palestinos assinam, em 23 de abril, um acordo de reconciliação entre o Fatah — que governa a Cisjordânia — e o movimento islâmico Hamas, no poder em Gaza. Juntos, decidem formar um governo de “consenso nacional”. Liderado pelo premiê Rami Hamdallah, e composto por tecnocratas. ele não conta com nenhum membro filiado ao Hamas. Os líderes israelenses ficam furiosos, e acusam o presidente palestino Abbas de ter escolhido “o Hamas, e não a paz”.

Afim de tranquilizar os israelenses e a comunidade internacional, o presidente Abbas prometeu que o novo governo da unidade nacional, rejeitará a violência, reconhecerá Israel e respeitará os compromissos internacionais. Por sua vez, Washington anunciou sua intenção de colaborar com o novo governo palestino e acrescentou que manterá sua ajuda financeira à Autoridade Palestina. A União Europeia também declarou apoio ao novo gabinete palestino.

Mas o primeiro-ministro israelense, Bejamin Netanyahu, afirma: “O Hamas é uma organização terrorista que visa a liquidação de Israel; esta aliança é inaceitável”. Logo após, ocorre o sequestro dos três jovens israelenses. E como os acontecimentos estão ligados, fornecem o pretexto para o governo israelense “destruir o Hamas”.

Na verdade, as coisas são ainda mais complexas. Pois, de fato, o Hamas vem sofrendo as consequências de uma reversão de alianças feitas recentemente. Lembremos de que, sob a influência de dois Estados próximos da Irmandade Muçulmana, Turquia e Qatar, o Hamas – ele mesmo, uma ramificação da Irmandade – mudou sua diplomacia regional no ano passado e fez escolhas geopolíticas que se mostraram desastrosas: afastou-se do presidente sírio, Bashar Al-Assad (e, portanto, do Irã) em plena guerra civil na Síria, pensando em forjar uma nova aliança com a Irmandade Muçulmana no Egito, que poderia ajudar o Hamas em Gaza.

Foi um grande erro: todas as previsões fracassaram. A Irmandade Muçulmana, que a Arábia Saudita também combate, foi derrubada no Egito — onde o general Al-Sissi assumiu o poder e não está, obviamente, ansioso por ajudar o Hamas — ligado à mesma Irmandade Muçulmana que ele persegue sem tréguas em seu solo. Em troca, Cairo tem restaurado a cooperação de segurança com Israel, em prejuízo de Gaza, onde condições de vida estão degradadas e os cidadãos estão culpabilizando os dirigentes islâmicos.

Sem o poder necessário, o Hamas não conseguiu melhorar a vida dos dois milhões de habitantes de Gaza. O movimento islâmico permanece sujeito à escalda local de grupos radicais, como a Jihad Islâmica, responsável pelo disparo contínuo de foguetes contra o território israelense. Assim, em um ano, o Hamas perdeu seus principais aliados — a Síria, o Irã e o Egito. Constrangido, aproximou-se do Fatah e da Autoridade Palestina. Atraindo ainda mais a ira do governo de Israel…

Além disso, Bashar el-Assad continua no poder na Síria, apoiado pela Rússia, Irã e o Hezbollah libanês. Embora a guerra em seu país esteja longe de acabar, está claro que as autoridades em Damasco marcaram pontos e, agora, retomaram a iniciativa na guerra.

É neste contexto regional que se desenvolvem os recentes acontecimentos no Iraque. Em especial a tomada, por um grupo de jihadistas sunitas, da importante região de Mosul — não só rica em petróleo, mas também território que concentra os Curdos. Este acontecimento inesperado ocorre no momento preciso em que as negociações entre o Irã e as potenciais ocidentais, sobre o programa nuclear, estão mais próximas que nunca de levar a um acordo, em que a Arábia Saudita perde sua aposta na Síria.

O reino saudita, ligado a uma vertente radical do islamismo — o wahhabismo — investiu pesadamente na luta para derrubar o presidente Assad. Durante três anos, cerca de 45 mil combatentes estrangeiros, financiados pela Arábia Saudita, foram enviados ao território sírio para lutar contra as autoridades de Damasco. Eles chegaram a oferecer, para engrossar o efetivo dos grupos islâmicos, prisioneiros já condenados à morte, acenando com a possibilidade de se redimir, caso fizessem a guerra santa (jihad) na Síria. O reino não só abriu seus depósitos de armas para a oposição, como teria comprado fábricas de armas na Ucrânia, cuja a produção era enviada diretamente para os combatentes na Síria, através da Jordânia. Apesar desta impressionante manobra, as autoridades de Damasco conseguiram manter o equilíbrio de forças no terreno

É por isso que a resposta chegou no Iraque. Rejeitados na Síria, os jihadistas sunitas juntaram-se ao grupo islâmico ISIS (Estado Islâmico do Iraque e do Levante, em inglês) para lançar uma ofensiva-relâmpago em junho, ameaçando Bagdá. Grupos sunitas armados, menos radicais, aderiram ao movimento com o propósito de criar um califato através das fronteiras entre Síria e Iraque.

Os curdos aproveitaram a chance para apoderar-se de outra cidade, Kirkuk, rica em petróleo, cujo controle disputaram, durante vários anos, com o governo de Bagdá. A incompetência do governo central e sua política favorável aos xiitas criaram as condições perfeitas para a insurgência sunita. Em todo caso, o golpe de força dos jihadistas do ISIS coloca em dificuldades o primeiro ministro iraquiano (xiita) Nouri al-Maliki, aliado do Teerã.

Este embaralhamento de cartas deve resultar no retorno da Arábia Saudita às negociações no Iraque. E ao mesmo tempo, esse novo contexto permite, sobretudo, que o Irã volte a ser uma potência regional decisivo. Porque compartilha alguns interesses-chave com os ocidentais, especialmente os Estados Unidos. Os americanos têm em comum com o Irã xiita o mesmo inimigo: o jihadismo sunita, e particularmente seu grupo atual mais ativo, o ISIS, financiado pela Arábia Saudita, oficialmente um aliado de Washington…

Como podemos ver, num Oriente Médio em chamas em plena recomposição, a grande questão estratégica atual é o confronto entre Arábia Saudita e Irã — travado, “por procuração”, por meio de aliados locais destes dois países. O Estado-tampão que constituía o Iraque é agora disputado abertamente por ambos os lados. Com o pano de fundo do conflito na Síria e no Iraque, e a continuação do confronto entre o exército israelense contra o Hamas na Faixa de Gaza, a região vive uma virada geopolitica. A diplomacia parece paralisada, interrompida, o governo norte-americano e os europeus estão cada vez mais convencidos de que a estabilidade no Oriente Médio não pode ser alcançada sem a contribuição do Irã. Este quer ser reconhecido como potência (inclusive, no desenvolvimento de um programa nuclear civil). Não será algo que a Arábia Saudita engolirá com facilidade. E ela ainda não pronunciou sua última palavra.

Nota.-  Tradução de Cauê Seignemartin Ameni.

Fontes: Altamiro Borges  |  Outras palavras.

[*] Ignacio Ramonet, redondela 1943. Xornalista, escritor e análista político. Presidente e director de redación do xornal internacional 'Le Monde Diplomatique'.
__________________

venres, setembro 12, 2014

Presentación, en rolda de prensa, do Manifesto da 'Marea Ártabra' de Ferrolterra


Presentación da 'Marea Ártabra' en Ferrolterra


Bo día. Enviámosvos o convite para a rolda de prensa na que imos presentar o noso manifesto, o noso chamamento. Marea Ártabra é a nosa resposta a tanta agresión, o noso berro a tanto silencio contido. Setenta e dúas voces, setenta e dúas cidadás e cidadáns van poñer a palabra que vai rachar co silencio que nos queren impoñer, o chamamento para a incorporación á marea cidadán que cómpre artellar. Setenta e dúas memorias nunha soa: a memoria e a voz do pobo da comarca de Ferrolterra.

Citámosvos mañá, sábado 13 de setembro, na Galería Sargadelos de Ferrol ás 12:00 horas.

Grazas pola atención e un saúdo, pola Marea Ártabra:

Montse Garel Novás.

Miguel Castro.

Enviado por:
marea artabra
-mareaartabra@gmail.com-
12 de setembro de 2014 14:06

__________________

Enlace relacionado:

Ártabra 21: De fondo as Eleccións Municipais de Maio de 2015: Xa hai en marcha unha iniciativa de manifesto unitario en Ferrol coa proposta de constitución dunha "Marea Ártabra"
____________________________

Rádio FilispiM cumprirá este curso radiofónico (2014/2015), 10 anos facendo rádio libre e comunitaria na comarca




Rádio FilispiM cumprirá este curso radiofónico que comeza, 2014/2015, 10 anos facendo rádio libre e comunitaria na comarca


Rádio FilispiM é a principal actividade do Colectivo Opaíí! (Ondas Para Activación da Información Independente). Unha radio sen ánimo de lucro, autoxestionada, sen patrocinadores, que non emite publicidade, enmarcada no terceiro sector da comunicación, integrada na ReGARLIC [Rede Galega de Radios Libres e Comunitarias] e na ReMC [Rede Estatal de Medios Comunitarios].

Rádio FilispiM, cumprirá 10 anos de emisións ininterrompidas en agosto de 2015, sen que os fundamentos da súa activación teñan mudado; 10 anos nos que foron amplificadas as voces de centos de persoas, colectivos e asociacións da nosa comarca.

Aberto o prazo para presentación de novas propostas.

Rádio FilispiM aproveita esta nova grella para visualizar a súa actividade e convidar a todas as persoas a interesarse e participar no proxecto. As persoas, Colectivos ou Asociacións interesadas deberán enviar comunicación ao correo electrónico: filispina@gmail.com. No apartado “Quen Somos?” do noso blog [http://opaii.blogspot.com], atópase o ideario fundacional do Colectivo Opaíí!.

Áulas de técnicas de radiodifusión básicas e Actos do 10 aniversario.

Durante os vindeiros días Rádio FilispiM levará a cabo áulas de formación básica co obxecto de ensinar técnicas de radiodifusión básicas aos futuros responsábeis dos programas. Ademaís, a  Asemblea do Colectivo Opaíí!, comezará a perfilar os Actos para a celebración do 10 aniversario das emisións ininterrompidas da primeira radio libre e comunitaria da nosa comarca, Rádio FilispiM, 93.9 FM.

Ferrol, 9 de setembro de 2014

Colectivo Opaíí!
Rádio FilispiM, 93.9 FM
--

OPAII-Rádio FilispiM [93.9 FM]
A rádio livre e comunitária da Comarca de Trasancos emitindo desde Ferrol.
Web: http://www.opaii.blogspot.com
Ao Vivo: http://giss.tv:8001/radiofilispim.ogg
E-mail: filispina@gmail.com
Direcçom Postal: Avda. Castelao S/N [Traseira do Mercado de Caranza], CP. 15406 Ferrol [A Corunha]

Enviado por:
Rádio FilispiM 93.9FM
-filispina@gmail.com-
11 de setembro de 2014 11:43
______________

A Sección Sindical da CNT no Ateneo responsabilizamos ao goberno do PP e ao alcalde da cidade da posible perda dos nosos postos de traballo nunha comarca na que xa hai demasiada xente desempregada

Comunicado da Sección Sindical no Ateneo Ferrolán

Co motivo da demanda da empresa Mudanzas Felix contra o Ateneo Ferrolán por unha débeda contraida polo Concello de Ferrol e que agora non quere asumir, a sección sindical da CNT solicitamos unha entrevista co alcalde de Ferrol José M. Rey Varela, para solucionar este conflito que pon en perigo os tres postos de traballo que mantén o Ateneo.

A Sección Sindical da CNT no Ateneo responsabilizamos ao goberno do PP e ao alcalde da cidade da posible perda dos nosos postos de traballo nunha comarca na que xa hai demasiada xente desempregada. Quedamos á espera da súa pronta resposta para solucionar un conflito no que vémonos inmersos e a nosa situación laboral implicada, por non ter vontade dende esa corporación de buscarlle unha saída.

Denunciamos as manobras e as dobres varas de medir do Goberno do PP ás que ten sometido ao Ateneo Ferrolán e sinalamos como culpable ao alcalde Rey Varela, da situación creada pola persecución política que dende o seu goberno vén sometendo a unha entidade incómoda como é o Ateneo

Dende a CNT, comunicamos que estaremos presentes nas diferentes protestas e mobilizacións en apoio ao Ateneo Ferrolán, polo que acudiremos á concentración convocada polo Ateneo este martes día 16 ás 20 h. na Praza de Armas e facemos un chamamento á cidadanía para que acuda, non só pola defensa da Cultura libre senón que tamén, en defensa dos postos de traballo.

Ferrol, 10 de setembro, de 2014

Sección Sindical da C.N.T. no Ateneo Ferrolán

http://www.cntgaliza.org/

Enviado por:
CNT Ateneo
-cntateneo gmail.com-
11 de setembro de 2014 13:30

____________________

xoves, setembro 11, 2014

O Ateneo Ferrolán, co apoio dunha parte moi importante do tecido asociativo e cultural da cidade, convoca unha concentración o próximo martes día 16 de Setembro, para esixirlle ao goberno municipal que asuma as responsabilidades contraidas e se encargue dos gastos do traslado e almacenamento do patrimonio da entidade por mor das obras de rehabilitación do edificio que realizou o Concello


Convocatoria dunha Concentración de Apoio ao Ateneo Ferrolán


O Ateneo Ferrolán, co apoio dunha parte moi importante do tecido asociativo e cultural da cidade, convoca unha concentración o próximo martes día 16 de Setembro, ás 8 da tarde na Praza do Concello, diante do Pazo Municipal, para esixir-lle ao goberno municipal que  asuma as responsabilidades contraidas e se encargue dos gastos do traslado e almacenamento do patrimonio da entidade por mor das obras de rehabilitación do edificio que realizou o Concello.

MANIFESTO

O mércores 17 de setembro, ás 11:30 horas, nos xulgados de Ferrol vaise celebrar un xuizo pola demanda da empresa Mudanzas Felix, S.L. contra o Ateneo Ferrolán, reclamando o pagamento de 39.000 euros, importe do traslado e almacenamento do patrimonio do Ateneo Ferrolán co gallo das obras de rehabilitación da sede da entidade. O traslado e almacenamento da biblioteca, hemeroteca e enseres do Ateneo non foi unha iniciativa desta entidade, senón que se fixo por esixencia do Concello de Ferrol e da dirección de obra, co compromiso de que o Ateneo nunca tería que facer un desembolso económico para o que non tiña capacidade financeira. O desenvolvemento das obras coincidiu co cambio de goberno municipal e rematadas éstas, o novo goberno do Partido Popular negouse a asumir o pagamento deste gasto, quedando o servizo prestado pola empresa impagado, o patrimonio do Ateneo retido, aumentando mes tras mes a débeda e dando, finalmente, lugar á reclamación da empresa Mudanzas Felix, S.L. contra o Ateneo.

Esta gravísima situación enmárcase nunha política de acoso ao Ateneo por parte do grupo de goberno do Concello de Ferrol, que se ven concretando no reparto do edificio que era sede do Ateneo Ferrolán (instalando alí a outras entidades), no confinamento do Ateneo Ferrolán nos pisos terceiro e baixo cuberta do edificio, na desaparición dos elementos identificativos do Ateneo no exterior do edificio e da negativa a conceder calquera axuda económica a Ateneo, mesmo as que se mantiveran en anos anteriores e con gobernos municipais de moi diverso signo político.

O Ateneo é unha entidade molesta para un goberno municipal autoritario, que non acepta a discrepancia nin tampouco as expresións de cultura participativas e populares que caracterizan ao Ateneo de Ferrol, en colaboración con boa parte do tecido asociativo e das creadoras e creadores da cidade. Por outra banda, esta cultura popular e participativa pon en evidencia a nefasta política cultural do Concello de Ferrol, que despilfarra enormes recursos económicos sen ningún sentido. Unha política cultural asentada no papanatismo que prima o foráneo fronte ao local, que inviste auténticas fortunas na rehabilitación de edificios que despois permanecen infrautilizados, e que externaliza a xestión dos espazos culturais a través dunha desas empresas especializadas na xestión de servicios municipais.

Mentres eles nos dan productos de consumo cultural de escasa calidade, nós reivindicámonos como un pobo que foi, é e será sempre creador de cultura. Unha cultura popular e na nosa lingua, unha cultura reivindicativa e rebelde, que o tecido cultural desta cidade mantén a través de institucións tan sinaladas como o Ateneo Ferrolán. Unha entidade que leva traballando máis de tres décadas na nosa cidade, cun balance tremendamente positivo de actividades e de servizos para a cidadanía, como o servizo de biblioteca e hemeroteca que aínda hoxe continúa ofrecendo, malia que parte dos seus fondos están inadecuadamente almacenados en contenedores nun polígono industrial.

Setembro 2014

Para apoiar o Manifesto:
Este foi consensuado e xa hai adheridas diferentes entidades e que aínda se pode asinar enviando un correo electrónico a: secretaria@ateneoferrolán.org.
--
Un lugar de encontro para a cultura.
Ateneo Ferrolán, fundado en 1879.
www.ateneoferrolan.org

e-mail: secretaria@ateneoferrolan.org | Telf.:  +34 981 357 970 |
Dirección Postal: Rúa Magdalena 202-204. CP.15402 | FERROL (A Coruña)

BLOG: http://ateneo-ferrolan.blogspot.com/

Tamén no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Ateneo-Ferrolan/134569549934117

Séguenos en Twitter: @ateneoferrolan

Campaña de APOIO e DEFENSA do Ateneo. Patrimonio da cidade
APOIA e DIFUNDE!

https://www.facebook.com/pages/Salvemos-o-Ateneo/1430118530577463?ref=hl

http://salvemosoateneo.blogspot.com.es/p/o-ateneo.html

Faite soci@! Colabora con nos!
Para axudas e aportacións económicas:
CC en Cajamar-Cajarural Cooperativa. Titular Ateneo Ferrolán.
ES72-3058-6402-9527-2000-5350

Enviado por:
Ateneo Ferrolán Fundado en 1879
-secretaria@ateneoferrolan.org-
11 de setembro de 2014 20:11
___________________

21 de Setembro: Día Internacional da Paz, ... Por Manuel Dios Diz

Por Manuel Dios Diz [*]
11.09.2014


O vindeiro 21 de Setembro conmemórase en todo o mundo o Día Internacional pola Paz, unha data promovida polas Nacións Unidas para fortalecer os ideais de paz tanto dentro como entre as nacións e os pobos do mundo. O tema escollido este ano para a celebración céntrase no Dereito dos Pobos á Paz desde a perspectiva de que a promoción da paz é fundamental para o pleno goce de todos os dereitos humanos.

O International Day of Peace estableceuse por primeira vez en 1981 por unha Resolución, a 36/37 da Asemblea Xeral de Nacións Unidas para que coincidise coa súa sesión de apertura que ten lugar o terceiro martes de Setembro de cada ano.

Foi en 2001 cando de novo a Asemblea Xeral aprobou, por unanimidade, outra Resolución, a 55/282, que estableceu o 21 de Setembro como un día anual en favor da nonviolencia e o alto o fogo nos conflitos bélicos.

Como cada ano, as Nacións Unidas convidan tanto ás nacións como ás persoas de boa vontade para acadar o remate das hostilidades durante todo ese día, en calquera lugar do mundo onde exista violencia armada, durante vintecatro horas polo menos, así como a desenvolver iniciativas de paz por medio da educación e a sensibilización da cidadanía.

Na páxina web das Nacións Unidas, http://www.un.org/en/events/peaceday/
calquera persoa interesada, o profesorado para as súas aulas, pode atopar diversos documentos útiles para organizar actividades diversas, o cartaz conmemorativo e outros recursos didácticos, entre eles, a Declaración sobre o Dereito dos Pobos á Paz que empeza por reafirmar o propósito principal da ONU que non é outro que o mantemento da paz e a seguridade internacional sobre a base dos principios fundamentais do dereito internacional xa establecidos na Carta Fundacional das Nacións Unidas, aquela que empeza precisamente dicindo: "Nosoutros os pobos, resoltos a preservar ás xeracións vindeiras do flaxelo da guerra,..."

http://www.un.org/es/documents/charter/

A mesma declaración sobre o dereito dos pobos á paz expresa a vontade e as aspiracións de todos os pobos do mundo de eliminar a guerra da vida da humanidade e, especialmente, de evitar unha catástrofe nuclear mundial proclamando solemnemente o dereito sagrado á paz para tódolos pobos do mundo.

Para asegurar o exercicio do dereito dos pobos á paz requírese que a política dos Estados estea orientada cara a eliminación da ameaza da guerra, especialmente da guerra nuclear, á renuncia ó uso da forza nas relacións internacionais e ó arranxo das controversias internacionais por medios pacíficos de conformidade coa Carta das Nacións Unidas.

Remata a citada Declaración facendo un chamamento a tódolos Estados e a todas as organizacións internacionais para que contribúan por tódolos medios a asegurar o exercicio do dereito dos pobos á paz mediante a adopción de medidas pertinentes nos planos nacional e internacional, xusto, precisamente, o que a Comunidade Internacional non fai diante dos numerosos conflitos bélicos abertos en distintos lugares do planeta, particularmente, en Oriente Medio, Libia, Siria, Iraq, Afganistán... en Gaza, sometida ata hai ben pouco a un auténtico xenocidio sen consecuencias para o Estado de Israel, ou no corazón de Europa, ás portas de Rusia, en Ucraína, por non citar outros conflitos armados, os chamados "esquecidos" que tamén se prolongan no tempo sen merecer un minuto de telexornal que os poña no foco da actualidade.

Cando se celebre en todo o mundo o Día Internacional da Paz, o 21 de Setembro, as forzas armadas españolas, unha fragata con base naval en Ferrol, a F-102, estará participando nuns exercicios militares que o Estado Español secunda, no marco da OTAN, nos que uns 1300 soldados de 15 países, a maioría da UE, baixo as ordes dos EE.UU, realizarán na cidade ucraína de Yavoriv, concretamente entre o 15 e o 26 de Setembro, nun operativo denominado "Rapid Trident" das forzas estadounidenses en Europa.

Paralelamente a OTAN ben de acordar o seu rearme no Leste de Europa cunha forza de intervención rápida. España e a UE envían armamento á zona de conflito e mesmo doan material militar a Ucraína. A UE ven de demandar ós estados membros o progresivo incremento dos seus respectivos presupostos de defensa en plena crise económica e cando a maioría da poboación sofre as consecuencias dos recortes e das políticas austericidas.

Non parecen estas manobras en Ucraína, no limex occidental fronte a Rusia, a mellor maneira de contribuír a rebaixar a tensión internacional en Europa e de responder ós chamados das Nacións Unidas.

Desde o Seminario Galego de Educación para a Paz (www.sgep.org) facemos un chamamento á reflexión e á acción, particularmente nas aulas, na defensa do dereito dos pobos á paz, ó dereito humano á paz, aínda pendente de aprobación, así como a solución pacífica e negociada dos conflitos nacionais e internacionais.

Publicado no seu blogue 'A paz é o camiño' | 10.09.2014.

[*] Manuel Dios Diz é mestre, licenciado en Xeografía e Historia, doutorando en Estudios Contemporáneos pola Universidade de Santiago de Compostela, fundador e presidente do Seminario Galego de Educación para a Paz (1985-2008), profesor xubilado. Activista pola non violencia, pola Paz e a concordia. Escritor, articulista, investigador, ... foi varias veces premiado polos seus numerosos contributos sociais e pedagóxicos [+info].

Enviado por:

Educación e Paz
-paz@sgep.org-
11 de setembro de 2014 08:23
_________________

martes, setembro 09, 2014

O Tratado de libre comercio e a privatización sanitaria, ... Pablo Vaamonde

Por Pablo Vaamonde [*]
17.08.2014


O Servizo Nacional de Saúde (SNS) español non é perfecto –un dos principais problemas é o déficit crónico de financiamento-, pero está entre os mellores e máis eficientes do mundo. É unha das conquistas sociais máis importantes das últimas décadas. Actualmente está a sufrir un ataque frontal, desde o propio poder, para xenerar espazos de negocio. O obxectivo é alimentar ás empresas privadas a costa de reducir o sector público. Os expertos concordan, e xa o temos lembrado máis veces, que “os sistemas sanitarios universais, con propiedade e xestion públicas e baseados na Atención Primaria (AP)  son os que ofrecen mellores resultados en saúde e tamén son os máis eficientes, equitativos e humanos”.

Mais o PP camiña en sentido contrario e está realizando unha auténtica demolición do SNS: suprimiron a cobertura universal (Decreto Lei 16/2012), anularon a AP (coas Xerencias de Xestión Integrada), e entregaron a mans privadas os servizos e os hospitais (Lei 15/97, hospitais PFI, externalizacións masivas, áreas de xestión clínica, etc).

As factorías de pensamento neocom do mundo sanitario (Bamberg, Idis, Sedisa, Gertech) difunden o seu credo baseado en catro auténticas falacias: a insustentabilidade do sistema, a necesidade de separar financiación e prestación dos servizos, a obriga de introducir copagamentos e a crenza (falsa) de que a xestión privada é máis eficiente que a pública. Con este argumentario falaz están a desmantelar o SNS, peza clave do Estado de benestar, para favorecer negocios privados a expensas do diñeiro público (a sanidade representa o 40% do orzamento das CCAA).

A esta actuación privatizadora, impulsada con descaro polo PP, súmase agora unha nova e grave ameaza: O Acordo Transatlántico sobre Comercio e Inversión (TTIP) que están a negociar con secretismo a UE e os EEUU. De ser aprobado este Tratado representaría un perigo certo para a sanidade pública. Porque non procura só estimular o comercio senon que pretende suprimir as “barreiras” reguladoras que limitan os beneficios potenciais das corporacións transnacionais a ambos lados do Atlántico e, sobre todo, pretende favorecer novos mercados abrindo o sector dos servizos públicos e a contratación pública ás empresas transnacionais, o que provocaría unha onda privatizadora en sectores como a sanidade e a educación. Estas privatizacións serían, ademáis, imposibles de recuperar, pois as empresas poderían recurrir a entidades arbitrais ad hoc para reclamar indemnizacións elevadas por incumplimento de contrato e lucro cesante.

O TTIP tamén pode ter repercusións severas sobre a política farmacéutica. O gasto en farmacia é un dos principais problemas do SNS: o gasto en medicamentos é case o doble da UE. Este Tratado fortaleceria ainda máis a posición da poderosa industria farmaceutica, que podería impoñer medidas favorables aos seus intereses: prolongar as patentes dos fármacos, retrasar a entrada de xenéricos no mercado, reducir os requisitos para as súas patentes, controlar ás axencias estatais de avaliación de medicamentos e tecnoloxía sanitária, conseguir maior influencia nos organismos estatais que fixan as políticas de precios, apropiarse do control dos ensaios clínicos de novos fármacos, etc. Con todo esto, e outras posibilidades de intervención que non mencionamos, o gasto sanitario podería incrementarse de tal maneira que faría, daquela sí, realmente insustentable a continuidade do SNS.

Porque aqui estamos fronte a un plan estratéxico, liderado pola industria farmacéutica e as empresas da tecnoloxía sanitaria, para desmontar os servizos públicos e apoderarse do seu financiamento. Estes lobbies son dos máis poderosos do mundo, teñen moita presenza do Departamento de Comercio de USA e grande influencia sobre a Comisión Europea. De aprobarse este Tratado provocaría a eliminación definitiva do dereito á saúde, garantido polo SNS, para equipararnos ao modelo dos EEUU, donde os dereitos sociais básicos non están garantidos polo Estado e tamén se provocaría unha progresiva precarización laboral e salarial dos profesionais. Os defensores da sanidade pública (FADSP) consideran que o SNS está en perigo real por esta “estratexia deseñada por grupos poderosos que pretenden facerse cos fondos que o Estado destina á sanidade”.

Blogue persoal de Pablo Vaamonde:

Pavillón de Repouso

http://pablovaamonde.blogspot.com.es/

[*] Pablo Vaamonde, nado na Baña en 1956. É médico de familia no Centro de Saúde de Labañou (A Coruña). Foi fundador e director da revista médica Cadernos de Atención Primaria (1994-2005), presidente da Asociación Galega de Medicina Familiar e Comunitaria (AGAMFEC) de 1996 a 2005 e vicepresidente do Colexio Oficial de Médicos de A Coruña e responsable do Programa de Formación Continuada de 1998 a 2005. Foi director xeral de Asistencia Sanitaria do Sergas entre 2005 e 2006. Tamén foi membro da Comisión Sectorial de Sanidade que elaborou o Plan Xeral de Normalización da Lingua Galega, colaborador habitual dos medios e autor de tres libros de narrativa: O fillo do emigrante (2002), O mes de abril (2004), Luz Divina e outros retratos (2006). Recibiu o Premio Lois Peña Novo en 2005, polo seu compromiso na promoción e defensa da língua de Galicia e é colexiado de Honra con Emblema de Prata (2007) do Colexio Oficial de Médicos da provincia de A Coruña.

Publicado no seu Blogue persoal | 09.09.2014.

Enviado por:
Inácio Martínez
-inaciogz@gmail.com-
9 de stembro de 2014 23:39

________________

domingo, setembro 07, 2014

Plano de conservación da lagoa e humidal de Valdoviño: outra oportunidade perdida - Adega presenta Alegacións


A Asociación para a Defensa Ecolóxica de Galiza (ADEGA), presenta alegacións ao Plano de conservación e informe de sustentabilidade ambiental do humidal protexido “Lagoa e areal de Valdoviño”

Plano de conservación da lagoa e humidal de Valdoviño: outra oportunidade perdida


O Plano de Conservación da Frouxeira, longamente agardado dende que hai 5 anos o Parlamento instara á Xunta a redactalo, dá a razón a ADEGA nas súas denuncias e corrobora o mal estado de conservación no que se atopa este humidal.

As reiteradas aperturas artificiais da lagoa provocaron unha progresiva e alarmante colmatación do vaso, afectando á diversidade do ecosistema, a súa estrutura e ao seu funcionamento ecolóxico. Porén, lonxe de abordar estes problemas, a Xunta optou por propoñer neste espazo unha xestión á carta, subordinada aos intereses urbanísticos e recreacionais para xustificar as aperturas forzadas do humidal, deixando nun segundo plano a conservación dos seus valores naturais.

Unha proposta falta de rigor científico, fundamentación e sen estudo hidrolóxico

O plano, de autoría apócrifa, carece de estudo hidrolóxico e portanto, non aborda científicamente aspectos chave vencellados á dinámica hídrica e ás causas da súa alteración. Sen esta información non é posíbel establecer e desenvolver medidas de xestión que aseguren a integridade do espazo protexido, a conservación dos seus hábitats e especies, o estado ecolóxico do medio acuático e o uso racional do humidal.

Polo que atinxe á catalogación dos hábitats, o documento ignora a presenza dos tipos de hábitat 1130 Esteiros e 1140 Chairas lamacentas ou areosas non cubertas na baixamar, que sí aparecen na cartografía do Plano Director da Rede Natura 2000 (redactado polo IBADER) e considera dubidosa a presenza dos hábitats das Matogueiras costeiras (4040*) e Matogueiras higrófilas (4020*), ambos prioritarios.

Chama a atención que un documento apócrifo realice análises sen fundamentación científica en contra dos criterios dun organismo como o IBADER, cuxa equipa técnica cartografou os hábitats da Rede Natura. Para ADEGA estas afirmacións arbitrarias, esquecendo ou suprimindo hábitats, teñen por obxectivo rebaixar o valor ambiental deste territorio.

Un documento inadecuado para a xestión nun espazo 5 veces protexido

O texto do Plano de Conservación apresenta ademais serias deficiencias que imposibilitan garantir a conservación do humidal:
  • Os obxectivos e medidas de conservación propostas seguen a ser xenéricas, non establecéndose prioridades nen orzamentos para as actuacións.
  • A normativa segue a ser en grande parte a establecida no Plano Director da Rede Natura 2000, sen medidas específicas axeitadas ás necesidades de conservación dun humidal protexido de importancia internacional. Así, permítense actividades como a creación de novos pasteiros, os cambios de uso, o emprego de xurros, a eliminación de sebes e bosquetes, a fumigación con equipas aéreas... así como a caza, ao criterio da xefatura territorial competente. Moitas destas actividades son manifestamente incompatíbeis coa conservación dun espazo de importancia internacional.
  • Tampouco hai un protocolo de seguemento axeitado dos parámetros (físicos, químicos e biolóxicos) que permitan avaliar o estado de conservación dos compoñentes do espazo, faltando unha temporalización das medidas, requerimentos técnicos, capacitación do persoal, etc.
O Plano de Conservación do Humidal da Frouxeira promovido pola Dirección Xeral de Conservación da Natureza supón, nos actuais termos, a consagración dun modelo irracional de xestión dun espazo Ramsar. Por iso dende ADEGA e outros colectivos ecoloxistas temos solicitado a retirada da actual proposta e a inmediata elaboración dun novo Plano aberto e participativo contando cos técnicos das distintas administracións, representantes das entidades locais, grupos conservacionistas, científicos, investigadores e representantes da Secretaría do Convenio Ramsar, organismo internacional que tutela este espazo.

Descargas:

Alegacións ao Plano de Conservación da Frouxeira

Novas relacionadas:
Nota.- Imaxe - A colmatación da Frouxeira (fonte: Xunta)

Delegación de ADEGA Ferrolterra-Trasancos
Apartado 481
15480 Ferrol
Email: adegatrasancos@adega.info
http://adega.info/

Información baseada na enviada por:
Antonio Gª
-angaji@yahoo.com-
5 de setembro de 2014 23:29

____________

Convocada unha nova concentración ante o anuncio da entrada do LNG Adamawa, cargado con gas para a ilegal e perigosa Reganosa - No peirao de Curuxeiras este Martes 9 de Setembro, ás 8 da Tarde


CONCENTRACIÓN SONORA EN FERROL,
 MARTES 9 DE SETEMBRO, ÁS 8 DA TARDE
NO PEIRAO DE CURUXEIRAS
FERROL VELLO

O gaseiro LNG Adamawa, con bandeira de conveniencia das Bermudas, é un buque de grande porte, de 289m de eslora, 48m de manga e de calado 12m. Cunha capacidade de 141.000 m³ de GNL. Son miles as toneladas de gas natural licuado, para a ilegal e perigosa Reganosa. Este buque metaneiro ten anunciado a súa entrada na Ría de Ferrol, para este Martes 9 de Setembro de 2014. Esta entrada, supón xa a 177, desde que o fixera o LNG "Galicia Spirit" en Maio de 2007.

Diante do aumento da ameaza contra a seguridade e a vida, que supón a entrada do buque gaseiro, xunto á propia instalación da Planta de Gas en Mugardos, o Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol convoca unha acción de protesta e denuncia, consistente nunha Concentración Sonora, o mesmo Martes ás 8 da Tarde, en Ferrol, no Peirao de Curuxeiras, no Porto de Ferrol.


Hai máis de dous anos (11 de maio de 2012) que se ditou a Sentenza polo Tribunal Supremo, onde a planta xa foi declarada ilegal, en sentenza inapelábel.

Tras a Sentenza do Tribunal Supremo, que declara ilegal a localización de Reganosa, temos que esixir o fin desta ameaza e deste malgasto de cartos públicos. Temos que esixir o seu peche definitivo.
  • QUE SE CUMPRA A SENTENZA DO TRIBUNAL SUPREMO XA! 
  • POLA DEFENSA DA VIDA, A NOSA SEGURIDADE E A RÍA  !!
  • CESE DA ACTIVIDADE E DESMANTELAMENTO DE REGANOSA  !!
  • MÓVETE CONTRA A IMPUNIDADE !!
  • PECHE XA!!
  • PLANTA DE GAS FORA DA RÍA  !!
10 razóns para preguntar-se ... Por que Reganosa ten que saír da nosa Ría e das nosas Vidas?

O COMITÉ CIDADÁN DE EMERXENCIA PARA A RÍA DE ERROL, TAMÉN NECESITA NESTES MOMENTOS AXUDA ECONÓMICA, PARA CONTINUAR COS PROCESOS XUDICIAIS E ADMINISTRATIVOS ABERTOS: COLABORA.


Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol
comitecidadan@gmail.com
www.comitecidadan.org
@ComitCEmerxenc


Foto de Roberto Marín (romarintyp), o LNG Adamawa na Ría de Ferrol, no peirao de Punta Promontorio, no concello de Mugardos. Pode-se apreciar a proximidade dos núcleos de poboación, do arsenal militar e o estaleiro de Navantia.

Información baseada na enviada polo:

Comité Cidadán de Emerxencia
-comitecidadan@gmail.com-
7 de setembro de 2014 14:01
_______________

Defensa da democracia por sorteo contra a común opinión, ... Por José Luis Moreno Pestaña

Por José Luis Moreno Pestaña [*]
07.09.2014

Intervención no Local da Ribera de Granada (19 de agosto de 2014), na charla-coloquio sobre "Algúns problemas históricos da democracia".

Dúas concepcións da democracia

Pídenme desenvolver unha idea e, con ela, introducir un problema histórico da democracia: a relación entre sorteo e elección. Antes de entrar na cuestión unha breve consideración histórica. Nos materiais que enlacei para a discusión deixábase claro que, até o século XVIII, a democracia identificábase co sorteo, a rotación e a rendición de contas. A ideoloxía que subxacía a tal concepción expresouna marabillosamente Aristóteles na Política: a democracia consiste en aprender a ser gobernado, gobernando. Xa que logo, democracia significa participación, distribución de capacidades políticas (as capacidades distribúense, por sorteo e rotación, asignando responsabilidades ao maior número posible de cidadáns) e rendición de contas sobre que se fixo cando se exerceu o poder. Si esta ideoloxía depende dunha particular definición de democracia, tamén esixe unha definición de cidadán. Cidadán é exercer maxistraturas, sinalaba Aristóteles, ou, o que é o mesmo, participar no goberno da cidade.

Fronte a esa ideoloxía, desde o XVIII impúxose outra: a participación política consiste en elixir voluntariamente un representante, que é o capacitado para gobernar -elixíndoo o cidadán consente someterse a el. Rousseau, que aínda recordaba a democracia antiga, consideraba que, coas eleccións, eramos demócratas un día e súbditos dunha ditadura o resto da lexislatura. Así, os cidadáns que desexen exercer o goberno deben entrar nunha profesión particular: a profesión dos que se ofrecen como políticos para satisfacer a demanda de gobernantes dos consumidores/cidadáns.

Para a análise política, asumirei unha tese do pensamento de Aristóteles. Esta idea paréceme moito máis rica e profunda que as tipoloxías características do pensamento político contemporáneo. No noso tempo tende a decidirse si un réxime é democrático ou non, si o é ou non un movemento social, co cal téndese a pensar en términos absolutos: este movemento ou este partido ou este réxime é democrático ou caudillista ou populista.

Semellante xeito de ver as cousas paréceme pobre e tendenciosa. Efectivamente, existen trazos do réxime constitucional español ou norteamericano que permiten describilo cunha democracia e outros como unha concertación para a circulación oligárquica das elites. Existen trazos das asembleas de movementos sociais que permiten describilos como democráticos ou, pola contra, cuasimonárquicos -pola dependencia dunha figura providencial. Aristóteles diría "ou, mellor, poderiamos dicir con Aristóteles-: ¡todos levan razón! Todo réxime, todo movemento político, é un híbrido entre elementos monárquicos (nos que uns ámbitos dependen dunha persoa), aristocráticos (cando depende de certos individuos xulgados mellores que os demais) ou democráticos (cando se recoñecen e se promocionan as competencias de todos os cidadáns). Aristóteles pensa que eses compoñentes, si funcionan mal, poden dexenerarse: o personaxe ilustre transformarse nun tirano (pénsese en derívalas funestas de moitos líderes, sexan dun Estado ou dun movemento social), a aristocracia converterse en oligarquía (iso sucede hoxe, segundo o meu saber e entender cos partidos políticos, que non promocionan aos mellores, senón aos especialistas en intrigas e en submisión) ou a democracia en demagoxia (cando a asemblea funciona de modo tornadizo, sen máis argumento que os seus estados de ánimo).

1. O impulso das ideas intelixentes

Tralos preámbulos, vou á idea a desenvolver e que procede dunha consideración de Bentham achega das asembleas. Unha asemblea funciona ben si consegue articular tres principios 1) A promoción das ideas máis intelixentes 2) O impulso dos comportamentos máis honestos 3) Unha adecuada distribución da motivación ou, o que é o mesmo, motivar ás mellores ideas e os comportamentos correctos, desmotivar as ideas máis antolladizas e os comportamentos máis oportunistas. Intentarei poñer exemplos cotiáns.

Comecemos polas ideas máis intelixentes. Este argumento adoitan esgrimilos os inimigos da participación política e o máis intelixente de todos, o máis grande, foi sen dúbida, Platón. Os demais escriben notas ao pé de páxina sobre as súas ideas. Platón reprochaba á democracia ateniense: deixades decidir aos que non están especializados, aos que non saben. Como Platón era un xigante, en ocasións recollía as razóns dos seus interlocutores, neste caso de Protágoras, filósofo da democracia. Este respondía: sobre das prioridades políticas da cidade só existe un especialista, o cidadán. Agora ben, unha vez decididas estas, si inclúen problemas de gran complexidade, execútanos técnicos. Estes, por suposto, deben render contas polo que fan. Ante quen? Ante a asemblea cidadá e cando non é posible que esta se reúna -porque a discusión require moito tempo- ante unha cámara sorteada de cidadáns.

Vaiamos ao presente. Imaxinemos que necesitamos un grupo de cidadáns peritos nunha especialidade, por exemplo, o marketing político, a captación das tendencias electorais, ou calquera outra tarefa que non se atopa ao alcance de calquera. Aclaro que, persoalmente, penso que se esaxera moito coa necesidade da especialización, pero concederei que seguramente me equivoque. Cal sería a primeira tarefa? Entre os cidadáns, entre os participantes, establecer os requisitos para ser considerado competente. Non vale dicir: son amigo íntimo do líder, son o especialista que loitou a brazo aberto pola organización. Non, non vale. Por que? Porque puidese ser que a motivación, consciente, inconsciente ou semiconsciente, para loitar a brazo aberto fose esa, converterche no especialista de referencia, aínda que para iso exemplificases un comportamento servil, sectario e oportunista. Non pode permitir que os mellores, os máis intelixentes, se seleccionen con ese currículo oculto. Na pedagoxía democrática só pode contar o currículo explícito.

Debemos facer a lista dos competentes e, unha vez establecida, temos dúas posibilidades: elixir aos máis valiosos ou sorteemos a composición do equipo. O sorteo serviría aquí para cribar aos candidatos tras elixir o grupo de posibles. Poderían tamén designarse por sorteo os electores. Repúblicas moi aristocráticas elixían o seu dirixente ou os seus dirixentes por sorteo: foi o caso da Serenísima República de Venecia. Neste caso, só elixiriamos técnicos por un tempo limitado e que deberían render contas ante unha cámara especializada. Lonxe de constituír per se unha medida populista, como aducen moitos ignorantes (dos peores, dos que se creen que saben algo, dos que por desgraza se atopa cheo o mundo dos xuntaletras), o sorteo pode representar unha medida aristocrática corrixida: eliximos aos mellores pero facémolo por medio do sorteo. Para que? Para previr os comportamentos estratéxicos, manipuladores, e as motivacións espurias.

2. Promocionar os comportamentos leais e honestos

Entremos agora na promoción dos mellores comportamentos. A democracia ateniense, pese ao que se pensa, aprendeu a desconfiar da asemblea. A miúdo acudían a ela só unha elite de persoas motivadas (cando non carrexadas por algún xefe, cabecilla ou abusón ...) por impoñer algunha liña específica. Entón non existían partidos políticos (un invento necesario e terrible do movemento obreiro) pero aformigaban faccións, ligadas a un grupo de interese. Para protexerse da manipulación (¡e non sempre se logrou!), controlábase con moito énfases o desenvolvemento das asembleas. Quen se encargaba? Unha comisión de persoas sorteadas para que se respectase a axenda de debate e non se introducisen cuestións que os asistentes descoñecían. Intentaban evitar discusións sorpresa, encadradas por agrupacións de persoas que interviñan concertadamente e evitaban que ninguén puidese falar. Na praza de Sintagma, en Atenas, durante as recentes mobilizacións irmás do noso 15M, sorteábanse os intervenientes para evitar a ditadura de calquera agrupación xuramentado.

Nunha asemblea non pode intervir todo o mundo, xa que logo, o sorteo pode servir a) para regular as comisións que xestionan a asemblea (caso da Boulé ou Consello dos 500 na Atenas clásica) b) para regular a discusión, impedindo que unha fracción monopolice a palabra (tal foi o uso promovido na Atenas saqueada polo neoliberalismo).

E as mellores ideas, non se escoitarán na asemblea, polo afán de promover comportamentos democraticamente leais? A responsabilidade corresponde a quen a prepara, que deben seleccionar a exposición plural das posicións en conflito. É o modelo, promovido por algúns científicos sociais contemporáneos como Yves Sintomer, das asembleas deliberativas. En torno a un problema fórmase unha comisión de persoas sorteadas, responsables de emitir un informe. Esa comisión debe reflexionar logo de escoitar a especialistas. Alemaña, Canadá, Islandia utilizan comisións dese tipo.

3. A motivación nos seus xustos límites

Terminemos coa motivación, o terceiro dos puntos que José Juan me pedía desenvolver. O sorteo impide algo, para moita xente valioso: o cursus honorum para representante, para xefe político. Si ao final decidirá o azar, para que motivarme en convocar reunións e en asistir a todas? Non pode privilexiar a quen asiste menos, a quen ten menos vocación polo público (deixemos ao carón que tal linguaxe se atope pervertido por cínicos) ?

Aquí debemos viaxar moitos séculos e recordar un pasaxe marabilloso do Protágoras. Protágoras dille a Sócrates: co sorteo e coa democracia non buscamos ter un frautista moi experimentado e sublime nun deserto de persoas co oído de cortiza. Creemos mellor moitos practicantes da frauta mediocres. Aristóteles, en moitas ideas un filósofo da democracia, consideraba moito máis potente a moitos mediocres que a un sobresaliente. O sorteo impide que se asista e se promova a participación política para destacar, para ingresar nos círculos restrinxidos de dirixentes.

Pero non impide o carisma, nin moito menos, nin esquece que existen políticos sobresalientes. A democracia ateniense, como observou magnificamente Castoriadis, promoveu a Pericles e a Sófocles, a Tucídides e a Esquilo, xente que estaba lonxe de ser mediocre.

Porque debe admitirse que hai xente con talento político especial, sobresaliente.

Fariña doutro costado é que, para cultivar ese talento, necesiten sempre integrar a escala de mandos do réxime. Francisco Umbral contaba que Franco, ao coñecer a Manuel Fraga, dixo (cito de memoria esta referencia): a este raparigo que non mo teñan nunca sen un cargo. Esas motivacións deben reprimirse. Eu penso que é bo que a xente con talento político sobresaliente (como o tiña Manuel Fraga, porque era un fenómeno, para ideas que non me gustan, pero o era) volvan ás súas casas, exerzan de cidadáns sen atributos.

Por unha razón moi simple: unha das razóns polas que se detecta un gran dirixente é porque quere selo cando gaña e cando perde, ou porque a realidade impón que o sexa cando el non quere. O sorteo só desmotiva aos que aspiran á profesionalización da política.

Ademais, basta un mínimo de olfato sociolóxico para saber que, tamén en política, sucede o que Carlos Marx lamentaba respecto do capitalismo no seu conxunto: moitos Aristóteles en potencia malgastan a súa vida criando porcos. Promovendo aos que non se atopan moi motivados, pero aos que lles cae en sorte, o sorteo permite que algún deses Aristóteles emerxan. O cal require condicións sociais para a participación política, como todo o mundo sabe.

Dixen moi motivados: en Atenas ao sorteo presentábanse voluntarios -excepto para o Consello dos 500: os vestixios móstrano sempre repleto, non sabemos si porque sempre había candidatos ou porque se coaccionaba á xente. Como se examinaba aos sorteados, aqueles que podían avergoñarse no xuízo público evitaban presentarse. O máis realista hoxe é defender, na inmensa maioría dos casos, o sorteo entre voluntarios. Non proliferarán entre estes determinadas categorías sociais? Durante o século IV ANE, a democracia ateniense desprazou cada vez máis funcións aos tribunais de xustiza e moitos vían que, entre as persoas voluntarias, atopábanse sobrerrepresentadas as pobres e as xubiladas. En términos de Aristóteles, a democracia asemellábase a unha ditadura dos pobres, até dos moi pobres estatisticamente pouco numerosos, pero que sempre se ofrecían ao sorteo.

O sorteo, para non xerar as súas propias elites, debe combinarse coa elección, co voto secreto de todas as cidadás e cidadáns que, activistas ou non, sorteados ou non, deben decidir, en último término sobre calquera cuestión. En Atenas votábase en asemblea. Hoxe é absurdo restrinxirse unicamente a ela. Nin como mecanismo de decisión (a presenza depende de condicións materiais) nin como mecanismo de deliberación (por encima dun certo número de persoas, a deliberación é moi difícil): temos os referendos, temos a participación por medio de Internet, as asembleas deliberativas.

A promoción do sorteo non implica eliminar as eleccións, nin os partidos, nin os grupos organizados. Os réximes son híbridos, con maiores ou menores tendencias democráticas. Pero cando falamos destas interveñen, si ou si, sorteo, rotación e rendición de contas.

[*] José Luis Moreno Pestaña, naceu en Linares en 1970, profesor de filosofía na Universidade de Cádiz, Departamento de Historia, Xeografía e Filosofía.

Escrito no seu blogue persoal "hexis. filosofía y sociología" o 21 de Agosto de 2014.

Texto traducido, ao Galego, por Ártabra 21, apoiando-se nos recursos públicos de tecnoloxía lingüística desenvolvidos polo Seminario de Lingüística Informática (SLI) da Universidade de Vigo.

Enviado por:
Alexandre Carrodeguas
-republicadetraballadoras@gmail.com-
5 de setembro de 2014 19:38
__________________

sábado, setembro 06, 2014

A taxa da vergoña, ... Por Alexandre Carrodeguas


Por Alexandre Carrodeguas [*]
06.09.2014

O pasado mes o concello de Ferrol ven de aprobar o nova taxa que vai regular o cobro do saneamento, un saneamento propagandístico que se ben vai mellorar a calidade das augas da ría, non vai ser a solución definitiva, xa que é obsoleto, custoso e ineficiente. Como moi ben dí o experto en saneamento Joaquín Suarez da UDC “O saneamiento unitario non é sostenible, xera impacto ambiental e supón un elevado custo”. Non só estamos ante unha manobra política que vai entregar a xestión á iniciativa privada durante décadas, endebedando os petos da veciñanza, escravizándonos ante unha empresa privada que obterá beneficios a costa da cidadanía de Ferrol, unha cidade onde a taxa de paro, o empobrecemento, a emigración e a crise demográfica alcanzan cotas insostibles que poñen en perigo a supervivencia da súa comarca, senón  tamén que agora se vai ver gravada cunha taxa anual por fogar revisable dun promedio de 70 euros. A nova taxa tense calculado para tratar 25 millóns de metros cúbicos, mentres que EMAFESA nos 55.000 contadores contabiliza sete millóns metros cúbicos/ano. Algo totalmente opaco e pouco transparente que non se explica se non é como unha nova cesión a esta empresa controlada pola iniciativa privada.

Sr alcalde: retire a taxa, e escoite ao pobo de Ferrol, que é a quen esta a representar, e centre o seu traballo en menos cartaces publicitarios  e máis saneamento real. Vaiamos xa a remunicipalización do servizo de augas porque só dende a xestión pública e integral do ciclo da auga poderemos garantir a necesaria transparencia e eficiencia no servizo.  E polo tanto acadar o mellor para a nosa xente. Saneamento, si, pero non así. E remunicipalicemos xa!

[*] Alexandre Carrodeguas, activista social de Ferrol Terra, promotor de plataformas cidadáns en defensa do patrimonio urbanístico e cultural; defensor dos espazos públicos e da rehabilitación dos cascos históricos; membro de Verdegaia e do Comité Cidadán de Emerxencia para a Ría de Ferrol.

Enviado por:
Alexandre Carrodeguas
-republicadetraballadoras@gmail.com-
6 de setembro de 2014 00:51
__________

Foto da Estación depuradora de augas residuais de Cabo Prioriño.
____________________________

Posicionamento da CIG diante do novo pacto social entre CCOO, UGT, Patronal e Goberno Español -


UN NOVO PACTO SOCIAL EN MARCHA

Vén de asinarse, o 29 de xullo (en pleno verán como fai o Goberno coas leis complicadas), un documento por parte de CCOO, UGT, CEOE e PP (Goberno) denominado “Acuerdo de propuestas para la negociación tripartita para fortalecer el crecimiento económico y el empleo” no que, unha vez máis, estas dúas centrais sindicais renuncian a defender os intereses da clase traballadora e déitanse coa patronal e o Goberno.

Nun extraordinario exercicio de cinismo e hipocrisía, pretenden facernos crer que a través do que eles chaman “diálogo social” o capital e o goberno van aceptar pactar con eses dous sindicatos unhas medidas reais favorábeis ao crecemento económico e á creación de emprego. Tómannos por parvos.

A experiencia demóstranos que nada positivo conseguimos, os traballadores e traballadoras, dos diferentes Pactos Sociais, asinados por CCOO e UGT, ao longo dos últimos corenta anos, todo o contrario, estes pactos serviron para que o capital fose desregulando o mercado laboral, rebaixando o poder adquisitivo dos nosos salarios, precarizando as condicións laborais, debilitando e desmobilizando á clase traballadora.

Pois ben, se o pacto social non foi favorábel para a clase traballadora en momentos de crecemento económico e cun movemento obreiro e unha esquerda máis fortalecidos que na actualidade, é impensábel que poida resultar positivo un pacto social nun momento como o actual en que o capital ten o Goberno e a lexislación laboral ao seu favor, ten á clase traballadora atemorizada debido aos altos índices de desemprego e, a maiores, ten decidido facer competitiva a economía, e incrementar as súas marxes de beneficio, pola vía do recorte dos salarios. Con este panorama e, o que é máis grave, con CCOO e UGT en plan submiso e desmobilizador, que necesidade ten a patronal e o goberno (PP) de pactar absolutamente nada con estas dúas centrais sindicais que non sexa a paz social e a aceptación por parte delas das políticas de recorte de dereitos e de afondamento no modelo neoliberal, que viñeron impondo nestes anos?

Proba disto é, que se se analiza o contido do citado documento, en todo canto se refire á Unión Europea, á política de emprego, formación profesional, negociación colectiva, protección social, modelo produtivo, política fiscal, etc., non se cuestiona o modelo neoliberal da UE, nada se fala das causas da crise económica e moito menos de retirar as sucesivas contrarreformas laborais e modificar unhas medidas económicas que están a recortar dereitos, destruír emprego e tecido produtivo, xeneralizar a perda de salario e precarizar as condicións laborais, en definitiva, unas políticas que están a debilitar á clase traballadora mentres o capital incrementa os seus beneficios e o seu poder.

Resulta aínda máis insultante, se cabe, que CCOO e UGT nos falen da aceptación por parte do goberno (PP) da vía do “diálogo social”, cando está a impor proxectos de lei, vulneradores de dereitos e de recorte das liberdades públicas, como poden ser a lei do aborto, a lei electoral, o código penal ou a lei de seguridade cidadá.

Estamos pois ante un documento, como en ocasións anteriores, cargo de palabrería barata, no que non aparece ningunha proposta concreta favorábel á clase traballadora, no que se acepta con absoluta normalidade a situación actual de perda de dereitos e deterioro das condicións de vida da maioría social como se non tivese pasado nada nos últimos anos e non existisen culpábeis. En definitiva, un pacto social no que CCOO e UGT renuncian á mobilización, a dar o debate ideolóxico e a loitar por un cambio de modelo económico realmente favorábel aos interese da clase traballadora.

Unha vez máis, as direccións de CCOO e UGT confunden a defensa dos seus intereses coa defensa dos intereses da clase traballadora e a cambio de certas prebendas non teñen problema en colaborar coa estratexia da oligarquía española e do PP de transmitir á sociedade, a un ano vista das próximas eleccións municipais e xerais, unha imaxe positiva, pero falsa, da recuperación económica e da creación de emprego, obviando as causas reais da crise económica, os seus responsábeis e a grave situación económica, social e laboral na que están a grande maioría de traballadores e traballadoras como consecuencia das súas políticas antisociais.

Desde a CIG facemos un chamamento á toda a clase obreira galega a non aceptar este xogo de tronos a conta dos nosos intereses e de precarizar as noas condicións de vida, a retirarlles o apoio nas empresas ás centrais sindicais asinantes deste documento e desta traizón e a seguir mobilizándose contra as políticas antiobreiras do capital e do PP, pola conquista dun sistema económico realmente ao servizo da clase traballadora galega e no que soberanamente poidamos decidir o noso presente e futuro.

DEFÉNDETE. NON DEIXES QUE XOGUEN COS TEUS INTERESES.

Galiza, setembro de 2014

Confederación Intersindical Galega
http://www.galizacig.com/

cig.prensa@galizacig.com

Rúa Miguel Ferro Caaveiro 10,
Santiago de Compostela
__________

venres, setembro 05, 2014

Diante do xuizo pola demanda que a Empresa Mudanzas Felix ten interposta contra o Ateneo Ferrolán, este convoca unha xuntanza co tecido cultural, político e social, o Luns 8 de Setembro, ás 20:30 hs


Convocamos unha xuntanza co tecido cultural, político e social


O vindeiro 17 de setembro, ás 11:30 da mañá, vai ter lugar nos xulgados de Ferrol o xuizo pola demanda que a Empresa Mudanzas Felix ten interposta contra o Ateneo Ferrolán por importe de 39.000 euros. A devandita débeda provén dunha obra promovida polo Concello de Ferrol que obrigou ao Ateneo a desaloxar os seus locais e almacenar o seu patrimonio (biblioteca, hemeroteca e enseres); uns gastos que o goberno municipal se nega agora a asumir.

O Ateneo Ferrolán convoca unha xuntanza de partidos políticos, sindicatos, organizacións culturais, sociais, de creadoras e creadores, para pedir apoio ás mobilizacións que o Ateneo vai facer para esixir ao Concello o pagamento destes gastos derivados da obra municipal de rehabilitación do edificio do Ateneo Ferrolán. Ao tempo plantexamos a posibilidade de iniciar unha campaña conxunta do mundo cultural para reivindicar a cultura libre e participativa e para denunciar o despilfarro do presuposto cultural polo Concello de Ferrol e a infrautilización das instalacións culturais municipais.

Lugar: Salón de Actos do Ateneo Ferrolán
Data: Luns, 8 de setembro de 2014
Hora: 20:30 horas

- Eliseo Fernández
Presidente do Ateneo Ferrolán

--
Un lugar de encontro para a cultura.
Ateneo Ferrolán, fundado en 1879.
www.ateneoferrolan.org

e-mail: secretaria@ateneoferrolan.org | Telf.:  +34 981 357 970 |
Dirección Postal: Rúa Magdalena 202-204. CP.15402 | FERROL (A Coruña)

BLOG: http://ateneo-ferrolan.blogspot.com/

Tamén no Facebook: http://www.facebook.com/pages/Ateneo-Ferrolan/134569549934117

Séguenos en Twitter: @ateneoferrolan

Campaña de APOIO e DEFENSA do Ateneo.
Patrimonio da cidade
APOIA e DIFUNDE!

https://www.facebook.com/pages/Salvemos-o-Ateneo/1430118530577463?ref=hl

http://salvemosoateneo.blogspot.com.es/p/o-ateneo.html


Enviado por:
Ateneo Ferrolán Fundado en 1879
-secretaria@ateneoferrolan.org-
3 de setembro de 2014 16:53

______________

xoves, setembro 04, 2014

X Asemblea Aberta das Marchas da Dignidade de Ferrolterra - Hoxe xoves, 4 de Setembro, ás 19:30hs no Ateneo Ferrolán


Asemblea Aberta das Marchas da Dignidade de Ferrolterra, hoxe xoves, 4 de Setembro, ás 19:30hs
, no Ateneo Ferrolán

As Marchas da Dignidade seguen no camiño da loita popular polo pan, o traballo e o teito. A próxima grande mobilización será o 29 de Novembro, na Galiza e no resto do Estado. Hoxe xoves 4 de Setembro, ás 19:30hs no Ateneo Ferrolán (Rúa Madalena, 202-204), celebrara-se a X Asemblea de Ferrolterra. Temos pendentes asuntos de organización, mais principalmente abordaremos os inicios da organización da mobilización xeral do 29 de Novembro que vai ter lugar en todo o Estado. Na Galiza consistirá na realización de diferentes actos e accións, no camiño de encetar marchas desde diferentes lugares da Galiza, para confluír todas e todos, o 29N na Praza do Obradoiro en Compostela. Na citada Asemblea debateremos sobre o contido do Manifesto e o Documento Técnico de preparación do 29N (Quen non o teña pode solicita-lo ao enderezo de correo-e: marchasdadignidadeferrolterra@gmail.com).
PARTICIPA !!

Proposta de guión para a X Asemblea:

    1.- Elección de moderador/a.

    2.- Elección dunha nova coordinadora e reparto de responsabilidades dentro da devandita coordinadora.

    3.- Organización do 29-N "Ocupemos O Obradoiro".

    4.- Necesidade de converxencia das distintas plataformas da nosa comarca. Proposta feita pola Xuventude Comunista.
--

Marchas da Dignidade Ferrolterra
Contacto: marchasdadignidadeferrolterra@gmail.com  | Blogue de apoio ás Marchas de FerrolTerra: http://marchas-da-dignidade-ferrolterra.blogspot.com.es/ | Blogue Galego: http://marchasdadignidade.blogspot.com/ | Grupo no facebook:
https://www.facebook.com/groups/265451853621237/
 | Conta no facebook:
https://www.facebook.com/MarchasDignidade | No twitter:
https://twitter.com/galizaMarcha22M | Web Estatal: http://marchasdeladignidad.org/.

PAN, TRABALLO E TEITO - Á RÚA, QUE XA É HORA!!!
______________

mércores, setembro 03, 2014

Este Mércores, 3 de Setembro de 2014, de 19:00 a 20:00 horas, no 93.9 da FM, en Ràdio FilispiM, ou en directo en Internet - O Recuncho, programa radiofónico nº 196, da A.C. Fuco Buxán


Fuco Buxán A.C., segue emitindo o seu programa radiofónico, nas ondas (93.9 da FM) e por internet, a través de Rádio Filispim, a radio libre e comunitaria da Terra de Trasancos
.

Este Mércores, 3 de Setembro de 2014, de 19:00 a 20:00 horas, no 93.9 da FM, en Ràdio FilispiM, ou en directo en Internet. Voltara-se a repetir os domingos, ás 12 do mediodía e os xoves de 2 a 3 madrugada.

O Recuncho” nº196, programa semanal radiofónico da A.C. Fuco Buxán, cos seguintes contidos:
  • Bernardo Bastida, ExPatron Maior da Confraría de Pescadores e Manuel Rdguez. Carballeira, Coordinador do Comité Cidadán de Emerxencia.
  • Na “Sección Poética” : Ángela Figuera Aymerich.
  • Os libros comentados, espazo de Víctor G. Novás.
  • Novas e comunicados, por Lucía Vizoso.
  • Música: Göran Söllscher
Telefono para participar en directo:
981371040
Todos os programas en:
http://recunchofuco.blogspot.com
A nosa web:
www.fucobuxan.net
Os nosos blogues:
Escolma das Razóns
http://escolmadasrazons.blogspot.com.es/
Pensamento Crítico
http://opinionsfuco.blogspot.com.es/
Nas redes sociais:
Facebook
http://www.facebook.com/pages/Fuco-Bux%C3%A1n/118931821452749
Twitter
http://twitter.com/FucoBuxan
Google+
https://plus.google.com/u/0/108716477794009532670/posts
---
Fuco Buxán, A. C.
Rúa Armada Española, 32 baixo- 15406 - Ferrol
Apartado Correos 240 C.P. 15400 Ferrol
Telefono. 981325492
www.fucobuxan.net
fucobuxan@yahoo.es

Enviado por:
fucobuxan
-fucobuxan@gmail.com-
3 de setembro de 2014 11:05

___________________